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Enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estará de repouso médico para sua cirurgia de artrose, marcada para a próxima sexta-feira (29), a primeira-dama, Janja Lula da Silva, viajará com os ministros do governo para acompanhar a delicada situação do Rio Grande do Sul, estado atingido pelas fortes chuvas.

Através de suas redes sociais, o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (SECOM), Paulo Pimenta (PT-RS), revelou que Janja vai "olhar de perto" as ações da atual gestão e irá "anunciar outras medidas" a serem feitas para as regiões atingidas pela catástrofe natural.

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Mesmo com a afirmação de Pimenta, o Palácio do Planalto nega a versão ao comunicar que é um caso isolado e que a primeira-dama não substituirá o mandatário em eventos nesse período de cirurgia.

Devem fazer parte da comitiva os ministros Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar; Wellington Dias, do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome; e Paulo Pimenta (SECOM). A visita também contará com equipes dos ministérios da Educação e da Saúde, da Caixa Econômica Federal, do Banco do Brasil e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

 

Após mais um dia de muita chuva e instabilidade causada pelo avanço de uma área de baixa pressão vinda do nordeste da Argentina e do Paraguai para o Rio Grande do Sul, o Estado terá na noite desta quarta-feira, 13, a formação de mais um ciclone extratropical. Como na semana passada, o fenômeno ocorrerá sobre o oceano Atlântico, após a passagem da frente fria pelo continente.

Durante a madrugada e manhã de quinta-feira, o ciclone estará formado e, a partir de então, deve começar a se afastar da costa. Na medida em que o evento atual se afastar da costa, a frente fria deve rumar em direção ao Sudeste e o Centro-Oeste causando queda de temperatura e chuvas nos Estados de São Paulo e de Mato Grosso do Sul.

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A previsão é que o fenômeno não seja tão forte quantos os anteriores. Importante notar que o evento previsto para começar na noite desta quarta é diferente dos eventos registrados em junho e julho deste ano.

Em junho, o ciclone teve rota inversa da prevista para agora. Ou seja, começou sobre o oceano e avançou para o continente, permanecendo longo período sobre a costa do Estado com grande intensidade. No mês seguinte, o ciclone teve origem sobre o continente e rumou para o mar, também estacionando sobre o litoral gaúcho durante tempo suficiente para causar estragos.

De acordo com a meteorologista da MetSul, Estael Sias, as chuvas que atingem as regiões sul e oeste do Rio Grande do Sul não devem ser tão volumosas quanto as da semana passada, que causaram enchentes, deixaram estragos em dezenas de cidades gaúchas e causaram 47 mortes. Ainda assim, a umidade já acumulada no solo e o nível dos rios preocupa.

"Na metade sul e oeste do Estado não tem uma serra com tanta altitude (capaz de gerar fortes correntezas), mas tem áreas mais baixas que podem alagar", afirma. "A chuva de agora já vai encontrar rios altos e terra molhada, já choveu na semana passada, a previsão não é de tanta chuva comparada com o que já passou, mas o contexto é outro."

Dados de estações do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres e do Instituto Nacional de Meteorologia (Cemaden) mostram que em apenas 12 horas até 9h desta quarta-feira choveu 99 mm em Santa Maria, 91 mm em Caçapa do Sul, 84 mm em Encruzilhada do Sul, 78 mm em São Lourenço do Sul e Santiago, 77 mm em Cachoeira do Sul, 75 mm em Viamão, 74 mm em São Borja, 72 mm em Candelária e 71 mm em Camaquã.

Na manhã desta quarta, uma viatura da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi arrastada pela correnteza junto ao Arroio Velhaco, na BR-116, em Camaquã. Bombeiros e helicóptero foram acionados para o resgate e ninguém ficou ferido. A forte chuva atinge Camaquã desde segunda-feira. Até o fim da manhã, havia pelo menos oito pontos de bloqueio nas rodovias federais por causa dos fortes temporais.

As fortes chuvas da semana passada atingiram 97 municípios do Rio Grande do Sul, deixando 4,8 mil desabrigados e mais de 20 mil desalojados. Ao todo, 340.928 pessoas foram afetadas. Além dos 47 mortos, há 925 feridos.

Ajuda federal

Na terça-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que o governo federal fará concessão de empréstimo de R$ 1 bilhão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para ajudar na recuperação econômica das cidades atingidas pelo ciclone extratropical no Rio Grande do Sul. O anúncio ocorreu após reunião interministerial no Palácio da Alvorada.

