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O 4º dia do julgamento do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, está sendo marcado por ironias e provocações por parte da defesa. A juíza responsável pela caso já repreendeu, por várias vezes, Ércio Quaresma, um dos advogados de Bola. Diante das muitas insinuações do advogado, o promotor Henry Vasconcellos se exaltou. "O senhor é um canalha mentiroso", disse o promotor. Quaresma respondeu: "Canalha é o senhor. Vou provar que o senhor é um canalha". A juíza precisou intervir para pedir calma.

Por volta das 15h, o julgamento foi interrompido para o almoço. Quaresma disse ter ainda mais 12 horas de perguntas para o delegado, Edson Moreira, que está sendo interrogado desde quarta-feira, dia 24.

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O julgamento de Bola, acusado pelo assassinato de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno, começou na segunda-feira, 22, no Fórum de Contagem (MG).

Continua nesta quinta-feira, 25, o julgamento do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, acusado de matar Eliza Samudio, a mando do ex-goleiro Bruno. No 4º dia, o júri do Fórum de Contagem ouve o depoimento do delegado Edson Moreira, responsável pelas investigações do caso. Moreira já depôs nessa quarta-feira, 24, por mais de quatro horas.

A estratégia da defesa de Bola é cansar a testemunha e prolongar ao máximo o julgamento. A promotoria já disse que considera a tentativa um "tiro no pé". Um dos delegados do ex-policial, Ércio Quarema, foi repreendido várias vezes nesta manhã pela juíza Marixa Rodrigues por estar intimidando o delegado. Moreira pediu respeito ao advogado.

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O advogado do goleiro Bruno Fernandes, Lúcio Adolfo da Silva, disse que seu cliente está perto de conseguir a prisão domiciliar para voltar a jogar futebol, o que deve ocorrer, segundo ele, "em julho" próximo. Adolfo esteve nesta quarta-feira, 24, no Fórum de Contagem (MG), onde o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, está sendo julgado desde segunda-feira acusado de matar e desaparecer com o corpo de Eliza Samudio.

Adolfo justifica seu otimismo com o fato de que a sentença de Bruno, condenado em março a 22,3 anos de prisão por mandar matar Eliza, já ter chegado à Vara de Execuções Provisórias de Contagem, o que retira a juíza Marixa Rodrigues de qualquer deliberação sobre o caso. "A guia de execução provisória do Bruno foi expedida e foi encaminhada para a Vara de Execuções Provisórias daqui de Contagem, e se sujeita agora ao juiz Wagner Cavalieri", disse o advogado de Bruno.

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Para o advogado, a juíza tem demonstrado morosidade no envio do processo para o Tribunal de Justiça e isso tem prejudicado Bruno. "Já deveria ter sido encaminhado há mais de um mês. Essa demora, inclusive, é possível que eu leve isso ao conhecimento do tribunal para um habeas corpus em favor do Bruno", afirmou Adolfo. Ele também protesta contra a negativa da juíza em analisar as razões de sua apelação contra a emissão do atestado de óbito de Eliza.

Além das apelações, Adolfo vai a Brasília defender o habeas corpus pedido ao Supremo Tribunal Federal para prisão domiciliar a Bruno. "Ele tem que pagar pensão do Bruninho e de outras duas filhas. Então eu acredito que o tribunal, diante da realidade do Bruno, que é de extrema visibilidade, não vai fugir. Acredito que até o fim de julho ele poderá voltar a jogar a bola." Segundo ele, o Boa Esporte Clube, de Varginha, no Sul de Minas, mantém o interesse em contratar Bruno.

Nova versão para o que ocorreu na casa do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, no dia em que Eliza Samudio teria sido assassinada, deu novo fôlego à defesa neste terceiro dia de julgamento, no Fórum de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. O delegado que comandou as investigações na época do desaparecimento da amante de Bruno Fernandes, Edson Moreira, que hoje é vereador, disse em seu interrogatório que a modelo não foi esquartejada por Bola em sua residência, em Vespasiano, e que seu braço não foi jogado para cães.

A versão difere daquela apresentada pela principal testemunha do caso, o primo de Bruno, Jorge Luiz Sales. Na época menor de idade, Jorge disse ter visto o ex-policial jogar o braço para cães após matá-la por asfixia. Após cinco horas e meia de interrogatório, o advogado de Bola, Ércio Quaresma, alegou cansaço e os trabalhos foram interrompidos. Moreira continuará a ser interrogado a partir das 9 horas desta quinta-feira, 25.

