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O ministro Kassio Nunes Marques do Supremo Tribunal Federal (STF) negou a absolvição de uma mulher condenada por furtar 18 chocolates e 89 chicletes avaliados em R$ 50. O crime aconteceu em 2013, na cidade de Boa Esperança, Minas Gerais. 

A mulher, que teve o nome preservado, foi presa provisoriamente em flagrante delito e condenada à prisão em regime aberto, além de pagamento de multa.

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A Defensoria Pública de Minas Gerais foi o órgão responsável por enviar o processo ao STF, pedindo a aplicação do princípio da insignificância e a consequente absolvição da condenada. 

Segundo o Correio Braziliense, antes do processo chegar no Supremo Tribunal Federal, o recurso já tinha sido negado por outras instâncias. A Defensoria Pública vai recorrer da decisão do STF.

Frevo, brega, axé, gospel e forró com melodias mais conhecidas ou as menos famosas. É assim que os candidatos ao pleito procuram se fixar na cabeça do eleitor com a proliferação dos jingles políticos. As canções, em inúmeras vezes, viram a marca dos candidatos e começam a ser entoados pelo cidadão como se fosse a música predileta, aqueles tão conhecidos como os 'chicletes'. 

Pegajosos ou não, os jingles têm o seu valor e deixam mensagens quer sejam de fixação do número, elogios aos próprios postulantes ou até mesmo de crítica aos concorrentes. No Recife, os ritmos regionais são o foco dos que concorrem à prefeitura. O candidato à reeleição Geraldo Julio (PSB) usou a canção, que é uma mistura de hip hop com forró, para dizer que “é bom de serviço, tem coragem e tem raça para cumprir o compromisso, fazer certo e bem feito” e rebater a tese de que fez pouco durante os últimos três anos e meio. 

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Outro que já caiu na boca do povo foi o do candidato Daniel Coelho (PSDB), um forró que apela para a tese da mudança. “A mudança de verdade só com um prefeito novo... O Recife vai pra frente com um prefeito diferente”, diz a música, alfinetando os concorrentes que disputam a reeleição ou o retorno ao cargo.

Adotada pelos petistas, a canção "Vermelho" de Fafá de Belém tem embalado as campanhas do partido há alguns anos e na capital pernambucana não tem sido diferente. Além dela, um frevo, ritmo característico do petista, pede o “volta João Paulo, volta João Paulo”. No hit, ele também aproveita para listar o que fez quando foi prefeito do Recife. “Recife do povo de novo... sua história está aí, criou o carnaval multicultural na educação fez inclusão digital, experiência sem igual, a academia das cidades foi ele quem fez, é a verdade, criou o Samu, o Parque Dona Lindu...”

Já entre os postulantes a uma vaga na Câmara Municipal há até quem use a mesma melodia de aliados e familiares que tiveram êxito nas últimas eleições. É o caso da música utilizada pelo deputado estadual André Ferreira (PSC) nas eleições de 2008, 2012 – quando conquistou o cargo de vereador – e 2014. Hoje o hit, já fixado na cabeça do recifense, embala a campanha do candidato Fred Ferreira (PSC). 

Os jingles, de acordo com estudos feitos pelo maestro e professor da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) Kleber Mazziero, fazem a diferença na hora da votação. Segundo ele, 13,8% dos eleitores ainda trocam de candidatos por causa da interferência das músicas, diferentemente do que levantamentos afirmaram, em 2011, de que "os jingles estariam em vias da morte". “É fundamental que os postulantes invistam em um bem elaborado, bem concebido, original e exclusivo e que também defina suas propostas. Um jingle que seja a cara do candidato, que revele o que é irrevelável”, salientou, em entrevista ao Portal LeiaJá.

Com as novas regras eleitorais, vigentes neste ano, Mazziero disse que os jingles ganham ainda mais força. “É uma imagem sonora muito forte que fica", destacou. 

A 'arma' eleitoral, segundo um dos sócios de um estúdio cearense, Amaro Penna, deve ter como estratégia uma mensagem simples e sem excessos de informação, para fazer com que o maior número de pessoas memorize a letra da música. “Pode-se dizer que o jingle é a alma da campanha, uma vez que ela é uma das responsáveis pela popularização, ou não, do candidato”, afirmou.

História e outros jingles e bordões

No fim da década de 80, uma frase ficou conhecida com o médico e então candidato à presidência pelo partido PRONA, Enéas Ferreira Carneiro. O bordão ‘Meu nome é Enéas’, sempre reproduzido no fim dos pronunciamentos do então candidato ganhou as ruas do Brasil. Até hoje é comum ver a população reproduzir a celebre frase de campanha, que não elegeu Enéas presidente da república, mas conseguiu proliferar pelo país.

Outro jingle de campanha famoso foi o do ex-presidente Lula (PT): ‘Lula lá – Brilha uma estrela’. Lançada em 1989, a música começou a tocar no período em que Lula concorreu o segundo turno das eleições presidenciais com Fernando Collor. Derrotado na época, a composição é lembrada até hoje, principalmente com os rumores de que o petista deve retornar a disputa presidencial em 2018. 

Já na disputa em 2014, um que fez sucesso em Pernambuco foi o do governador Paulo Câmara (PSB). Então candidato, parodiou a música do ‘Pintinho Piu’ – que virou febre no Youtube, em 2011, com a dublagem do cearense Dheymerson Lima – chamando a atenção dos eleitores. 

*Com a colaboração de Taciana Carvalho

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