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O Vasco desperdiçou neste domingo a chance de assumir a liderança do Campeonato Brasileiro. Mais do que isso, passou vexame ao ser goleado pelo lanterna da competição, o América-MG, que fez 4 a 1 nos cariocas jogando em Sete Lagoas (MG), pela 21.ª rodada. Assim, o Vasco parou nos 38 pontos, caindo para terceiro, atrás do São Paulo no saldo de gols. O Corinthians, líder, que também perdeu na rodada, tem 40.

O América não vencia há cinco jogos e o resultado não foi suficiente para tirar a equipe mineira da lanterna, com 17 pontos, mas deu ânimo ao grupo na luta para se manter na primeira divisão.

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Sem o técnico Ricardo Gomes, que segue internado em um hospital do Rio de Janeiro após sofrer um acidente vascular encefálico, o Vasco não soube aproveitar sua superioridade técnica, deixando o América jogar com liberdade na frente.

O primeiro gol saiu aos 19 minutos do primeiro tempo, com André Dias aproveitando um cruzamento e abrindo o placar para os mineiros. Um minuto depois, Juninho Pernambucano, de falta, empatou para o Vasco. Kempes, de pênalti, fez o segundo do América, aos 42.

Os dois times voltaram sem alterações para o segundo tempo, com o Vasco atacando mais em busca do empate. Mas foi o americano Marcos Rocha quem marcou, finalizando um contra-ataque com um chute por cima do goleiro Fernando Prass, aos 13 minutos.

Na metade do segundo tempo, as substituições de Givanildo Oliveira - que trocou Kempes e Ulisses por Léo e Rodriguinho - deram fôlego novo à equipe de Minas. Pelo Vasco, o interino Cristóvão Buarque não teve a mesma sorte. Juninho Pernambucano e Diego Souza saíram para dar lugar a Felipe Bastos e Bernardo, mas o time não melhorou.

Mesmo à frente do placar, foi o América que atacou mais, postura premiada com mais um gol de André Dias, que acertou um chute de fora da área após uma bonita tabela, aos 41 minutos da etapa final. "A chegada do Givanildo está fazendo a diferença. Temos tido bons jogos e todos estão de parabéns", comemorou Amaral, que quase fez o quinto gol mineiro ao acertar o travessão no finalzinho do jogo.

Na próxima quarta-feira, o América enfrenta o Internacional, em Porto Alegre, pela 22.ª rodada do Brasileirão. O Vasco pega o Coritiba, em São Januário, na quinta-feira.

FICHA TÉCNICA:

América-MG 4 x 1 Vasco

América-MG - Neneca; Otávio, Micão e Willian Rocha; Marcos Rocha, Dudu (Leandro Ferreira), Amaral, Ulisses (Rodriguinho) e Gilson; Kempes (Léo) e André Dias. Técnico: Givanildo Oliveira.

Vasco - Fernando Prass; Fagner, Victor Ramos, Renato Silva e Márcio Careca; Rômulo, Eduardo Costa, Juninho Pernambucano (Felipe Bastos) e Diego Souza (Bernardo); Eder Luis e Elton (Leandro). Técnico: Cristóvão Buarque (interino)

Gols - André Dias, aos 19, Juninho Pernambucano, aos 21, e Kempes (pênalti), aos 42 minutos do primeiro tempo. Marcos Rocha, aos 13, e André Dias, aos 41 minutos do segundo tempo.

Árbitro - Sandro Meira Ricci (DF)

Cartões amarelos - Marcos Rocha, Dudu e Renato Silva.

Renda e público - Não disponíveis.

Local - Arena do Jacaré, Sete Lagoas (MG).

Com três gols de André Lima, o Grêmio fez a festa da torcida e goleou o Atlético-PR por 4 a 0, neste domingo, no estádio Olímpico, em partida válida pela 21.ª rodada do Brasileirão. O resultado confirma o bom desempenho do time quando joga como mandante: esta foi a terceira vitória seguida em Porto Alegre. O problema é atuar fora de casa: só somou cinco pontos na competição.

Neste contraste, o Grêmio soma 24 pontos e ocupa agora a 14.ª colocação, com um jogo a menos que a grande maioria dos seus adversários (uma vitória no jogo adiado contra o Santos faria o time ganhar uma posição na tabela, apenas). O Atlético-PR, que perdeu Renato Gaúcho durante a semana, é o penúltimo, com apenas 18 pontos.

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Apesar de converter quatro gols no adversário, o Grêmio não realizou uma partida surpreendente. Celso Roth conseguiu fazer com que o elenco se encontrasse melhor, porém o mau desempenho do Atlético na estreia de Antônio Lopes contribuiu para o bom rendimento gremista.

O primeiro gol surgiu aos 19 minutos do primeiro tempo. Num contra-ataque, o Grêmio tocou a bola até ela sobrar para o argentino Escudero, que tocou rasteiro para o gol.

O time da casa não encontrava dificuldades, já que o visitante entrou em campo totalmente na defensiva. No primeiro tempo, Atlético-PR não fez nenhuma jogada que ameaçasse o goleiro Victor. Apenas aos 17 minutos do segundo tempo o time rubro-negro chutaria contra o gol gremista.

Aos 32 da primeira etapa, numa jogada bem trabalhada, Escudero rolou para André Lima, que converteu o segundo gol tricolor. E mais estava por vir. Já no segundo tempo, o Grêmio ampliou. Júlio César cruzou pela esquerda, a defesa do Atlético afastou para a entrada da área e André Lima, bem colocado, dominou e chutou forte no canto.

Como se não bastasse, aos 20 minutos o equatoriano Guerrón, que recém havia entrado no lugar de Wagner Diniz, calçou Júlio César dentro da área. O árbitro marcou pênalti, cobrado e convertido por André Lima.

O goleador da partida, que voltou à boa fase neste jogo, acabou levando seu terceiro cartão amarelo em uma falta desnecessária no campo de defesa do Atlético e ficará de fora da próxima partida, contra o Bahia, quinta-feira, em Pituaçu. Já o Atlético-PR recebe o Palmeiras, na Arena da Baixada, na quarta-feira.

FICHA TÉCNICA:

Grêmio 4 x 0 Atlético-PR

Grêmio - Victor; Mário Fernandes, Edcarlos, Saimon e Julio Cesar (Bruno Collaço); Fernando, Rochemback, Marquinhos (Adilson), Douglas e Escudero; André Lima (Brandão).

Técnico: Celso Roth.

Atlético-PR - Renan Rocha; Manoel, Fransérgio e Fabrício; Wagner Diniz (Guerrón), Deivid, Cléber Santana, Marcinho (Wendel Santos) e Paulinho; Madson (Edigar) e Pablo. Técnico: Antônio Lopes.

Gols - Escudero, aos 19, e André Lima, aos 32 do primeiro tempo, aos 15 e aos 21 do segundo.

Árbitro - Sálvio Spínola Fagundes Filho (Fifa-SP).

Cartões amarelos - Edcarlos, André Lima, Guerrón, Fabrício e Pablo.

Renda - R$ 316.813,00.

Público - 18.737 espectadores (total).

Local - Estádio Olímpico, em Porto Alegre.

O Flamengo não é o mesmo sem Ronaldinho Gaúcho. No mês passado, sem o craque, o time já havia sido goleado pelo Atlético-GO, por 4 a 1, no Rio, e neste domingo protagonizou outro vexame. Com o astro na seleção brasileira, para a disputa de amistoso contra Gana, em Londres, a equipe rubro-negra foi derrotada pelo Bahia, por 3 a 1, no Engenhão.

Indignada, a torcida vaiou o Flamengo, que vive seu pior momento na temporada: completou seis rodadas sem vencer no Campeonato Brasileiro e está em quinto lugar, com 36 pontos. O Bahia, além da convincente vitória, que o afasta um pouco mais da zona de rebaixamento, está perto de ter um novo treinador: Joel Santana, recentemente demitido do Cruzeiro. O técnico deve ser apresentado na segunda.

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Os dois times entraram em campo com o mesmo martírio: não venciam há cinco rodadas no Brasileirão. Era preciso acabar com esse jejum. O empate, nestas circunstâncias, seria péssimo para ambos. O Flamengo precisava ganhar para seguir firme na luta pelo título. Já a equipe baiana necessitava dos três pontos para se distanciar da área de descenso.