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O interrogatório do delegado era a grande aposta da defesa de Bola para tentar levantar possíveis falhas durante a investigação. Quaresma tem afirmado que Moreira conduziu intencionalmente as investigações para incriminar seu cliente e notório desafeto. O depoimento foi recheado de ironias e trocas de farpas entre os dois. O ponto alto veio logo após Quaresma pressionar o delegado por detalhes das investigações na época do crime, ocorrido em junho de 2010. Ele perguntou se nas "facas ou qualquer outro instrumento, como machado, encontrados na casa de Bola, foi feito exame com luminol (produto químico que aponta a presença de sangue) e encontrado sangue". Moreira respondeu que, de acordo com o laudo de constatação feito por peritos, não foi encontrado sangue no local. "Concluiu-se que naquela casa ninguém foi picado, dissecado. Podia ter morrido por asfixia, mas ninguém foi partido lá. Foi usado luminol para identificar se havia vestígio de sangue", afirmou a testemunha.

Quaresma não perdoou e questionou diretamente Edson Moreira se alguma mão de Eliza foi jogada aos cães na casa de Bola. O depoente disse que não. Pela manhã, foi interrogado o jornalista José Clèves, também a pedido da defesa. Quaresma pretendia mostrar falhas no caráter de Edson Moreira, que apontou Clèves como assassino de sua própria mulher. O jornalista acabou sendo inocentado.

Começou por volta das 14 horas desta quarta-feira, 24, o interrogatório da última testemunha no julgamento do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, o delegado Edson Moreira. A defesa solicitou que ele seja ouvido na condição de testemunha e não de autoridade policial. Dessa forma, ele tem compromisso com a verdade. A juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues deferiu o pedido. O advogado de Bruno Fernandes, Lúcio Adolfo, está no Fórum de Contagem (MG) para acompanhar o depoimento.

Depois de perguntar sobre investigações que Moreira já presidiu, Ércio Quaresma, defensor de Bola, questionou sobre outros quatro delegados que atuaram no caso Bruno, pedindo que a testemunha informasse a função de cada um deles. Moreira respondeu e depois explicou que, na época em que Eliza Samudio desapareceu, circulou boato de que Bruno havia matado a ex-mulher Dayanne do Carmo. O defensor de Bola também perguntou por que policiais de Contagem investigam um caso ocorrido em Esmeraldas, e se o delegado sabia onde ficava o sítio de Bruno. Ele afirmou que não.

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O delegado Edson Moreira explicou que Contagem investigava o caso porque havia um mandado de prisão expedido no município. E que depois o caso foi transferido para Belo Horizonte por causa da grande repercussão e porque lá, segundo ele, os policiais teriam mais apoio.

Mais cedo nesta quarta, a primeira testemunha a depor no Fórum de Contagem foi o jornalista José Clèves. Os advogados de Bola pretendem mostrar, com o depoimento, que o jornalista também teria sido vítima de erros de investigação por parte da polícia, conforme a tese da defesa para o indiciamento de Bola. Clèves foi acusado de matar sua mulher, mas foi inocentado.

O julgamento do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, entra no terceiro dia nesta quarta-feira, 24. A primeira testemunha a depor no Fórum de Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte, é o jornalista José Clèves. Os advogados de Bola pretendem mostrar, com o depoimento, que o jornalista também teria sido vítima de erros de investigação por parte da polícia, conforme a tese da defesa para o indiciamento de Bola. Clèves foi acusado de matar sua mulher, mas foi inocentado.

As investigações sobre o jornalista foram conduzidas pelo delegado Edson Moreira, que também comandou o inquérito do caso Bruno. Para os defensores do ex-policial, Moreira é desafeto do réu e por isso o incriminou. O delegado que hoje é vereador deve depor em seguida. A expectativa é de que o depoimento de Bola ocorra na quinta-feira, 25.

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Clèves contou que o delegado, na época, afirmou que havia pólvora no braço dele e que o exame de balística mostrou o uso de arma. Mas, segundo o jornalista, os laudos negaram isso. Ele também falou do impacto do seu indiciamento em sua vida, dizendo que sofre até hoje. O jornalista respondeu que sim à pergunta de Quaresma sobre se há descaso com os inquéritos. Segundo ele, esse descaso dificulta a justiça.

Começou por volta das 16 horas o interrogatório do presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia de Minas Gerais, deputado Durval Ângelo, à segunda testemunha a ser ouvida nesta terça-feira, 23, no Fórum do Contagem. O advogado Ércio Quaresma perguntou sobre o teor dos encontros que ele teve com Bruno Fernandes. Segundo Durval, em um desses encontros, Bruno disse que não havia matado a modelo Eliza Samudio e que não tinha participação no crime, jurando sobre a Bíblia. "O Bruno negou de forma peremptória que tinha matado. Disse que ela teria tomado destino ignorado."

Durval também relatou ter ouvido de Ingrid Calheiros, atual mulher do goleiro, que havia um plano de uma juíza de Esmeraldas para libertá-lo, e que a magistrada receberia R$ 1 milhão durante um plantão para soltar o goleiro.