De acordo com o governo, o empréstimo será feito com juro zero, dois anos de carência e apenas com correção da inflação. Além da concessão de empréstimo, o presidente afirmou que a gestão também fará a liberação de R$ 600 milhões do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para atender 354 mil trabalhadores.

"Eu e o companheiro Alckmin acabamos de fazer uma reunião com a comissão que foi criada para tratar dos problemas do Rio Grande do Sul", declarou, em vídeo divulgado nas redes sociais. "Além dos R$ 740 milhões anunciados por ele no último domingo, tomamos uma decisão agora de fazer uma concessão de empréstimo do BNDES de R$ 1 bilhão para ajudar a recuperar a economia de todas as cidades. E, ao mesmo tempo, a liberação de R$ 600 milhões do Fundo de Garantia para atender 354 mil trabalhadores."

Na sexta-feira, 8, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), já havia anunciado, entre outras medidas, R$ 1 bilhão em linhas especiais de crédito do banco estatal gaúcho Banrisul.

No fim de semana, Alckmin, no exercício da Presidência, visitou o Estado e anunciou R$ 740 milhões para as prefeituras dos municípios atingidos pela chuva no Rio Grande do Sul. Para viabilizar o recurso, o governo federal fará uma medida provisória (MP) para abrir crédito extraordinário: parte será de recursos que já têm no Orçamento, e outra parte, por remanejamento.

Pelo menos quatro pessoas morreram e cerca de 200 ficaram desalojadas em decorrência de fortes chuvas e ventanias provocadas por um ciclone extratropical no Rio Grande do Sul.

O norte do estado e a Serra Gaúcha foram as regiões mais afetadas na última segunda-feira (4).

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Duas pessoas morreram presas em um veículo arrastado por uma correnteza em Ibiraiaras, segundo informou a Defesa Civil. Em Mato Castelhano, um indivíduo faleceu ao tentar atravessar um rio em uma caminhonete.

A quarta vítima é um homem atingido por uma descarga elétrica em Passo Fundo.

Já na região do Vale do Taquari, no centro do estado, pessoas aguardavam nos telhados de suas casas para ser resgatadas por helicópteros até a manhã desta terça-feira (5).

Em julho, outro ciclone extratropical já tinha castigado os estados de Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Um novo ciclone extratropical deve atingir os Estados do Sul do País nesta quarta-feira (26). Conforme a Climatempo, áreas de instabilidade que estão entre o Sul do Brasil, o Uruguai, o norte e o leste da Argentina e o Paraguai se organizam no decorrer do dia como uma frente fria e a passagem do fenômeno. No entanto, não terá impacto tão forte no Rio Grande do Sul como ocorreu com outros ciclones extratropicais que se formaram na região nos últimos dois meses.

Ainda de acordo com a empresa brasileira de meteorologia, uma grande massa de ar seco continua sobre o Brasil, inibindo a formação de grandes nuvens e a ocorrência de chuva na maior parte do País. "Nuvens de chuva crescem pelo litoral do Nordeste e no extremo norte da região Norte do Brasil", projetou a Climatempo. Na capital paulista, volta a chover e esfriar entre quinta-feira (27) e sexta-feira (28).

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Região Sul

O ciclone extratropical se forma no litoral do Uruguai e não deve ter impacto severo no Rio Grande do Sul.

Segundo alerta do Serviço Meteorológico Marinho da Marinha do Brasil emitido na segunda-feira, 24, a previsão é de ventos de direção Leste a Nordeste rondando para Sudoeste a Sul com intensidade de até 75 km/h na faixa litorânea dos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, entre Chuí (RS) e Florianópolis (SC), até a noite de quinta-feira.

A Climatempo acrescenta que no sudoeste e sul do Rio Grande do Sul, a chuva pode ser moderada a forte ao longo do dia. A chuva para e a nebulosidade diminui à noite. Já no centro, leste e norte do território gaúcho, as pancadas de chuva podem ocorrer a qualquer hora, mas o sol pode aparecer um pouco.

"Em Santa Catarina e em quase todo o Paraná, incluindo as capitais Florianópolis e Curitiba, o sol aparece em grande parte do dia, a nebulosidade aumenta e há previsão de pancadas de chuva à tarde e à noite. Não deve chover no norte do Paraná", estima a Climatempo.