"É claro que o Ronaldinho faz falta. Mas é preciso se acostumar", disse o técnico Vanderlei Luxemburgo, antes de a bola rolar. Pelo visto, o Flamengo cisma em não se acostumar a jogar sem seu craque. Contra o Bahia, o time carioca não jogou rigorosamente nada o jogo inteiro.

O primeiro tempo foi ainda pior: sofreu três gols. O primeiro, do zagueiro Titi. Após cruzamento, a bola foi desviada e caiu no pé do defensor, que estufou a rede. Logo em seguida, o Flamengo empatou, em cobrança de falta do meia Renato que desviou na barreira e complicou a vida do goleiro Tiago.

O Bahia, no entanto, não se abateu e respondeu à altura. O lateral Dodô invadiu a área rubro-negra e chutou por baixo das pernas do goleiro Felipe: 2 a 1. O que já estava ruim, piorou. O atacante Souza, de cabeça, fez o terceiro.

Irritada, a torcida rubro-negra vaiou bastante a equipe assim que o árbitro Alicio Pena Júnior encerrou a etapa inicial. "Time que deseja ser campeão não pode levar esses gols de bola parada", reclamou o lateral-esquerdo Junior César, no retorno para o segundo tempo.

Enquanto o Flamengo não teve força para reagir, o Bahia administrou a partida com sabedoria e bom futebol. O time baiano deu um banho de bola no adversário.

FICHA TÉCNICA:

Flamengo 1 x 3 Bahia

Flamengo - Felipe; Léo Moura (Fierro), Ronaldo Angelim, Gustavo e Junior Cesar; Willians, Renato, Bottinelli (Negueba) e Thiago Neves; Deivid (Diego Maurício) e Jael. Técnico - Vanderlei Luxemburgo.

Bahia - Tiago; Jancarlos, Titi, Paulo Miranda e Dodô; Fabinho, Fahel, Carlos Alberto (Diones) e Ricardinho; Souza (Júnior) e Reinaldo (Jones). Técnico - Eduardo Souza (interino).

Gols - Titi, aos 22, Renato, aos 29, Dodô, aos 32, e Souza, aos 45 minutos do primeiro tempo.

Árbitro - Alicio Pena Júnior (MG).

Cartões amarelos - Carlos Alberto, Gustavo, Reinaldo, Tiago, Renato, Ronaldo Angelim, Ricardinho e Fabinho.

Renda e público - Não disponíveis.

Local - Engenhão, no Rio.

Durou apenas um jogo a trégua na sequência de maus resultados do Corinthians. Neste domingo, a equipe voltou a ser derrotada, desta vez pelo Coritiba, por 1 a 0, num Couto Pereira lotado, pela 21.ª rodada do Brasileirão. Apesar de mais este revés, o time paulista segue líder isolado, com 40 pontos, ainda com dois de folga sobre o São Paulo, segundo colocado. O Coritiba, que só havia somado dois empates nos últimos três jogos, fez as pazes com a vitória e chegou aos 29 pontos, na oitava posição.

Desde que perdeu a invencibilidade no Brasileirão, na 11.ª rodada, o Corinthians entrou em campo mais 11 vezes e só somou 12 pontos. Mesmo assim, com os seguidos tropeços dos seus rivais, segue na liderança. Neste domingo, Vasco e Flamengo perderam para América-MG e Bahia, que lutam contra o rebaixamento.

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Os dois times voltam a campo na quinta-feira, pela 22.ª rodada, para enfrentar equipes cariocas. O Corinthians tem o clássico contra o Flamengo, no Pacaembu, às 21h50. O Coritiba vai ao Rio para enfrentar o Vasco em São Januário, mais cedo, às 20h30.

O JOGO - Apesar dos recentes resultados ruins do Coritiba, a torcida compareceu em peso ao Couto Pereira nesta tarde para apoiar a equipe alviverde contra o líder da competição. Bill, desfalcava o time, pois uma cláusula contratual o impede de enfrentar o clube que o emprestou ao Coritiba. Pelo lado do Corinthians, Ralf (na seleção) e Liedson (suspenso) foram substituídos por Moradei e Willian.

Por jogar em casa, o Coritiba adotou uma postura muito mais ofensiva que a do Corinthians desde os primeiros minutos. Com três atacantes, os paulistas marcavam no campo todo em busca de um contra-ataque decisivo.

Até os 25 minutos, porém, as defesas prevaleceram sobre os ataques. Depois disso, quando o Corinthians conseguiu acertar os contra-ataques, o time visitante passou a criar diversas chances de abrir o placar, o que só não aconteceu por conta de boas defesas de Vanderlei.

Na primeira delas, aos 27, Emerson entrou na área pela direita e bateu cruzado. O goleiro tocou de leve na bola e mandou a escanteio, comemorando bastante a defesa. O árbitro ignorou e marcou tiro de meta.

Outra grande defesa de Vanderlei foi dez minutos depois, numa batida de falta de Chicão. O goleiro se esticou todo e espalmou a cobrança que tinha como endereço o ângulo esquerdo coritibano. Pouco mais fácil foi a terceira boa intervenção de Vanderlei, numa batida de Willian, aos 41. O Coritiba só respondeu com um chute de Tcheco que bateu em Alessandro e saiu em escanteio.

Assim como na primeira etapa, também no segundo tempo o jogo foi sem chances claras de gol nos primeiros minutos. Emoções só a partir dos 20, quando Tcheco cobrou escanteio e Everton Costa, sozinho, chutou para fora. Na resposta corintiana, Willian bateu cruzado e Vanderlei fez a defesa parcial.

Aos 27, saiu o gol alviverde. Rafinha tirou Ramon para dançar e cruzou na cabeça de Everton Costa. Este, ao invés de cabecear para o gol, passou para Jonas, livre no meio da área, só empurrar para as redes, sem marcação.

Já nos acréscimos, Alex, que substituiu Danilo, teve a chance de empatar o jogo. Fez bela jogada individual, deixou o marcador sentado no chão, tirou do goleiro e carimbou a trave. No rebote, Emerson chutou para fora. Antes, aos 40, Alex já havia carimbado o travessão de Vanderlei.

FICHA TÉCNICA:

Coritiba 1 x 0 Corinthians

Coritiba - Vanderlei; Jonas, Jeci, Émerson e Lucas Mendes; Leandro Donizete, Léo Gago (Everton Costa), Rafinha e Tcheco; Marcos Aurélio (Willian Farias) e Anderson Aquino (Caio Vinicius). Técnico - Marcelo Oliveira.

Corinthians - Julio Cesar; Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Ramon; Moradei (Morais), Paulinho e Danilo (Alex); Willian, Jorge Henrique (Taubaté) e Emerson. Técnico - Tite.

Gols - Jonas, aos 27 minutos do segundo tempo.

Árbitro - Wilton Pereira Sampaio (DF).

Cartões amarelos - Emerson, Lucas Mendes, Leandro Donizete, Léo Gago, Anderson Aquino, Willian e Chicão.

Renda - R$ 645.610,00.

Público - 26.572 pagantes (29.248 total).

Local - Estádio Couto Pereira, em Curitiba.

O Internacional não contará com cinco titulares para enfrentar o Ceará, neste domingo, a partir das 18 horas, no Estádio Presidente Vargas, em Fortaleza, pela 21ª rodada do Brasileirão. O volante Élton e os zagueiros Bolívar e Índio estão suspensos, enquanto o meia argentino D'Alessandro sofreu contusão e o atacante Leandro Damião está servindo a seleção brasileira.

Diante de tantos desfalques, o técnico Dorival Júnior teve que mexer na estrutura da equipe, mas já definiu os substitutos. Ele vai escalar os zagueiros Rodrigo Moledo e Juan na defesa, além de colocar o volante Bolatti e o meia Andrezinho no meio-de-campo e de dar uma chance ao atacante Jô no ataque.

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Como a zaga titular passou a ser contestada por parte dos torcedores depois de o time levar dois gols do Grêmio e três do Santos nos dois últimos jogos, os jovens substitutos têm a chance de seguir como titulares se forem bem no jogo.

Depois de perder o Gre-Nal e empatar em casa com o Santos, o Internacional ficou na obrigação de vencer o Ceará neste domingo para não se distanciar muito dos primeiros colocados do Brasileirão. Atualmente com 28 pontos, o time gaúcho ainda sonha com a classificação para a Libertadores do ano que vem.

