Tópicos | Cássio Cunha

O ex-diretor Superintendente da Bahia do grupo Odebrecht, Alexandre Barradas, afirmou, em acordo de delação premiada, que o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) foi o "único que relutou em relação ao caixa dois". Cunha Lima é acusado de receber R$ 800 mil não declarados para a sua candidatura ao governo da Paraíba, em 2014.

"Ele (Cássio Cunha Lima) foi o único desses todos que disse: 'poxa, mas não tem como fazer?'. Eu disse: 'olha, nós não temos outra opção'. Ele relutou, mas não teria opção", conta Barradas. Um dos investigadores presentes no depoimento, então, rebateu: "Ele tinha opção, poderia ter recusado".

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Segundo Barradas, a doação ao então candidato a governador tinha objetivo de receber como contrapartida de realizar obra de saneamento na Paraíba, que não contava com o apoio do governador à época, Ricardo Coutinho.

Ao decidir fazer oposição a Coutinho, já em 2014, Cunha Lima sinalizou a Barradas que contava com a "ajuda" da Odebrecht. "Seria inverdade dizer que ele me pediu dinheiro, mas mostrou a sua necessidade de ter ajuda e ajuda financeira", declarou o delator.

Barradas contou que conversou "rapidamente" com Cássio em seu gabinete, no Senado, entre março e abril de 2014, para informar que a empresa estava disposta a fazer a doação, mas que só poderia ser realizada via caixa dois. "Eu me lembro que o senador ficou um pouco inseguro", disse Barradas aos procuradores.

Os dois teriam se encontrado outras três ou quatro vezes, geralmente no Senado, porém a entrega da quantia, parcelada em duas vezes de R$ 400 mil, teria sido feita a um funcionário do senador chamado Luís, em um hotel de Brasília. Barradas informou ainda que o senador ganhou dois apelidos, "trovador" e "prosador", pois o pai do parlamentar Ronaldo Cunha Lima, era um "grande poeta".

Outro lado

Em nota, o tucano disse que recebeu uma doação da Braskem na campanha de 2014. "Essa doação foi devidamente declarada na minha prestação de contas. O meu patrimônio é absolutamente compatível com a minha renda e eu nunca usei de quaisquer dos meus mandatos para enriquecer ilicitamente. Quando prefeito de Campina Grande e governador da Paraíba, jamais tive uma obra pública executada pela Odebrecht. Tem que investigar, sim! Investigar até o fim! E investigar imediatamente!", declarou.

O senador paraibano Cássio Cunha Lima (PSDB), nesta quarta (21), durante entrevista a uma rádio local, declarou que uma nova eleição é a melhor saída para o quadro atual em que se encontra o Brasil. Para ele, a melhor opção é a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), a ministra Cármen Lúcia, assumir o comando do país. “Ela é uma mulher cuja honestidade e probidade ninguém discute, que tem experiência e capacidade”, elogiou.

“É preciso pensar um pouco mais largo e o Brasil já deu demonstração de disposição de dar oportunidade para as pessoas que também não estão na militância política mais tradicional”, acrescentou.

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O parlamentar foi perguntado sobre, em uma hipótese de eleição indireta, se o nome do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, seu correligionário, era uma possibilidade. Cássio Cunha, que está de licença desde setembro, declarou que a contribuição de FHC “já foi dada”. 

“Eu sempre achei que a nova eleição seria o melhor remédio para distender o país e encontrar legitimidade no que diz respeito à composição de um novo governo. Infelizmente, o TSE não concluiu o julgamento a tempo, o impeachment andou mais rápido e havia também razões objetivas para realização do impeachment, uma vez que a presidente Dilma inegavelmente cometeu os crimes que lhe eram imputados”, disse durante a entrevista.

O senador paraibano Cássio Cunha Lima (PSDB), nesta quarta (21), durante entrevista a uma rádio local, declarou que uma nova eleição é a melhor saída para o quadro atual em que se encontra o Brasil. Para ele, a melhor opção é a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), a ministra Cármem Lúcia, assumir o comando do país. “Ela é uma mulher cuja honestidade e probidade ninguém discute, que tem experiência e capacidade”, elogiou.

“É preciso pensar um pouco mais largo e o Brasil já deu demonstração de disposição de dar oportunidade para as pessoas que também não estão na militância política mais tradicional”, acrescentou.

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O parlamentar foi perguntado sobre, em uma hipótese de eleição indireta, se o nome do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, seu correligionário, era uma possibilidade. Cássio Cunha, que está de licença desde setembro, declarou que a contribuição de FHC “já foi dada”. 

“Eu sempre achei que a nova eleição seria o melhor remédio para distender o país e encontrar legitimidade no que diz respeito à composição de um novo governo. Infelizmente, o TSE não concluiu o julgamento a tempo, o impeachment andou mais rápido e havia também razões objetivas para realização do impeachment, uma vez que a presidente Dilma inegavelmente cometeu os crimes que lhe eram imputados”, disse durante a entrevista.

 

 

 

 

 

 

 

 

JOÃO PESSOA (PB) - O candidato ao Governo da Paraíba derrotado, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB) concedeu entrevista coletiva, na tarde dessa segunda-feira (27), pela primeira vez após a derrota no segundo turno. Na sede da Associação de Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), em João Pessoa, informou que, após esta primeira derrota de sua carreira política, fará oposição ao governo estadual e federal.

Para Cássio, a votação recebida o coloca com chefe oposicionista. “A democracia é feita de governo e oposição e a Paraíba, com mais de um milhão de votos, nos reservou o espaço de oposição”, declarou.

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O senador preferiu não comentar sobre erros cometidos e afirmou que saberá aceitar o resultado das Eleições. “Você vai ter um conjunto de fatores que poderão ser feitos ao longo do tempo, mas acho que esse não é o momento de fazê-lo. Da mesma forma que sempre soubemos ganhar as eleições, com grandeza, com generosidade, saberemos perder também, porque é do jogo democrático”, completou.

Segundo Cunha Lima, o apoio recebido do PMDB fez a diferença na reeleição de Ricardo Coutinho (PSB), mesmo com o partido declarando oposição durante todo o primeiro turno, com a candidatura de Vital do Rego Filho (PMDB) na disputa. “O PMDB passou todo o período de mandato na oposição, inclusive, o slogan que se usava durante todo o processo era de ‘oposição de verdade’ e faltando 20 dias das eleições o PMDB aderiu ao governo. Esse movimento fortaleceu eleitoralmente Ricardo”, avaliou.

Nesta terça-feira (28), Cássio Cunha Lima volta para Brasília, onde cumpre mandato no senado. Nas Eleições, Ricardo Coutinho recebeu 1.125.956 votos (52,61%) contra 1.014.393 (47,39%) direcionados a Cunha Lima.

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