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Depois de ter passado a semana inteira tentando reconquistar os 60 mil pontos, sem êxito, não deve ser hoje que a Bovespa conseguirá cumprir essa missão (quase) impossível. Nesta última sessão antes do vencimento de opções sobre ações, os negócios locais podem até ficar descolados do comportamento dos mercados no exterior, onde o dia também não traz inspiração para novos ganhos. Às 11h05, o Ibovespa operava em baixa de 0,22% aos 59.797,48 pontos.

"Está difícil segurar os 60 mil pontos", queixa-se um operador da mesa de renda variável de uma corretora paulista. Segundo ele, o que falta, principalmente, é uma notícia "de peso" para fazer a Bolsa passar dessa marca.

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O profissional lembra, ainda, que esse nível representa uma mudança de patamar e interfere em muitas estratégias de negócios entre os investidores. "Envolve as posições em opções, em índices futuros, em opções de índices etc.", explica, acrescentando ainda que até mesmo o intervalo de oscilação do Ibovespa seria alterado.

E o exterior hoje também não contribui para mais uma sessão positiva da Bolsa. Nos EUA, o balanço pior que o esperado do JPMorgan, que abriu a temporada para os números trimestrais dos bancos norte-americanos. No quatro trimestre de 2011, o lucro líquido do JPMorgan caiu para US$ 3,7 bilhões, de US$ 4,8 bilhões em igual período de 2010. A receita líquida também recuou, na mesma base de comparação.

Já o novo leilão de bônus da Itália, realizado hoje, não gerou a mesma empolgação verificada ontem nos mercados. O governo italiano vendeu o volume máximo pretendido de 4,75 bilhões de euros em um leilão de bônus. Os papéis com vencimento em 2014 foram vendidos com yield mais baixo do que no leilão anterior, mas o papel para 2018 foi colocado com um yield mais alto.

Após uma arrancada logo na abertura do pregão, a Bovespa arrefeceu e migrou para o terreno negativo, em linha com a perda de força dos mercados no exterior. Os dados piores que o esperado anunciados nos EUA e os comentários iniciais do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, atrapalharam os negócios locais.

Às 11h57, o Ibovespa era negociado em baixa de 0,01%, aos 59.958,55 pontos, depois de ter subido 0,90%, aos 60.504 pontos, na pontuação máxima até então. No mesmo horário, o futuro do S&P 500 tinha leve alta de 0,07%, enquanto a Bolsa de Frankfurt crescia 0,79%.

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No final da manhã, os EUA informaram que as vendas no varejo subiram 0,1% em dezembro, abaixo da previsão de +0,2%, ao passo que os pedidos semanais de auxílio-desemprego cresceram 24 mil, bem acima da expectativa de 8 mil solicitações. Já na Europa, o BCE não surpreendeu ao manter a taxa básica de juros na zona do euro em 1% ao ano, mas o presidente da autoridade monetária alertou que a perspectiva econômica na região está sujeita a incertezas e o risca é negativo.

A reação positiva do exterior aos bem-sucedidos leilões de títulos soberanos da Espanha e da Itália pode ter continuidade ao longo do dia, caso a agenda norte-americana seja favorável e não ocorram declarações negativas sobre a crise europeia. Às 11h11, o Ibovespa subia 0,81%, aos 60.447,29 pontos.

"Só falta superar os 60 mil pontos", comenta o analista gráfico da Ágora Invest Daniel Marques. Segundo ele, considerando-se outras variações gráficas, como fundos e volumes, todas já foram rompidas e, agora, só falta a ruptura desse nível. "É um divisor de águas importante", sinaliza o profissional, explicando que os negócios locais ficariam destravados e abriram espaço para uma arrancada.

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De fato, Itália e Espanha mandaram uma mensagem aos mercados hoje de que, talvez, não sejam as próximas vítimas da crise das dívidas na Europa. Em leilões de títulos soberanos, os dois países arrecadaram recursos a taxas menores. O governo espanhol foi surpreendido por uma forte demanda e levantou praticamente o dobro do esperado, na operação em que ofertou bônus com vencimentos em 2015 e 2016 e pagou um yield médio abaixo da marca de 4%.

Porém, esse otimismo será testado inúmeras vezes hoje. Ainda na Europa, o Banco Central Europeu (BCE) anuncia daqui a pouco a atualização da taxa básica de juros na zona do euro e o presidente da instituição, Mario Draghi, concede entrevista coletiva, logo mais, para comentar a decisão.

