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Um ícone do cinema britânico, o ator Michael Caine, de 90 anos, anunciou neste sábado (14) que vai deixar as telonas, encerrando sua carreira de sete décadas com o filme "The Great Escaper", aplaudido pela crítica.

Caine atuou em mais de 160 filmes e foi seis vezes indicado ao Oscar, conquistando a cobiçada estatueta por seu trabalho em "Hannah e suas Irmãs", de Woody Allen, em 1986, e por "Regras da Vida", em 2000.

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"Não paro de dizer que vou me aposentar. Pois bem, esse é o caso agora", disse ele à BBC Radio 4.

"Disse a mim mesmo que tinha acabado de fazer um filme, no qual interpretei o papel principal e pelo qual recebi críticas incríveis... O que vou fazer para superar isso?", explicou.

"The Great Escaper", que estreou em 6 de outubro no Reino Unido, conta a história real do veterano da Segunda Guerra Mundial Bernie Jordan, que fugiu da casa de repouso, onde morava, para assistir à cerimônia pelo 70º aniversário do Desembarque de 1944 na Normandia, França. Compartilha a cena com Glenda Jackson, que faleceu em junho, aos 87 anos.

"Os únicos papéis que podem me dar agora são os de homens de 90 anos. Ou talvez de 85", disse.

"Não serão protagonistas. Não existem protagonistas de 90 anos, existem garotos e garotas jovens e sedutores. Então disse a mim mesmo que o melhor é ir embora", comentou.

Maurice Joseph Micklewhite nasceu em 14 de março de 1933, no sul de Londres, em um ambiente pobre.

Quando buscava um nome artístico, descobriu o pôster do filme "The Caine Mutiny" ("A nave da revolta" no Brasil) e adotou o nome do navio como pseudônimo, em 1954.

O ator foi uma das primeiras personalidades do mundo da cultura a se pronunciar a favor do Brexit, em 2016.

"Sir Michael" foi condecorado pela rainha Elizabeth II em 2000.

Poucos diretores ganharam tanto respeito tão rápido quanto Christopher Nolan. A carreira do britânico tem sido praticamente perfeita, com blockbusters de qualidade como a trilogia Cavaleiro das Trevas e suspenses incrivelmente bem construídos como O Grande Truque e seu candidato ao Oscar de 2011, A Origem. Interestelar é o filme mais ambicioso do cineasta, levando a audiência para uma jornada espacial com alguns dos visuais mais impressionantes desde 2001: Uma Odisseia no Espaço.

O filme mostra uma Terra escassa, na qual a humanidade perdeu qualquer ambição que um dia teve. Pragas estão acabando com qualquer tipo de alimento e a única colheita que ainda dá frutos é a de milho. Crianças são incentivadas a se tornarem fazendeiros, não a irem para a universidade, e escolas não ensinam nada que possa tirar a atenção dos alunos de seu próprio planeta. As missões Apollo, por exemplo, são apresentadas como propaganda dos EUA para induzir a União Soviética a gastar dinheiro com missões inúteis para o espaço.

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É nesta situação que encontramos a família de Cooper (Matthew McConaughey), um engenheiro e piloto da NASA cujos conhecimentos são aplicados apenas em tratores. Sua filha, Murph (Mackenzie Foy), compartilha da mesma curiosidade e sede por aventuras. Os dois são o coração do filme. Não se engane, a viagem espacial e os conceitos científicos apresentados são gigantescos e estão sempre presentes, mas Interestelar é sobre humanos, o que os motiva e o que os dá força para lutar. Sem a relação de pai e filha no centro do longa, o resultado seria tão frio quanto o espaço.

O roteiro evita transformar a relação entre os dois em algo melodramático, o que provavelmente aconteceria se os protagonistas fossem um par romântico. Parte disto vem do espetacular trabalho de McConaughey, que merece mais uma indicação ao Oscar, e da jovem Foy, revelação do filme. As cenas com os dois juntos levam a lágrimas, mas não por se tratar de um drama familiar, e sim porque são extremamente pessoais e íntimas. Interestelar é a prova que Nolan não é o cineasta frio que alguns suspeitam. Jessica Chastain, cujo personagem deve permanecer um segredo para os que não viram o filme, também faz um belíssimo trabalho.

Uma série de acontecimentos faz com que Cooper descubra a última tentativa da humanidade de sobreviver: uma missão para outra galáxia. Entrar em detalhes do enredo de Interestelar diminuiria a graça, já que este é um daqueles filmes que pedem para ser vistos sem nenhum conhecimento prévio. Ele se junta a Dra. Brand (Anne Hathaway) e parte em direção a um buraco de minhoca – algo que dobra o tempo e espaço permitindo viajar distâncias que levariam milhares de anos-luz em alguns instantes – e o que acontece depois é de cair o queixo.

