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O caso do homem que envenenou a ex-namorada e oito de seus familiares, no último dia da mães, em Camaragibe, reacendeu o debate sobre o chumbinho, suposto veneno para ratos cuja venda é proibida em todo país. Em meio às dificuldades para evitar novas vítimas e casos de intoxicação, os órgãos públicos do estado apelam para a população não comprar o raticida e denunciar quem vende.

Entre janeiro e 15 de maio de 2017, o Centro de Assistência Toxicológica de Pernambuco (Ceatox) atendeu 137 pacientes intoxicados pelo veneno, com 8 óbitos. Neste mesmo período, em 2016, foram 139 atendimentos e a mesma quantidade de mortes. Durante todo o ano de 2016, tiveram 355 atendimentos e 49 falecimentos. Em 2015, foram 229 envenenados, com 36 óbitos. Os números envolvem intoxicações acidentais e criminosas, além de tentativas de suicídio.

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Os números são altos, levando em consideração que o produto, além de proibido, não é eficiente para o fim pelo qual é propagado: como raticida. "O rato vive em sociedade e se alguém colocar chumbinho do alimento, o animal mais velho é que irá comer primeiro. Quando ele morre, os outros não chegam mais perto daquela comida. A pessoa vê 3 ou 4 mortos bichos mortos e fica com a impressão que o produto funciona bem", esclarece Pedro Neto, biólogo e técnico do Ceatox.

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O nome chumbinho vem da aparência com bolinhas de chumbo, mas vários materiais podem ser categorizados como esse tipo de veneno. Até 2012, quando foi banido do país, o principal produto usado ero o Aldicarb. "Hoje se usa, inclusive, produtos mais agressivos como carbofurano (pesticida) e terbufós (inseticida), esse segundo foi o utilizado pelo caso de Camaragibe", revela o gerente geral da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), Jaime Brito. 

Segundo ele, esses produtos são vendidos normalmente em casas agrícolas e a fiscalização fica a cargo do Ministério da Agricultura. A Apevisa interfere quando o comércio se dá na clandestinidade, quando oferecido como raticida. Porém, falta ajuda por parte dos pernambucanos. "Hoje recebemos pouquíssimas queixas, é muito raro esse contato. Contamos com o apoio da população, pois 90% das apreensões são por denúncias", conta.

Segundo o órgão, os mercados públicos nos bairros de periferia são os pontos de maior comercialização dos venenos. Para denunciar à Apevisa, a pessoa pode ligar para 3181 6424 ou 3181 6425. Os sintomas ocorrem em menos de 1h após a ingestão e os principais são náuseas, vômito, tremores e taquicardia. Em casos de intoxicação, o atendimento telefônico do Ceatox funciona em plantão de 24h pelo 0800 722 6001.

De janeiro a agosto deste ano, o Centro de Assistência Toxicológica de Pernambuco (Ceatox-PE) registrou 588 casos de intoxicação por medicamentos. Em relação ao mesmo período do ano passado, quando 373 casos foram atendidos pela central telefônica do órgão, isso representa um aumento de 57%.

Também houve um aumento de 55% em ocorrências envolvendo exclusivamente crianças, de 0 a 9 anos, e adolescentes, de 10 a 19 anos. O número pulou de 223, em 2015, para 347, em 2016. “Os pais ou responsáveis precisam saber que deixar remédios em locais de fácil acesso, como criados-mudo ou balcão do banheiro, pode ser um sério risco para esse público, principalmente as crianças, que podem confundir com confeitos”, analisa a pediatra e coordenadora do Ceatox-PE, Lucineide Porto.

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De acordo com Lucineide, também é preciso reforçar o alerta para não se medicar sem a orientação de um médico ou com o uso de uma dosagem errada. Os medicamentos ainda devem ser armazenados em locais altos ou em recipientes traçados. Outra recomendação é que os remédios permaneçam armazenados em suas embalagens originais.

Em caso de intoxicação, a população e os profissionais de saúde podem tirar dúvidas na central telefônica do Ceatox, no 0800 722 6001, que funciona 24 horas por dia. De acordo com a coordenadora do centro, não se deve forçar o vômito ou usar fórmulas caseiras para resolver a situação. 