O jogo parecia decidido para o Atlético-GO, que vencia por 2 a 0 até 37 minutos do segundo tempo. Mas o Fluminense conseguiu uma virada incrível, fazendo três gols em apenas oito minutos, e ganhou por 3 a 2, na noite deste sábado, no Estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda (RJ). Os atacantes Rafael Sóbis, com dois gols, e Rafael Moura, que fez o outro, foram os heróis da vitória do time carioca.

Diante da virada, a torcida deixou o estádio aos gritos de "time de guerreiros" e confiante numa arrancada neste Campeonato Brasileiro. Foi a segunda vitória consecutiva do Fluminense, que chegou aos 31 pontos, agora na sétima colocação. Já o Atlético-GO, após acabar a série de vitórias nos cinco jogos anteriores, permanece com os mesmos 28 pontos.

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Mesmo fora de casa, o Atlético-GO mostrou que poderia buscar a sexta vitória seguida logo aos 10 minutos, quando abriu o placar em Volta Redonda. O gol saiu com rapidez e precisão. O volante Bida cobrou falta com maestria, a bola entrou no ângulo e o goleiro Diego Cavalieri só pulou por dever de ofício. Não havia nada a fazer, a não ser lamentar.

Depois, por cerca de oito minutos, o Fluminense pressionou, buscou o empate de todas as maneiras, criou pelo menos três oportunidades, mas não conseguiu ser eficiente. O Atlético-GO, então, equilibrou a partida. E a torcida do time carioca, irritada, começou a pegar no pé do meia Souza. "Tira ele", gritavam os torcedores.

Antes disso, o meia-atacante Vitor Júnior, sem marcação na área adversária, mandou a bola no travessão, assustando Diego Cavalieri. Seria o segundo gol dos visitantes, o que complicaria - e muito - a vida do Fluminense. "Fazer o quê? Errei poucas vezes, mas me escolheram. Eles estão me vaiando e podem continuar", disse Souza, no intervalo.

O time carioca voltou com uma modificação para a etapa final. Atendendo ao apelo da torcida, o técnico Abel Braga tirou Souza e apostou no argentino Martinuccio. E logo aos 12 minutos o Fluminense teve um pênalti a seu favor. Mas o atacante Rafael Moura cobrou mal e desperdiçou a oportunidade - isolou a bola.

Aí, veio o castigo. O volante Diogo derrubou Vitor Júnior na área: pênalti para o time goiano, convertido pelo goleiro Márcio aos 17 minutos. O jogo, então, parecia decidido. Mas o Fluminense teve forças para buscar a virada.

Aos 37 minutos, o atacante Rafael Sóbis, que entrara no lugar de Ciro, acertou um belo chute e fez um golaço. A partida incendiou ainda mais no instante em que Rafael Sóbis carimbou a trave de Márcio. Logo em seguida, ele conseguiu marcar novamente, aproveitando o rebote do goleiro do Atlético-GO. E, já aos 45, Rafael Moura desviou de cabeça, garantindo a vitória do Fluminense.

FICHA TÉCNICA:

Fluminense 3 x 2 Atlético-GO

Fluminense - Diego Cavalieri; Mariano, Gum, Digão e Marquinho; Edinho, Diogo (Fernando Bob), Souza (Martinuccio) e Lanzini; Ciro (Rafael Sóbis) e Rafael Moura. Técnico - Abel Braga.

Atlético-GO - Márcio; Rafael Cruz, Anderson, Gilson e Thiago Feltri; Agenor, Joílson (Renato Augusto), Bida e Vítor Júnior (Thiaguinho); Juninho (Felipe) e Anselmo. Técnico - Hélio dos Anjos.

Gols - Bida, aos 10 minutos do primeiro tempo; Márcio (pênalti), aos 17, Rafael Sóbis, aos 37 e aos 41, e Rafael Moura, aos 45 minutos do segundo tempo.

Árbitro - Célio Amorim (SC).

Cartão amarelo - Mariano, Rafael Cruz, Souza, Diogo, Gilson, Juninho e Agenor.

Renda e público - Não disponíveis.

Local - Estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda (RJ).

Mesmo remendado e jogando mal, o São Paulo conquistou neste sábado um excelente resultado em Florianópolis. Com 12 desfalques e repleto de garotos, venceu o Figueirense por 2 a 1, encerrou um jejum de cinco jogos sem vencer e assumiu a vice-liderança provisória do Brasileirão. Cícero abriu o placar no primeiro tempo, João Paulo empatou logo após o intervalo e Rivaldo, que havia começado o jogo no banco, fez um golaço para desempatar a partida.

A vitória levou o São Paulo a 38 pontos, mesmo número que tem o Vasco, mas fica à frente pelos gols marcados - no domingo, o time carioca pega o América-MG, em Sete Lagoas. Jogando fora de casa, o time somou 23 dos seus pontos. Como mandante, fez apenas 15. O Figueirense, que vinha de uma vitória fora de casa sobre o Cruzeiro, parou nos 29 pontos, em oitavo, sendo ultrapassado pelo Fluminense.

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O São Paulo tem um jogo histórico no feriado de quarta-feira. Ao entrar em campo para a partida que começa às 16h, contra o Atlético-MG, Rogério Ceni comemorará a marca de mil jogos com a camisa do São Paulo. O Figueirense vai a Goiânia, às 21h50 do mesmo dia, para pegar o Atlético-GO.

O JOGO - Com doze desfalques, quase todos titulares ou reservas de titulares ausentes, o técnico Adilson Batista não tinha outra opção senão mudar quase o time inteiro do São Paulo. Não contente, ele aproveitou para mudar também a forma de a equipe jogar. Se normalmente ela atua sem centroavantes, neste sábado subiu ao gramado com dois: William José e Henrique. Ao invés de dois armadores, apenas Cícero, e jogando quase como volante. Cérebro do meio-campo tricolor, Casemiro, um dos poucos titulares, foi deslocado para o lado direito. João Filipe, zagueiro, tinha liberdade para chegar no ataque com a posse de bola.

Perante uma equipe tão desorganizada, o Figueirense parecia o Barcelona, tamanha facilidade para tocar a bola. O time paulista, por sua vez, jogava como time pequeno. Se fechava na defesa e tentava chegar ao ataque com chutões. Até os 30 minutos, só conseguiu entrar na área adversária uma vez - Henrique Miranda ficou com medo de chutar de direita, apesar do espaço.

Num passe errado de Casemiro na intermediária defensiva, o Figueirense quase marcou. Julio Cesar recebeu na área e chutou de esquerda. A bola bateu no pé da trave e voltou para Wellington Nem, que exagerou no preciosismo e mandou a bola nas costas de Xandão. Só aos 39 minutos é que o São Paulo deu seu primeiro chute, com Casemiro, que pegou muito mal e mandou longe do gol.

As chances para o São Paulo, porém, se resumiam à bola parada, mas Casemiro, apesar da altura dos são-paulinos na área, insistia em cobrar faltas e escanteios por baixo. Quando mudou o batedor, saiu o gol, aos 42 minutos. Carlinhos levantou a bola na área e Cícero fez de peixinho.

Percebendo a dificuldade de o São Paulo prender bola no campo de ataque, Adilson trocou Henrique por Rivaldo no intervalo. Os planos foram inicialmente frustrados pelo Figueirense, que, aos 3 minutos, empatou. Num escanteio marcado erradamente pelo árbitro Francisco Assis, a bola sobrou para João Paulo, livre na área, deixar tudo igual.

Em um lance envolvendo os dois jogadores com mais recursos da equipe, o São Paulo voltou à frente. Casemiro deu excelente assistência para Rivaldo, que saiu da mesma linha da marcação e apareceu na cara de Wilson. O veterano deslocou o goleiro com um chute no ar e, com o gol aberto, só teve que dar uma cavadinha na bola para balançar as redes.

Como o Figueirense insistia em atacar pelas laterais, com Bruno e Juninho, Adilson Batista reforçou a marcação por ali. As duas laterais do São Paulo eram zagueiros: Luiz Eduardo e João Filipe. Na base da bola aérea, o time catarinense buscava o empate, mas deixou o campo com mais uma derrota.