Já nos EUA, a agenda econômica ganha força hoje. Às 11h30, saem as vendas no varejo norte-americano em dezembro e os pedidos de auxílio-desemprego feitos nos EUA na primeira semana do ano. Também serão conhecidos os estoques das empresas em novembro (13h) e o resultado das contas do governo em dezembro (17h).

Por aqui, o IBGE informou que as vendas do comércio varejista brasileiro subiram 1,3% em novembro ante outubro, ficando acima do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções. Na comparação com novembro de 2010, o avanço de 6,8% das vendas em novembro do ano passado também superaram as previsões.

A vulnerabilidade na Europa permanece como um fator de risco aos negócios e volatilidade deve ditar o tom do pregão na Bovespa, neste dia de agenda econômica fraca no exterior. Apesar da expectativa dos mercados financeiros com o primeiro encontro de 2012 entre os líderes europeus Angela Merkel e Nicolas Sarkozy, os investidores estão céticos de que serão impressionados por qualquer novidade em relação à crise das dívidas na zona do euro. Às 11h14, o Ibovespa subia 0,22%, aos 58.726,45 pontos.

Um operador de uma corretora paulista acredita que a sessão de hoje deve seguir à risca a regra que marcou a renda variável em 2011, quando a ausência de um tomador final e operações de hedge travaram os negócios locais. "A Bolsa segue sem um fluxo direcional e quem compra ações, fica 'vendido' em índice futuro", exemplifica, acrescentando que, agindo assim, os investidores fazem uma operação de renda fixa na renda variável.

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Com isso, o Ibovespa segue em tendência indefinida no médio prazo e só deve ter forças para confirmar a recente trajetória de alta se conseguir romper uma resistência em torno dos 58,9 mil pontos e seguir em direção aos 59,5 mil pontos e 60 mil pontos.

Mas, para hoje, os agentes devem seguir avessos ao risco, diante das preocupações crescentes sobre o sistema financeiro na Europa. Segundo o Banco Central Europeu (BCE), o uso da linha de depósitos overnight atingiu novo recorde histórico, refletindo a tensão no mercado de crédito interbancário e o empoçamento de liquidez. A fim de elaborar uma frente unida para salvar o euro e resgatar o crescimento econômico na zona da moeda única, a chanceler alemã e o presidente francês reuniram-se hoje cedo em Berlim.

Nas declarações iniciais feitas à imprensa, Merkel avaliou que as conversas entre os países da União Europeia (UE) sobre o pacto fiscal estão indo bem e disse que as discussões em torno dos mecanismos para aumentar o financiamento do fundo europeu de resgate podem ser aceleradas. É válido lembrar que Sarkozy está tentando ganhar terreno na corrida pela eleição presidencial na França neste ano. Segundo a mais recente pesquisa eleitoral, seu concorrente do Partido Socialista, François Hollande, tem 54% das intenções de voto.

A Bolsa de Tóquio apresentou queda nesta sexta-feira. O pessimismo sobre a capacidade do euro se recuperar em relação ao iene provocou a expansão das vendas entre as ações expostas à zona do euro, tais como os termômetros Canon e Sony.

O Nikkei caiu 98,36 pontos, ou 1,2%, e terminou aos 8.390,35 pontos. Na primeira semana do ano, com apenas três pregões, o índice acumulou perda de 0,8%. O volume de negociações retornou ao normal, com 1,54 bilhão de ações, o maior desde 15 de dezembro. O mercado estará fechado na segunda-feira por ser feriado.

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Com o euro batendo novamente um recorde de baixa de 11 anos frente ao iene, os investidores não estavam dispostos a assumir riscos antes do fim de semana prolongado no Japão e dos próximos leilões de títulos da Europa, disse Toshiyuki Kanayama, analista de mercado da Monex. Hiroaki Osakabe, diretor de fundos da Chibagin Asset Management, acrescentou que os investidores estão também de olho vivo nos dados do payroll dos Estados Unidos, a serem divulgados mais tarde.

Ações com exposição ao euro ficaram sob pressão de venda constante ao longo de toda a sessão. Canon fechou em queda de 0,7%, enquanto Nikon caiu 1% e Sony perdeu 2%.

Entre os papéis com desempenho positivo, Fast Retailing adicionou 0,4%, após anunciar forte aumento nas vendas em dezembro. JVC Kenwood disparou 9,2%, depois que a Panasonic, sua principal acionista, informou que vai vender quase todas as ações da empresa no mercado aberto. As informações são da Dow Jones.

