Tópicos | bolsa

O cenário externo deu o tom dos negócios nesta terça-feira e fez a Bovespa subir e voltar para os 59 mil pontos - nível que não atingia no fechamento desde o dia 22. A expectativa com a aprovação do Mecanismo de Estabilidade Europeu (ESM, na sigla em inglês) na Alemanha, na quarta-feira e com o banco central norte-americano, Federal Reserve (FED), na quinta-feira, impulsionou os mercados em meio a indicadores positivos dos EUA.

Internamente, Vale, Petrobras e siderúrgicas tiveram desempenho positivo e contribuíram para a performance da Bolsa. Por outro lado, o anúncio do pacote de medidas do setor elétrico levou as ações do setor a seguirem por caminhos distintos durante quase todo o pregão. No final, no entanto, apenas um papel registrava alta.

##RECOMENDA##

Assim, o Ibovespa encerrou com valorização de 1,74%, aos 59.422,55 pontos. Na mínima, o índice atingiu 58.404 pontos (estável) e, na máxima 59.515 pontos (+1,90%). Com a alta desta terça-feira o índice passou a acumular valorização de 4,14% no mês e de 4,70% no ano. O giro financeiro ficou em R$ 7,275 bilhões.

Na meia hora final de negócios na Bolsa, a presidente da Petrobras, Graça Foster, disse que não está trabalhando pela paridade exata, mas pela convergência de preços dos combustíveis e ressaltou ainda que a manutenção de caixa é fundamental para dar continuidade aos investimentos. Com isso, as ações da petroleira ampliaram os ganhos, o que acabou contribuindo para a Bovespa renovar as máximas nos momentos finais. O papel ON terminou com ganho de 2,09% e o PN, +2,31%.

Já no caso da Vale, pesou positivamente o preço do minério de ferro no mercado internacional. A ação ON registrou valorização de 2,82% e a PNA, +2,68%.

As siderúrgicas e as mineradoras ainda foram favorecidas pela alta dos metais. Gerdau PN subiu 1,51%, Gerdau Metalúrgica PN, +2,56%, Usiminas PNA, +2,37% e Siderúrgica Nacional ON,+4,39%, sendo que as duas últimas figuraram entre os destaques de alta do Ibovespa.

Mas, o destaque principal de alta foi Gafisa, que avançou 13,16%. A empresa anunciou que iniciou análise de opções estratégicas para sua divisão Alphaville, hoje explorada através de sua controlada Alphaville Urbanismo.

Pela manhã, a presidente Dilma Rousseff confirmou o que havia antecipado na quinta-feira (6), que as quedas dos preços da energia serão de 16,2% para os consumidores e de um intervalo de 19% a 28% para as empresas a partir de janeiro de 2013. O anúncio gerou dúvidas sobre os contratos de concessões que irão vencer mais para frente e o mercado reagiu dubiamente. No final, no entanto, embora nada tenha sido acrescentado, o lado negativo prevaleceu para os papéis do setor. A exceção foi Eletropaulo PN, +2,33%. O índice de energia elétrica terminou com declínio de 3,45%.

No exterior, o Tribunal Constitucional da Alemanha confirmou nesta terça-feira que vai decidir sobre a legalidade do ESM e do pacto fiscal europeu, como estava previsto, apesar de uma moção apresentada no fim de semana por um parlamentar alemão ter ameaçado adiar o julgamento. Além disso, o ministro de Relações Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle, declarou que o governo do país espera uma decisão favorável do tribunal.

Nos EUA, o déficit comercial ficou em US$ 42 bilhões em julho, abaixo das estimativas de déficit de US$ 44,0 bilhões. O déficit de junho foi revisado para baixo, a US$ 41,9 bilhões, da leitura original de déficit de US$ 42,92 bilhões.

Em Nova York, o índice Dow Jones terminou com ganho de 0,52%, o S&P 500 subiu 0,31% e o Nasdaq apenas 0,02%.

O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, ratificou nesta quinta-feira o que havia sido ventilado nos mercados, na véspera, e trouxe otimismo aos negócios, ajudando a Bovespa a recuperar o patamar dos 58 mil pontos - nível que não atingia no fechamento desde o dia 28. As ações da Vale, da Petrobras e de empresas do setor de siderurgia também se beneficiaram do bom humor e subiram forte, ajudando o principal índice paulista.

Assim, o Ibovespa encerrou esta quinta-feira com valorização de 2,56%, aos 58.321,24 pontos. Na mínima, o índice atingiu 56.868 pontos (-0,01%) e, na máxima 58.328 pontos (+2,58%). Na semana e no mês, o ganho acumulado é de 2,21%. No ano, o avanço é de 2,76%. O giro financeiro somou R$ 6,862 bilhões.

##RECOMENDA##

"Não foi nada de novo. O Draghi ratificou o que já tinha deixado vazar. Além disso, a ADP também ajudou", disse um experiente operador, ressaltando, no entanto, que a divulgação do relatório oficial de emprego dos EUA (payroll), na sexta-feira pode apagar um pouco deste entusiasmo. "Nas últimas divulgações, a ADP indicou uma coisa e o payroll outra. Isso pode frustrar os negócios e a Bolsa só vai reagir na segunda-feira", disse. Na sexta-feira os mercados domésticos estarão fechados em razão do feriado do Dia da Independência.

A autoridade europeia anunciou que irá comprar bônus soberanos no mercado secundário, no que chamou de transações monetárias completas (MOT, na sigla em inglês). As compras estão atreladas ao pedido de resgate financeiro por parte dos países endividados.

Faltando um pouco mais de uma hora para o fechamento dos negócios, a Bovespa começou a engatar um movimento de renovação de máximas. "Os investidores fizeram os ajustes de última hora para saírem rumo às estradas", brincou a fonte, lembrando ainda que o fluxo financeiro foi mais forte pela manhã e liderado por investidores estrangeiros.

As ações da Petrobras subiram 2,54% a ON e 1,99% a PN, também acompanhando o preço do petróleo no mercado internacional. Na Nymex, o contrato da commodity com vencimento em outubro encerrou com ganho de 0,18%, a US$ 95,53 por barril.

Já os papéis da Vale terminaram com ganhos de 4,61% a ON e 4,70% a PNA - a última figurou entre os destaques de alta do índice.