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Durval disse que o advogado de Macarrão Wasley César o procurou para pedir proteção a seu cliente, que temia ser morto na penitenciária. O advogado dizia que o seu cliente estava sendo violado em seus direitos, e que havia um plano para que Macarrão assumisse toda a culpa sozinho pelo crime. "Eu, então, fui à penitenciária e gravei uma entrevista com ele". Quaresma perguntou se seu nome havia sido citado pelo advogado, e o deputado disse que não.

"Acredito que o diabo está orando, pedindo a Deus para ele (Marcos Aparecido dos Santos, o Bola) não tomar o lugar dele", disse a testemunha Jailson Alves de Oliveira, que segue nesta terça-feira, 23, sob interrogatório do advogado de defesa do ex-policial Ércio Quaresma, após um pequeno intervalo. Jailson contou que teria ouvido as confissões de Bola nos pavilhões da penitenciária Nelson Hungria, em Contagem (MG), durante o período em que o réu ficou preso ali também. O depoente afirmou, inclusive, que Bola admitiu ter dado "bobeira" ao deixar a foto onde duas pessoas que foram assassinadas aparecem com um x no rosto.

Nesta terça começou o segundo dia de julgamento de Bola, acusado de ser o executor de Eliza Samudio, a mando do goleiro Bruno Fernandes, que era amante da modelo. Para o promotor de Justiça Henry Wagner Vasconcellos, responsável pela acusação do réu, a estratégia da defesa de prolongar ao máximo os interrogatórios das testemunhas é um tiro no pé, na medida em que cansa os jurados e provoca neles uma antipatia em relação ao acusado.

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Ele afirmou que o acusado de executar Eliza assistia o noticiário sobre o caso com frequência na sala de Jailson. O interrogado reafirmou a denúncia de um suposto plano para matar a juíza Marixa Rodrigues. O assassino seria o "Nem da Rocinha".

Antes disso, Quaresma tentou desqualificar Jailson, listando os crimes que teria cometido, como um latrocínio. O advogado também perguntou se o preso já havia "dedurado" outras pessoas. Jailson respondeu que sim, sempre em casos envolvendo policiais e agentes penitenciários. Um deles foi um tenente coronel que "vendia" fugas. Quaresma foi repreendido pela juíza e motivou protestos do promotor ao chamar Jailson de "delinquente contumaz".

Nas perguntas que fez a Jailson, o promotor Henry Wagner conseguiu que ele reafirmasse sua versão de que ouviu do próprio Bola que Eliza foi queimada em pneus, e as cinzas, jogadas em uma lagoa.

O julgamento está sendo realizado no Fórum de Contagem, onde o goleiro Bruno foi condenado a 22,3 anos de prisão em março. Seu braço direito, Luiz Henrique Romão, o Macarrão, foi condenado a 15 anos em novembro de 2012.

No primeiro dia do julgamento do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, acusado de assassinar e desaparecer com o corpo de Eliza Samudio, ficou clara a estratégia da defesa de apontar falhas nas investigações para tentar livrar seu cliente da condenação.

A situação do réu se complicou depois que o ex-goleiro Bruno Fernandes de Souza admitiu ao júri que o condenou, em março passado, que Luiz Henrique Romão, o Macarrão, levou a amante de Bruno para ser morta por Bola. O ex-jogador foi condenado a 22,3 anos de prisão por ter encomendado o crime. Macarrão pegou 15 anos por ter confessado parcialmente seu envolvimento na trama.

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Bola está sendo julgado no Fórum de Contagem (MG) desde a manhã desta segunda-feira, 22. Logo no início dos trabalhos, o advogado dele, Ércio Quaresma, pediu o adiamento do júri, alegando cerceamento de defesa pela ausência de testemunhas e que seu cliente deveria ser julgado na comarca de Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde Eliza teria sido morta. A juíza Marixa Rodrigues indeferiu o pedido.

Posteriormente, no único interrogatório do dia, Quaresma questionou a delegada Ana Maria Santos, que conduziu o caso na fase policial, por não indiciar outros nomes mostrados pela quebra do sigilo telefônico dos envolvidos. Ele se referia especialmente ao policial José Lauriano, o Zezé, cujo número teria aparecido diversas vezes nas 50 ligações recebidas por Macarrão nos dias que antecederam o crime, assim como o de Bola. Ana Maria respondeu que ele não foi indiciado porque, na época, não havia elementos suficientes, embora ele tenha sido interrogado.

"O senhor José Lauriano foi ouvido mais de uma vez, e é preciso esclarecer aos jurados que não é simplesmente por um fato que o sujeito resta indiciado. Se não houve indiciamento, é porque não havia elementos suficientes", respondeu a delegada. Diante da insistência do advogado, Ana Maria disse que o inquérito já estava na fase final quando o nome de Zezé apareceu. Ela também afirmou que não leu o relatório com os dados da quebra de sigilo telefônico dos envolvidos.

