O suspeito de raptar no dia 12 a menina Brenda Gabriela da Silva, de 4 anos, de dentro de uma igreja evangélica no Cambuci, foi identificado pela polícia ontem. A foto do ajudante-geral Jorge Antonio Cardozo, de 47 anos, foi reconhecida por cinco testemunhas, mas ele segue foragido.
De acordo com comerciantes que trabalham na Rua Vergueiro, no Paraíso, onde a garota foi reencontrada anteontem, Cardozo estava circulando com ela na região desde quinta-feira passada e teria sido abordado por policias militares na manhã de domingo. Mas foi liberado depois de dizer que a criança era sua filha.
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Brenda foi recuperada pelo estoquista Alex Gomes de Carvalho depois que o estranho que a carregava parou para pedir um lanche na doceira onde o jovem trabalha, também na Rua Vergueiro. Assustado, o homem fugiu deixando para trás uma carroça, a poucas quadras.
A carroça vermelha foi achada na manhã de ontem. Em seu primeiro contato com os policiais, Brenda mencionou ter dormido nela na noite anterior. Ontem, a garota passou por psicólogos e assistentes sociais do Hospital Pérola Byington. O resultado dos exames deve sair em 15 dias.
Dentro da carroça, foram encontrados extratos bancários com o nome de Cardozo. Também foram achados cobertores, roupas infantis, brinquedos e uma mamadeira.
Por meio do Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt (IIRGD), a foto que o ajudante-geral tirou para seu RG foi recuperada e apresentada para as testemunhas. Tanto Brenda quanto Alex reconheceram o homem do registro, que, segundo o delegado-assistente do 6.ºDP (Cambuci), Paulo Cesar de Freitas, não era conhecido da família da garota. Na manhã de ontem, o suspeito solicitou uma segunda via de seu RG.
À noite, ele ainda era procurado pela polícia. "Vamos à residência onde ele morava para colher mais informações", disse Freitas. O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa é o responsável pela investigação.
Na documentação de Cardozo, consta que ele é de Ponta Grossa, no Paraná, tem apenas o primeiro grau escolar e residia em Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo. "Ele disse que foi despejado por não pagar aluguel", contou o garçom Gésio Dantas, de 26 anos, que atendeu Cardozo. Em relação à abordagem policial mencionada por testemunhas, a PM informou, em nota, que vai apurar o caso. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.