A Bolsa de Tóquio fechou em baixa, após o dado pior do que o esperado sobre a produção industrial abalar o humor dos investidores, enquanto as incessantes apreensões sobre o destino da Tokyo Electric Power (Tepco) lançaram as ações da empresa de energia à mínima recorde. O Nikkei cedeu 16,94 pontos (0,2%), a 8.423,62 pontos, após recuo de 0,5% no dia anterior. O volume de negócios continuou enfraquecido e totalizou 1 bilhão de ações. No entanto, o giro superou o movimento dos dois pregões anteriores, que foram os menores de 2011.

O clima foi abalado pelo dado que mostrou que a produção industrial japonesa caiu 2,6% em novembro, ante outubro, embora economistas tenham feito comentários encorajadores sobre as previsões fortes para dezembro e janeiro.

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As ações da Tepco despencaram 12%, para 186 ienes - nova mínima recorde - após o ministro da Indústria e Comércio do Japão, Yukio Edano, afirmar que a empresa de utilidade pública precisa de uma reconstrução fundamental de suas finanças e que a companhia deveria considerar todas as opções, incluindo a de um controle estatal temporário. As ações da Tepco perderam 91% desde 11 de março, quando o terremoto que devastou a região Nordeste do Japão provocou a pior crise nuclear do país.

A Sharp fechou com perda de 3,2%, depois que a promotoria geral do Estado de Nova York informar que a companhia, a sul-coreana Samsung Electronics e mais cinco outras empresas da Ásia fecharam um acordo para pagar US$ 553 milhões para encerrar um litígio sobre práticas ilegais na fixação de preços de displays de cristal líquido. As informações são da Dow Jones.

As ações negociadas na Bolsa de Tóquio registraram um declínio modesto nesta terça-feira, em meio a um ambiente de volume leve e diante da falta de catalisadores antes dos indicadores que serão apresentados durante esta terça-feira nos EUA. O Nikkei caiu 38,78 pontos (0,5%), para 8.440,56 pontos, após ter subido 1% no dia anterior. O volume de negócios voltou a ser o menor do ano pelo segundo dia consecutivo, com apenas 807 milhões de ações movimentadas no pregão.

O enfraquecimento de ações de peso relevante no índice Nikkei, como Olympus e Takashimaya, ofuscou as expectativas de maior demanda para reconstrução do país que sustentaram os ativos de companhias de construção como a Obayashi e Kajima.

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As ações da Olympus perderam 2%, após o comitê de auditoria formado por especialistas externos à empresa informar não terá tempo hábil para entregar um relatório preliminar até o final do ano, prazo estabelecido como deadline para a apresentação do documento.

Os papéis da Takashimaya perderam 3,6%, após a rede de lojas de departamento anunciar seu resultado no período março a novembro, ontem depois do fechamento do pregão. A empresa informou lucro líquido de 6,84 bilhões de ienes no período, o que representou uma queda de 35,4% ante igual período anterior.

Entre as construtoras, a Obayashi avançou 1,8% e a Kajima, 2,2%. "Os projetos mais focados no ano fiscal de 2012 serão os de descontaminação do solo e dos prédios de Fulushima contaminados por substâncias radioativas", informou a Daiwa Securities Capital Market em comunicado a clientes. As informações são da Dow Jones.

As Bolsas de Nova York fecharam em alta, com o Dow Jones e o S&P registrando ganhos pela terceira sessão consecutiva, após dados mostrarem que os pedidos semanais de auxílio-desemprego caíram para o menor nível em três anos e com a melhora no índice de sentimento do consumidor em dezembro.

O Dow Jones subiu 61,84 pontos (0,51%) e fechou a 12.169,58 pontos, com 22 de seus 30 componentes no território positivo. No acumulado do ano, 18 componentes registram ganhos, com destaque para os papéis do McDonald's, que têm valorização quase 29%. O S&P 500 subiu 10,28 pontos (0,83%), para 1.254,00 pontos. Dos seus dez setores, o destaque positivo ficou com as empresas financeiras. O Nasdaq avançou 21,48 pontos (0,83%), a 2.599,45 pontos.

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Para cada ação caindo, quatro subiram hoje na New York Stock Exchange (NYSE), onde 3,2 bilhões de ações tinham sido negociadas até as 19 horas (de Brasília). O volume normal é de 4,3 bilhões de ações. Com apenas mais cinco sessões em 2011, o Dow Jones acumula alta de 5,1% no ano, enquanto o S&P tem queda de 0,29%. O Nasdaq registra retração de 2%.

As bolsas foram impulsionados pela queda de 4 mil nos pedidos de auxílio-desemprego na semana encerrada em 17 de dezembro, para 364 mil solicitações. Os analistas previam elevação de 14 mil pedidos. O total de pedidos é o menor desde abril de 2008.

