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A ex-analista militar americana Chelsea Manning foi enviada novamente à prisão nesta quinta-feira (16) por desacato, depois de se negar a testemunhar diante de um júri, temendo ser interrogada sobre o fundador do Wikileaks, Julian Assange.

Andy Stepanian, um porta-voz da equipe jurídica de Manning, informou que ela voltou a ser presa por ordem do juiz Anthony Trenga.

O magistrado ordenou uma multa de 500 dólares por dia caso ela não testemunhe em 30 dias, com a ameaça de uma pena de 1.000 dólares por dia se isso não for feito em 60 dias.

"O governo não pode construir uma prisão ruim o suficiente, não pode criar um sistema pior que a ideia de mudar os meus princípios", disse Manning, segundo o jornal The Washington Post.

A analista disse ainda que prefere "morrer de fome" do que mudar sua opinião sobre esse tema. Manning se apresentou nesta quinta à justiça determinada a não responder perguntas sobre o fundador do Wikileaks, Julian Assange.

"Detida ou não, não participarei neste grande júri", disse a jornalistas antes de entrar em um tribunal federal na Alexandria, no subúrbio de Washington.

"Eles querem me fazer perguntas que eu já respondi", acrescentou, denunciando um procedimento que tem como único objetivo, segundo ela, mandá-la de volta para atrás das grades.

O encarceramento prolongado "poderia ter um impacto na minha saúde", acrescentou a mulher transgênero, que já se chamou Bradley Manning, e realizou a conversão durante sua primeira estada na prisão.

A ex-membro da força militar já passou sete anos presa por transmitir ao Wikileaks em 2010 mais de 750 mil documentos diplomáticos e militares.

No dia 8 de março, ela havia retornado para a prisão por "desacato ao tribunal" depois de se recusar a depor antes de um grande júri criado para investigar Julian Assange.

Nos EUA, grandes júris são estabelecidos em casos criminais mais graves e são responsáveis por investigar com a maior confidencialidade antes de incriminar alguém.

Manning foi libertado há uma semana por uma razão técnica: o grande júri que queria ouvi-la chegava ao fim. Entretanto, nesta quinta-feira foi formado um novo grupo de cidadãos recrutados para continuar a investigação.

Seus advogados chegaram a apresentar uma moção para anular a convocação, na tentativa de evitar a nova prisão.

Em 11 de abril, Assange, de 47 anos, foi preso na embaixada do Equador em Londres, onde se refugiou por sete anos antes de um pedido de extradição dos Estados Unidos.

A ex-analista militar americana Chelsea Manning, detida há dois meses por se recusar a depor contra o fundador de WikiLeaks Julian Assange, foi liberada na quinta-feira (9), mas pode retornar à prisão na próxima semana.

No início de março, Manning foi detida por desacato à justiça depois que se negou a depor diante do grande júri responsável por investigar o WikiLeaks e seu fundador, para quem ela repassou em 2010 uma grande quantidade de documentos confidenciais.

A libertação foi motivada pela expiração dos 62 dias de detenção determinados pelo grande júri, explicou o grupo The Sparrow Project, que apoia Manning.

"Infelizmente, antes mesmo da libertação, Chelsea recebeu uma nova intimação. Isto significa que deve se apresentar a um grande júri diferente na quinta-feira 16 de maio", afirmou o grupo em um comunicado.

"Chelsea vai continuar se recusando a responder as perguntas", informou The Sparrow Project, o que significa que pode retornar à prisão.

Fundamentais na justiça americana, os grandes júris, grupos de cidadãos escolhidos por sorteio, são responsáveis por investigar em total sigilo assuntos penais federais considerados graves.

Em 11 de abril, Assange foi detido na embaixada do Equador em Londres, onde permaneceu refugiado por sete anos. Ele é objeto de um pedido de extradição dos Estados Unidos.

Manning foi condenada em 2013 a 35 anos de prisão em uma corte marcial pela divulgação de 750.000 documentos diplomáticos e informações militares, o que provocou um grande embaraço para Washington.

A sentença foi comutada pelo presidente democrata Barack Obama e ela foi libertada em maio de 2017, depois de passar sete anos na prisão, período em que iniciou seu processo de transição para o sexo feminino.

Na época em que vazou os documentos para o WikiLeaks, Chelsea Manning, uma mulher transexual então conhecida como Bradley Manning, era uma analista de inteligência militar.

Um juiz americano rechaçou nesta terça-feira (5) um recurso apresentado por Chelsea Manning, a ex-soldado presa por um vazamento maciço de segredos de seu país ao WikiLeaks, para evitar testemunhar diante de um grande júri em uma possível investigação contra a plataforma de revelação de dados.

Nos arredores do tribunal federal de Alexandria, no estado da Virgínia (leste), Manning disse à imprensa que a sua tentativa de evitar a convocação para comparecer perante o grande júri havia sido descartada, mas que continuaria lutando para alcançar seu objetivo.