FICHA TÉCNICA:

Figueirense 1 x 2 São Paulo

Figueirense - Wilson; Bruno, João Paulo, Edson Silva e Juninho; Ygor, Jônatas, Maicon (Leandro Chaves, depois Somália) e Elias; Wellington Nem (Fernandes) e Júlio César. Técnico - Jorginho.

São Paulo - Rogério Ceni; João Filipe, Rhodolfo, Xandão e Henrique Miranda (Luiz Eduardo); Rodrigo Caio, Carlinhos, Casemiro e Cícero; Henrique (Rivaldo) e William José (Bruno). Técnico - Adilson Batista.

Gols - Cícero, aos 42 minutos do primeiro tempo. João Paulo, aos 3, e Rivaldo, aos 14 minutos do segundo tempo.

Árbitro - Francisco Assis Almeida Filho (CE).

Cartões amarelos - Ygor, Edson Silva, Jônatas, Casemiro e Henrique.

Renda e Público - Não disponíveis.

Local - Estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis.

O Vitória bem que tentou, mas não conseguiu retribuir o apoio de seus torcedores na tarde deste sábado e apenas empatou com o Icasa, por 1 a 1, no Estádio do Barradão, em Salvador, pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B. João Salles abriu o placar para o time cearense, enquanto Neto Baiano, já no final da partida, deixou tudo igual no placar.

O time baiano perdeu uma grande oportunidade de encostar ainda mais no G4, o grupo de acesso na Série B, e agora se encontra na sexta colocação, com 31 pontos. Enquanto isso, o Icasa chegou ao oitavo jogo sem derrota - são três vitórias e cinco empates -, aparecendo em 15º lugar, com 27 pontos.

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O Vitória começou o jogo partindo para cima do Icasa, mas não conseguia furar o bloqueio defensivo do adversário e ainda foi surpreendido aos 14 minutos. Diego Palhinha arriscou um chute e o goleiro Fernando largou a bola nos pés de João Salles, que apenas completou: 1 a 0.

Atrás no placar, o time baiano partiu em busca do empate, mas esbarrou na falta de pontaria dos seus jogadores e também em algumas boas defesas do goleiro Marcelo Pitol, que fez, por exemplo, um verdadeiro milagre após uma bicicleta de Uelliton.

Depois de ser vaiado pela sua torcida na saída para o intervalo, o Vitória voltou mais ofensivo, com a entrada do meia Geovanni, e partiu com tudo para cima do Icasa. O time cearense se defendia bem, mas viu a situação ficar mais complicada com a expulsão de Guto.

Mesmo com um jogador a mais em campo, os donos da casa só conseguiram o empate aos 40 minutos. Fábio Santos foi derrubado dentro da área e o árbitro marcou pênalti. Neto Baiano bateu com categoria e deixou tudo igual. Após o gol, o lateral Janílson ainda foi expulso e o Icasa terminou com nove.

Agora, pela 22ª rodada da Série B, o Vitória volta a campo na próxima sexta-feira, quando enfrenta o Guarani em Araraquara (SP). No mesmo dia e horário, o Icasa recebe a Ponte Preta no Estádio Romeirão.

FICHA TÉCNICA:

Vitória 1 x 1 Icasa

Vitória - Fernando; Nino Paraíba, Alison (Fábio Santos), Maurício e Fernandinho; Neto Coruja (Geovanni), Uelliton, Mineiro e Lúcio Flávio (Geraldo); Marquinhos e Neto Baiano. Técnico - Vagner Benazzi.

Icasa - Marcelo Pitol; Luiz Henrique, Everaldo e Ramon; Guto, Luiz Ricardo, Marino, Diego Palhinha (Diogo) e Janílson; Marciano (Alex Afonso) e João Salles (Eliélton). Técnico - Márcio Bittencourt.

Gols - João Salles, aos 14 minutos do primeiro tempo; e Neto Baiano (pênalti), aos 40 minutos do segundo tempo.

Árbitro - Flávio Feijó de Omena (AL).

Cartões Amarelos - Guto, Uelliton, Everaldo, Marino, Mineiro, Diego Palhinha e Marcelo Pitol.

Cartão Vermelho - Guto e Janílson.

Renda - R$ 174.973,00.

Público - 19.231 pagantes.

Local - Estádio Barradão, em Salvador (BA).

O Americana lutou bastante, mas em um dia sem inspiração, não passou de um empate por 1 a 1 com o ASA, neste sábado, em casa, pela 21ª rodada da Série B. O empate teve sabor de derrota para a equipe paulista, já que os alagoanos têm o pior desempenho atuando como visitante, onde conquistaram somente três pontos, fruto de três empates. Apesar do tropeço, o Americana segue dentro do G-4, ocupando a quarta colocação, com 34 pontos. O ASA, por sua vez, chegou aos 28 pontos e ocupa a 14ª colocação.

Os donos da casa foram surpreendidos com a forte marcação do ASA no primeiro tempo, e tiveram muito trabalho. Se a situação já estava difícil para o Americana, ficou ainda pior aos 19 minutos, quando o ASA tirou o zero do placar. Sérgio Bueno cruzou da direita, Raul cabeceou no segundo pau e Alexsandro empurrou para as redes, aproveitando bobeira da zaga do Americana, que ficou parada.

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Mas não deu nem tempo para o ASA festejar e o Americana empatou o jogo nove minutos depois. Válber fez bela jogada pela direita, driblou dois marcadores, e soltou uma bomba. A bola quicou no gramado e enganou o goleiro Gilson.

No segundo tempo o Americana teve maior volume de jogo, mas não conseguiu transformar as oportunidades em gol.

Pela próxima rodada da Série B, o Americana vai a Curitiba enfrentar o Paraná, às 16h20, na Vila Capanema. O ASA entra em campo um dia antes, contra o Goiás, às 20h30, em Arapiraca.

FICHA TÉCNICA:

Americana 1 x 1 ASA

Americana - Jaílson; Luiz Felipe, Thiago Gomes (Jorge Luiz), Fernando e Magal; Alê, Léo Silva, Válber (Paulinho Dias) e Fumagalli; André Luiz (Rafael Chorão) e Danilo Santos. Técnico - Sérgio Guedes.

ASA - Gilson; Toninho, Thiago Alves e Di Fábio (Leandro); Sérgio Bueno, Marcelo Costa, Jorginho, Marielson (Francismar), Raul (Vitinha) e Chiquinho Baiano; Alexsandro. Técnico Vica.

Gols - Alexsandro, aos 19, e Válber, aos 27 minutos do primeiro tempo.

Árbitro - Márcio Brum Coruja (RS).

Cartões amarelos - Di Fábio, Thiago Alves e Jorginho.

Renda - R$ 13.270,00

Público - 1.239 pagantes

Local - Estádio Décio Vitta, em Americana (SP).

A Portuguesa espantou a má fase e acabou neste sábado com a série negativa de quatro jogos sem vencer. No Canindé, venceu o Paraná, por 2 a 1, pela 21ª rodada da Série B., e abriu três pontos na liderança isolada da competição. A equipe lusitana tem 42 pontos, contra 39 da Ponte Preta, vice-líder. Em relação ao quinto colocado, o Sport, já são nove pontos de folga. O Paraná, por sua vez, fica com 31 pontos, no sétimo lugar.

O técnico Jorginho colocou em campo a Lusa com três atacantes, inovando na sua escalação. Edno, Ananias e Lucas Gaúcho começaram a partida e deram mais movimentação ao ataque.

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A Portuguesa começou com mais posse de bola e, aos 28 minutos, Edno abriu o placar. Ele cobrou uma falta com perfeição, no ângulo de Luiz Carlos. Em cima, aos 32, Lucas Gaúcho recebeu na entrada da área, passou pelo zagueiro e bateu com força, mas por cima do gol. Muito fechado, o Paraná chegou com perigo no final do primeiro tempo com Maicon Freitas. Ele bateu de fora da área, resvalando no travessão de Weverton.

O time da casa voltou melhor para o segundo tempo e logo aos 5 minutos matou o jogo. Guilherme cruzou para Cleiton, que cabeceou com força. O goleiro Luiz Carlos fez uma linda defesa, mas deu rebote no pé do atacante, que estufou as redes do Canindé. No final do jogo, aos 38 minutos, o Paraná descontou. Jefferson Maranhão foi lançado e, na saída de Weverton, bateu por cima do arqueiro que nada pôde fazer.