Já o Departamento de Comércio revisou o crescimento do PIB norte-americano no terceiro trimestre para 1,8%, da leitura preliminar de 2%. A previsão dos analistas também era de 2%. "A menos que algo drástico ocorra na Europa, eu acredito que os mercados devem subir até o fim do ano", comentou Reed Choate, gestor de portfólio da Neville, Rodie e Shaw. "Nós temos vistos indicadores econômicos relativamente bons. Investidores querem que o ano acabe logo". As informações são da Dow Jones.

A Bovespa abriu o pregão de em baixa, depois de ter subido quase 3% ontem, praticamente zerando a perda acumulada em dezembro. Mas os ventos favoráveis que vieram do exterior, na véspera, perderam força hoje, deixando os negócios locais "de ressaca", diante do fôlego curto para aproximarem-se dos 60 mil pontos. Às 11h11, o Ibovespa caía 0,87%, aos 56.369,39 pontos.

"Os mercados internacionais içaram a Bolsa ontem, mas hoje os investidores parecem estar de ressaca", comenta o chefe da mesa de renda variável de uma corretora paulista. Para ele, esse sentimento "nauseado" e "fatigado" dos negócios deve se prolonga durante as próximas sessões, principalmente na última semana de dezembro. "Se houver alguma tentativa de melhora, deve ser entre hoje e sexta-feira", acrescenta, prevendo como improvável uma retomada dos 60 mil pontos até o fim do ano.

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Mas o exterior não favorece hoje uma nova rodada de ganhos vigorosos, e o sinal negativo prevaleça entre os ativos. Em princípio, os mercados acionários gostaram da alocação de quase € 500 bilhões feita pelo Banco Central Europeu (BCE) em operação de refinanciamento de três anos, com uma demanda feita por mais de 500 instituições financeiras.

Porém, os investidores fizeram uma releitura dos números e viram que a operação do BC europeu pode ser insuficiente para aliviar o mercado de bônus soberanos, bem como eleva as incertezas quanto à necessidade de liquidez entre os bancos.

Já em Wall Street, as bolsas aguardam uma nova surpresa sobre o mercado imobiliário, após a inesperada alta das obras de moradias iniciadas em novembro, ontem. Hoje, às 13 horas, saem as vendas de moradias usadas no mês passado. Às 13h30, é a vez do relatório oficial sobre estoques de petróleo bruto e derivados no país na semana passada.

Ao roubar a bolsa de uma mulher, por volta das 18h30 de ontem, na Rua Voluntários da Pátria, região de Santana, na zona norte de São Paulo, Cassiano Bier Ghion, de 42 anos, ex-professor de Ciência da Computação da Universidade de São Paulo (USP), foi flagrado e preso por policiais civis segundos após o ataque à vítima.

Viciado em crack há pelo menos dois anos, o acusado, que teria ameaçado a mulher utilizando um caco de vidro, diz que mora na rua e gasta muito dinheiro por dia para sustentar a dependência química. Encaminhado para o 13º Distrito Policial, da Casa Verde, Cassiano foi autuado em flagrante por roubo e pode pegar até 10 anos de prisão.

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A volatilidade deve ditar o ritmo da Bovespa hoje, com o vencimento de índice futuro adensando os negócios locais em dia de pessimismo renovado nos mercados internacionais. Às 11h03, o Ibovespa recuava 0,39%, aos 57.267,95 pontos. A briga entre "comprados" e "vendidos" deve ficar mais acirrada nas horas finais do pregão, ao mesmo tempo que os investidores digerem o noticiário vindo do exterior.

Segundo um operador da mesa de renda variável, o vencimento do contrato de dezembro do Ibovespa futuro e o exercício de opções sobre o Ibovespa pode potencializar ou amortecer a queda da Bolsa, a depender de onde será exercida maior pressão entre os investidores. "Pode haver uma rolagem dos contratos para fevereiro ou uma zeragem das posições em aberto", avalia.

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No exterior, o sinal negativo prevalece nos dois lados do Atlântico. Os investidores ainda assimilam os resultados dos leilões de bônus italianos e alemães. Enquanto a Itália vendeu todos os papéis ofertados, levantando 3 bilhões de euros na operação, mas pagando o yield médio mais elevado da história do euro para os vencimentos de cinco anos, a 6,47%; a Alemanha vendeu 4,18 bilhões de euros em títulos para 2013, pagando um yield de 0,29% - o mais baixo em um leilão de bônus de dois anos desde a criação do euro.