Na quinta-feira e na sexta-feira, com afastamento do ciclone para o mar e o avanço da frente fria, o Rio Grande do Sul volta a ficar com tempo mais estável. Nestes dias, porém, a chuva ganha mais intensidade no litoral do Paraná e de Santa Catarina, onde o tempo fica mais fechado com chuva moderada ao longo do dia, mas não há previsão de acumulados excepcionais.

Região Sudeste

Uma grande massa de ar seco predomina sobre o Sudeste. Quase toda a região tem um dia com muito sol, algumas nuvens, mas sem chuva. O dia amanhece com temperatura amena, mas faz calor no período da tarde.

Segundo a Climatempo, há previsão de pancadas de chuva fracas e em pequenas áreas apenas para as regiões mineiras do Vale do Rio Doce, do Vale do Jequitinhonha, na zona da Mata Mineira, no Espírito Santo, na serra e no norte e noroeste do Rio de Janeiro.

São Paulo

A capital paulista amanheceu nesta quarta-feira com sol e temperaturas em elevação, segundo o Centro de Gerenciamento de Emergiências (CGE) da prefeitura de São Paulo. A temperatura máxima deve atingir taxas mínimas de umidade do ar ao redor dos 30%. Não há previsão para chuva.

De acordo o CGE, julho registrou até o momento apenas 6,4mm de índice pluviométrico, o que equivale a aproximadamente 15% dos 42,6mm esperados para o mês. O último dia em que a cidade registrou chuva significativa foi em 15 de junho, com 7,1mm de média. Já são mais de 40 dias sem índice pluviométrico significativo.

A frente fria que começa a avançar nesta quinta-feira sobre a costa do Sudeste traz mais umidade para o litoral e um pouco de chuva para a Grande São Paulo entre quinta-feira e a sexta-feira. A temperatura também cai na capital paulista a partir de sexta-feira.

Previsão para a capital paulista, de acordo com a Climatempo:

Quarta-feira: entre 15ºC e 28ºC;

Quinta-feira: entre 16ºC e 27ºC - com previsão de chuva;

Sexta-feira: entre 16ºC e 24ºC - com expectativa de chuva também;

Sábado: entre 16ºC e 21ºC;

Domingo: entre 11ºC e 18ºC.

Atenção para baixa umidade do ar, conforme a Climatempo:

Entre 21 e 30% - estado de atenção;

Entre 12 e 20% - estado de alerta;

Abaixo de 12% - estado de emergência.

Região Norte

Conforme a Climatempo, o tempo seco e o sol forte predominam sobre a região Norte. "A maioria das áreas da região tem um dia sem condições para chuva e muito quente. Algumas pancadas de chuva acontecem no extremo norte do Amazonas, nas áreas próximas da fronteira com a Colômbia e a Venezuela, em Roraima, no Amapá e no extremo norte e litoral do Pará", acrescenta a empresa brasileira de meteorologia.

Região Centro-Oeste

 

De acordo com a Climatempo, uma grande massa de ar seco continua atuando forte sobre a região Centro-Oeste do País. Em Mato Grosso, Goiás e no Distrito Federal, o dia tende a ser ensolarado.

Em Mato Grosso do Sul ocorre um aumento da nebulosidade. Algumas pancadas de chuva podem acontecer a partir da tarde no sul do Estado, embora o sol apareça forte. "Esta mudança no tempo é influência de áreas de instabilidade que estão entre o Paraguai, o Sul do Brasil, a Argentina e o Uruguai e que vão se organizar como uma frente fria e um ciclone extratropical no decorrer desta quarta-feira", afirma a empresa brasileira de meteorologia. O ciclone, no entanto, não terá nenhuma influência sobre o Mato Grosso do Sul.

Região Nordeste

Com a influência de uma grande massa de ar seco que está sobre o interior do Brasil, a maioria das áreas do Nordeste tem um dia com sol forte e sem condições para chuva. "Pode chover um pouco no sertão de Sergipe e de Alagoas", projeta a Climatempo.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alerta a população da Região Sul do Brasil para a chegada nesta quarta-feira (12) de um ciclone extratropical em decorrência de uma área de baixa pressão continental entre o norte da Argentina e o Paraguai.  

“Este sistema irá se configurar no decorrer de hoje sobre o continente, intensificando os ventos ao longo do dia sobre grande parte da Região Sul, com rajadas que podem superar os 80 quilômetros por hora (km/h). Na faixa litorânea do Rio Grande do Sul, as rajadas devem ser ainda mais intensas, podendo superar os 110 km/h em alguns pontos”, informa o Inmet.

