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A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC), reguladora do mercado financeiro americano, processou, nesta terça-feira (6), a maior plataforma de criptomoedas do país, Coinbase, à qual acusa de infringir a regulação vigente, no mais recente revés deste setor do mercado de divisas.

Sem um marco regulatório setorial aprovado no Congresso, a SEC assumiu o controle da regulação das criptomoedas, as quais considera sob sua competência.

A denúncia atinge um setor já fragilizado por uma série de quebras escandalosas no ano passado, a começar pela da FTX, segunda plataforma do mundo, cujos diretores são acusados de usar o dinheiro dos clientes sem seu consentimento.

Por volta das 15H00 GMT (12h no horário de Brasília), as ações da Coinbase operavam em queda de mais de 12% em Wall Street.

Ao apresentar a ação em um tribunal federal americano, a comissão defendeu que a falta de registro da Coinbase "privou os investidores de proteções significativas, incluindo a inspeção pela SEC, requisitos de manutenção de registros e salvaguardas contra conflitos de interesses, entre outros".

"A estratégia da SEC, com uma abordagem exclusivamente repressiva na falta de regras claras para a indústria de ativos digitais, tem um efeito negativo para a competitividade econômica dos Estados Unidos e as empresas como a Coinbase, que deram prova de seu compromisso no campo da conformidade" às normas, reagiu o responsável jurídico da plataforma, Paul Grewal, em mensagem enviada à AFP.

"A solução passa por uma legislação que defina regras justas, implementadas de forma transparente e aplicadas equitativamente, e não pela via judicial", acrescentou. "Enquanto esperamos, continuaremos operando da mesma forma", destacou.

O anúncio dessa ação em um tribunal federal de Manhattan, em Nova York, ocorre um dia depois do processo, também pela SEC, da maior plataforma de comércio global de criptomoedas, a Binance, acusada de ter driblado propositalmente a regulação com clientes americanos.

O supervisor do mercado visou a Coinbase por não ter se registrado no órgão como plataforma de transações e intermediária de transações de criptomoedas.

"Para o setor das criptomoedas em seu conjunto, ações judiciais contra duas das mais importantes empresas, entre as mais conhecidas, terá um impacto sobre a confiança dos consumidores nas criptomoedas, que já estava fragilizada", resumiu Douglas Clark, analista da consultoria Insider Intelligence.

No fim de 2022, a Coinbase tinha 110 milhões de usuários e 80 bilhões de dólares (aproximadamente R$ 417 bilhões na cotação da época) em ativos hospedados em sua plataforma.

- "Faroeste" -

A denúncia contra a Coinbase ocorre enquanto está prevista para esta terça-feira uma audiência sobre a regulação das criptomoedas no Comitê de Agricultura da Câmara de Representantes (baixa) do Congresso americano, cujo interesse nos mercados financeiros se concentra nos derivados agrícolas de produtos básicos.

Grewal, da Coinbase, estará entre os que comparecerão perante essa instância do Legislativo.

"Os Estados Unidos perdem terreno" em relação a outros países com legislações mais bem definidas, argumentou o jurista em uma declaração prévia; "empurram a tecnologia e os inovadores para o exterior por falta de regras claras para as criptomoedas".

O país tem "um lugar mais importante nos mercados financeiros porque ganhou a confiança do público (...) Os mercados de criptomoedas corroem essa confiança", argumentou o presidente da SEC, Gary Gensler, em entrevista à CNBC nesta terça.

A indústria das criptomoedas "se assemelha ao faroeste", resumiu o encarregado.

"A regulação pela repressão não é uma forma adequada de controlar um mercado, proteger os consumidores e promover a inovação", disse, na abertura da sessão do Comitê, o presidente dessa instância, o republicano Glenn Thompson.

Na última quinta-feira, dois deputados republicanos - Thompson entre eles - publicaram um texto que poderia servir de base para uma proposta de lei para regular os criptoativos. A vigilância da norma poderá ser compartilhada entre a SEC e a agência responsável pela regulação dos mercados futuros, a CFTC.

Investidores retiraram mais de US$ 790 milhões, cerca de R$ 3,8 bilhões, da Binance e de sua afiliada americana em 24 horas, segundo a empresa de dados Nansen. As retiradas seguem a abertura de processo contra a empresa e seu fundador, Changpeng Zhao, pela Securities and Exchange Commission (SEC, a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA).

De acordo com a Nansen, em suas redes sociais, a empresa registrou saídas líquidas de US$ 778,6 milhões em tokens criptográficos.

