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No final do mês de agosto, Ben Affleck tomou a decisão de se internar pela terceira vez em uma clínica de reabilitação.

O irmão do ator, Casey Affleck, contou ao site ET Online que o o alcoolismo é um problema que assola toda a família, mas que Ben está tentando ficar sóbrio pelo bem dos três filhos e de sua ex-esposa Jennifer Garner.

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- O alcoolismo tem um enorme impacto não apenas na pessoa, mas também na sua família. Então, eu acho que pelo bem de seus filhos e pela mãe deles, e por ele mesmo, ele está tentando melhorar. A maioria dos meus avós são alcoólatras. Meu pai é um alcoólatra, tão mal quanto você pode ser, e ele está sóbrio há cerca de 30 anos. Eu estou sóbrio há cerca de seis anos. Ben está tentando juntar as coisas, e isso pode ser uma coisa muito difícil de fazer. Ele tem o tipo de recursos e tempo, felizmente, para aproveitar o tempo e ir para uma boa instalação.

Ganhador do Oscar em 2017, o ator americano Casey Affleck decidiu não apresentar o prêmio de melhor atriz na próxima edição como manda a tradição, informaram nesta quinta-feira seu agente e a Academia de Cinema dos Estados Unidos.

Ninguém infomou a razão, mas o anúncio acontece depois de que um velho caso de assédio sexual envolvendo o ator de 42 anos recebe atenção novamente.

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"Apreciamos a decisão de manter o foco no show e no grande trabalho deste ano", disse um porta-voz da Academia à AFP.

Em 2010, Amanda White e Magdalena Gorka, produtora e diretora de fotografia da fracassada estreia de Affleck como diretor em "I'm Still Here", o processaram pelo o que qualificaram como assédio sexual reiterado.

Affleck, que sempre negou ter cometido qualquer ação inapropriada, contratou o advogado de celebridades Marty Singer, também conhecido como "cão de guarda" de Hollywood, para fechar um acordo monetário que nunca foi tornado público.

Cada uma das mulheres reivindica dois milhões de dólares.

Esses processos voltaram a ser notícia há mais ou menos um ano, quando Affleck concorria ao Oscar de melhor ator por seu aclamado papel em "Manchester à beira mar", prêmio com o qual se projetou.

Segundo a tradição, o vencedor do Oscar de melhor ator apresenta no ano seguinte o de melhor atriz e vice-versa e, neste contexto, estava previsto que Affleck anunciou o prêmio de melhor atriz na cerimônia que será celebrada em 4 de março.

Havia até agora muita especulação sobre a participação de Affleck no Oscar em meio à onda de escândalos sexuais que agita Hollywood desde outubro do ano passado.

Entre as acusações, que o ator nega, White disse que Affleck forçou um assistente de câmera a mostrar seu pênis em um voo, apesar de ela ter reclamado.

Gorka deixou projeto por um tratamento que descreveu no processo como sendo "o mais traumático de sua carreira", acusando Affleck e outros membros da equipe de falar abertamente sobre seu desejo de ter relações sexuais com ela.

Poucos diretores ganharam tanto respeito tão rápido quanto Christopher Nolan. A carreira do britânico tem sido praticamente perfeita, com blockbusters de qualidade como a trilogia Cavaleiro das Trevas e suspenses incrivelmente bem construídos como O Grande Truque e seu candidato ao Oscar de 2011, A Origem. Interestelar é o filme mais ambicioso do cineasta, levando a audiência para uma jornada espacial com alguns dos visuais mais impressionantes desde 2001: Uma Odisseia no Espaço.

O filme mostra uma Terra escassa, na qual a humanidade perdeu qualquer ambição que um dia teve. Pragas estão acabando com qualquer tipo de alimento e a única colheita que ainda dá frutos é a de milho. Crianças são incentivadas a se tornarem fazendeiros, não a irem para a universidade, e escolas não ensinam nada que possa tirar a atenção dos alunos de seu próprio planeta. As missões Apollo, por exemplo, são apresentadas como propaganda dos EUA para induzir a União Soviética a gastar dinheiro com missões inúteis para o espaço.