Dizer que Interestelar é o filme mais bonito, falando puramente dos visuais, desta década, não é exagero. Em A Origem imagens como a cidade se dobrando ou o sonho entrando em colapso já impressionavam, mas Nolan se supera aqui. A atmosfera que ele cria é aquela de quando se é criança, e há um enorme fascínio com o desconhecido, com o espaço, planetas, galáxias. Nolan exibe um dos mais fortes sentimentos da vida humana, a curiosidade.

Interestelar prega contra o conformismo, no qual não existe motivação de buscar aquilo que está além do alcance. As paisagens espaciais encontradas por Cooper e sua equipe, assim como as naves utilizadas na viagem, são grandiosas. Um filme para ser assistido no cinema, de preferência na maior tela possível. Há visuais que são, literalmente, de outro mundo, e eles são acompanhados de conceitos científicos com complexidade suficiente pra quebrar a mente de qualquer pessoa.

Mas Nolan explica tudo muito bem. Bem até demais. O maior problema de Interestelar é a enorme quantidade de diálogos expositivos presentes durante suas 2h40. Há momentos em que, literalmente, um cientista explica o que vai acontecer para que a audiência não se confunda. Nolan é um mestre em explicar, algo que ficou extremamente claro em O Grande Truque, mas desta vez, ele tropeça, explicando demais, e de maneira nada sutil.

Tudo é cercado pela fenomenal trilha sonora de Hans Zimmer. O compositor está trabalhando com Nolan da mesma forma que John Williams trabalhou com Spielberg ou George Lucas. Aqui, ele sai de seu tradicional estilo cheio de percussão e usa sons de órgão. O resultado é de arrepiar, dando uma característica quase espiritual a Interestelar. Aqui, o espaço é a catedral.

Este não é o melhor filme do Nolan, posição ainda ocupada por A Origem, mas não é também a primeira mancha na carreira do diretor. Interestelar é uma carta de amor ao Espaço e filmes como 2001, reacendendo a chama de admiração e reverência ao gigantesco universo. Pura ficção científica.

Christopher Nolan (A Origem, Batman: O Cavaleiro das Trevas) abre as portas da imaginação com o primeiro vídeo de seu próximo filme, que será lançado em 2014. O trailer de Interstellar apresenta dados sobre viagens espaciais com elementos que reforçam a tese a ser apresentada pelo filme: o envio de uma equipe de astronautas a um portal espaço-temporal (wormhole) para salvar a agricultura mundial devastada pelo aquecimento climático.

Além de imagens de arquivo, apenas Matthew McConaghey aparece nas telonas. O elenco estrelado do longa contará também com Jessica Chastain, Anne Hathaway, Matt Damon, Casey Affleck e Michael Caine. O filme estreia nos Estados Unidos no dia 7 de novembro de 2014. 

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O espetáculo em Nome do Jogo, uma adaptação de Sleuth, de Anthony Shaffer, aporta na capital pernambucana no sábado (02), às 21h, e no domingo (03), às 19h, no Teatro da UFPE. O texto que foi escrito em 1970, tem tradução brasileira de Marcos Daud e adaptação de Gustavo Paso e do ator Marcos Caruso, que também atua ao lado do ator Erom Cordeiro.

Serviço

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Em Nome do Jogo 

Sábado (02), às 21h e Domingo (03), às 19h

Teatro da UFPE (Centro Universitário)

R$ 50 (inteira) R$ 25 (meia-entrada)

3207 5757

Censura: 14 anos

Adaptação do espetáculo Sleuth, de Anthony Shaffer, a peça Em Nome do Jogo chega ao Recife nos dias 02 e 03 de Março, no Teatro da UFPE. Apresentado em diversos países, o texto original foi escrito em 1970 e já foi adaptado diversas vezes. A versão brasileira tem tradução de Marcos Daud e adaptação de Gustavo Paso e Marcos Caruso, que também atua ao lado do ator Erom Cordeiro.  

No palco, Marcos Caruso vive o personagem Andrew Wyke, um escritor de romances policiais que adora jogos e teatro. Andrew convida o amante de sua esposa, Milo Tindolini, interpretado por Erom Cordeiro, para um encontro. A partir desta trama, uma batalha de gênios é desencadeada, com potencialidade para resultados inesperados, pois ambos estão dispostos a tudo em nome de do jogo.

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O espetáculo, que já esteve em cartaz por 10 meses no Rio de Janeiro, agora segue em sua primeira turnê antes de realizar temporada em São Paulo. O enredo da peça teve duas versões cinematográficas, em 1972 e em 2005, e seu roteiro foi adaptado e requisitado pelo diretor inglês Kenneth Branagh num remake por Harold Pinter, tendo Jude Law e Michael Caine, no papel de Andrew Wyke e Milo Tindolini. 

Serviço

Em Nome do Jogo 

Sábado (02), às 21h | Domingo (03), às 19h

Teatro da UFPE (Av. dos Reitores, Cidade Universitária)

R$ 50 (inteira) | R$ 25 (meia)

3207 5757

Censura: 14 anos

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