Ao que tudo indica, os investidores seguem apreensivos quanto à capacidade de financiamento na zona do euro - principalmente entre os PIIGS -, o que alimenta a busca por ativos seguros. O analista da Um Investimentos, Eduardo Oliveira, lembra ainda, em relatório, que os mercados financeiros seguem pessimistas com o desenrolar da atividade mundial, principalmente após o Federal Reserve não indicar, ontem, que promoverá incentivos à economia dos EUA e alertar para os riscos significativos de deterioração da recuperação norte-americana.

O alívio dos mercados financeiros com a reunião de líderes europeus foi passageiro e a semana começa com as "velhas novas" medidas na Europa assolando os negócios pelo mundo. Para a Bovespa, a queda dos preços das commodities agrava a perspectiva de perdas para o dia e a proximidade do vencimento de índice futuro adiciona volatilidade. Às 11h04, o Ibovespa recuava 0,34%, aos 58.036,51 pontos. Os investidores devem seguir na defensiva, atentos ao pronunciamento das agências de classificação de risco sobre os ratings dos 27 países da União Europeia.

O estrategista de renda variável de uma corretora paulista lembra que os recentes dias de alta da Bolsa foram apoiados nos ganhos das ações de maior peso e de setores com participação mais relevante no Ibovespa, o que facilita uma desmontagem rápida dessas posições. "Caso ocorra alguma notícia adversa, fica mais fácil se desfazer desses papéis", comenta, alertando que esse pode ser o prognóstico do dia.

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O fim de semana trouxe poucas novidades no front econômico, após o desfecho da cúpula da UE na última sexta-feira. Apesar dos esforços dos países do bloco de caminharem rumo a uma integração fiscal - e não apenas uma união monetária - permanecem as dúvidas quanto aos obstáculos que podem surgir nesse percalço e à inabilidade das linhas especiais de crédito europeias bem como do próprio Banco Central Europeu (BCE) para lidar com a crise das dívidas soberanas no curto prazo.

Além disso, os persistentes alertas das agências de classificação de risco

azedam ainda mais o apetite dos investidores. Após a Standard & Poor's afirmar que continua provável o risco de um rebaixamento (downgrade) em série na Europa, a Moody's disse hoje que a ausência de medidas políticas decisivas mantém em uma fase crítica a situação no Velho Continente.

Na Bolsa, a pressão pode ser ainda maior por causa das perdas aceleradas das commodities, que vêm sofrendo com indícios de desaceleração da economia chinesa e com o fortalecimento do dólar ante o euro. Na quarta-feira acontece o vencimento do contrato de dezembro do Ibovespa futuro e o exercício de opções sobre o Ibovespa, o que pode aguçar o sobe-e-desce do pregão.

O mercado de capitais brasileiro deve receber em breve uma empresa de um setor, à primeira vista, não muito identificado com esse mundo. A Intercosmetic Holding, que entrou com pedido inicial de companhia aberta na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), porém, vê esse mercado como uma fonte de recursos para financiar o desenvolvimento de uma rede de salões de beleza e cabeleireiros.

O objetivo da empresa é ingressar no Bovespa Mais - um segmento da Bolsa de Valores mais dedicado a empresas de pequeno e médio porte - no ano que vem, e captar R$ 75 milhões em leilões no mercado de balcão organizado. Os recursos serão utilizados na aquisição de empresas. No primeiro desses leilões, a companhia pretende oferecer 10% do capital.

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A Intercosmetic pretende ser um veículo de financiamento de organizações menores no segmento de beleza e cabeleireiros. "Nossa intenção é divulgar duas aquisições no primeiro trimestre e, em 5 anos, ter uma rede com 500 salões de beleza", diz Alexandre Souza de Azambuja, diretor de Relações com Investidores da empresa.

Seu formato será semelhante ao da nova-iorquina Regis Corporation, que tem 12,7 mil salões e ações listadas em bolsa. Segundo Azambuja, não há nada parecido na América Latina e esse é um dos trunfos que a nova rede pretende utilizar para atrair investidores no mercado de capitais. "O maior player da região tem 64 salões", diz ele, referindo-se à rede de salões Jacques Janine.

O capital social da Intercosmetic é de R$ 637 mil. Segundo Azambuja, assim que a CVM conceder o registro de companhia aberta, a nova empresa listará ações no Bovespa Mais. "Este segmento está abandonado e não tem cumprido o seu papel, que é ser a porta de entrada para 'microcapitalizações' no mercado de capitais", disse ele à Agência Estado.