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É nesta situação que encontramos a família de Cooper (Matthew McConaughey), um engenheiro e piloto da NASA cujos conhecimentos são aplicados apenas em tratores. Sua filha, Murph (Mackenzie Foy), compartilha da mesma curiosidade e sede por aventuras. Os dois são o coração do filme. Não se engane, a viagem espacial e os conceitos científicos apresentados são gigantescos e estão sempre presentes, mas Interestelar é sobre humanos, o que os motiva e o que os dá força para lutar. Sem a relação de pai e filha no centro do longa, o resultado seria tão frio quanto o espaço.

O roteiro evita transformar a relação entre os dois em algo melodramático, o que provavelmente aconteceria se os protagonistas fossem um par romântico. Parte disto vem do espetacular trabalho de McConaughey, que merece mais uma indicação ao Oscar, e da jovem Foy, revelação do filme. As cenas com os dois juntos levam a lágrimas, mas não por se tratar de um drama familiar, e sim porque são extremamente pessoais e íntimas. Interestelar é a prova que Nolan não é o cineasta frio que alguns suspeitam. Jessica Chastain, cujo personagem deve permanecer um segredo para os que não viram o filme, também faz um belíssimo trabalho.

Uma série de acontecimentos faz com que Cooper descubra a última tentativa da humanidade de sobreviver: uma missão para outra galáxia. Entrar em detalhes do enredo de Interestelar diminuiria a graça, já que este é um daqueles filmes que pedem para ser vistos sem nenhum conhecimento prévio. Ele se junta a Dra. Brand (Anne Hathaway) e parte em direção a um buraco de minhoca – algo que dobra o tempo e espaço permitindo viajar distâncias que levariam milhares de anos-luz em alguns instantes – e o que acontece depois é de cair o queixo.

Dizer que Interestelar é o filme mais bonito, falando puramente dos visuais, desta década, não é exagero. Em A Origem imagens como a cidade se dobrando ou o sonho entrando em colapso já impressionavam, mas Nolan se supera aqui. A atmosfera que ele cria é aquela de quando se é criança, e há um enorme fascínio com o desconhecido, com o espaço, planetas, galáxias. Nolan exibe um dos mais fortes sentimentos da vida humana, a curiosidade.

Interestelar prega contra o conformismo, no qual não existe motivação de buscar aquilo que está além do alcance. As paisagens espaciais encontradas por Cooper e sua equipe, assim como as naves utilizadas na viagem, são grandiosas. Um filme para ser assistido no cinema, de preferência na maior tela possível. Há visuais que são, literalmente, de outro mundo, e eles são acompanhados de conceitos científicos com complexidade suficiente pra quebrar a mente de qualquer pessoa.

Mas Nolan explica tudo muito bem. Bem até demais. O maior problema de Interestelar é a enorme quantidade de diálogos expositivos presentes durante suas 2h40. Há momentos em que, literalmente, um cientista explica o que vai acontecer para que a audiência não se confunda. Nolan é um mestre em explicar, algo que ficou extremamente claro em O Grande Truque, mas desta vez, ele tropeça, explicando demais, e de maneira nada sutil.

Tudo é cercado pela fenomenal trilha sonora de Hans Zimmer. O compositor está trabalhando com Nolan da mesma forma que John Williams trabalhou com Spielberg ou George Lucas. Aqui, ele sai de seu tradicional estilo cheio de percussão e usa sons de órgão. O resultado é de arrepiar, dando uma característica quase espiritual a Interestelar. Aqui, o espaço é a catedral.

Este não é o melhor filme do Nolan, posição ainda ocupada por A Origem, mas não é também a primeira mancha na carreira do diretor. Interestelar é uma carta de amor ao Espaço e filmes como 2001, reacendendo a chama de admiração e reverência ao gigantesco universo. Pura ficção científica.

De cara, e antes mesmo de ser apresentado aos personagens, o espectador é introduzido num mundo de violência assustadora. A cena se passa em um drive-in - cinema ao ar livre - e, do nada, Woody Harrelson sai batendo e arrebentando. Mais tarde, sabemos que ele tem um circuito ilegal de lutas. Endividado, Casey Affleck, como um ex-soldado que não se recuperou do trauma da Guerra do Iraque, entra no circuito, do qual não sai mais. Seu irmão, Christian Bale, ex-presidiário, vai partir para a vingança. Tudo por justiça.

