O bilionário indiano Gautan Adani tornou-se, nesta segunda-feira (29), a terceira pessoa mais rica do mundo. O asiático construiu um dos maiores conglomerados de energia do mundo.
Esta é a primeira vez que um asiático fica entre os três primeiros no índice de bilionários da Bloomberg, nem o compatriota Mukesh Ambani e nem o chinês Jack Ma chegaram tão longe.
##RECOMENDA##Com uma fortuna de US$ 137,4 bilhões, Adani ultrapassou o francês Bernard Arnault e agora está atrás apenas do sul-africano Elon Musk e do americano Jeff Bezos no ranking.
Adani passou os últimos anos expandindo o seu conglomerado se aventurando em tudo, desde data centers a cimento, mídia e alumínio. O seu grupo agora possui a maior operadora de portos e aeroportos do setor privado da índia, distribuidora de gás e mineradora de carvão.
Ainda que a sua mina Carmichael, na Austrália, tenha sido criticada por ambientalistas, ele prometeu, em novembro, investir US$ 70 bilhões em energia verde para se tornar o maior produtor mundial de energia renovável.
Dívidas
As preocupações sobre o acúmulo também estão crescendo por conta do próprio aumento exponencial. A onda de negócios foi predominantemente financiada com dívidas e seu império está “profundamente superalavancado”, segundo a CreditSights em um relatório nesta semana. Na pior das hipóteses, isso poderia levar a um calote, alertou a unidade do Grupo Fitch.
Analistas já levantaram preocupações sobre a fraca estrutura de acionistas e a falta de cobertura de analistas do mercado financeiro sobre as empresas do Grupo Adani. As ações dispararam, algumas delas mais de 1000% desde 2020, enquanto o asiático se concentrava em áreas que o primeiro-ministro Narendra Modi considera cruciais para cumprir as metas de longo prazo na Índia.
O conglomerado ganhou investimentos de empresas como Warbus, Pincus e TotalEnergies, ajudando o Adani a entrar nos escalões. O aumento do preço do carvão nos últimos meses acelerou ainda mais a sua ascensão.
Ao todo, a fortuna de Adani cresceu US$60,9 bilhões somente em 2022, cinco vezes mais do que qualquer outra pessoa no mundo. Ele ultrapassou Ambani como o asiático mais rico em fevereiro, tornou-se um centibilionário em abril e ultrapassou Bill Gates, da Microsoft, como a quarta pessoa mais rica do mundo no último mês.
Ele também conseguiu superar alguns dos bilionários americanos mais ricos do mundo. Em julho, Gates disse que estava transferindo US$ 20 bilhões para a Fundação Bill e Melinda Gates, enquanto Warren Buffett já doou mais de US$ 35 bilhões para a instituição de caridade.