Entre as siderúrgicas, a Usiminas que na quarta-feira subiu mais de 10%, hoje registrou ganho modesto, de apenas 1,16%. Gerdau PN subiu 5,42% e Gerdau Metalúrgica PN, + 5,83% - as duas também figuraram entre os destaques de valorização do Ibovespa. Já CSN subiu 1,7%.

O lado negativo do índice foi comandado pelo setor de energia elétrica. Copel PNB caiu 1,57%, Cesp PNB recuou 1,52%, Transmissão de Energia PN, -1,51% e Eletrobras ON, -1,29%.

Em Nova York, o índice Dow Jones terminou com ganho de 1,87%, o S&P 500 subiu 2,04% e o Nasdaq, + 2,17%.

Após a forte queda de 1,83% na terça-feira (4), a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) começa a sessão desta quarta-feira com tendência de alta, recuperando um pouco das perdas mais recentes. Mas, como os principais eventos da agenda ficaram para o fim da semana - com destaque para a reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) na quinta-feira e para o relatório de emprego dos EUA na sexta-feira -, o Ibovespa deve seguir refém da cautela que predomina no exterior. Já o anúncio feito ontem pelo governo, de elevação do Imposto de Importação para 100 produtos, pode favorecer os papéis de alguns setores ao longo do dia.

Às 10h04 (horário de Brasília), o Ibovespa à vista subia 0,61%, aos 56.575 pontos, na contramão dos índices futuros de Nova York, onde o S&P recuava 0,13% e o Nasdaq caía 0,14%. Na Europa, os índices à vista operavam em direções divergentes, com Londres (-0,09%), Paris (+0,65%) e Frankfurt (+0,65%).

##RECOMENDA##

"Para as bolsas hoje, o cenário ideal seria de estabilidade, porque está todo mundo na expectativa de alguma notícia positiva em relação à política monetária (do BCE)", comentou um operador ouvido nesta manhã pela Agência Estado. "Fora isso, temos o payroll (relatório de empregos nos EUA) na sexta-feira. O mercado tem muita expectativa e pouco indicador hoje."

No entanto, o profissional destacou que ontem o Ibovespa caiu bastante e "bateram demais em alguns papéis", o que abre espaço para certa recuperação na sessão desta quarta-feira. Mas o movimento do Ibovespa, segundo ele, ficará mais claro após a abertura do mercado em Nova York, às 10h30. "O investidor estrangeiro tem entrado bastante na venda (de ações). Se isso continuar, o Ibovespa pode pesar", afirmou.

Vale e Petrobras, que ontem recuaram, serão observadas com atenção. Conforme análise distribuída a clientes pela equipe da Um Investimentos, as ações preferenciais da Vale, que ontem fecharam em R$ 32,12, "seguem em uma forte tendência de queda no curtíssimo prazo". "Mantendo-se abaixo dos R$ 34,51, tem próximo ponto no fundo formado em outubro de 2009 em R$ 31,00." No caso de Petrobras PN, que ontem fechou a R$ 20,43, o próximo ponto gráfico está nos R$ 19,30 e o suporte seguinte nos R$ 18,00.

Já o anúncio feito ontem pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, de elevação do Imposto de Importação para 100 produtos, favorece setores como siderurgia, petroquímica, química fina, medicamentos e bens de capital, o que pode se refletir positivamente nas ações hoje. Vale lembrar que ontem o setor de siderurgia foi um dos que mais contribuíram para a baixa do Ibovespa.

Na Europa, as vendas do varejo na zona do euro recuaram 0,2% em julho ante junho e caíram 1,7% na comparação com julho do ano passado. Economistas esperavam queda mensal de 0,3%. Na Alemanha, a queda mensal foi de 0,9% e, na Espanha, de 1,9%. A França registrou aumento de 0,9% e a Irlanda elevação de 1,7%.

Já o índice dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) composto da zona do euro caiu para 46,3 em agosto, de 46,5 em julho, segundo a Markit. O número foi revisado para baixo do cálculo preliminar de 46,6 e permanece menor que 50, o que indica contração da atividade. O PMI composto da Alemanha caiu para a mínima em mais de três anos de 47,0 em agosto, de 47,5 em julho.

 

A Bovespa inicia em alta a semana espremida entre um feriado nos EUA e um no Brasil, recompondo-se neste início de setembro após três quedas semanais consecutivas na reta final de agosto. O impulso para o movimento vem, principalmente, das expectativas de estímulos econômicos. Na China, dados fracos de atividade foram interpretados como positivos, pois podem levar a uma ação do banco central do país. O feriado nos EUA, contudo, pode reduzir o volume de negócios. Às 10h05, o Ibovespa subia 0,29%, aos 57.226,77 pontos.

No mesmo horário, o futuro do S&P 500 subia 0,14% e o do Nasdaq, +0,21%. As Bolsas de Nova York não abrem nesta segunda-feira por causa do feriado do Dia do Trabalho, que marca o retorno das férias de verão no Hemisfério Norte. Na Europa, a Bolsa de Paris avançava 0,74% e a de Frankfurt ganhava 0,49%.

##RECOMENDA##

Para a equipe de analistas da Um Investimentos, a Bovespa "deve seguir os índices internacionais, em dia de liquidez reduzida por causa do feriado nos EUA". No exterior, ressaltam, há "novas expectativas por medidas de estímulo econômico na China, após dados econômicos negativos".

Nesta segunda-feira, foi divulgado que o Índice dos Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) da China, medido pelo HSBC, caiu para 47,6 em agosto - o menor nível desde março de 2009 - de 49,3 da leitura final de julho. O dado amplia a esperança de que o gigante asiático possa anunciar novas medidas de alívio econômico. Já na Europa, indicadores mostraram ligeira melhora da atividade na Espanha, Alemanha e França. Porém, os países não conseguiram sair do campo da contração.

Um operador de renda variável, que falou sob a condição de não ser identificado, acrescenta que "o que está fazendo os índices acionários subirem no exterior ainda é a fala do Bernanke (Ben Bernanke, presidente do Federal Reserve), sinalizando estímulos, e a expectativa pela fala do Draghi (Mário Draghi, presidente do Banco Central Europeu)". Desde que declarou que a autoridade monetária faria o possível para salvar o euro, lembra o profissional, os mercados aguardam ações efetivas.

