Com a chegada da temporada de chuvas em dezembro, biólogos começaram a implantar modelos experimentais de recuperação da caatinga nos trechos afetados pelas obras da Transposição do Rio São Francisco. O processo de recuperação começou em Cabrobró, no Sertão, com a instalação de viveiros de mudas em dois canteiros de obras.
Segundo o Ministério da Integração Nacional, Cabrobró foi o local escolhido para os experimentos devido ao cronograma de conclusão do projeto, já que no município a construção se encontra em fase final de testes. Se o trabalho ocorrer como planejado, deverá ser utilizado também no interior de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte.
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O Ministério da Integração Nacional esclareceu ainda que o trabalho de biólogos do Núcleo de Ecologia e Monitoramento Ambiental (Nema), da Universidade do Vale do São Francisco (Univasf), ocorre desde 2008 com o monitoramento da flora local e o resgate de sementes. Estas sementes estão sendo acondicionadas em uma câmara fria, para formar um banco de reservas na Univasf, já as plantas vivas e as estacas estão sendo transferidas para os viveiros de mudas dos canteiros de obras da transposição.
Meio Ambiente – De acordo com dados do Ministério da Integração Nacional, a Transposição do Rio São Francisco está orçado em R$ 8,2 bilhões, com R$ 1 bilhão (cerca de 12%) direcionado para programas básicos ambientais.
Projeto – A transposição fechou o mês de novembro com 68,7% de execução física concluída. O cronograma prevê que até o final de ano o índice alcançará os 70%.
As obras possuem 11 mil trabalhadores e 3,8 mil máquinas, distribuídos nos estados de Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba. O empreendimento, com 477 quilômetros de obras lineares projetadas, conta com quatro túneis, 14 aquedutos, 9 estações de bombeamento e 27 reservatórios. A conclusão do projeto está prevista para dezembro de 2015.