Com informações da assessoria

Só em 2015, oito pessoas morreram por chumbinho e 23 casos foram registrados em Pernambuco, de acordo com o Centro de Assistência Toxicológica de Pernambuco (Ceatox). O número de óbitos dobrou em relação ao mesmo período no ano passado, que registrou quatro vítimas fatais e 34 casos. Ao todo, 18 pessoas morreram de intoxicação por chumbinho, enquanto em 2013 o número de mortes foi de 19.

O material causa problema no sistema nervoso, respiratório, cardiovascular e digestivo. Após a ingestão, a pessoa pode apresentar diminuição dos batimentos cardíacos, dor abdominal, distúrbios neurológicos e dificuldades de respirar. O produto também pode contaminar em contato com a pele ou respiração.

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu, em 2012, o comércio do agrotóxico Aldicarb, um dos principais componentes utilizados clandestinamente na fabricação do “chumbinho”. O produto tinha aprovação exclusivamente agrícola, para aplicação nas culturas de batata, café, citros e cana-de-açúcar. Mas de acordo com a Secretaria de Saúde de Pernambuco, só no ano de 2012, o Aldicarb foi responsável por 60% dos 8 mil casos de intoxicação por chumbinho registrado no Brasil.

O chumbinho é adquirido muitas vezes para matar ratos. De acordo com a coordenadora do Ceatox, Lucineide Porto, a população está sendo enganada ao adquirir clandestinamente o produto com esse objetivo. “O chumbinho não é eficaz contra as colônias de rato. Esse produto é perigoso para os seres humanos, pois sua ingestão pode causar o óbito em poucas horas”, ressalta. O comércio desse agrotóxico como raticida doméstico é enquadrado como uma atividade ilícita e criminosa.

Segundo Lucineide, a pessoa intoxicada deve ser levada imediatamente ao serviço de urgência mais próximo. Até a chegada do transportes, alguns cuidados ainda em casa também são necessários, como deixar o paciente em local seguro, manter as vias aéreas livres e ter cuidado para o paciente não se machucar, devido a convulsões que podem surgir. 

Com informações da assessoria

O Centro de Assistência Toxicológica de Pernambuco (Ceatox-PE) registrou um aumento de 41% dos casos de intoxicação de crianças em 2014. Até a última segunda-feira (15) o órgão atendeu 655 meninos e meninas com algum tipo de reação. Em 2013, durante todo o ano, foram registrados 462 casos.

De acordo com o Ceatox-PE, os maiores problemas estão relacionados à ingestão de medicamentos e de produtos de uso domiciliar, como de limpeza. “Como as férias escolares estão chegando, é preciso ter um cuidado redobrado para manter esses insumos longe do alcance das crianças”, afirma a coordenadora do Centro, Lucineide Porto.

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Conforme dados divulgados pelo órgão, este ano ocorreram 304 casos de ingestão de medicamento (contra 209 em 2013 – crescimento de 45%). Para reduzir esse índice, é preciso ficar atento aos locais de armazenamento de remédios, já que alguns possuem cores e tamanhos que podem ser confundidos com confeitos pelas crianças.

A mesma regra vale para os produtos de uso domiciliar, como água sanitária, sabão em pó, detergentes. Este ano já foram 121 registros de acidentes associados a esses itens (contra 81 em 2013 – aumento de 49%). 

Em caso de acidente com medicamentos e produtos de limpeza, a orientação é conduzir a criança imediatamente para o serviço de urgência mais próximo. O Ceatox também pode ser acionado pelo 0800.722.6001, para auxiliar no encaminhamento da vítima. 

“Não se deve dar água, leite ou provocar vômito no acidentado. Também é importante que os pais levem o produto que causou o problema, para que os profissionais possam agir mais efetivamente”, ressalta a coordenadora do Ceatox.

Com informações da assessoria

Casos de acidentes com cobras vem se tornando comuns em Pernambuco. De acordo com o Centro de Assistência Toxicológica do Estado (Ceatox-PE), cerca de 170 casos foram registrados desde o início do ano até o mês passado, principalmente com a cobra coral. 

O órgão alerta a população na hora de tocar o animal por parecer dócil. A Ceatox afirma que, apesar de ser pequena, a cobra possui veneno que pode causar problemas graves em poucas horas, ocasionando até a morte da vítima se o atendimento não for feito com agilidade. 