Ainda nesta segunda-feira, a partir das 10h30, o presidente do BCE participa de reunião do Comitê de Assuntos Econômicos e Monetários do Parlamento Europeu em Bruxelas. O evento mais aguardado na zona do euro, porém, é a entrevista coletiva de Draghi, na quinta-feira, após a decisão da autoridade monetária sobre os juros na região. No mesmo dia, sai a primeira revisão do PIB da zona do euro do segundo trimestre.

Também esta semana saem números dos EUA que podem balizar eventuais iniciativas do Fed. Para esta terça-feira, está previsto o índice ISM da indústria de transformação referente ao mês de agosto. Na sexta-feira, feriado no Brasil, será divulgado o relatório oficial sobre o mercado de trabalho norte-americano (payroll) e a taxa de desemprego.

A BM&FBovespa confirmou na manhã desta segunda-feira a entrada de duas novas empresas na carteira do Ibovespa - Cetip e Suzano - conforme visto na terceira prévia do índice. As empresas terão participação de 0,671% e 0,678 cada, respectivamente. A nova carteira, divulgada hoje, vigora de hoje até o fim do ano. O certificado de depósito de ação da Latam (LATM11), companhia aérea resultante da fusão de TAM e LAN, também está fora da nova carteira do Ibovespa, conforme visto nas prévias da carteira. Dessa forma, o número de ações totaliza 69 ativos de 64 empresas.

Apesar dos dados ruins divulgados na Europa na manhã desta sexta-feira, os mercados se apegam à esperança de que o presidente do Federal Reserve (Fed), Ben Bernanke, anuncie ou pelo menos sinalize no simpósio de Jackson Hole novos incentivos à economia norte-americana. O otimismo contamina os principais índices de ações na Europa e os futuros em Nova York, o que se reflete no Brasil. O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no segundo trimestre, divulgado nesta manhã, mostrou alta de 0,4% ante os primeiros três meses do ano, mas o dado não deve influenciar diretamente os negócios com ações.

Às 10h08 (horário de Brasília), o Ibovespa subia 0,76%, aos 57.690 pontos. Em Nova York, o S&P futuro tinha alta de 0,78%, enquanto o Nasdaq futuro avançava 0,96%. Na Europa, onde os índices à vista já operam, Londres subia 0,45%, Paris tinha alta de 1,16%, Frankfurt avançava 1,35% e Madri registrava ganhos de 1,98%.

##RECOMENDA##

Mais cedo, Alemanha, Espanha e Grécia divulgaram dados fracos do varejo. As vendas na Alemanha recuaram 0,9% em julho ante junho, contrariando a expectativa de alta de 0,1%. Na Espanha, houve queda de 7,3% em julho na comparação com julho do ano passado, enquanto na Grécia o desempenho do comércio varejista registrou contração de 10,7%, também em base anual.

Além disso, a taxa de desemprego na zona do euro atingiu um novo recorde em julho, ao alcançar 11,3% da força de trabalho. Segundo a Eurostat, 18 milhões de pessoas estavam desempregadas no mês passado na região, o que representa aumento de 88 mil em relação a junho e o maior total desde o início da série, em janeiro de 1995.

Já o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) na zona do euro subiu 2,6% em agosto, na comparação com o mesmo mês do ano passado, o que indica aceleração ante a taxa anual de 2,4% verificada em julho, na mesma base de comparação. Os dados são preliminares e ficaram acima da previsão de alta de 2,5%.

Apesar dos números ruins, os investidores se apegam à esperança de que, no discurso desta sexta-feira, às 11h, Bernanke anuncie algo palpável. "A gente vai ficar de olho no presidente do Fed. Se não vier nada, (a pressão de alta) pode mudar, porque o mercado está muito em cima disso. Todos só falam de QE3 (terceira rodada de relaxamento quantitativo)", afirmou um operador ouvido pela Agência Estado.

O economista-chefe da Órama investimentos, Álvaro Bandeira, diz que a Bolsa hoje é "uma loteria". "Temos que esperar as 11h para ver o que Bernanke falará. Se não vier algo de mais definitivo, os índices de ações vão mudar a tendência e ajustar um pouco para baixo. Se vier um discurso dentro do esperado, o mercado, que já vinha precificando um pouco (o QE3), não deve mais subir tanto", afirmou.

Nesta manhã, o IBGE informou alta de 0,4% no PIB no segundo trimestre do ano, na margem, e de 0,5% em relação ao segundo trimestre de 2011. No primeiro semestre do ano, o PIB avançou 0,6%, na comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados, no entanto, não devem alterar de forma decisiva o movimento do Ibovespa, muito mais sintonizado com o que acontece nos Estados Unidos e na Europa.

Um pesquisador brasileiro de mestrado e doutorado recebe hoje uma bolsa que não chega nem à metade, em valores corrigidos, dos montantes pagos em 1994, ano em que o Plano Real foi lançado. Em valores nominais, os benefícios dos pesquisadores até que tiveram aumento, mas a diferença vem à tona quando a inflação do período é descontada.

O cálculo foi realizado pela Associação de Pós-graduandos de Engenharia Elétrica da Universidade de Campinas (Unicamp), a Apogeeu. Pelos gráficos criados pela associação, as bolsas de doutorado em 1994, por exemplo, tinham um valor equivalente a R$ 4.400. No mestrado, esse valor seria de R$ 2.900. Hoje, as bolsas de mestrado e doutorado dos órgãos federais de fomento estão fixadas bem abaixo disso: em R$ 1.350 e R$ 2.000, respectivamente. A diferença é de cerca de 55%

##RECOMENDA##

Para que as bolsas não sofressem os efeitos da inflação, seria necessário que os reajustes ao longo do período fossem cerca de 60% maiores do que tiveram. O reajuste dessas bolsas nunca foi sistemático. Entre 1994 e 2003, os valores ficaram estagnados. Aumentos foram registrados em 2004, 2006 e 2008. Após quatro anos congeladas, as bolsas receberam um novo reajuste neste meio de ano.