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O Instituto prevê ainda acumulados diários de até 100 milímetros de chuva em algumas áreas do estado. De acordo com o instituto, os ventos devem diminuir de intensidade partir da quinta-feira (13), quando o ciclone extratropical deve se deslocar para o Oceano Atlântico e perder força.

Esse ciclone extratropical estará associado a uma frente fria que deverá avançar pelo país, causando baixas temperaturas, não apenas no Sul, mas em áreas do Sudeste e Centro-Oeste, podendo atingir, inclusive, o sul da região amazônica.

Cerca de 295 mil moradores ainda estão sem energia elétrica no Rio Grande do Sul nesta sexta-feira (16) devido aos danos causados por um ciclone extratropical. Os dados mais recentes fornecidos pelas companhias que prestam serviço no estado, apontam que 250 mil ocorrências foram registradas na área da CEEE Grupo Equatorial e 45 mil na região atendida pela empresa RGE.

Os municípios mais afetados são Porto Alegre, Viamão, Alvorada, Guaíba, Cidreira, Tramandaí e Imbé.

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As empresas informaram que os prazos para a solução das ocorrências dependem da complexidade de cada caso. Os consumidores podem buscar informações nos canais de comunicação disponibilizados pelas companhias. 

CEEE 

- Site: https://ceee.equatorialenergia.com.br/;

- Telefone: 0800 721 2333   

- SMS: 27307 - que deve ser preenchido com a palavra LUZ e o número da Unidade Consumidora (UC), encontrado no canto superior direito da fatura de energia;

- Whatsapp: (51) 3382-5500, para solicitar religação e informar falta de energia (basta adicionar o telefone à sua lista de contatos). 

RGE 

- SMS: Se o problema for falta de energia, envie um SMS com o SEU CÓDIGO (que consta na conta de energia elétrica) para o número 27350;

- Wpp: (51) 9 9955.0002;

- Call Center: 0800 970 0900.

Em pronunciamento ao vivo feito pelo Facebook, o prefeito de Maquiné, no norte gaúcho, João Marcos Bassani dos Santos, alertou em tons de desespero para que moradores saíssem de suas casas devido a fortes chuvas causadas por um ciclone extratropical que atingem o Estado. "Estou pedindo, implorando, saiam", diz, ao afirmar que não existem equipes do Corpo de Bombeiros suficientes para atender a demanda. "Antes que seja tarde".

O prefeito alertou para que as pessoas procurassem lugares mais altos e preservassem a vida ao invés dos bens materiais.

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O ciclone extratropical se formou na madrugada desta sexta-feira (16) no Rio Grande do Sul e causou fortes chuvas, ventanias e alagamentos no litoral norte do Estado. A Defesa Civil do Rio Grande do Sul já havia alertado na quinta-feira (15) para chuvas intensas e volumosas com risco de enxurrada nas regiões, com possibilidade de enchente nos rios Caí e Sinos, no nordeste do Estado.

Segundo MetSul Metereologia, empresa local, algumas cidades registraram durante madrugada um volume de chuva que chegou até 233mm/h, como foi o caso de Maniqué.

O governador Eduardo Leite (PSDB) se pronunciou pelo Twitter, e afirmou que as equipes da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e Polícia Militar estariam mobilizadas para atender os lugares mais afetados. "Acompanho a situação junto a nossas forças de segurança", disse.

A MetSul afirmou que estações registraram rajadas de vento ao redor de 70 km/h em Porto Alegre no começo desta sexta-feira. Pelas redes sociais, moradores, jornalistas e portais locais também relataram e publicaram vídeos de enchentes e fortes ventos em diversos pontos do Estado durante a noite.

A reportagem entrou em contato com a Defesa Civil para obter informações sobre os prejuízos que a chuva desta madrugada causou, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.

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Por causa da passagem do ciclone extratropical em cidades do Sul e Sudeste do Brasil, as baixas temperaturas devem continuar durante o fim de semana na capital paulista, segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE). Os termômetros marcaram 13,6°C com sensação de 12°C na noite desta quinta-feira (11). Já no período da tarde, foi alcançada a menor máxima do inverno com 16,6°C. Nos próximos dias, o frio intenso deve permanecer, conforme as previsões.

Nesta sexta-feira, 12, a temperatura na capital paulista deve oscilar entre 9°C e 18ºC. No sábado, 13, a previsão é de que a mínima se mantenha em 9ºC e a máxima não deve ultrapassar 23°C. Somente no domingo, 14, os termômetros voltam a subir, de forma moderada, entre 11ºC e 23ºC.