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Ainda em casa, a vítima pode lavar o local apenas com água e sabão e seguir para uma emergência. O mais indicado é socorrer a vítima imediatamente para um hospital de referência onde há soros ofídicos. No Grande Recife, há o antídoto somente no Hospital da Restauração (HR) e, no interior, nos hospitais regionais do Estado. 

Não é indicado tomar qualquer tipo de remédio e colocar álcool e querosene no local. Para outras informações, a população pode ligar para o número 0800.722.6001, que funciona 24 horas por dia.

No período dos recessos escolares, pais e mães não devem descansar um só minuto. O Centro de Assistência Toxicológica de Pernambuco (Ceatox) chama a atenção de quem cuida de crianças. O número de intoxicações no primeiro mês do ano tende a aumentar com a presença mais constante dos pequenos em casa. Medidas rápidas e acertadas podem evitar consequências mais graves. 

Materiais de limpeza, medicações e agrotóxicos podem se tornar vilões se não armazenados com responsabilidade. O uso dos famosos “chumbinhos”, irregularmente utilizado como veneno para ratos, é um dos principais causadores das intoxicações. “É um problema de saúde pública, ninguém deve adquirir produtos clandestinos, como o chumbinho. Precisa-se de cuidado com as crianças que, curiosas, sempre exploram o ambiente”, orienta a coordenadora do Ceatox, Lucineide Porto. 

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Prática comum para algumas pessoas é depositar produtos de limpeza em garrafas pet. Lucineide critica a prática e diz que todos devem “seguir as instruções do rótulo, pois há normas da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para o uso mais seguro destes produtos”. 

Animais - Mesmo com a variedade de substância que podem causar intoxicações nas crianças, os maiores perigos na Região Metropolitana do Recife ainda são os animais peçonhentos, principalmente os escorpiões. “Com as chuvas, os escorpiões são desalojados de seus habitat naturais. Nas crianças (abaixo de 12 anos), a picada pode matar em poucos minutos”, explica a gestora do Ceatox. 

 Com urgência, os pais devem levar as crianças para o Hospital da Restauração. Após a picada, as crianças não devem tomar medicações sem o  atendimento preliminar. No caso dos adultos, as vítimas de picadas podem ser atendidas em postos de saúde ou nas Unidades de Pronto Atendimento  (UPAs). 

 Uma central de atendimento da Anvisa atende durante 24 horas por dia a pessoas vítimas de animais peçonhentos e outras intoxicações. “Só ligar,  gratuitamente, para 0800 722 6001, que você é orientado para qual hospital ir, de acordo com a ocorrência”, conta Lucineide Porto. 

O Centro de Assistência Toxicológica de Pernambuco (CEATOX) orienta aos pais para que redobrem a atenção com os filhos durante este mês de julho, período de férias escolares. Como passam mais tempo em casa, aumenta o número de acidentes como intoxicação e picadas de insetos envolvendo crianças. 

A CEATOX já registrou mais de 700 casos de intoxicação e acidentes de escorpião com crianças, nos primeiros seis meses deste ano. A maioria ocorreu dentro de casa e com vítimas de até quatro anos.

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Para evitar acidentes Luciene Porte, coordenadora do centro dá orientações para pais e responsáveis evitarem acidentes. “Guardar os produtos de higiene e limpeza, bem trancados em local onde a criança não tem acesse, manter o produto em suas embalagens originais, não trocar o produto de embalagem colocando em embalagens onde a criança possa abrir com facilidade. Com relação aos medicamentos, só ter em casa os que estiver usando e mantê-los em suas embalagens originais e guardado fora do alcance das crianças”, recomenda. Ela ainda diz como os pais devem proceder em caso de intoxicação “Se tiver alguma coisa diferente na criança ela deve ser levada ao serviço de urgência mais próximo, se ela tiver colocado um remédio na boca, esse deve ser levado junto com a criança.”, complementa.

Com relação a picada de escorpião Luciene fala para que os pais fiquem atentos aos choros das crianças.O centro de Assistência Toxicológica de Pernambuco, atende vinte e quatro horas por dia, através do número 080-722-6001.

Com informações da assessoria

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