O Brasil formou 47 mil mestres e doutores em 2009, totalizando 176 mil titulados no País. Isso corresponde a 0,07% da população brasileira. Para alcançar as proporções dos países desenvolvidos seria necessário, no mínimo, multiplicar esse número por cinco, segundo a própria Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Livre do vencimento de opções sobre ações, a Bovespa reverteu a queda verificada no início da tarde e passou para o campo positivo, onde se manteve até o final dos negócios nesta segunda-feira. A alta das ações da Vale e da Petrobras, que tiveram grande volatilidade ao longo da manhã, ajudaram a puxar o índice para cima. Além disso, a desaceleração da queda das bolsas em Nova York também contribuiu para o movimento.

Com isso, o Ibovespa encerrou com ganho de 0,34%, aos 59.283,09 pontos. Na mínima, o índice atingiu 58.629 pontos (-0,77%) e, na máxima, 59.462 pontos (+0,64%). No mês, o ganho foi ampliado para 5,68% e, no ano, +4,46%. O giro financeiro ficou em R$ 9,874 bilhões, inflado pelo vencimento de opções sobre ações. Segundo dados preliminares BM&FBovespa, o exercício movimentou hoje R$ 3,978 bilhões.

##RECOMENDA##

"Não tem nenhuma declaração ou fato novo no cenário externo. Por isso a Bolsa fica andando de lado à espera do fluxo externo. Quando isso acontecer, vai buscar os 60 mil pontos", disse o operador institucional da Renascença Corretora Luiz Roberto Monteiro.

As ações da Petrobras subiram também ajudadas pela desaceleração da queda do petróleo no mercado internacional. No final, no entanto, o papel ON terminou com leve queda de 0,09% e o PN subiu 0,14%. Na Nymex, o contrato da commodity com vencimento em setembro encerrou com leve queda de 0,04%, a US$ 95,97 o barril.

Já Vale ON avançou 1,99% e a PNA, +1,89%. Na semana passada, a mineradora foi bem penalizada em razão da queda do preço do minério, pela preocupação com o ritmo de crescimento da China e também por questões jurídicas que envolvem a companhia.

As siderúrgicas terminaram sem direção única. Gerdau PN e Metalúrgica Gerdau recuaram 2,21% e 1,75%. Já Usiminas e Siderúrgica Nacional subiram 0,75% e 3,10%, respectivamente.

Mais uma vez, as construtoras figuraram entre os destaques de alta do índice. Gafisa 5,69%, Rosi Residencial 5,11% e Brookfield 3,96%. Já o lado negativo foi comandado por Oi PN e ON, com recuos de 4,75% e 3,42% respectivamente. Na sexta-feira, a Moody's colocou os ratings da Oi em revisão para possível rebaixamento, segundo comunicado divulgado à imprensa.

No exterior, a informação de que o Banco Central Europeu (BCE) considera intervir nos mercados de títulos, para reduzir os yields (retornos ao investidor) da dívida de países em dificuldades na zona do euro, ajudou as bolsas europeias a abrirem em alta. No entanto, o BCE desmentiu a reportagem e as bolsas terminaram o dia em queda.

Em Nova York, as bolsas registraram leve queda. O índice Dow Jones caiu 0,03%, o S&P 500 ficou estável (-0,00%) e o Nasdaq, -0,01%.

Novos sinais de melhora da atividade econômica brasileira, contidos no indicador apurado pelo Banco Central em junho, abrem espaço para a Bovespa tentar buscar nesta sexta-feira a quarta valorização semanal consecutiva. Porém, após a forte alta de ontem, pode haver realização de lucros. Além disso, a proximidade do vencimento de opções sobre ações traz volatilidade. Os investidores monitoram ainda os mercados internacionais, antes de indicadores antecedentes e sobre a confiança do consumidor dos EUA. Às 10h03, o Ibovespa subia 0,37%, aos 59.664,01 pontos.

Para a equipe de analistas da Um Investimentos, "os investidores ficarão atentos à agenda dos EUA, repercutindo também nosso índice de atividade econômica, que superou as expectativas do mercado, mostrando que devemos ter um segundo semestre de recuperação econômica, após um primeiro semestre de baixo crescimento".

##RECOMENDA##

Nesta manhã, foi divulgado o índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia mensal do PIB e que serve de parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. Segundo o BC, o indicador subiu 0,75% em junho ante maio, em linha com as previsões dos analistas consultados, mostrando recuperação. Isso depois dos indicadores sobre o comércio varejista e criação de vagas formais, anunciados na véspera.

Um operador de renda variável, que preferiu não ser identificado, pondera que, "após a alta de ontem, tecnicamente falando, o certo seria o mercado realizar os lucros". E o exercício de opções sobre ações, na próxima segunda-feira, deve trazer alguma volatilidade aos negócios locais.

As blue chips Vale e Petrobras reagem mais aos exercícios, sendo que as séries mais próximas da mineradora não devem ter uma "briga forte" entre "comprados" e "vendidos", ao passo que a petrolífera ainda pode dar "jogo", ainda de acordo com o operador citado acima.

Na agenda de dados econômicos norte-americanos está prevista para as 10h55 a leitura preliminar de agosto do índice de sentimento do consumidor, calculado pela Universidade de Michigan. Às 11h, sai o índice dos indicadores antecedentes em julho, medido pelo Conference Board.

Antes dos indicadores, às 10h03, o futuro do S&P 500 caía 0,04% e do Nasdaq subia 0,23% em Nova York. Já as bolsas europeias operavam em direções divergentes: a Bolsa de Frankfurt subia 0,31% e a de Paris, -0,07%.

A Bovespa oscila entre altas e baixas nesta quarta-feira, sem direção definida, em dia de vencimento de índice futuro e reagindo a resultados financeiros neste último dia de divulgação de balanços do segundo trimestre. No exterior, as bolsas melhoram após dados econômicos dos EUA.

Por volta das 11h10, o Ibovespa caía 0,27%, aos 57.928,56 pontos, depois de oscilar entre a mínima pontuação de 57.719 pontos (queda de 0,63%) e a máxima de 58.375 pontos (alta de 0,50%). "Os balanços e o vencimento do índice futuro geram essa volatilidade", diz um operador de renda variável. Entre as ações em queda em reação a balanços, estavam CSN ON, com queda de 4,31%, na terceira posição do ranking de maiores baixas, e OGX ON, com -2,42% (quinta posição).