Para Quaresma, as autoridades policiais elegeram apenas seu cliente para indiciar, ignorando indícios referentes a outros possíveis envolvidos na trama, como os policiais Zezé e Gilson Costa. Ele também questionou a legitimidade do julgamento enquanto há outras investigações sobre o crime em andamento, como o inquérito aberto pelo Ministério Público para apurar a participação dos dois policiais no caso. O promotor Henry Vasconcellos rebate a tese de Quaresma ao afirmar que "investigações suplementares visam a mais ampla reunião de provas de coautoria de outros dois parceiros do réu". Para a promotoria, Zezé é o homem que apresentou Bola a Bruno.

O promotor Henry Vasconcellos focou seu interrogatório à delegada em detalhes do depoimento de Jorge Luiz, o primo de Bruno que revelou como Eliza teria sido sequestrada e morta, no início de junho de 2010. Durante os questionamentos, Ércio Quaresma pediu para deixar o Fórum. Segundo ele, sua mulher havia sido assaltada. O promotor ironizou o fato, dizendo que a esposa de Quaresma também havia sido assaltada no julgamento ocorrido em novembro, no qual Macarrão foi condenado. Nas preliminares, o promotor afirmou que "o que a defesa quer é nutrir-se com escândalo frívolo e irresponsável'. Henry Vasconcellos pediu que os defensores agissem com "plenitude". Durante a maior parte do tempo, Bola permaneceu de cabeça erguida. Chegou a atrair as atenções ao tomar um iogurte na sala do júri. Também mandou mensagens escritas em um papel branco para seus advogados.

Começa nesta segunda-feira (22), o julgamento do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, acusado de matar e sumir com o corpo de Eliza Samudio, ex-amante do ex-goleiro do Flamengo Bruno Fernandes de Souza. o advogado de Bola, Ércio Quaresma, chegou a pedir à juíza Marixa Rodrigues o adiamento do júri, o que ela negou. Uma das testemunhas da defesa, o jornalista José Cleves, não compareceu, e os advogados solicitaram mais tempo para tentar localizá-lo. Este pedido a juíza acatou e, no momento, todos esperam a testemunha.

O depoimento do jornalista faz parte da estratégia de tentar desqualificar o então chefe das investigações da época do desaparecimento de Eliza, delegado Edson Moreira. Para a defesa, Moreira, que hoje é vereador, tem uma perseguição pessoal com Bola. O jornalista foi acusado de matar a mulher, mas depois acabou inocentado. O caso também foi conduzido por Edson Moreira. Bola será julgado no Fórum Pedro Aleixo, em Contagem, o mesmo onde Bruno foi condenado a 22,3 anos de prisão e Luiz Henrique Romão, o Macarrão, a 15 anos.

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O julgamento

Com previsões de duração que vão de três dias a uma semana, o julgamento tem início com a apresentação dos pedidos da promotoria e dos advogados e com a formação do conselho de sentença. Na sequência, serão interrogadas as testemunhas.

O Ministério Público, responsável pela acusação, arrolou a delegada Ana Maria dos Santos, que esteve à frente das investigações iniciais do caso; o primo de Bruno Jorge Luiz Lisboa Rosa; o ex-caseiro do goleiro João Batista Alves Guimarães e o ex-colega de prisão de Bola Jailson Alves de Oliveira, que denunciou a suposta existência de um plano do ex-policial para matar a juíza Marixa Rodrigues. Ele também relatou ter ouvido Bola confessar o crime na cadeia.

A defesa arrolou como testemunhas o corregedor geral da Polícia Civil, Renato Patrício Teixeira; o jornalista José Cleves; a delegada Alessandra Wilke, que trabalhou no caso; e a delegada Ana Maria dos Santos. O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia de Minas, deputado Durval Ângelo, também foi intimado.

Os advogados do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, vão negar qualquer envolvimento dele na trama que resultou na morte da amante do goleiro Bruno, Eliza Samudio. Bola será julgado nesta segunda-feira, 22, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, acusado se ser o executor de Eliza. "A situação dele é difícil, o trabalho será árduo, mas nós acreditamos na absolvição" , afirmou o advogado Fernando Magalhães, um dos três defensores do réu. Sobre o fato de o goleiro, condenado em março a 22 anos de prisão, ter citado nominalmente Bola como o homem que asfixiou Eliza, Magalhães disse que "Bruno apenas afirmou ter ouvido isso de Macarrão".

Luiz Henrique Romão, o Macarrão, foi condenado em novembro, depois de ter confessado envolvimento parcial no crime. Ele foi sentenciado a 15 anos de prisão. "O Macarrão hora nenhuma citou o nome do Marcos Aparecido", disse Magalhães. A expectativa dos advogados de Bola, cuja situação se complicou após o depoimento de Bruno ao Tribunal do Júri, e de que o julgamento dure de "de sete a dez dias". "Só para uma das testemunhas temos perguntas para 24 horas seguidas, afirmou.