A Portuguesa volta ao gramado na próxima terça-feira, contra o ABC, em Natal, às 20h30. Por sua vez, o Paraná joga no sábado, contra o Americana, em Curitiba, às 16h20.

FICHA TÉCNICA:

Portuguesa 2 x 1 Paraná

Portuguesa - Weverton; Luís Ricardo, Rogério, Matheus (Leandro Silva) e Raí; Guilherme, Boquita e Marco Antônio; Ananias (Henrique), Lucas Gaúcho (Cleiton) e Edno. Técnico - Jorginho.

Paraná - Luíz Carlos; Marquinho, Brinner, Amarildo e Lima (Jefferson Maranhão); Maicon Freitas, Everton Garrone, Douglas Packer e Gleidson; Hernane (Borebi) e Ricardinho (Giancarlo). Técnico - Roberto Fonseca.

Gols - Edno, aos 28 minutos do primeiro tempo; Cleiton, aos 5, e Jefferson Maranhão, aos 38 minutos do segundo tempo.

Árbitro - Jailson Macedo Freitas (BA)

Cartões amarelos - Lima, Matheus, Boquita, Everton Garroni, Ricardinho, Marquinho e Luis Ricardo

Cartão vermelho - Everton Garroni

Renda e público - Não disponíveis

Local - Estádio Canindé, em São Paulo.

Os alertas do técnico Vadão durante os últimos dias não surtiram efeito no São Caetano. E o time do ABC paulista acabou sendo goleado pelo Boa por 4 a 1, na tarde deste sábado, no Estádio do Melão, em Varginha (MG), em jogo válido pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B.

O time mineiro liquidou o jogo na parte inicial do primeiro tempo, explorando os contra-ataques. "Nós já havíamos avisado desta característica deles. Eles marcaram muito forte no próprio campo de defesa, para sair em velocidade. Não podíamos ter insistido pelo meio", comentou Vadão.

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A vitória em casa coloca o Boa em situação mais confortável na classificação, já que chegou aos 29 pontos, longe da zona de rebaixamento da Série B. Enquanto isso, o São Caetano, com 24 pontos, está entre os quatro piores do campeonato, atualmente na 17ª colocação.

O Boa construiu sua vitória ainda no primeiro tempo. Marcando atrás da linha da bola e contra-atacando em velocidade, o time criou as melhores chances. O primeiro gol, contudo, saiu em cobrança de falta. Aos 20 minutos, o meia Carlos Magno cobrou falta na área e o volante Moisés marcou de cabeça.

O segundo gol do Boa saiu aos 23 minutos. Após cruzamento, o atacante Jheimy desviou no canto direito do goleiro Leandro. Já no segundo tempo, o ritmo do jogo caiu e só voltou a ter emoção no fim, quando saíram três gols.

Aos 33 minutos, o mesmo Jheimy aproveitou um rebote do goleiro Leandro e ampliou. Depois, aos 40, Carlos Magno cobrou escanteio e Valdo completou de pé direito, fazendo 4 a 0 para o Boa. E já aos 43, Geovanne ainda descontou para o São Caetano.

No próximo sábado, o Boa volta a campo para enfrentar o Vila Nova, no Estádio Serra Dourada, em Goiânia, enquanto o São Caetano recebe o Bragantino.

FICHA TÉCNICA:

Boa 4 x 1 São Caetano

Boa - Luiz Fernando; Carlos César, Marcelinho, Carciano e Higo; Claudinei, Jean Cléber, Moisés (Esquerdinha) e Carlos Magno; Ramon (Waldison) e Jheimy (Valdo). Técnico Nedo Xavier.

São Caetano - Leandro; Artur, Thiago Martinelli, Eli Sabiá e Diego; Augusto Recife, Léo Mineiro (Kléber), Luciano Mandi (Geovane) e Aílton (Magnum); Antônio e Ricardo Xavier. Técnico Vadão.

Gols - Moisés, aos 20, e Jheimy, aos 23 minutos do primeiro tempo; Jheimy, aos 33, Valdo, aos 40, e Geovanne, aos 43 minutos do segundo tempo.

Árbitro - Cláudio Mercante (PE).

Cartões amarelos - Antônio Flávio, Marcelinho, Augusto Recife e Waldison.

Renda e público - Não disponíveis.

Local - Estádio do Melão, em Varginha (MG).

A Ponte Preta desperdiçou a chance de assumir a liderança do Campeonato Brasileiro da Série B, mesmo que provisoriamente. Cumprindo o seu segundo jogo de cinco da pena imposta pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), o time campineiro ficou somente no empate, por 1 a 1, diante do Vila Nova, na Arena da Fonte Luminosa, em Araraquara (SP), pela 21.ª rodada.

Após fazer um excelente primeiro tempo, a Ponte Preta abriu o placar com João, mas no segundo tempo o time voltou desligado e sofreu o empate com gol de Leandro Cearense. Com o empate, o segundo atuando na cidade de Araraquara, a Ponte Preta segue na segunda colocação, com 39 pontos. O time campineiro tem a mesma pontuação da líder Portuguesa, que joga neste sábado diante do Paraná, em São Paulo, mas leva desvantagem no critério de saldo de gols: 22 a 14. Já o Vila Nova é o 16.° colocado, com 24 pontos, ainda lutando contra o rebaixamento. Mas somou um ponto após três derrotas seguidas.

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A Ponte Preta teve amplo domínio no primeiro tempo e com quatro volantes - os meias Renato Cajá e Renatinho desfalcaram o time por conta de lesões - impediu que o Vila Nova conseguisse criar chances. Melhor em campo, a Ponte Preta abriu o placar aos 11 minutos. Em cobrança ensaiada de falta, João Paulo Silva rolou para Uendel, que ajeitou para o volante chutar no ângulo direito. A bola ainda tocou na trave antes de balançar as redes do Vila. Aos 26 minutos, Josimar quase ampliou com uma cabeçada, mas a bola parou no travessão do time goiano.

Quando começou o segundo tempo, o técnico Gilson Kleina resolveu arriscar e colocou o meia-atacante Márcio Diogo na vaga do volante Xaves. A mudança foi como um suicídio para o esquema da Ponte. O erro de Kleina ficou evidente logo aos três minutos, quando o Vila Nova empatou. Leandro Cearense aproveitou bola alçada na área, sem antecipou à zaga e desviou de cabeça.

Após a expulsão de Adilson, a Ponte Preta voltou a pressionar, mas parou nas defesas do inspirado goleiro Michel Alves.

Agora, pela 22.ª rodada, a Ponte Preta volta a campo na próxima sexta-feira, às 20h30, quando encara o Icasa, no estádio Romeirão, em Juazeiro do Norte (CE). Já o Vila Nova volta a campo no sábado, às 16h20, diante do Boa, no estádio Serra Dourada, em Goiânia.

Ficha técnica

Ponte Preta 1 x 1 Vila Nova

Ponte Preta - Júlio César; Murilo (Tiago Luís), Leandro Silva, Wescley e Uendel; Xaves (Márcio Diogo), Josimar, João e Gérson; Ricardinho (Lúcio Flávio) e Ricardo Jesus. Técnico: Gilson Kleina.

Vila Nova - Michel Alves; Luizinho, Augusto, Ben Hur e Marquinhos; Jairo, Geovane (Leandro Cearense), Adilson e David; Davi Ceará (Luiz Fernando) e Bergson (Ricardinho). Técnico: Artur Neto.

Gols - João, aos 11 minutos do primeiro tempo; Leandro Cearense, aos 3 minutos do segundo tempo.

Cartões amarelos - Xaves (Ponte Preta); Geovane (Vila Nova).

Cartão vermelho - Adilson (Vila Nova).

Árbitro - Gleidson Santos Oliveira (BA).

Renda - R$ 6.846,00.

Público - 1.058 pagantes.

Local - Arena da Fonte Luminosa, em Araraquara (SP).

Com o anúncio da demissão do técnico Joel Santana, nesta sexta-feira, o Cruzeiro surpreendeu e apresentou Emerson Ávila como novo comandante da equipe para o Campeonato Brasileiro. Mesmo desconhecido da torcida - era coordenador técnico do clube -, o treinador prometeu mudanças e disse que espera levar o time "para cima da tabela".