##RECOMENDA##

No mesmo horário, em Nova York, o Dow Jones subia 0,11% e o S&P 500, +0,17%. Lá fora, indicadores econômicos contribuíram para a melhora. Entre eles, o crescimento de 0,6% da produção industrial nos EUA em julho, em linha com as previsões dos analistas. No entanto, o dado de junho foi revisado para alta de 0,1%, em vez de 0,4% como informado anteriormente.

Além disso, foi divulgado que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA ficou estável em julho ante junho, no quarto mês seguido em que os custos não subiram, indicando que as pressões inflacionárias estão contidas. A confiança das construtoras subiu pelo quarto mês seguido em agosto. Já a atividade industrial do Federal Reserve de Nova York caiu para -5,85 em agosto, de 7,39 em julho, registrando sua primeira contração desde outubro de 2011. Na Europa, Frankfurt caía 0,07%. Já Paris, subia 0,34%.

A Bovespa até tocou o terreno negativo logo após a abertura do pregão desta quarta-feira, em linha com as perdas verificadas nos mercados internacionais, mas migrou para o positivo diante dos ganhos acelerados nas ações de Petrobrás.

Pouco antes da abertura do pregão regular em Nova York, por volta das 10h25, o Ibovespa era negociado na pontuação máxima do dia, em alta de 0,86%, aos 58.221,90 pontos. Na mínima, verificada mais cedo, o índice à vista recuou 0,21%, aos 57.603 pontos. Neste horário, o futuro do S&P 500 caía 0,34%.

##RECOMENDA##

Já as ações ON e PN da Petrobras subiam 2,71% e 2,72%, respectivamente, reagindo à reportagem do jornal O Globo, de que o governo brasileiro passou a cogitar um aumento do preço da gasolina ainda neste ano, a fim de evitar mais perdas no balanço financeiro da companhia e diminuir a defasagem de preços com o mercado internacional.

Para o chefe da mesa de renda variável de uma corretora paulista, o balanço ruim da Petrobras no trimestre passado, quando registrou prejuízo de R$ 1,3 bilhão, escancarou as dificuldades financeiras da empresa. "Parece que foi de propósito, mas teve um efeito bom e o governo deve ceder", avaliou. Para ele, a postura incisiva da presidente da companhia, Graça Foster, ajudou a tirar as amarras envolta das ações com e sem direito a voto da estatal petrolífera, com os investidores dando um voto de confiança à empresa.

Depois de subir cerca de 4% no mês até segunda-feira, nesta terça-feira o inevitável aconteceu. Os investidores resolveram embolsar parte desse lucro e o resultado foi a Bovespa em queda, na contramão do exterior, voltando para o patamar dos 57 mil pontos. O recuo só não foi maior porque Petrobras subiu quase 2%. Já as ações da Vale fecharam sem direção única. Pela manhã, no melhor momento do dia, a Bolsa atingiu a máxima de 59.316 pontos (+1,67%), sob as expectativas de que nos próximos meses pode haver um esforço combinado entre os principais bancos centrais do mundo para ajudar os países em dificuldades.

O Ibovespa encerrou com declínio de 1,06%, aos 57.725,66 pontos. No mês e no ano a Bolsa ainda acumula ganho de 2,90% e 1,71%, respectivamente. Na mínima, o índice atingiu 57.679 pontos (-1,14%). O giro financeiro somou R$ 6,954 bilhões.

##RECOMENDA##

"A realização era esperada. O que se percebe é que os investidores abandonaram os papéis que registraram forte alta neste período", disse um experiente operador, ressaltando ainda que também já pode estar havendo o começo da disputa pelo índice futuro que vence na quarta-feira, dia 15. "Tudo indica que vai ter uma boa briga. Ele passou dos 55 mil para os 58 mil pontos muito rápido", disse, se referindo ao último vencimento de índice, em 13 de junho, quando fechou aos 55.650,51 pontos, nível que foi praticamente mantido no mês passado e superado na segunda-feira no fechamento e nesta terça, no intraday.

As ações da Petrobras terminaram em alta, ainda refletindo o discurso da presidente da estatal, Graça Foster, de que os próximos resultados da companhia virão melhor. Também contribuiu a alta do petróleo no mercado internacional. A ação ON da petroleira encerrou com ganho de 1,45% e a PN, +1,66%, ambas figuraram entre os destaques de alta do Ibovespa. Na Nymex, o contrato da commodity com vencimento em setembro terminou com valorização de 1,59%, a US$ 93,67 o barril.

Vale fechou em direção distinta. O papel ON caiu 0,16% e o PNA subiu 0,03%. As siderúrgicas terminaram o dia em queda, devolvendo parte dos ganhos da véspera. Usiminas PNA e ON figuraram entre os destaques de perdas do índice (-8,45%) e (-6,13%), respectivamente. Entre os papéis com declínios, também estiveram Gerdau PN (-2,73%), Gerdau Metalúrgica PN (-3,34%) e CSN ON (-1,07%).

Em Nova York, o índice Dow Jones subiu 0,39%, o S&P 500 ganhou 0,51% e o Nasdaq, +0,87%.

Não durou nem 30 minutos a pressão negativa das ações de Petrobras em cima da Bovespa. Após a companhia declarar, durante teleconferência, de que os fatores que levaram ao prejuízo de pouco mais de R$ 1 bilhão no trimestre passado não devem ocorrer em outros trimestres, os papéis da Petrobras reduziram consideravelmente a queda, abrindo espaço para que os negócios locais acompanhassem o bom humor dos mercados no exterior.

Por volta das 10h30, o Ibovespa migrava do campo negativo para o positivo e, pouco antes das 11 horas, passava a ser negociado acima dos 58 mil pontos, com alta de mais de 1%. Na máxima, o índice à vista foi aos 58.240 pontos, em alta de 1,72%, enquanto, na mínima, cedeu 0,63%, aos 56.893 pontos. Por volta das 11 horas, as ações ON e PN da Petrobras caíam 2,71% e 2,46%, respectivamente, depois de terem cedido mais de 5%, na mínima do dia.