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Testemunha chave do julgamento do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, marcado para a próxima segunda-feira, 22, o detento Jailson Alves de Oliveira e sua mulher estariam sendo ameaçados de morte por "pessoas ligadas a Bola e ao Zezé", afirmou na noite desta quinta-feira o advogado de defesa de Jailson, Francisco Ângelo Carbone. Bola é acusado de ser o executor de Eliza Samudio, assassinada a mando do goleiro Bruno Fernandes. Zezé é um policial civil que passou a ser investigado este ano por envolvimento no crime.

Jailson está preso na mesma penitenciária que Bola, a Nelson Hungria, em Minas, e denunciou em 2012 que o ex-policial confessou ter matado a modelo e que ele ainda teria um plano para assassinar a juiza Marixa Rodrigues, que conduziu o júri que condenou o goleiro Bruno a 22,3 anos de prisão, em março deste ano.

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Para Carbone, com a proximidade do julgamento de Marcos Aparecido, as ameaças aumentaram. "A mulher dele tem sido vigiada em pontos de ônibus e recebido telefonemas ameaçadores. A mulher está em prantos. Eles querem que o Jailson retire tudo o que disse, mas ele não vai fazer isso", afirmou o defensor. Carbone também afirmou que a direção do presídio têm impedido contato do preso com a juíza Marixa, o que tem sido feito por cartas. "O Bola e o Zezé são muito fortes, têm uma quadrilha inteira ligada a eles. Os caras jogam pedra na casa dela (mulher de Jailson) e falam que vão dar o marido para cachorro comer", disse o defensor, que enviou um ofício ao Fórum de Contagem pedindo reforço na segurança dele e da testemunha.

Após a suspeita de que uma das juradas que participou do julgamento do goleiro Bruno Fernandes tenha envolvimento com o tráfico de drogas, o que motivou os advogados do réu a levantarem a possibilidade de anulação do júri que condenou o jogador, o promotor de Justiça Henry Wagner Vasconcellos acusou nesta quinta-feira, 18, a defesa de "irresponsável". Em nota, o promotor esclareceu que "a jurada não foi presa em flagrante delito. Ela foi conduzida à delegacia de polícia e liberada".

Segundo Henry, "ainda que, em tese, ela estivesse cometendo o delito, durante a escolha dos jurados ela não tinha antecedente criminal" e ainda "passou pelo crivo de todas as partes, e todas aceitaram a moça para função". O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) confirmou que a ficha da jurada estava limpa na época do julgamento de Bruno e que, caso haja alguma solicitação por parte dos advogados de defesa, o que ainda não ocorreu, o tribunal vai analisar a questão, mas é improvável uma anulação, embora não seja totalmente descartada.

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Vasconcellos afirma ainda que a defesa não tem como dizer que o voto dela influenciou a condenação do ex-goleiro do Flamengo, "porque não há como saber o seu voto". Para ele, os defensores são irresponsáveis também ao "adiantar a culpa de Clécia Marise", porque ela ainda será investigada pela Polícia Civil e só após o término das investigações a promotoria irá se manifestar.

A reportagem tentou contato com os advogados de defesa de Bruno, Tiago Lenoir e Lúcio Adolfo, mas eles não retornaram aos recados deixados em suas caixas postais. Clécia Marise foi presa no dia 5 de abril no bar onde trabalha, após uma denúncia anônima. No local, os policiais encontraram cinco cápsulas de cocaína e uma lista com supostos nomes de usuários. A mulher foi encaminhada à delegacia, mas liberada porque não foi caracterizado flagrante.

A Polícia Civil de Minas acredita ter localizado os ossos da modelo Eliza Samudio, desaparecida desde junho de 2010. Características de uma ossada achada em janeiro deste ano na cidade de Nova Serrana (MG) batem com as da ex-namorada do goleiro Bruno. Golpes na cabeça, a ausência de algumas partes do corpo e o tamanho do pé, número 37, são alguns fatores que chamaram a atenção dos policiais. O exame de DNA fica pronto na próxima semana.

A ligação entre o corpo achado em janeiro e o de Eliza se deu agora por causa da divulgação de um laudo do Instituto Médico-Legal (IML) de Belo Horizonte(MG). Ele traz várias semelhanças com a ossada de Nova Serrana, no centro-oeste do Estado, perto do Distrito de Martinho Campos, terra da ex mulher de Macarrão, Que na época estava grávida de 9 meses. Outros pontos se destacam, como a altura da mulher encontrada (1,70 metro), a mesma de Eliza Samudio.

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O caso é investigado pela Delegacia de Nova Serrana. A ossada estava em um buraco de cerca de 6 metros de profundidade em uma propriedade rural, ao lado de uma estrada vicinal, perto da BR-262. O acesso ao local se dá por outra vicinal, que foi usada por quem seguiu até lá para enterrar o corpo.