Com essa iniciativa, Azambuja acredita que a Intercosmetic criará um novo segmento de ações, o que ele apelida de micro caps, ou seja, ainda menor que as small caps - como são conhecidas as ações com pouca liquidez, em geral de empresas de pequeno e médio porte. "Muitas empresas postergam um IPO (oferta pública inicial de ações, na sigla em inglês) grande e prejudicam o desenvolvimento mais dinâmico da organização. Vamos inverter a lógica. Ao invés de procurar financiamento barato no final da vida econômica da empresa, queremos que o mercado de capitais seja o ponto de partida para novas organizações", disse.

Segundo ele, a empresa busca criar visibilidade com captações menores. "O IPO será mais para a frente", diz Azambuja. Em seu plano de negócios, a Intercosmetic também planeja crescer organicamente e trabalhar de maneira segmentada para um público diversificado. Está prevista a criação de cerca de quatro marcas, que atenderão desde o consumidor "premium" até as classes mais populares.

O controle acionário da empresa está atualmente nas mãos de Oziel Barbosa de Figueiredo, proprietário da Codal (Companhia de Colonização e Desenvolvimento Rural), com 92%. O restante está divido entre a Templars, antiga Templeton Trust - empresa de investimentos que prepara organizações para abertura de capital -, e o próprio Azambuja.

Criada em junho do ano passado, a Intercosmetic está em fase pré-operacional e, por conta disso, não possui ativos. Embora a nova rede visualize expansão nacional, a região alvo de atuação é o Sul do Brasil, com foco no seu Estado de origem, o Paraná.

O governo da Inglaterra, através do programa Chevening, oferece bolsa de especialização e mestrado em universidades do Reino Unido. As despesas serão por conta do Ministério de Relações Exteriores Britânico.

Brasileiros que desejam estudar em um mestrado de tempo integral, com duração máxima de 12 meses, no ano de 2012, devem fazer a inscrição até o dia 3 de fevereiro, pela internet.

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Os temas prioritários para a concessão de bolsas de estudo são mudança climática; resolução de conflitos e segurança; desenvolvimento sustentável e energia; finanças e economia; direitos humanos e desenvolvimento; relações internacionais; política e administração esportiva; e áreas do direito relacionadas aos temas citados anteriormente.

O valor de 12 mil libras esterlinas é a quantia máxima coberta pelo programa. Para os candidatos que querem cursar um mestrado, cujas taxas equivalem a um valor maior que as 12 mil libras esterlinas, eles deverão cobrir a diferença com finanças próprias. As passagens aéreas também não serão pagas.

Os documentos que os concorrentes apresentarão durante a entrevista de seleção são os seguintes: cópia do diploma e histórico de graduação e pós-graduação, certificados de conclusão de cursos ligados à área de estudo ou trabalho do candidato, cuja duração seja superior a 100 horas, duas cartas de referência em inglês dirigidas ao British Council e cópia autenticada do IELTS, feito nos dois últimos anos, com resultado mínimo de 6.5 no teste acadêmico.

Todo processo seletivo será realizado por meio de análise de formulário preenchido online, além de entrevistas. Mais informações podem ser vistas no endereço eletrônico do Chevening.

 

A Bolsa de Tóquio encerrou em alta nesta segunda-feira, com a média do índice Nikkei fechando próximo a um mês de alta. Os exportadores se beneficiaram com as medidas de austeridade tomadas pelo governo italiano, o que ajudou a enfraquecer o iene. Além disso, a gigante do setor de varejo, Fast Retailing, teve uma apreciação favorável dos dados de vendas de sua subsidiária Uniqlo.

O índice Nikkei subiu 0,6%, em 8.695,98 pontos, seguindo o avanço de 0,5% da sessão anterior. O Índice agora subiu em cinco dos últimos seis pregões. O fechamento assinalado hoje foi o mais alto desde 9 de novembro.

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O volume de negócios manteve-se relativamente estreito, com 1,43 bilhão de ações negociadas.

"As medidas de austeridade estão profundamente interligadas", disse Kenichi Hirano, diretor operacional da Tachibana Securities. "Isso deu ao Nikkei uma direção", completou Hirano. Segundo ele, as atenções estão agora voltadas para a reunião agendada entre a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, que deverá ocorrer na tarde de hoje.

O sentimento dos investidores também foi ajudado pelos animadores dados sobre o emprego nos EUA, mostrando que a taxa de desemprego caiu para seu nível mais baixo em novembro, em 32 meses.

As ações de vários grandes exportadores japoneses superaram os índices amplos no pregão, como os papéis da Toyota que subiram 2,7% e os da Nikon, 2,4%. As informações são da Dow Jones.