##RECOMENDA##

Em Nova York, no mesmo horário, os índices Dow Jones e S&P 500 subiam 0,61% e 0,58%, nesta ordem, mantendo o otimismo dos mercados financeiros observado ao final da semana passada, após o resultado melhor que o esperado sobre o mercado de trabalho nos EUA (payroll) e também uma releitura das declarações da autoridade monetária europeia (BCE). As bolsas de Paris e de Frankfurt cresciam 1,22% e 1,07%, ainda no mesmo horário.

Os investidores estrangeiros encerraram a última sexta-feira (dia 3) "comprados" (aposta na alta) em índice Bovespa futuro, revertendo a estratégia "vendida" (aposta na baixa) que prevalece ao longo deste ano. Segundo dados da BM&FBovespa atualizados até aquela data, os não residentes estão comprados com quase 3,4 mil contratos em aberto, resultado de 129.264 contratos na compra e 125.871 contratos na venda. O próximo vencimento de Ibovespa futuro está marcado para o dia 15 deste mês.

Operadores consultados pela Agência Estado afirmam que o otimismo dos mercados financeiros internacionais ao final da semana passada, diante do resultado melhor que o esperado na geração de emprego nos Estados Unidos em julho e uma releitura do discurso do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, resultou em um movimento doméstico de zeragem de posições vendidas e busca por ofertas de ocasião entre as ações brasileiras no mercado à vista.

##RECOMENDA##

Com isso, o Ibovespa encerrou a sexta-feira com alta de 3,12%, no maior nível desde 14 de maio, quando foi interrompida a trajetória de alta que os negócios locais exibiam até então, inserindo-os em uma zona de indefinição, entre os 52 mil e os 57 mil pontos. O resultado daquele dia retornou a Bolsa brasileira para o positivo no acumulado do ano, com ligeira valorização de 0,88%.

A Bovespa abriu em alta acelerada e, com cerca de 10 minutos de pregão já exibia ganhos superiores a 2%, acima dos 56 mil pontos. Depois, já com aproximadamente uma hora de sessão, os negócios locais tiveram fôlego para avançar ainda mais, testando os 57 mil pontos, com avanço de mais de 3%. A dúvida, agora, é se o mercado acionário doméstico terá forças para mudar de patamar, ultrapassando esse antigo topo.

Por volta das 11 horas, o Ibovespa era negociado na pontuação máxima do dia, em alta de 3,24%, aos 57.317 pontos. O índice à vista ainda não operou no campo negativo, sendo que na pontuação mínima do dia exibiu ligeira alta de 0,01%, aos 55.524 pontos. Neste horário, nenhuma ação figurava no terreno negativo e os ganhos eram liderados pelas construtoras.

##RECOMENDA##

Na opinião de um operador da mesa de renda variável, "os mesmos motivos que fizeram a Bolsa cair ontem, hoje fazem subir". O profissional, que falou sob a condição de não ser identificado, refere-se à reavaliação dos mercados financeiros à reação do desfecho das reuniões do Federal Reserve e do Banco Central Europeu (BCE), mais cedo nesta semana.

Além disso, dados mais favoráveis sobre o setor de serviços nos Estados Unidos, na Europa e ainda na China, bem como sobre o mercado de trabalho norte-americano animam os investidores. Por volta das 11h10, os índices Dow Jones e S&P 500 subiam 1,73% e 1,87%, nesta ordem, em Nova York. Já as principais bolsas europeias ganhavam até 5%, em algumas praças.

As ações do Facebook continuam em queda. Depois da queda forte registrada ontem, o papel chegou a ser negociado abaixo dos 20 dólares nesta quarta. A mínima foi de 19,82, e fechamento de 20,88. Foi a primeira vez após o IPO que as ações chegaram a esse mínimo.

Investidores continuam questionando a capacidade de crescimento das receitas da empresa e sua estratégia para mobilidade. O valor é praticamente a metade dos US$ 38 da oferta inicial.

##RECOMENDA##

A espiral negativa revela o mau humor dos investidores com o balanço da empresa para o trimestre, que revelou prejuízo operacional de 157 milhões de dólares e diminuição na velocidade de crescimento da rede.

Outro fator negativo no horizonte é que em 16 de agosto irá terminar a proibição de que funcionários da rede vendam suas ações - o que pode levar a um 'dilúvio' de papéis do FB na Nasdaq. Cerca de 271 milhões de ações serão disponibilizadas para negociações. Outros 243 papéis serão liberados entre meados de outubro e meados de novembro.

Os índices futuros das bolsas de Nova York apagaram os ganhos de mais cedo e passaram a cair após comentários de Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu (BCE), desapontarem os investidores, sugerindo que os mercados acionários dos Estados Unidos vão abrir em baixa nesta quinta-feira. Às 10h15 (pelo horário de Brasília), no mercado futuro, o Dow Jones caía 0,72%, o Nasdaq recuava 0,70% e o S&P 500 perdia 0,67%.

Depois de o BCE manter sua taxa básica de juros em 0,75%, Draghi reiterou seu compromisso com o euro e sugeriu que o BC europeu está pronto para retomar compras de bônus soberanos, mas não deu indicações de quando isso pode acontecer. Após a fala de Draghi, tanto os futuros de Nova York quanto as bolsas europeias passaram a operar em baixa. Antes do BCE, o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) também manteve sua taxa de juros inalterada, em 0,5%.

##RECOMENDA##

Por outro lado, os últimos dados de auxílio-desemprego dos EUA agradaram. Segundo o Departamento de Trabalho, o número de trabalhadores norte-americanos que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego subiu 8 mil, para 365 mil, na semana até 28 de julho, ficando abaixo da projeção de economistas da Dow Jones, que previam uma alta de 13 mil solicitações.

No pré-mercado de Nova York, as ações da Abercrombie & Fitch caíam 13% depois de a varejista de roupas indicar que não deve atingir as projeções de lucro do segundo trimestre fiscal. Já a GM subia 1% após anunciar um desempenho trimestral melhor do que o esperado. As informações são da Dow Jones.

Depois de três dias de alta, a Bovespa sucumbiu à realização de lucros e fechou o dia na mínima, com declínio de 2,00%, aos 56.097,05 pontos, mas conseguiu acumular alta de 3,21% em julho, feito que não acontecia desde fevereiro, quando a Bolsa registrou a última alta mensal (+4,34%). No ano, no entanto, o índice ainda não conseguiu sustentar os ganhos e caiu 1,16%.