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"A petição de invalidação foi negada. Continuamos tendo motivos para litigar, então estaremos aqui amanhã", declarou Manning.

A ex-militar foi convocada na semana passada, mas a razão para sua convocação não foi indicada.

Os grandes júris, que são usados apenas nos Estados Unidos e na Libéria, são grupos de cidadãos que operam separadamente dos tribunais e que investigam se devem ou não apresentar acusações criminais. Podem obrigar testemunhas e suspeitos a depor.

Manning se opõe aos grandes júris que, segundo ela, são pressionados pelos promotores a obter depoimentos injustamente e com pouca transparência.

"É um processo secreto em que as evidências que não seriam usadas ou normalmente permitidas podem ser analisadas", disse à imprensa nesta terça-feira.

Manning, ex-analista de Inteligência do Exército, foi condenada em 2013 a 35 anos de prisão por entregar ao WikiLeaks mais de 700.000 documentos secretos relacionados às guerras no Iraque e no Afeganistão.

As revelações de Manning, que é transgênero e anteriormente conhecida como Bradley Manning, expuseram delitos encobertos e possíveis crimes cometidos por tropas e aliados dos Estados Unidos.

O então presidente Barack Obama comutou sua sentença, o que levou à sua libertação em maio de 2017.

O tribunal de Alexandria não deu nenhuma informação sobre o caso que está sendo investigado pelo grande júri, segundo Manning.

Mas a mídia americana, como o New York Times e o Politico, acreditam que os promotores federais estão investigando o WikiLeaks e seu fundador, Julian Assange, pela publicação por essa plataforma de documentos secretos da campanha democrata para a eleição presidencial americana de 2016.

Chelsea Manning, a soldado transgênero e ex-analista de Inteligência do Exército presa por vazar informações secretas ao WikiLeaks, causou furor ao posar de maiô vermelho para a edição de setembro da revista Vogue.

"Acho que é isso que significa liberdade", declarou Manning em um post em uma rede social junto com a imagem feita na sessão de fotos pela famosa fotógrafa Annie Leibovitz, que mostra Manning caminhando pela praia e passando a mão pelo cabelo molhado.

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"Chelsea Manning mudou o curso da história. Agora ela está focada em si mesma", diz o título da longa entrevista com Manning, que se tornou um ícone para os ativistas transgênero.

A foto e o artigo ganharam maior atenção das redes sociais nesta sexta-feira, com comentários a favor e contra Manning, que completará 30 anos em dezembro. Chealsea Manning foi sentenciada a 35 anos de prisão em 2013 por vazar mais de 700.000 documentos secretos ao WikiLeaks três anos antes, quando ainda era conhecida como Bradley.

Ela serviu por sete anos, e por duas vezes tentou o suicídio, antes do então presidente Barack Obama comutar sua pena a poucos dias de deixar o cargo, em janeiro. Manning deixou a prisão masculina de Fort Leavenworth em maio. Durante o período em que ficou presa, batalhou - e venceu - pelo direito de começar um tratamento hormonal. Agora ela está com o cabelo curto e loiro, e adotou um visual forte.

Para alguns americanos, ela é uma heroína que pagou caro pelo vazamento de embaraços telegramas diplomáticos dos EUA e documentos militares secretos sobre as guerras no Iraque e Afeganistão. Para outros, ela é uma traidora. Até o momento, o tuíte de Manning com a foto da Vogue teve 3.600 retuítes e foi curtido por 27.000 pessoas.

Chelsea Manning, a ex-informante do WikiLeaks detida na prisão militar de Fort Leavenworth (Kansas, centro), abriu, através de sua rede de apoio, uma conta no Twitter que na tarde desta sexta-feira (3) já somava milhares de seguidores. Em seus primeiros quatro tuítes, Chelsea Manning (@xychelsea) explica que dita através de um telefone mensagens a pessoas de sua rede de apoio, que se encarregam de alimentar sua conta.

Chelsea espera que a conta seja um meio de conversar com os internautas, embora reconheça que será difícil. No passado já havia manifestado sua vontade de participar dos debates públicos publicando colunas no jornal britânico The Guardian.

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Chelsea Manning, de 27 anos, foi condenada a 35 anos de prisão por ter vazado mais de 700.000 documentos confidenciais ao site WikiLeaks, quando trabalhava como analista de inteligência dos Estados Unidos no Iraque. Na época era conhecida sob o nome de Bradley Mannnig.

O soldado Bradley Manning anunciou que se sentia mulher e queria ser reconhecida como tal - sob o nome de Chelsea Manning - um dia após sua condenação, em agosto de 2013. Em 5 de fevereiro, recebeu a aprovação de um juiz para receber um tratamento hormonal para mudar de sexo.

Seu pseudônimo no Twitter, "xychelsea", faz referência aos cromossomos que determinam o sexo de uma pessoa, X e Y. Luta agora para ter o direito de usar o cabelo longo.

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