De acordo com o delegado da cidade, Rodrigo Noronha, o corpo não tinha as mãos e um braço. Junto aos ossos havia uma sandália de número 37 fabricada no Sul do País, típica de uma Cidade próxima à terra da modelo, que era do Paraná. Também foram localizados um cinto e peças femininas de roupas que provavelmente eram usadas pela mulher assassinada.

A arcada dentária do corpo também chamou a atenção, pois era perfeita, segundo o delegado, diferentemente das vítimas de homicídios normalmente achadas na região. E, além de não ter um braço, faltava parte do outro. Já o crânio apresentava um afundamento do lado esquerdo, o que coincide com os relatos sobre a morte de Eliza, uma vez que ela teria sido agredida com uma coronhada justamente desse lado.

De acordo com a polícia, o corpo apareceu por causa da erosão causada pelas chuvas. Ele tinha duas marcas de tiro na cabeça e uma na coluna cervical. Disparos assim geralmente são feitos por quem tem conhecimento na área, o que pode levar ao ex-policial civil conhecido por Bola, apontado como responsável pela execução da ex-namorada do goleiro Bruno.

Nesse caso cairia a tese de que Eliza morreu asfixiada, uma vez que os tiros a teriam matado. Bola deve comparecer ao Tribunal do Júri de Contagem ainda neste mês. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério Público Estadual (MPE) entrou nesta terça-feira com recurso pedindo explicação sobre os 22 anos e três meses de prisão a que foi condenado o goleiro Bruno Fernandes. O promotor Henry Wagner Vasconcelos quer esclarecimentos sobre a sentença, já que o atleta foi condenado pelo homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver de sua ex-amante Eliza Samudio, além do sequestro do bebê que teve com a vítima, mas a juíza Marixa Fabiane Lopes não determinou qual a soma que o atleta terá que cumprir em regime fechado.

O recurso, chamado embargo de declaração, foi apresentado à própria magistrada e pede a "definição do regime penal resultante da totalização das sanções privatizas de liberdade fixadas, mediante a expressa estipulação de inicial regime fechado". Mas Henry Vasconcelos já adiantou que também pretende recorrer da própria sentença, pois esperava uma pena "entre 28 e 30 anos" para Bruno, condenado por um júri popular após quatro dias de julgamento.

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Na sexta-feira (8), horas após a magistrada anunciar a sentença, o advogado de defesa de Bruno, Lúcio Adolfo da Silva, já havia entrado com uma apelação pedindo que o julgamento seja anulado. O caso ainda será decidido pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG), que analisa outro recurso apresentado pelo advogado, mas não há prazo definido para que as decisões sejam anunciadas.

O promotor de Justiça Henry Wagner Vasconcelos confirmou nesta segunda-feira que vai entrar, provavelmente na terça-feira (12), com um recurso contra a pena de 22,3 anos imposta ao goleiro Bruno Fernandes pela juíza Marixa Rodrigues, na madrugada da última sexta-feira, após um julgamento que durou quatro dias. Além de considerar a pena pequena para a gravidade dos crimes cometidos pelo goleiro, o promotor disse que pretende questionar também o que considera uma "omissão" na sentença da juíza.

"Não entrei hoje porque não deu tempo e porque, reanalisando a sentença, percebi que a juíza esqueceu de determinar qual o regime fechado da somatória dos anos a que ele foi condenado", afirmou. Portanto, Wagner pedirá também que esse ponto seja explicado de forma mais clara. Para ele, devido ao alto grau de culpabilidade do réu, a pena esperada pela promotoria era de no mínimo 28 a 30 anos de reclusão.

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Os 22,3 anos definidos pela juíza desagradaram não só à promotoria, mas também aos advogados de defesa. Na última sexta, eles recorreram ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais pedindo a anulação do julgamento por considerar que houve confissão e que por isso Bruno deveria ter recebido uma redução maior de pena do que os três determinados pela juíza.

Os advogados do goleiro também entendem que não é possível condenar alguém enquanto outros possíveis envolvidos ainda estão sendo investigados, como é o caso do policial civil José Laureano, o Zezé, apontado pelo Ministério Público como participante ativo da trama que resultou na morte de Eliza Samudio. O promotor já afirmou que vai apresentar denúncia contra o policial. Também ficou de recorrer da sentença a mãe de Eliza, Sônia Moura. Ela também pretende recorrer da decisão que absolveu a ex-mulher de Bruno, Dayanne Rodrigues.

A defesa do goleiro Bruno oficializou nesta sexta-feira ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais o recurso contra o resultado do julgamento que condenou seu cliente a uma pena de 22,3 anos de prisão, das quais 17,6 anos em regime fechado. Como havia dito após a juíza Marixa Rodrigues anunciar a sentença, o advogado Lúcio Adolfo pretende apresentar as justificativas posteriormente.

O defensor chegou a dizer a alguns jornalistas que teria feito um acordo com a juíza para que houvesse um alívio na pena do jogador, o que não foi confirmado por ela. O acordo, na verdade, teria sido uma conversa antes do início da última etapa do julgamento - os debates - para que Bruno admitisse ter conhecimento de que Eliza Samudio seria assassinada.

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Foi por isso, segundo o defensor, que o goleiro pediu a palavra e respondeu a uma única pergunta, feita por Adolfo, que era se ele sabia do crime antes de sua consumação. "Sabia e imaginava. Pelas agressões constantes, pelo fato de eu ter entregado para o Macarrão do dinheiro. As agressões do Macarrão", afirmou, negando-se em seguida a responder qualquer outra questão.

Para a juíza, no entanto, foi pouco. Em sua sentença, ela reconhece que Bruno "prestou esclarecimentos, identificando o executor do homicídio". "Hoje, o réu, pediu para ser novamente ouvido, oportunidade em que reconheceu que sabia que a vítima Eliza Samudio iria morrer (...) Data vênia, mas essa lacônica confissão não merece a mesma redução concedida ao corréu Luiz Henrique Ferreira Romão, no julgamento passado como quer a defesa", afirmou Marixa, que acabou amenizando a pena do goleiro em três anos, enquanto a de Macarrão foi reduzida em pouco mais de cinco anos.

Procurados pela reportagem na noite desta sexta-feira, os defensores de Bruno Lúcio Adolfo e Tiago Lenoir não retornaram. A pena de 22,3 anos também não agradou à mãe de Eliza, nem ao promotor Henry Wagner Vasconcelos, que já afirmaram que vão recorrer para que seja aumentada.

"É uma curiosa reviravolta. Depois de tudo que fez com as mulheres, terminar assim, na mão de mulheres." Acompanhadas de um previsível sorriso de satisfação, as frases saíram como um desabafo da boca de Sônia Fátima Moura ao saber que o goleiro Bruno Fernandes, depois de quase três anos, ouviria poucos instantes depois a sentença pelo assassinato e ocultação de cadáver de sua filha Eliza Samudio.

Condenado a 22 anos e três meses de prisão pelos crimes, aliados ao sequestro do filho que teve com Eliza, ocorridos em julho de 2010, o jogador teve que ouvir, de cabeça baixa e mãos entre as pernas, o promotor Henry Wagner Vasconcelos acusá-lo várias vezes de desprezar as mulheres durante o julgamento encerrado na madrugada desta sexta-feira em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. E foi pela voz de uma delas, a juíza Marixa Fabiane Rodrigues, que soube que terá que permanecer na cadeia, onde está desde julho de 2010.

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"Ele foi investigado por delegadas, julgado com uma mulher na acusação, com cinco mulheres para decidir sua sentença e uma mulher para decidir a pena", observou Sônia, hoje dona da guarda da criança que a filha teve com o goleiro. Ela se referia às delegadas Ana Maria Santos e Alessandra Wilke, que investigaram o caso, à advogada Maria Lúcia Borges Gomes, às cinco juradas que ao lado de dois homens compuseram o júri do julgamento do atleta e à magistrada. "E isso no Dia Internacional da Mulher", arrematou Sônia, mas sem comemorar diante da pena que considerou "pequena".

Apesar da pena de mais de 22 anos, Bruno já está preso há dois anos e nove meses e tem direito a cerca de um ano de remissão de pena por casa dos trabalhos de faxina e lavanderia que já exerceu na Penitenciária Nelson Hungria, também em Contagem. E com os benefícios previstos em lei, o goleiro terá que cumprir, na prática, pouco mais de outros três anos para ter direito de pedir a progressão de regime e pode deixar o presídio em 2017. "Eu esperava mais", declarou Sônia ao saber da sentença, ainda mais frustrada com a notícia de que a ex-mulher do jogador, Dayanne Rodrigues do Carmo, foi absolvida da acusação de sequestro e cárcere privado do bebê de Eliza.

Enquanto a absolvição de Dayanne é comemorada pelo advogado Tiago Lenoir, a representante de Sônia no processo já estuda a melhor forma de tentar mudar a decisão. "Com certeza vamos recorrer", salientou Maria Lúcia Borges, contratada pela mãe de Eliza para participar da acusação e que discordou também da pena aplicada a Bruno. Neste último caso, pretende manter a parceria com o Ministério Público Estadual (MPE), já que Henry Vasconcelos também afirmou que tentará aumentar a pena junto ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG), enquanto o advogado de Bruno, Lúcio Adolfo da Silva, adiantou que tentará anular o julgamento. Até o fim da tarde desta sexta, porém, nenhum dos recursos havia sido apresentado ao TJ-MG.

O goleiro Bruno Fernandes foi condenado a 22 anos e 3 meses de prisão pela morte e ocultação de cadáver da ex-amante Eliza Samudio e pelo sequestro e cárcere privado do filho que teve com ela. A ex-mulher de Bruno, também acusada, Dayanne Rodrigues do Carmo, foi absolvida, por 4 votos a 3, assim como havia sido solicitado pela Promotoria.

Com a admissão de Bruno de que Eliza foi assassinada, e de que ele teria sido informado do que ocorreu, a defesa se distanciou, na quinta-feira, da linha inicial de argumentação na qual destacava não haver corpo e realçava dúvidas sobre o próprio assassinato. Os defensores de Bruno chegaram a falar em uma pena "em torno de dez anos", por uma "participação menor" no crime e pediram reiteradamente aos jurados que fizessem "justiça".

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O advogado do réu, Lúcio Adolfo, destacou que "a imprensa" já havia sentenciado os réus e "esperava a condenação" também por parte do conselho de sentença. Na sequência, distribuiu vendas às cinco mulheres e dois homens do júri, lembrando que a justiça "é cega".

Reinterrogatório

O quarto e último dia do julgamento do ex-goleiro do Flamengo começou com um pedido de reinterrogatório dos dois réus. Dayanne confirmou que recebeu telefonemas do então policial civil José Lauriano de Assis Filho, o Zezé, orientando sobre para quem deveria entregar o filho de Eliza e Bruno, quando tiveram início as investigações. Segundo Dayanne, Zezé agia por ordem de Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, tido como braço direito de Bruno e condenado, em novembro de 2012, pelo assassinato de Eliza.

Dayanne contou que tinha e tem medo do ex-policial. "Pelo que Bruno falou, minhas filhas correm risco. Tinha medo e estou com medo agora, tanto dele (Zezé) quanto do Macarrão e da situação", declarou. Considerando que ela agiu sob pressão, o promotor pediu a absolvição.

Bruno, por sua vez, afirmou que "sabia e imaginava" que Eliza seria morta quando deixou seu sítio em Esmeraldas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, na companhia de Macarrão e de Jorge Rosa. Em depoimento, na quarta-feira (06), o goleiro já havia assumido que a ex-amante foi assassinada e admitiu que "aceitou" e "se beneficiou" do crime, mas ressaltou que só soube do homicídio após ele ter ocorrido.

Na quinta-feira (07), em nova declaração, alegou que sabia que Eliza ia morrer "pelas constantes agressões" de Macarrão contra a moça e "pelo fato de ter entregue dinheiro para ela", que cobrava ajuda para cuidar do bebê.

O julgamento do ex-goleiro do Flamengo Bruno Fernandes, de 28 anos, entra na fase final e seu destino pode ser definido nesta quinta-feira pelos jurados, quando ocorre a quarta, e possivelmente última sessão do júri. Acusado de mandar sequestrar e matar a ex-amante Eliza Samudio, de 24 anos, com quem teve um filho, o atleta está sendo julgado em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde está preso. Em seu depoimento, na quarta-feira (6), ele admitiu, pela primeira vez, saber que Eliza está morta, mas disse não ter sido o mandante do crime, atribuindo a culpa a Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, seu braço direito na época, que já foi condenado em outro julgamento.

O promotor responsável pela acusação, Henry Wagner Vasconcelos, afirmou na quarta que vai pedir pena próxima à máxima ao réu - 30 anos no Brasil - , por homicídio triplamente qualificado. O sete jurados - cinco mulheres e dois homens - irão decidir se Bruno é culpado e qual seriam as qualificadoras para o crime. Os próprios advogados de Bruno já admitem a condenação, e afirmam que vão tentar trabalhar no debate para atenuar a pena tentando eliminar os qualificadores do crime.

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Bastante assediada na entrada do Fórum de Contagem, a mãe de Eliza, Sônia Moura, voltou a dizer que Bruno mentiu em seu depoimento de quarta. "Ele ia entrar mesmo em contradição, tanto que ele não permitiu que o senhor promotor e os advogados de acusação fizessem perguntas a ele, com medo. Mas graças a Deus, o Espírito Santo tem agido e eu tenho certeza que o espírito Santo de Deus está sobre a cabeça da Justiça, e a Justiça vai ser feita", disse Sônia Moura, que pediu novamente que o réu diga onde está o corpo de sua filha.

Por volta das 10 horas, Dayanne Rodrigues começou novamente a ser interrogada, para esclarecimentos adicionais sobre as ligações entre ela e o policial José Lauriano, o Zezé, apontadas pela quebra de sigilo telefônico pedida pela promotoria. O interrogatório foi solicitado pela defesa dela.

Foram registradas cinco ligações entre os dois no momento em Dayanne levava Bruninho para ser entregue a Emerson, o Coxinha, nas margens da BR-040, em Contagem.

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