Ao contrário dos últimos dias, quando a alta da Bolsa brasileira foi alimentada também pela expectativa de anúncio de estímulos econômicos por parte dos BCs esta semana, nesta terça-feira os investidores preferiram adotar a cautela à espera das possíveis decisões, o que levou os mercados acionários a encerrarem em queda nos EUA e na Europa. Por aqui, a queda de cerca de 4% das ações da Petrobras também acabou contribuindo para a performance negativa do Ibovespa. "A piora da Petro estragou o bom humor para o rali que poderia ter de fim de mês", disse uma fonte.

##RECOMENDA##

Com isso, o Ibovespa atingiu a máxima de 57.466 pontos (+0,39%). O giro financeiro ficou em R$ 6,732 bilhões.

"O mercado viveu da expectativa de Mário Draghi (presidente do BCE) e do QE3 (estímulo monetário nos EUA). Hoje saíram indicadores dos EUA um pouco melhores e o mercado perdeu força", avaliou o operador institucional da Renascença Corretora Luiz Roberto Monteiro. O profissional não espera estímulos adicionais esta semana. "Não acredito que saia alguma coisa esta semana, ainda mais se continuar saindo indicadores um pouco melhores nos EUA e na China", disse.

O Federal Reserve, o BC norte-americano, começou nesta terça-feira sua reunião de dois dias para revisar juros. Os investidores querem saber se o Fed anunciará uma nova rodada de compra de títulos numa tentativa de estimular a economia dos EUA, cuja recuperação tem sido cambaleante. Na quinta-feira será a vez do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) fazerem seus anúncios de política monetária.

De volta para cá, no caso da Petrobras, o recuo é atribuído a especulações em torno do balanço da empresa, que será divulgado na sexta-feira, após o fechamento da Bolsa. Além disso, os papéis também foram influenciados pela queda do petróleo no mercado internacional. A ação ON caiu 4,52% e a PN, -3,99% e figuram entre os destaques de queda do índice. Na Nymex, o contrato da commodity com vencimento em setembro 1,92% a US$ 88,06 o barril.

Vale também caiu seguindo seus pares no exterior. O papel ON perdeu 0,99% e o PNA recuou 0,84%, a queda não foi maior porque Usiminas (ON, +3,00% e PNA, +5,28%) e Siderúrgica Nacional (ON +3,34% )apresentaram uma boa performance e foram os principais destaques de alta do índice.

Em Nova York, o Dow Jones terminou com declínio de 0,49%, o S&P 500 perdeu 0,43% e o Nasdaq caiu 0,21%.

Neste último dia de julho, dificilmente a Bovespa entregará os ganhos acumulados no mês, devendo, com isso, encerrar uma sequência de quatro quedas mensais consecutivas. Resta saber se ela ainda terá forças para conservar o sinal positivo no ano, especialmente diante do exterior indefinido. Dados econômicos ruins da Europa, divulgados nesta manhã, renovam as expectativas por mais estímulos por parte dos bancos centrais globais. Ao mesmo tempo, nos EUA, indicadores vieram em linha com o previsto e, no geral, as incertezas impõem cautela aos negócios. Às 10h04, o Ibovespa tinha leve alta de 0,09%, aos 57.294,74 pontos.

Na segunda-feira o Ibovespa fechou na máxima pontuação do dia, com alta de 1,22%, aos 57.240,92 pontos. Foi a primeira vez no mês que o índice à vista alcançou este patamar e encerrou na maior pontuação desde 14 de maio (57.539,61). Só nas últimas três sessões acumulou valorização de quase 9%, passando para o positivo no mês. No ano até ontem, porém, a alta é de apenas 0,86%.

##RECOMENDA##

O operador institucional da Renascença Corretora Luiz Roberto Monteiro avalia que "o Ibovespa esticou demais na véspera, ainda em função da espera, num movimento iniciado na sexta-feira, com sinais de estímulos por parte do presidente do BCE (Banco Central Europeu), Mário Draghi". Um operador de renda variável, que falou sob a condição de anonimato, acrescentou que, depois da expectativa "tão grande" criada, "mesmo que o Draghi não baixe os juros, por exemplo, terá de fazer algo, porque o mercado ficou eufórico".

Assim, os investidores mantêm o foco no Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve (Fed), que inicia sua reunião de política monetária de dois dias nesta quarta-feira, e no Banco Central Europeu (BCE), cuja decisão sai na quinta-feira. Em compasso de espera, as bolsas europeias operam em direções divergentes, mas perto da linha da estabilidade. Nos EUA, o futuro do S&P 500 mostrava leve alta de 0,07% às 10h04.

E, enquanto as decisões não são anunciadas, dados divulgados nos EUA podem dar algum rumo aos negócios. "No mercado local, em dia de fraca agenda econômica, investidores ficarão atentos à agenda dos EUA, repercutindo também os balanços corporativos locais", disse a equipe da Um Investimentos, em relatório.

Nesta manhã foi divulgado que a renda pessoal dos norte-americanos subiu 0,5% em junho, levemente acima da previsão de +0,4%, e que os gastos com consumo ficaram estáveis no mesmo período, ante previsão de +0,1%. O custo da mão de obra, por sua vez, subiu 0,5% no segundo trimestre deste ano, em linha com o projetado.

Às 10 horas, sai o índice de preços de moradias em cidades norte-americanas. Depois, às 10h45, o ISM divulga o índice de atividade industrial regional e, às 11 horas, o Conference Board publica o índice de confiança do consumidor. No fim do dia, já na Ásia, a China publica os índices de atividade industrial (PMI) em julho, calculados pelo HSBC e pelo CFLP.

Internamente, os investidores repercutem os resultados financeiros de AmBev, TIM e Usiminas, entre outros. A AmBev registrou lucro líquido de R$ 1,932 bilhão no segundo trimestre deste ano, o que representa uma alta de 5,4% na comparação com o resultado de igual período de 2011 e ficou de acordo com o esperado pelo mercado.

TIM, por sua vez, apresentou um lucro líquido de R$ 346,787 milhões entre abril e junho, resultado acima da média projetada. Já as ações da Usiminas podem realizar lucros após a companhia ter confirmado as expectativas de reversão do lucro para um prejuízo na comparação entre o segundo trimestre do ano passado e o deste ano.