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Já a sua afiliada nos EUA perdeu US$ 12,9 milhões.

A empresa de dados ainda destaca que o fluxo líquido especificamente para a criptomoeda Ethereum segue negativo, na análise das 24 horas até as 5 horas desta terça-feira, em US$ 35,7 milhões, sendo US$ 14,8 milhões de entrada e US$ 50,5 milhões de saída.

Um dia após chegar à pontuação mágica no Brasileirão que praticamente o garante na elite do Brasileirão, o Santos anunciou seu novo patrocinador para os próximos três anos. O clube vai estampar a marca da Binance pelos próximos três anos, em acordo de US$ 10 milhões (aproximadamente R$ 55,7 milhões).

Depois de fazer 2 a 0 sobre o Fortaleza e subir para os 45 pontos, o Santos vai mais tranquilo à visita ao Internacional, domingo, às 19 hors, no Beira-Rio. Neste jogo, a nova parceira já estará estampando a camisa do clube em acordo pontual. Também estará no uniforme de treinamento nesta reta final de temporada.

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"Bem-vinda, Binance! A maior corretora de ativos digitais do mundo é a nova patrocinadora e licenciada para Fan Tokens e NFT do Santos FC", informou o clube. "A empresa estampará sua marca no Manto Sagrado do Peixão no jogo de domingo contra o Internacional, selando a parceria que renderá, inicialmente, 10 milhões de dólares ao clube e a marca estará estampada na camisa pelos próximos três anos."

A Binance estará na parte frontal da camisa, abaixo da Sumup, patrocinadora principal do clube. Pela primeira vez representando um clube brasileiro, a empresa já patrocina o português Porto e a italiana Lazio na Europa.

"Estamos felizes com essa parceria com a Binance, que reforça o compromisso do Santos FC em fornecer aos fãs experiências únicas, por meio do acesso a uma plataforma que proporciona um engajamento incomparável. A parceria alimenta ainda mais nossa paixão em continuar buscando meios criativos e inovadores de impulsionar as soluções para a nossa torcida e abre um novo capítulo na história do nosso clube. Santos FC e Binance compartilham o objetivo de aumentar o vínculo entre torcida, jogadores e comunidades", afirma Andres Rueda, presidente do Santos.

Changpeng Zhao, CEO e cofundador da Binance, comenta que o acordo com o Santos é um marco. "Binance Fan Tokens representa uma nova maneira poderosa para torcedores expressarem seu apoio e amor por seus times favoritos. A entrada do Santos FC em nossa plataforma é um marco importante, pois é um dos clubes mais consagrados do Brasil, país onde o futebol tem destaque na identidade nacional, mas também é um dos times mais inovadores, com uma infinidade de títulos e campeões excepcionais", disse CZ, como é conhecido o CEO da empresa.

"Com a nossa entrada na cultura do futebol da América Latina, a Binance fornecerá atividades emocionantes e novas oportunidades de envolvimento para os torcedores locais que estão prontos para jogar com seus Fan Tokens. Ter Santos na plataforma Binance Fan Token significa que a torcida pode coletar e utilizar NFTs, participar de pesquisas e votações exclusivas e desbloquear emblemas e recompensas especiais com base em seu nível de engajamento. Estamos muito animados para explorar oportunidades futuras com o Santos FC", completou.

O Santos FC Fan Token (SANTOS) é um utility token que fornece aos torcedores novas e inovadoras formas de interagir com seu clube do coração. O token SANTOS estará disponível para todos os usuários Binance via Launchpool a partir desta quinta-feira e, posteriormente, na plataforma spot, compras com cartão bancário e P2P.

O fundador da maior corretora de criptomoedas no Brasil teria registrado a empresa na Receita Federal com e-mail e telefone falsos. A Binance é alvo de inquérito policial que investiga uma movimentação atípica em torno de R$ 1,2 bilhão.

A Binance opera no Brasil desde 2020 com a B. Fintech Serviços de Tecnologia. Conforme a investigação, ela apresentou contato e e-mail que imitam o usado pela American Airlines, segundo o Globo.

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 O CEO é Changpeng Zhao, que possui nacionalidades chinesa e canadense e também é sócio da B. Fintech.

Faraó dos Bitcoins

Desde a prisão do ex-garçom Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como o 'faraó do Bitcoin', a Binance é investigada pelas autoridades. A Polícia Federal suspeita que ele chefie um esquema de pirâmide financeira, o qual a maior parte do dinheiro dos investidores era aplicado na empresa e, geralmente, transferido para paraísos fiscais.

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