O exterior dá hoje o 'empurrãozinho' que ficou faltando ontem, facilitando o desafio da Bovespa de retomar os 60 mil pontos em breve. Ainda que essa marca não seja reconquistada hoje - para tanto seriam necessários ganhos acima de 3% -, a aproximação ao novo patamar passa por um número favorável sobre o mercado de trabalho nos EUA. Qualquer frustração com o payroll, logo mais, é capaz de desarmar os ganhos dos mercados internacionais nesta manhã, penalizando também os negócios locais. Às 11h10, o Ibovespa subia 1,18%, aos 58.828,03 pontos.

Passada a euforia da renda variável doméstica com o fim da cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para aplicações de investidores estrangeiros, a Bolsa volta a acompanhar mais de perto o cenário externo. "Hoje é outro dia", comenta um operador. Segundo ele, a isenção do tributo "veio para ficar" e continuará beneficiando as operações, ante a perspectiva de fluxo mais elevado. "Mas se a aversão ao risco voltar, não tem fim de IOF que salve", acrescenta.

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Mas o mau humor passa longe dos mercados financeiros nesta sexta-feira, com os índices futuros das Bolsas de Nova York e as principais bolsas europeias exibindo ganhos acima de 1%, alimentando esperanças por uma surpresa positiva com o relatório do mercado de trabalho nos EUA. O chamado payroll será divulgado às 11h30 e a previsão é de abertura de 125 mil vagas, com a taxa de desemprego seguindo em 9,0%.

Além disso, declarações feitas pelo presidente da França, Nicolas Sarkozy, que prometeu "refundar" a Europa, e pela chanceler da Alemanha, Angela Merkel, que clamou por uma união fiscal mais próxima renovam as expectativas de que uma solução para a crise das dívidas na zona do euro será encaminhada até o encontro de cúpula da Europa, na semana que vem.

Era o que a Bovespa queria ouvir há tempos. O Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para investidores estrangeiros caiu de 2% para zero, segundo anunciou hoje o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Imediatamente após a divulgação, o índice Bovespa futuro, que sinalizava uma abertura apática do pregão, acelerou a alta para além de 3%, o que deve facilitar a caminhada do índice à vista rumo aos 60 mil pontos, em breve. O cenário internacional e agenda econômica dos EUA, contudo, continuam sendo monitorados. Às 11h11, o Ibovespa subia 1,94%, aos 57.976,39 pontos.

Para o economista da Legan Asset, Fausto Gouveia, a medida anunciada há pouco pelo governo brasileiro escancara a porta para a entrada dos investidores estrangeiros na renda variável brasileira. "Abre espaço para a volta dos 'gringos' e pode contribuir para o ingresso da pessoa física nacional também", acredita. Para ele, os preços das ações, que foram duramente castigadas ao longo de 2011, tornam-se ainda mais atrativos.

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Mas o chefe da mesa de renda variável de uma corretora paulista mostra-se mais cético. "Por que não fizeram isso antes?", indaga. Ele lembra que a Bolsa ficou "largada" ao longo do ano - até novembro foram apenas três meses, de um total de 11, em que houve valorização do Ibovespa - e não vai ser agora que 2011 será salvo. "Não fizeram nada pela Bolsa até agora, mas, antes tarde do que nunca", reconhece.

Para ele, a reação à medida do governo anunciada nesta manhã pode não ter um efeito contínuo. "O 'gringo' não estava deixando de operar por causa do IOF. Não dá para saber, ainda, o quanto a retirada desse tributo pode representar para o mercado", diz, acrescentando que, em todo caso, a medida vai criar uma volatilidade adicional na Bolsa.

Durante o anúncio de um pacote de medidas para facilitar o crédito e estimular a economia, Mantega afirmou que os investidores estrangeiros passam a ficar isentos de pagar IOF nas aplicações em bolsa de valores no Brasil. Na compra de ações, esses investidores atualmente são taxados em 2% de IOF e, a partir de agora, pagarão zero de imposto.

A Bolsa de Tóquio subiu acentuadamente na quinta-feira com a ação conjunta dos bancos centrais, durante a noite, para aumentar a liquidez em dólares. A medida deu aos investidores motivos para acreditar que uma crise global de crédito pode ser evitada, o que estimularia uma ampla recuperação liderada pelas ações do setor financeiro, como as do grupo Mitsubishi UFJ Financial.

O índice Nikkei avançou 1,93%, em 8.597.38 pontos, após a queda de 0,5% na prévia da sessão. O índice soma agora 5,4% sobre as últimas quatro sessões. O volume de negócios totalizou 2 bilhões de ações, o maior desde 28 de outubro.

