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O número de domicílios brasileiros que possuem acesso à internet chegou a 32,3 milhões entre 2014 e 2015, isso significa que 50% dos lares estão conectados. Os dados são resultado da pesquisa TIC Domicílios, divulgada nesta terça-feira (15) pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br). Em 2013, 43% das casas no Brasil estavam conectadas.

O estudo foi realizado em mais de 19 mil domicílios em mais de 350 municípios de todo o Brasil, entre outubro de 2014 e março de 2015, e tem o objetivo de medir o uso das tecnologias da informação e da comunicação nos domicílios, o acesso individual a computadores e à internet, atividades desenvolvidas na rede, entre outros indicadores.

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O avanço ocorreu porque a partir de 2014 as conexões residenciais realizadas por telefone celular foram incluídas na soma de lares conectados, conforme recomendação internacional. Em 2014, 47% dos brasileiros com 10 anos ou mais usaram internet pelo aparelho – o que representa 81,5 milhões de pessoas. Em 2011, essa proporção era de 15%.

Uma vez conectados, 83% dos brasileiros utilizam a internet para, principalmente, enviar mensagens instantâneas através de aplicativos como Facebook, Skype ou WhatsApp. O uso de redes sociais também figura entre as ações mais citadas, assim como assistir filmes ou vídeos – atividade comum a 58% dos usuários do País.

Apesar do rápido crescimento do uso da internet pelo celular em todas as classes sociais, a pesquisa também aponta a persistência da desigualdade no acesso no País, tendo em vista os patamares mais reduzidos verificados nas áreas rurais e nas regiões Norte e Nordeste.

A pesquisa mostra ainda que os computadores já não contribuem como antes para aumentar o acesso no Brasil. Se em 2013, 49% das casas possuíam computadores, em 2015, esse índice passou a 50%. Por outro lado, equipamentos portáteis como laptops, por exemplo, registraram alto crescimento.

“Percebe-se um cenário de múltiplos dispositivos tecnológicos convivendo no dia a dia do cidadão, o que indica uma tendência à portabilidade e à mobilidade. Esta combinação traz implicações para as atividades e para a frequência de uso da internet pelo cidadão e, possivelmente, contribui para que os dispositivos sejam cada vez mais utilizados de forma individual”, analisa o gerente do Cetic.br, Alexandre Barbosa. 

A maioria das escolas públicas do País (99%) tem computador e acesso à internet (95%), mas a tecnologia ainda não está na sala de aula. Os dados são da pesquisa TIC Educação lançada na noite dessa segunda-feira (10) pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI) por meio do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic).

Segundo a pesquisa, feita em 1.125 escolas em áreas urbanas e que ouviu estudantes, professores e diretores, em apenas 6% dos estabelecimentos os computadores estão instalados nas salas de aula e 85% nos laboratórios de informática. “O que é um negócio ainda meio esquisito, que é separado da biblioteca. Então, você passa a ideia que livro é uma coisa e computador é outra. Tudo fora de lugar”, disse o assessor da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e a Cultura (Unesco), Guilherme Canela.

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Em 30% das escolas o uso do computador acontece prioritariamente na sala de aula, mas por esforço dos educadores. “Porque ou professor ou a professora gentilmente leva o seu equipamento para a sala de aula”, ressaltou. Diante desse fato, o assessor da Unesco indagou como é possível construir uma escola da chamada educação do século 21 se “o computador está em uma outra sala, trancada com 53 cadeados?”

Para o coordenador do Programa Cidadania dos Adolescentes do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Mário Volpi, ainda faltam estratégias para uso dos avanços tecnológicos no ensino. Segundo ele, a maioria dos estados gastou tempo e dinheiro do poder público para aprovar no Legislativo uma lei que proíbe o celular na sala de aula, quando deveria gastar o tempo “para pensar como potencializar os processos pedagógicos com o uso do celular”. Volpi ressaltou que diversas organizações não governamentais têm projetos para uso do aparelho como ferramental educacional.

“Nós precisamos investir o tempo da repressão a essas tecnologias para otimizá-las, usá-las como recurso pedagógico”, acrescentou ao falar durante o seminário em que foi divulgado o levantamento.

Apesar da disseminação dos computadores e acesso à rede, a velocidade das conexões ainda aparece como um problema. De acordo com a pesquisa, 57% das escolas têm conexões até 2megabits por segundo, velocidade mínima prevista pelo Programa Banda Larga nas Escolas. Essa velocidade só é superada em 19% dos estabelecimentos de ensino. Em 17% dos casos, a velocidade é inferior a 1 megabit por segundo.

Há ainda a disparidade regional. O acesso à internet é universal (100%) nas escolas do Sul e do Sudeste, mas atinge 86% dos estabelecimentos do Norte e Nordeste. Em relação à velocidade, o Nordeste e o Centro-Oeste concentram as conexões mais lentas, com 51% e 61% respectivamente das redes funcionando abaixo de 2 megabits por segundo.

Uma pesquisa divulgada na última quinta-feira (20) pelo Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (CETIC) aponta que as redes sociais estão disseminadas de forma quase igualitária independente de classes sociais. 

O Facebook e Orkut foram os sites usados como base para o estudo. Segundo os dados apresentados, 73% dos usuários utilizaram algum dos dois nos últimos três meses e destes, 78% é o percentual apresentado dentro da classe A e 69% dentro das classes D e E.

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“Essa atividade de uso das redes sociais ocorre praticamente de forma independente do nível socioeconômico. Populações das classes A, B, C, D e E usam quase que igualmente o Facebook e o Orkut. Isso, de certa forma, explica essas experiências que temos vivido nas últimas semanas, nas quais o nível de mobilização por meio das redes sociais se dá de forma muito expressiva”, disse o gerente do CETIC sobre a pesquisa.

Quando vistos por faixa etária, usuários com mais de 60 anos apresentam uma diminuição no uso  e o percentual cai para 46%. Os jovens entre 16 e 24 anos, porém, são os que mais utilizam as redes (86%), seguidos por adultos entre 25 e 34 anos (75%), 35 a 44 anos (65%) e 45 a 49 anos (52%).

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