É o segundo longa de Scott Cooper, que já fez Coração Louco, com Jeff Bridges como um cantor de folk music decadente. Bridges ganhou o Oscar pelo papel. A Academias adora esse tipo de coisa - um ator que canta e compõe, outro que perde peso para tornar seu personagem mais convincente (o Matthew McConaughey de Clube de Compras Dallas). Tudo por Justiça é melhor que Coração Louco. A par da violência, que Bale tenta controlar, mas está sempre explodindo, possui belas cenas intimistas.

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Bale com o pai doente, Bale com a ex-namorada, que não o esperou sair da cadeia. Zoe Saldana teve seus motivos, mas basta o diálogo dos dois, no alto da ponte, a tensão reprimida nos olhares e gestos, para que a gente perceba que ainda há fogo sob as cinzas. Scott Cooper adora esses derrotados e perdedores que tentam dar a volta por cima. O mundo todo está contra Bale, o xerife Forest Whitaker está em seu pé, para mantê-lo na linha, e mesmo assim ele tem de agir. Menos por vingança, talvez. Por integridade.

Christian Bale foi indicado para o Oscar de melhor ator por Trapaça, de David O. Russell. Poderia ter sido por Tudo por Justiça, que se chama Out of the Furnace no original. Ao contrário da comédia dramática de O. Russell, é um drama soturno, narrado com lentidão. Nada de glamour. A fábrica, as casas velhas, a doença. Antes que você queira desistir, achando que será deprimente, duas ou três informações. Tudo por Justiça foi produzido por Leonardo DiCaprio, com quem Christian Bale concorreu ao Oscar - Leo, por O Lobo de Wall Street, de Martin Scorsese. O outro produtor, você também conhece - é Ridley Scott, o diretor de Gladiador.

O inglês Bale irrompeu no cinemas norte-americano quando Steven Spielberg fez dele o garoto de Império do Sol, em 1987. Não são muitos os atores infantis que fazem a passagem para a idade adulta. Bale fez. Tornou-se astro, protagonizando o Batman de Christopher Nolan, ganhou o Oscar de coadjuvante - por O Vencedor, de David O. Russell. Bale é daqueles atores camaleônicos, que mudam para se adaptar ao papel. Ficou pele e osso em O Maquinista, criou músculos como Batman, perdeu cabelo e adquiriu barriga em Trapaça. Por mais que ele mude e, eventualmente, bata, é um ator de registro low key. É contido. Balbucia mais do que fala - uma herança do lendário Marlon Brando. Transmite tensão permanente. De tanto se conter, seus personagens estão sempre prestes a explodir.

Em Tudo por Justiça, Scott Cooper radicaliza algo que já havia em Coração Louco. Como as mulheres fazem parte do universo do homem, elas estão presentes, e são importantes. Mas a brutalidade e violência do universo masculino é que o atraem. Woody Harrelson não conhece limites, Willem Dafoe, aparentemente mais civilizado, é outro sem limite e Casey Affleck, o irmão de Ben, é consumido pela angústia interior. Casey é muito interessante. Dificilmente chegará a ser um astro, no sentido hollywoodiano. Suas escolhas são sempre inusitadas, e quase sempre radicais.

O pai terminal, o tio (Sam Shepard) amargurado. Scott Cooper quer filmar a vida como ela é, sem frescura. Do seu cinema, emerge um retrato realista da ‘América’ das pequenas vidas, na qual os conflitos não se solucionam pelo diálogo, mas pela violência. Pode ser doloroso, angustiante, mas é bom.

Christopher Nolan (A Origem, Batman: O Cavaleiro das Trevas) abre as portas da imaginação com o primeiro vídeo de seu próximo filme, que será lançado em 2014. O trailer de Interstellar apresenta dados sobre viagens espaciais com elementos que reforçam a tese a ser apresentada pelo filme: o envio de uma equipe de astronautas a um portal espaço-temporal (wormhole) para salvar a agricultura mundial devastada pelo aquecimento climático.

Além de imagens de arquivo, apenas Matthew McConaghey aparece nas telonas. O elenco estrelado do longa contará também com Jessica Chastain, Anne Hathaway, Matt Damon, Casey Affleck e Michael Caine. O filme estreia nos Estados Unidos no dia 7 de novembro de 2014. 

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