"Podem esperar maneiras diferentes de comandar, treinar. Filosofias diferentes, um time guerreiro, que busque sempre a vitória. o Cruzeiro vem há quatro anos seguidos na Libertadores e, por mais que estejamos numa situação não muito confortável para se falar em Libertadores, nosso objetivo é para cima da tabela. Buscar os resultados que nos interessam com muita calma, paciência e humildade acima de tudo, mas tentando sempre colocar aquilo que temos de melhor no nosso elenco", declarou o novo técnico, nesta sexta-feira.

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Ávila ressaltou o respeito a Joel Santana, mas não pareceu satisfeito com a equipe deixada pelo ex-treinador. Por isso, o Cruzeiro deve ter algumas alterações já para a partida do próximo domingo, diante do Palmeiras, no Pacaembu, pela 21.ª rodada do Campeonato Brasileiro.

"Devemos fazer umas mudanças, o elenco está muito reduzido neste momento. Fizemos um esboço daquilo que podemos fazer para domingo. Mas há alguns jogadores no departamento médico que ainda podem ser liberados. O principal é que os 11 em campo possam fazer um grande jogo contra o Palmeiras", afirmou.

Emerson Ávila assumiu o comando da equipe mineira credenciado por ter comandado a seleção brasileira Sub-17 no Mundial da categoria, neste ano. No entanto, será o primeiro trabalho dele como treinador em um grande clube brasileiro - anteriormente, ele comandou o Barueri, em 2008; o Ipatinga, entre 2007 e 2008 e depois em 2009; e o Boavista, em 2010.

Assim, o técnico recebe esta oportunidade como um grande chance para a sua carreira. "É um grande desafio. Desafios e as oportunidades acontecem, às vezes, sem avisar. Ontem (quinta-feira) à noite conversei com o Dimas (Fonseca, diretor de futebol), ele me informou da troca (de técnico) e me colocou no cargo dando total confiança e apoio para seguir nessa missão com o clube. Agradeço ao Cruzeiro por me dar essa oportunidade e ter a confiança da diretoria é o principal", concluiu.

A diretoria do Cruzeiro anunciou nesta sexta-feira a demissão do técnico Joel Santana, que estava no comando da equipe desde junho. O novo comandante da equipe já está definido e será Emerson Avila, técnico da seleção brasileira sub-17 e coordenador técnico da equipe profissional desde 2008.

Na última quarta-feira, o Cruzeiro foi derrotado por 4 a 2 pelo Figueirense, em Ipatinga, em duelo válido pela 20ª rodada do Campeonato Brasileiro. O resultado deixou a equipe mineira em 11º lugar na competição, com 27 pontos, distante da briga por uma vaga na próxima edição da Libertadores.

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Contratado para substituir Cuca, Joel Santana dirigiu o Cruzeiro em 15 partidas, com oito vitórias e sete derrotas. Após um bom início, em que chegou a conquistar uma sequência de três triunfos, a equipe caiu de rendimento e venceu apenas três dos últimos nove jogos.

Emerson Ávila está ligado ao Cruzeiro desde 1996, quando começou a trabalhar nas categorias de base do clube. O treinador já dirigiu o time profissional em quatro oportunidades, após as saídas de Paulo Autuori e Adílson Batista, além de uma excursão aos Estados Unidos.

Porém, em todas essas vezes Emerson Ávila dirigiu o Cruzeiro apenas interinamente. Agora, recebe a sua principal chance na carreira de técnico, que também registra passagens por Ipatinga e Grêmio Barueri, além da seleção brasileira sub-17.

Emerson Ávila começa a trabalhar na equipe profissional nesta sexta-feira e terá Alexandre Grasseli, que deixou o comando do time de juniores do Cruzeiro, como auxiliar-técnico. A estreia oficial do técnico acontece no domingo, em São Paulo, diante do Palmeiras, em duelo válido pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro.

O técnico Luiz Felipe Scolari voltou a ser o centro de mais uma polêmica. Suspenso por dois jogos por causa de sua expulsão na partida contra o Atlético-MG, o treinador foi acusado por um fotógrafo de agressão, no intervalo da partida contra o Botafogo, na noite da última quarta-feira, nos vestiários do Engenhão.

Pelo fato de estar suspenso, Felipão não pôde comandar o time no gramado, que contou com a presença do auxiliar-técnico Flávio Murtosa. Porém, o treinador foi aos vestiários antes e no intervalo do duelo para dar instruções e conversar com os jogadores palmeirenses.

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Ao saber da presença de Felipão no local durante o intervalo, assessores do Botafogo alertaram jornalistas e fotógrafos, sendo que um deles, Fernando Soutello, da agência Agif, irritou o treinador ao fotografá-lo quando ele deixava um dos elevadores do Engenhão. Acompanhado por um segurança do Palmeiras, o técnico foi acusado de ter dado um tapa na câmera fotográfica. O profissional, que registrou o momento em que o treinador tenta tirar a câmera de seu foco, prometeu prestar queixa formal de agressão na delegacia.

Felipão não deu entrevistas após o confronto para comentar o episódio, mas o Palmeiras se manifestou na manhã desta quinta, por meio do seu site oficial, apenas para esclarecer que a presença do técnico nos vestiários não é proibida, apesar de ele estar suspenso. O clube não falou sobre a acusação de agressão.

"Ele só não pode assinar a súmula ou entrar em campo. É só isso que está na regra quando a suspensão é por jogos, como aconteceu no caso dele. Se fosse suspensão por dias, aí sim seria diferente. Nesse caso, ele não poderia frequentar os vestiários e teria que entrar direto para alguma dependência do estádio, como um torcedor comum", afirmou Sérgio do Prado, gerente administrativo do Palmeiras.

Mas, se Felipão preferiu se calar após o confronto, Murtosa deu entrevista coletiva e lamentou a derrota por 3 a 1 para o time botafoguense. "O Botafogo teve uma felicidade logo de cara e esse detalhe pesa muito. Quando um time sai marcando nos primeiros minutos, arruína todo um esquema que havia sido montado e praticamente assegura o resultado", comentou o auxiliar de Felipão, antes de comentar o peso das ausências de Valdivia, Kléber, Luan e Maikon Leite no confronto.

"Foram muitas mudanças e isso pesa em um jogo entre dois times que estão na ponta. Colocamos o Ricardo Bueno pela primeira vez, assim como aconteceu com o Fernandão, por necessidade. E é claro que tantos desfalques, que podem decidir um jogo, pesam na formação da equipe. Infelizmente, não fizemos uma boa partida, pecamos pela desatenção e o Botafogo se aproveitou disso", reforçou.

Após a derrota, o Palmeiras agora mira o confronto com o Cruzeiro, no próximo domingo, no Pacaembu, pela 21.ª rodada do Brasileirão. No duelo, o time terá o retorno do goleiro Marcos, poupado contra o Botafogo, e do atacante Luan, que cumpriu suspensão. Já o atacante Kléber, com dores no joelho direito, será reavaliado, mas tem grande chance de atuar. Já o meia Valdivia, que serve a seleção chilena, e o atacante Maikon Leite, lesionado, são desfalques certos.

Na véspera de completar 88 anos de fundação, o Avaí deu um belo presente para sua sofrida torcida. Derrotou, em grande estilo, o Flamengo por 3 a 2 na noite desta quarta-feira, em Florianópolis. O time teve sua melhor apresentação no Campeonato. Justificou a promessa de embalar na competição após vencer seu maior rival no último domingo, no campo adversário, o Figueirense.

A derrota fez o Flamengo despencar na tabela, caindo para a quarta colocação, com 36 pontos. Já o Avaí dormiu, pela primeira vez no Campeonato, fora da zona do rebaixamento e torce pela derrota do Bahia nesta quinta-feira para consolidar a 16ª posição no fechamento da primeira rodada do returno. O Avaí volta a jogar no sábado diante do Atlético-MG em Sete Lagoas (MG) e o Flamengo, domingo, recebe o Bahia no Engenhão.

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O jogo começou eletrizante. Já aos três minutos a torcida avaiana vibrou com o gol de Robinho após trocar passes com o lateral Romano e finalizar com um chute seco no lado esquerdo do goleiro Felipe. Em campo, o Flamengo tentava reagir com chegadas esporádicas ao ataque diante de um Avaí determinado e com raça, bem fechado na defesa e saindo rápido em contra-ataques com relativo perigo à defesa adversária.