A Bovespa abre o pregão desta segunda-feira com o desafio de interromper uma sequência de quatro meses seguidos de desvalorização. Restando apenas dois dias para o fim de julho, os negócios locais tentam se firmar no positivo, mas já exibem sinais de cansaço nesta manhã, após a arrancada da última sexta-feira (+4,72%). Aliás, a lateralidade deve marcar a Bolsa nesta reta final de mês, com os investidores contando as horas para o fim das reuniões de política monetária dos bancos centrais dos Estados Unidos e da zona do euro. Por volta das 10h10, o Ibovespa caía 0,21%, aos 56.434,89 pontos.

Para o economista e sócio da Órama Investimentos, Álvaro Bandeira, essa semana pode ser classificada como "ou vai ou racha" quanto a uma definição (ou não) para a crise europeia. Para ele, as importantes reuniões de líderes econômicos e autoridades monetárias que acontecem entre hoje e quinta-feira criam um "ambiente ideal para que as coisas aconteçam".

##RECOMENDA##

Bandeira se refere ao encontro do ministro de Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble, e do secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, nesta segunda-feira, e, principalmente às reuniões do Federal Reserve e do Banco Central Europeu (BCE), que terminam na quarta-feira e quinta-feira, respectivamente, quando se espera que sejam anunciadas medidas adicionais de afrouxamento monetário.

"O Fed está pronto para fazer algo, mas não adianta fazer nada sozinho", avaliou o economista. Dessa forma, ele acredita que as decisões dos BCs norte-americano e europeu devem ser coordenadas. "Ações pontuais não resolvem muito e têm efeito efêmero."

Caso algo concreto seja mesmo anunciado nesta semana, a Bolsa pode, enfim, sair da atual zona de indefinição e retornar à trajetória de alta, já acima dos 57 mil pontos. "Se passar desse nível, o Ibovespa fica livre para buscar os 60 mil pontos no curto prazo", avaliou Bandeira, da Órama. Do contrário, os mercados financeiros globais devem passar por um intenso ajuste negativo.

Até lá, portanto, os negócios com risco devem manter a volatilidade elevada, diante da ausência de mudanças expressivas no cenário global e de indicadores econômicos ainda enfraquecidos. Há pouco, nos EUA foi anunciado que o índice de atividade industrial do Meio-Oeste subiu 1,1% em junho ante maio.

Logo mais, às 11h30, sai o índice de atividade industrial na região de Dallas. No horário acima, o futuro do S&P 500 ampliava a queda para -0,25%, após o dado, diante de certa cautela também com o Fed.

Por aqui, a temporada de balanços entra em sua terceira semana e tem como ponto alto a sexta-feira, quando sai o resultado financeiro da Petrobras. A expectativa é de que a gigante do petróleo traga números decepcionantes, assim como aconteceu com Vale na semana passada, até porque o efeito dos recentes reajustes promovidos nos preços dos combustíveis deve se refletir apenas nos números deste trimestre. Já nesta segunda-feira os destaques ficam para os balanços de Usiminas e TIM, após o fechamento do pregão.

A ampliação do otimismo no exterior no final dos negócios fez a Bovespa intensificar os ganhos, voltar para o nível dos 54 mil pontos e romper a sequência de quatro quedas seguidas. Assim como pela manhã, o bom humor foi ditado pela percepção de que os governos globais estão dispostos a dar suporte ao crescimento econômico. Dados melhores que o esperado nos EUA também contribuíram com o cenário mais favorável. Os papéis da Vale, que operaram em queda durante toda a manhã, reverteram o movimento no meio da tarde desta quinta-feira, também embalados pela melhora externa. Tecnicamente, o mercado também destacou o nível que o papel atingiu como atrativo para compra.

Com isso, o Ibovespa encerrou com ganho de 2,65% - a maior alta porcentual do mês, aos 54.002,72 pontos. Com a valorização de hoje, as perdas da Bolsa na semana, no mês e, no ano, foram reduzidas para -0,35%, -0,65% e -4,85%, respectivamente. Na mínima, o índice atingiu 52.638 pontos (+0,06%) e, na máxima 54.126 pontos (+2,89%). O giro financeiro ficou em R$ 6,775 bilhões.

##RECOMENDA##

Um experiente operador disse que na hora final foi disparada uma operação chamada "basquete de compras", que é uma cesta de ações, onde se compram vários papéis que compõem a carteira Ibovespa, entre eles, os da Vale, e se vende o índice. "Houve uma enxurrada de basquete de compras e, isso, ajudou na performance da Vale e, consequentemente, na do índice", disse o profissional.

O papel ON da mineradora encerrou com ganho de 1,23% e o PNA, +0,77%. As siderúrgicas também tiveram bom desempenho nesta quinta-feira acompanhando a alta dos metais no exterior. Gerdau PN (+3,59%), Gerdau Metalúrgica (+3,58%), Usiminas PNA (5,11%). Já Siderúrgica Nacional foi na contramão (-0,96%).

Petrobras também seguiu o petróleo lá fora e subiu. A ação ON avançou 1,02% e a PN, +1,37%. Na Nymex, o contrato de petróleo com vencimento em setembro terminou com alta de 0,47%, a US$ 89,39 o barril.

Aliás, o bom humor contaminou quase 100% das 68 ações que compõem o Ibovespa. Apenas, sete terminaram no vermelho. Entre elas, Cielo ON que liderou as perdas (-2,62%), seguida de Dasa ON (-2,16%) e Eletrobras ON (-0,98%). Esta última, aliás, caiu sob notícia de que a Petrobras irá cobrar uma dívida de R$ 2,4 bilhões que a empresa de energia elétrica tem com ela.

No exterior, os comentários do presidente do Banco Central Europeu (BCE) detonaram uma onda otimista. Mario Draghi, durante discurso em Londres, garantiu que o BCE está pronto para fazer o que for preciso para preservar o euro, que a moeda comum é irreversível e que isso não são palavras vazias.

Nos EUA, dados melhores do que o esperado também ajudaram a dar uma trégua no pessimismo e levaram as bolsas para o azul. O índice Dow Jones fechou com ganho de 1,67%, o S&P 500 subiu 1,65% e o Nasdaq, +1,37%.

 

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando