Tópicos | Caso Canibais de Garanhuns

Dos réus do caso dos "Canibais de Garanhuns", Jorge Beltrão foi o primeiro a chegar ao Fórum de Olinda. Além dele, sua advogada, Tereza Joacy, está presente no local. Ela afirma que vai buscar a redução de pena do cliente, alegando que ele possui perturbações da saúde mental. Devido a isso, Joacy quer que, ao invés de seguir para a cadeira, Jorge seja levado para o Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (HCTP).

Ainda segundo a advogada, ela vai apresentar documentos que provam que Jorge foi constantemente avaliado durante quatro anos no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de Garanhuns. Entre os sintomas que Jorge apresentava, Joacy cita: “Não é tese aleatória. Ele tinha alucinações, ouvia vozes, se automutilava e já tentou o suicídio”. Todos os réus fizeram seus depoimentos na quinta-feira (13) e não vão mais se manifestar.

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O júri foi retomado por volta das 9h40, com a explanação da promotora Eliane Gaia. 

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O julgamento dos “Canibais de Garanhuns” será retomado nesta sexta-feira (14). Iniciada na manhã da quinta-feira (13), a sessão foi encerrada por volta das 19h30, após os depoimentos dos três réus: Jorge Beltrão Negromonte, Isabel Torreão e Bruna Cristina Oliveira da Silva.

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Nesta amanhã, as pessoas já começam a chegar ao Fórum de Olinda. O primeiro indivíduo a conversar com a imprensa foi o advogado de Bruna Cristina, Rômulo Lyra (foto). Ele comentou que a expectativa é positiva para a redução de pena da cliente. 

Questionado se Bruna era muito fria, Lyra respondeu: “Ela não é fria, é muito inteligente. Ela pediu para ter acesso ao processo e o estudou. Por isso Bruna se lembrava das datas”. Ainda segundo o advogado, Bruna estava nervosa no dia anterior. “A defesa percebeu que as duas rés são submissas a Jorge. É um amor por Jorge que a gente não consegue entender”, comenta. 

O advogado vislumbrou também que Jorge ainda tenta influenciar sua ré. “Sempre que dava uma pausa, Jorge tentava coagi-la, a alisando, conversando”, resume. 

Para a promotora Eliane Gaia, os depoimentos não surpreenderam, nem quando Jorge fez uma oração. “Jorge é um manipulador, não está acostumado a perder, e hoje ele vai perder”, disse Gaia. “A única coisa que me pegou um pouco de surpresa foi o relato de Bruna, quando ela admitiu a fragilidade de Jéssica (a vítima), mostrando a intencionalidade do crime”, concluiu a promotora.

Programação - Após a abertura da sessão, haverá 2h30 de exposição do Ministério Público. Em seguida, os advogados dos réus dividirão 2h30 para as defesas. Depois, se o Ministério Público optar, poderá fazer uma réplica de 2h. Ocorrendo a réplica, a defesa terá direito a uma tréplica, também de 2h. 

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A última a ser ouvida no julgamento do caso Canibais foi Bruna Cristina Oliveira da Silva. Questionada pela juíza Maria Segunda Gomes, a ré disse não ter participado do crime, mas viu toda a ação e comeu a carne da jovem porque fazia parte do ritual. Segundo ela, as cenas do filme Jogos Mortais perdiam para o que ela presenciou. 

A ré ainda disse que Isabel se aproximou de Jéssica Camila para que ela pudesse ficar com a criança, que na época tinha um ano. "Ela ofereceu um emprego e a menina aceitou, mas o interesse deles mesmo era ficar com a filha de Jéssica. E, ao contrário do que Isabel falou aqui, ela participou sim do crime. Eu vi tudo. Jorge esquartejou Jéssica no dia 26 de maio de 2008 e Isabel segurava o corpo dela para ele cortar".

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O acusado era muito apaixonado por Bruna antes de eles morarem juntos, segundo ela. Depois, ele mudou. "As atitudes dele são de uma pessoa totalmente descontrolada. Ele chegou a bater em mim algumas vezes", afirmou a ré, que não entrou em detalhes.

Bruna, Jorge Beltrão Negromonte da Silveira e Isabel Cristina Torreão Pires são acusados de homicídio quadruplamente qualificado e ocultação de cadáver. O trio é suspeito de matar pessoas para usar a carne do corpo como recheio para coxinhas e empadas. A sessão desta quinta-feira (27) foi presidida no Fórum de Olinda, localizado na Avenida Pan Nordestina, no bairro de Vila Popular. O Júri foi encerrado às 19h30 e será retomado às 9h desta sexta-feira (14). 

Com informações de Yasmim Dicastro

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O primeiro acusado a ser ouvido no caso dos "Canibais de Garanhuns" na tarde desta quinta-feira (13) foi Jorge Beltrão Negromonte. No relato feito à juíza Maria Segunda Gomes, Beltrão deu detalhes de como fez o corte do corpo de Jéssica Camila, vítima morta em Olinda, e disse estar arrependido do que fez. O réu ainda relatou que sente que Deus vai perdoá-lo pelo que ele fez com as vítimas.

"Peço perdão a Deus e a todas as famílias que prejudiquei e fiz sofrer. Só Deus pode consolar esses familiares e só Ele também quem pode me julgar. Não há nenhum homem nessa terra que possa me apontar o dedo para mim pelo que fiz", afirmou Beltrão.

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Questionado pela juíza sobre a brutalidade que fez com Jéssica, o réu relatou detalhes de como cortou as partes do corpo da vítima. "Ficávamos com as partes do corpo já cortadas debaixo do chuveiro por duas horas. A nossa ceita não permitia que restasse nenhuma gota de sangue na carne humana. Depois, a gente cozinhava normalmente com temperos e verduras. O gosto parece muito com carne bovina", disse o réu.

A juíza também perguntou sobre quantos quilos de carne foram totalizados. "Não pesei para ter uma ideia. Quando não comíamos na hora, o restante era guardado no congelador". As próximas acusadas a serem ouvidas são Isabel Torreão e Bruna Cristina Silva, a esposa e amante de Jorge Beltrão. O julgamento segue desde a manhã de hoje no Fórum de Olinda, no Grande Recife.

Com informaçoes de Yasmim Dicastro

Morte -  Jéssica Camila, primeira vítima dos acusados, que na época tinha apenas 17 anos, foi assassinada com uma facada no pescoço em maio de 2008 na Avenida Colibri, em Rio Doce, Olinda. Segundo a denúncia do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), o principal interesse do trio era ficar com a filha de Jéssica Camila da Silva Pereira, já que Jorge e Isabel não podiam gerar um bebê. 

Após o crime, os réus também passaram a criar a filha da vítima. A outra envolvida no crime, Bruna Cristina, ainda assumiu a identidade da vítima.

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O julgamento dos "Canibais" de Garanhuns está para começar no Fórum de Olinda (13). Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, de 52 anos, Isabel Cristina Torreão Pires, 53, e Bruna Cristina Oliveira da Silva, 28, serão julgados pelos crimes de homicídio, ocultação de cadáver e vilipêndio. Dos réus, Jorge foi o único a chegar. Outro personagem que já está no local e conversou com a imprensa foi o advogado de defesa de Isabel Cristina Torreão Pires, Paulo Pontes. Segundo ele, ainda é possível provar a inocência da sua cliente.

Ainda de acordo com Pontes, Isabel foi forçada a cometer os crimes. “Essa participação forçada exclui o caráter ilícito da ação. Isabel tinha medo de se tornar mais uma vítima de Jorge”, comenta o advogado.

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Esta posição, entretanto, não é apoiada pela promotora Eliane Gaia. Ao chegar ao fórum, Eliane deixou claro que vai lutar igualmente pela condenação dos três réus. “Todas tinham liberdade suficiente para comunicar as ações à polícia. Vou tratar todos igualmente até porque o laudo psiquiátrico dos três deu normal, não havia insanidade mental”, explica. 

A juíza responsável pelo caso é Maria Segunda Gomes, da Vara do Tribunal do Júri de Olinda. Curiosamente, ela era a juíza de outro caso que tinha Jorge Beltrão como réu. Cinco anos atrás, Jorge foi acusado de assassinar uma menor de idade no bairro de Rio Doce, em Olinda. Ele foi inocentado por falta de provas. 

Segundo a própria juíza, a perspectiva é que o julgamento seja concluído ainda nesta quinta.

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