Ronaldinho, bem marcado, nas vezes que tocava na bola, era vaiado pelo torcedor da equipe catarinense. Porém, sua qualidade técnica representava constante perigo à defesa avaiana. Como aos 12, quando fez lançamento para Deivid finalizar com o bloqueio da zaga. A partir dos 20, o Flamengo assumiu as iniciativas de ataque diante de um Avaí bem fechado. Se do lado rubro-negro as atenções se voltavam para Ronaldinho, do lado avaiano o meia Lincoln mostrava qualidade. Entre armações, ele também foi o homem das jogadas de bola parada, como aos 18 quando colocou na cabeça de Robinho que não conseguiu finalização.

Com a posse de bola e com dificuldades para se infiltrar na área, diante de um adversário restringindo os espaços na sua defesa, o Flamengo apostou nas jogadas de bola parada. Deivid, em lance de contra-ataque chegou a empatar aos 31 minutos, mas estava impedido.

Foi a primeira chegada de perigo do Flamengo que cresceu no jogo a partir da entrada de Negueba com o deslocamento de Ronaldinho para o meio, proporcionando maior movimentação no setor. E foi em cobrança de escanteio que o Flamengo empatou, com gol olímpico de Ronaldinho, aos 37 minutos.

Na necessidade de vitória para sair da zona de rebaixamento pela primeira vez no campeonato, o Avaí ignorou o potencial flamenguista e partiu para cima na largada do segundo tempo. Organizado e determinado diante de um adversário encolhido em sua defesa, conseguiu êxito aos 24 minutos através da nova estrela avaiana Lincoln. Ele escorou de cabeça, perfeito, um cruzamento da direita de Robinho, sem chances para o goleiro Felipe, então herói em pelo menos três estocadas avaianas no período.

A pressão avaiana resultou no terceiro gol. Quatro minutos após entrar na partida, o atacante Rafael Coelho deixou sua marca com sua principal característica: a velocidade. Aos 28 minutos, em disparada, ele deixou pelo menos dois marcadores para trás, esperou a saída de Felipe e tocou para o fundo.

O Flamengo não se entregou. Passou a explorou bem as jogadas pelo meio e laterais, porém só conseguiu diminuir no finalzinho da partida, aos 43, graças ao oportunismo de Ronaldinho que, bem colocado, pegou um bate-rebate na defesa avaiana e fez o seu segundo na partida.

Nos sete minutos que se sucedeu ao gol, o Flamengo partiu para o ataque, mas o Avaí se fechou para conseguir a segunda vitória seguida e dormir, pela primeira na competição, fora da zona do rebaixamento. Torce pela derrota do Bahia nesta quinta diante do América-MG para completar a primeira rodada do returno em 16º na tabela de classificação, com 20 pontos.

FICHA TÉCNICA:

Avaí 3 X 2 Flamengo

AVAÍ- Felipe; Arlan, Gustavo Bastos, Dirceu, Romano; Bruno (Rafael Coelho), Diogo Orlando, Pedro Ken, Lincoln (Welton Felipe), Robinho (Fabiano) e William. Técnico: Toninho Cecílio.

FLAMENGO - Felipe; Leo Moura, Gustavo, Ronaldo Angelim, Rodrigo Alvim (Botinelli); Willians, Luiz Antônio (Negueba/Jael), Renato Abreu, Thiago Neves; Ronaldinho Gaúcho e Deivid. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

Gols - Robinho, aos 3, e Ronaldinho Gaúcho, aos 37 minutos do primeiro tempo. Lincoln, aos 24, Rafael Coelho, aos 28, e Ronaldinho, aos 43 minutos do segundo tempo.

Árbitro - Wilton Pereira Sampaio (DF).

Cartões amarelos - Bruno, William, Fabiano, Gustavo e Rodrigo Alvim.

Renda e público - Não disponíveis.

Local - Estádio da Ressacada, em Florianópolis.

Após o empate contra o Santos, Adilson Batista lembrou que o São Paulo estava há seis jogos sem perder. Agora ele não tem mais este argumento. Nesta quarta-feira, o time paulista foi derrotado por 2 a 1 pelo Fluminense, em casa, e chegou aos cinco jogos sem vencer no Brasileiro. A sequência tem quatro empates (dois deles no Morumbi) e esta derrota. Com isso, o time caiu para a quinta posição, com 35 pontos.

Desde que Adilson assumiu o clube, o São Paulo conquistou seis pontos em seis jogos no Morumbi pelo Brasileiro. Por conta disso e da péssima partida do time nesta quarta-feira, ouviu gritos de "burro" vindo da arquibancada. Ao fim do jogo, muitas vaias.

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A vitória levou o Fluminense a 28 pontos, em oitavo. Na próxima rodada, sábado, o time carioca recebe o Atlético-GO. O São Paulo visita o Figueirense sem Lucas e Piris, à serviço de suas seleções, Jean e Wellington, suspensos, um por ter sido expulso esta noite, o outro por ter levado o terceiro amarelo.

O JOGO - Quem assistia o primeiro tempo sem prestar atenção no local onde o jogo era realizado tinha certeza que o Fluminense era o mandante. Com um time apático e sem criatividade, o São Paulo logo perdia a bola quando tinha a posse dela e deixava o time carioca mandar no jogo. Nas duas primeiras vaciladas da defesa, houve quem salvasse.

Na primeira, Marquinho ficou cara a cara com Rogério após passe de Fred, bateu rasteiro e o goleiro fez ótima defesa. Um pouco depois, Lanzini carregou a bola pela direita da área, mas, na hora do chute, foi desarmado por Wellington. Na terceira chance, não houve como impedir o gol do Flu. Marquinho fez a jogada, Rhodolfo deixou a bola passar por debaixo de suas pernas e ela sobrou para Lanzini, que tirou de Ceni e abriu o placar.

Só aí é que o São Paulo decidiu tentar jogar, mas parou no seu confuso esquema tático sem um centroavante, com Lucas perdido e Rivaldo absolutamente apagado. Aos 36 e 37 minutos, a equipe criou duas chances seguidas. Dagoberto tentou pela direita, Cavalieiri defendeu e a bola bateu na trave antes de sair. Casemiro também teve espaço na área, mas chutou grama e passou vergonha cara a cara com o goleiro.

O prejuízo ainda poderia ser maior para o São Paulo. Juan, com um cartão amarelo, deu um tapa na cara de Fred. Lance para vermelho. O árbitro não viu e só advertiu Fred, por reclamação.

Rivaldo saiu para o intervalo pedindo uma mudança de postura da equipe, mas não voltou do vestiário. Apesar da promessa expressa de que Henrique teria uma sequência para mostrar por que foi eleito o melhor do Mundial Sub-20, Adilson Batista resolveu apostar em Willian José. A ideia era que, Jean e Juan, ambos em péssima fase, procurassem o centroavante com bolas pelo alto.

O time melhorou por oito minutos, apenas. E graças ao talento de Lucas, num chute de longe e num toque de calcanhar que criou uma boa oportunidade pela esquerda. Não passou disso. Preso na marcação do Fluminense, que abdicava de atacar, o São Paulo não levava qualquer perigo a Diego Cavalieri, mero espectador. Num raro contra-ataque, Fred fez o pivô para Rafael Sóbis chutar. A bola desviou em João Filipe e tirou Rogério Ceni do lance. Acabou nas redes.

Com 26 minutos de jogo, nenhum chute a gol decente no segundo tempo, e com Cañete esperando no banco para estrear, Adilson Batista começou a ouvir os gritos de burro. Ao mesmo tempo, Dagoberto se jogou na área após desarme de Leandro Euzébio e o árbitro deu pênalti. Rogério bateu e converteu.

O gol reascendeu o São Paulo, que passou a pressionar. Desorganizado, mas pressionando. Cañete e Marlos entraram, mas de nada adiantou. Logo em seguida, Jean fez falta por trás em Souza, na entrada da área, já tinha amarelo e foi expulso. Com um a menos e ainda mais desorganizado, o time da casa ficou longe do empate.