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Além da ação conjunta dos seis maiores bancos centrais para tentar fortalecer a liquidez global, a alta da Bolsa de Tóquio deveu-se também à decisão do Banco do Povo da China (PBOC) de cortar o compulsório em 0,5 pp para estimular sua atividade industrial. Outro fato importante foram os sólidos indicadores econômicos dos EUA apresentados pela ADP Private sobre o emprego.

"O risco de queda das ações japonesas em virtude da crise da dívida soberana da Europa parece estar diminuindo", disse Hideyuki Ishiguro, supervisor de estratégia de investimento da Okasan Securities.

O gerente-geral de investimento, estratégia e pesquisa da Daiwa Securities, Kazuhiro Takahashi, disse que, salvo qualquer decepção com o relatório sobre emprego nos EUA (no-farm payrolls), que abrange cerca de 80% da força de trabalho americana, a ser divulgado amanhã, e a cúpula da União Europeia no dia 9, o Nikkei terá condições de se sustentar com ganhos ao longo da próxima semana.

As ações do grupo Mitsubishi UFJ Financial e as do grupo Sumitomo Mitsui Financial tiveram o mesmo avanço, de 3,0%. Os papéis das siderúrgicas também fecharam em alta, uma vez que elas foram ajudadas pelo recuo da atividade industrial na China. As ações da Nippon Steel subiram 7,1% e as da Kobe Steel avançaram 7,5%. As informações são da Dow Jones.

A Bolsa de Tóquio fechou em baixa nesta quarta-feira, em grande parte pela realização de lucros, após duas sessões de fortes ganhos. O rebaixamento da nota de vários bancos globais pela agência de classificação de risco Standard & Poor's gerou um atrativo adicional para a venda de ações no setor financeiro.

O índice Nikkei caiu 0,5%, em 8.434,61 pontos, após os ganhos de 2,3% obtidos na terça-feira, e de 1,6%, na segunda-feira.

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O volume foi um pouco mais forte do que em sessões recentes, totalizando 1,76 bilhão de ações negociadas, o maior volume desde 10 de novembro.

"As instituições financeiras japonesas dizem que sua exposição à Europa é relativamente limitada, mas as preocupações permanecem", comentou um especialista de mercado. "As ações dos bancos estão próximas de patamares baixos para perspectivas de médio e longo prazo, mas não está claro quando isso repercutirá", disse o especialista.

Os exportadores fizeram realização de lucros, bem como as peso-pesadas Fanuc, cujos papéis caíram 2,5%, e a Kyocera, que recuou 1,6%. Por outro lado, as ações da gigante de tecnologia Pioneer subiram 6,7%. As informações são da Dow Jones.

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) operava com leve alta de 0,30%, aos 56.182,91 pontos, minutos após a abertura, mas continua refém do cenário nebuloso na Europa. A esperança com a reunião de hoje dos ministros de Finanças da zona do euro (Eurogrupo), às 14 horas, dá um pouco de fôlego às bolsas europeias, o que também se reflete no Brasil. Dados dos EUA a serem divulgados no fim da manhã e no início da tarde também estão no radar dos investidores.

À tarde, os ministros de finanças da zona do euro tentarão avançar em direção a um aumento no poder de fogo da Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês). Há também expectativa de que no encontro seja tomada uma decisão sobre a próxima parcela da ajuda financeira oferecida à Grécia.

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A esperança de uma solução - que tem alimentado os mercados há tempos - mais uma vez abre espaço para ganhos moderados lá fora e aqui. Porém, tudo pode mudar. "Se não houver nada de concreto em Bruxelas (na reunião do Eurogrupo), pode haver uma realização de lucros rápida no Brasil, até para digerir a alta de ontem do Ibovespa", afirmou um operador de renda variável.

Dados de vendas de moradias nos Estados Unidos, a serem divulgados às 12 horas (S&P/Case-Shiller) e às 13 horas (FHFA) serão observados com atenção, assim como o índice de confiança do consumidor norte-americano em novembro, a ser divulgado também às 13 horas.

Na Europa, contribui para o clima mais ameno o leilão de bônus da Itália, que captou 7,499 bilhões de euros, de uma quantia pretendida ente 5 e 8 bilhões de euros, em papéis com vencimentos diversos (3, 9 e 10 anos). Porém, o custo foi alto: mais uma vez, as taxas representaram um recorde desde a adoção do euro, todas acima de 7% - o que traz dúvidas sobre se o país conseguirá sair da crise sem a ajuda de seus pares europeus.

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