FICHA TÉCNICA:

São Paulo 1 x 2 Fluminense

São Paulo - Rogério Ceni; Jean, Rhodolfo, João Filipe e Juan; Casemiro (Cañete), Wellington, Cícero e Rivaldo (Willian José); Lucas e Dagoberto (Marlos). Técnico: Adilson Batista.

Fluminense - Diego Cavalieri; Mariano, Gum, Leandro Euzébio e Marquinho; Fernando Bob (Digão), Diogo, Edinho e Lanzini (Souza); Ciro (Rafael Sóbis) e Fred. Técnico: Abel Braga.

Gols - Lanzini, aos 17 minutos do primeiro tempo. Rafael Sóbis, aos 20, e Rogério Ceni (pênalti), aos 29 minutos do segundo.

Árbitro - Elmo Alves Resende Cunha (Fifa-GO).

Cartões amarelos - Wellington, Juan, Jean, Fred e Leandro Euzébio.

Cartão vermelho - Jean.

Renda - R$ R$ 185.130,00.

Público - 7.910 pagantes.

Local - Estádio do Morumbi, em São Paulo.

O Botafogo confirmou nesta quarta-feira a sua ascensão no Brasileirão, mostrando que é mesmo candidato ao título. Diante de um Palmeiras cheio de desfalques, o time carioca ganhou por 3 a 1, no Engenhão, numa noite chuvosa no Rio, e subiu da quinta para a terceira colocação no campeonato, ficando apenas três pontos atrás do líder Corinthians.

Além de somar a terceira vitória seguida - antes, derrotou Atlético-MG e Fluminense -, chegando aos 37 pontos e ultrapassando São Paulo e Flamengo na classificação do campeonato, o Botafogo bateu um rival direto nesta quarta-feira. Agora, o Palmeiras, que vinha embalado pela vitória no clássico com o Corinthians, segue com 32 pontos, em sexto lugar.

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O Palmeiras entrou em campo nesta quarta-feira com desfalques importantes: o goleiro Marcos, poupado, o meia Valdivia, na seleção chilena, e os atacantes Luan, suspenso, e Maikon Leite, contundido. Para completar, teve a surpreendente ausência do atacante Kléber, que chegou a ser relacionado para o jogo, mas, com dores musculares, nem viajou para o Rio.

Diante de tantos desfalques, o técnico Luiz Felipe Scolari, que nem ficou no banco de reservas do Engenhão por causa de suspensão, teve dificuldades para armar a equipe do Palmeiras nesta quarta-feira. Optou por escalar apenas um atacante, o recém-contratado Fernandão, formando o meio-de-campo com Chico, Márcio Araújo, Marcos Assunção, Tinga e Rivaldo.

Do outro lado, o Botafogo teve praticamente força máxima - o zagueiro Antônio Carlos, contundido, foi o único desfalque no time considerado titular. E não demorou para abrir o placar. Logo aos três minutos, Renato bateu escanteio e o atacante argentino Herrera, sozinho dentro da área palmeirense, subiu para cabecear e fazer 1 a 0.

Sem criatividade no ataque e com alguns erros bobos na defesa, o Palmeiras foi presa fácil para o Botafogo. O time carioca quase ampliou aos 19 minutos, na boa defesa de Deola no chute de Maicosuel. E acabou fazendo 2 a 0 aos 23, em nova bola cruzada na área palmeirense. Como ninguém cortou, o zagueiro Gustavo aproveitou para marcar o gol botafoguense.

Felipão, então, resolveu mexer na equipe. Aos 34 minutos, tirou o meia Tinga para promover a entrada do atacante Ricardo Bueno, que fez sua estreia com a camisa palmeirense. Mas, apesar de ter mais opções no ataque, o Palmeiras continuou sem ameaçar o goleiro Jefferson. E o Botafogo, mesmo acomodado com a boa vantagem, levava sempre mais perigo.

No segundo tempo, o panorama do jogo não mudou muito. As melhores chances do Palmeiras saíram dos pés de Marcos Assunção, tanto nos cruzamentos para a área quanto nos chutes diretos para o gol. Mesmo assim, foi pouco para assustar o goleiro Jefferson. E o Botafogo, apostando principalmente nos contra-ataques, era sempre mais perigoso.

Foi justamente num rápido contra-ataque que o Botafogo marcou o terceiro gol. Aos 17 minutos, Maicosuel ficou sozinho diante do zagueiro Leandro Amaro, que tinha entrado no lugar de Thiago Heleno, e ainda fez o drible antes de chutar na saída do goleiro Deola. Aos 46, Marcos Assunção descontou em cobrança de falta, mas não evitou a derrota do Palmeiras.

FICHA TÉCNICA:

Botafogo 3 x 1 Palmeiras

Botafogo - Jefferson; Lucas, Gustavo, Fábio Ferreira e Cortês; Marcelo Mattos (Lucas Zen), Renato, Elkeson e Maicosuel (Felipe Menezes); Herrera (Caio) e Loco Abreu. Técnico - Caio Júnior.

Palmeiras - Deola; Cicinho (João Vitor), Thiago Heleno (Leandro Amaro), Henrique e Gabriel Silva; Chico, Marcos Assunção, Márcio Araújo, Tinga (Ricardo Bueno) e Rivaldo; Fernandão. Técnico - Luiz Felipe Scolari.

Gols - Herrera, aos três, e Gustavo, aos 23 minutos do primeiro tempo; Maicosuel, aos 17, e Marcos Assunção, aos 46 minutos do segundo tempo.

Árbitro - Francisco Carlos Nascimento (AL).

Cartões amarelos - Henrique, Rivaldo, Elkeson e Cortês.

Renda e público - Não disponíveis.

Local - Estádio Engenhão, no Rio.

O Internacional enfrenta o Santos nesta quarta-feira (31), a partir das 21h50, no Beira-Rio, em Porto Alegre, encarando o jogo como um confronto direto na luta pelo título do Brasileirão. Pelo menos essa é a convicção manifestada pelo técnico Dorival Júnior, para quem tanto o time gaúcho, que é 8º colocado, com 27 pontos, quanto o adversário santista, que está em 14º lugar, com 22 pontos, ainda podem se juntar ao bloco que briga pela liderança. "O campeonato ainda está aberto e as próximas dez rodadas é que vão mostrar o caminho de cada um", avaliou o treinador.

Para encarar um adversário que tem astros como Ganso e Neymar, que ele define como "geniais", e treinado por Muricy Ramalho, a quem considera "o melhor técnico do Brasil", Dorival Júnior não tem armas secretas e nem mistérios. O lateral Nei e o volante Guiñazu cumpriram suspensão no Gre-Nal e voltam ao time. Já o meia D'Alessandro, contundido, fica afastado por mais um jogo e será substituído por Andrezinho. E no ataque, Dellatorre continua como parceiro de Leandro Damião.

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Na matemática, a possibilidade que se oferece ao Internacional nesta primeira rodada do segundo turno é de avançar no máximo uma posição, desde que consiga resultado melhor que o do Cruzeiro, que também tem 27 pontos e enfrenta o Figueirense nesta quarta-feira. A perspectiva de uma derrota é sombria, porque, se combinada com uma série de resultado paralelos desfavoráveis, pode jogar o time gaúcho para até a 12ª posição.

Abatido com o drama do técnico Ricardo Gomes, internado em estado grave depois de sofrer um Acidente Vascular Encefálico (AVE) no último domingo, o time do Vasco promete se desdobrar em campo nesta quarta-feira (31), quando enfrenta o Ceará, a partir das 18h, em São Januário, pelo Brasileirão. O objetivo vascaíno é conseguir uma vitória para dedicar ao comandante.

"Vamos jogar por ele", disse o meia Diego Souza, ao comentar sobre a recuperação de Ricardo Gomes. Sem o seu treinador, o Vasco será comandado interinamente pelo auxiliar técnico Cristóvão Borges. E ele aproveitou para pedir o apoio da torcida vascaína, nesta quarta-feira, para ajudar o time a superar esse momento complicado.

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Os jogadores também pediram o apoio do torcedor vascaíno. "Acho que os torcedores têm de comparecer pelo o que aconteceu com o Ricardo e pela situação que o Vasco se encontra na tabela (está em quarto lugar, apenas dois pontos atrás do líder Corinthians). A torcida também está preocupada. Eles precisam nos incentivar para conseguirmos mais uma boa vitória", afirmou Diego Souza.

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