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Segundo as previsões do CGE, o sol deve retornar nos próximos dias. Com isso, a expectativa é de que a sensação de frio diminua. As madrugadas, por sua vez, devem continuar geladas. Não há previsão de chuva significativa.

Litoral de SP

Além das baixas temperaturas, a frente fria também causou estragos em cidades do litoral norte de São Paulo. Apesar do ciclone extratropical se afastar gradativamente desta região, ao longo da noite desta quinta-feira, 11, a forte ventania destruiu estruturas em Ilhabela e São Sebastião.

Nas duas cidades, foram registradas quedas de árvores, destelhamentos e oscilação na rede elétrica.

Na região metropolitana da capital paulista, o Corpo de Bombeiros atendeu 98 ocorrências relacionadas a árvores tombadas nesta quinta-feira, 11. No dia anterior, a corporação havia registrado 198 pedidos deste gênero.

Um ciclone extratropical que se formou na noite de terça-feira, 9, causou impactos em cidades litorâneas do Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo ao longo desta semana. Além das chuvas, que desencadearam deslizamentos e alagamentos, ventos fortes também castigaram municípios costeiros. A Defesa Civil tem uma série de recomendações para orientar a ação da população em casos desse tipo de fenômeno.

"Vai depender do efeito que o ciclone provoca em cada região. Algumas vezes, ele pode provocar chuva intensa, às vezes temporais ou rajadas de vento. Para cada uma dessas condições, existem algumas recomendações específicas", explica Caio Guerra, meteorologista da Defesa Civil de Santa Catarina.

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As condições geográficas e topográficas do local também influenciam nos efeitos sentidos pela população. No Estado de Santa Catarina, por exemplo, chuvas intensas em região de rios causaram o transbordamento das águas e a inundação de cidades e estradas. No Rio de Janeiro, o maior impacto foram os ventos, que chegaram a quase 94 km/h.

No continente, os alagamentos e inundações são um dos efeitos mais comuns. Nesses casos, o recomendado pela Defesa Civil é evitar dirigir em pontes pequenas ou submersas e áreas alagadas, não ter contato com a água e ficar atento à presença de crianças em áreas próximas a rios. Se houver deslizamento de terra, a orientação é atenção à inclinação de postes e árvores, movimentação de terra ou rochas em regiões próximas e aparecimento de rachaduras em muros e paredes.

No que diz respeito a tempestades fortes com ventos e raios, a Defesa Civil recomenda que a população não fique na praia e busque locais abrigados longe de árvores, placas, postes de energia e outros objetos que possam ser arremessados pela intensidade dos ventos. Uma vez em um ambiente seguro, é preciso ficar longe das janelas e desligar aparelhos eletrônicos da tomada. O banheiro de alvenaria é considerado um abrigo muito seguro para essas condições.

"No litoral, existe o diferencial que os ventos muito intensos causam agitação marinha e, muitas vezes, a ressaca (movimento que as ondas fazem sobre si mesmas na área de rebentação); então, existem também recomendações específicas para isso", explica Guerra.

Em caso de mar agitado, estar perto da água não é uma opção. Por segurança, a população é orientada a evitar atividades de navegação ou pesca e suspender esportes náuticos, banhos de mar e caminhadas pela orla. Quando há ressaca, é preciso prestar atenção a construções ou ruas em áreas vulneráveis a erosão e proteger embarcações e demais estruturas que estejam na costa.

Ciclone extratropical deve se afastar do litoral brasileiro

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os efeitos do ciclone começam a diminuir ainda esta tarde. "A partir de amanhã, a situação se normaliza", explica o meteorologista Olivio Bahia. Nos próximos dias, ele deve se afastar da costa brasileira em direção à África. Ainda segundo o meteorologista do Inmet, apesar dos impactos terem sido muito maiores nas cidades litorâneas, a frente fria associada à passagem do ciclone causou efeitos como a diminuição das temperaturas no Centro-Sul do País e mesmo no Sudoeste da Amazônia.

Os ventos fortes derrubaram árvores, placas e telhas em diversas cidades. Ventos de 40 km/h já podem começar a provocar impactos, diz Bahia, que estima que a intensidade das correntes de ar sentidas nos últimos dias tenha até mesmo ultrapassado as velocidades registradas pelas estações meteorológicas: "Não tem o registro desses números, mas, em razão dos danos causados, é possível imaginar que [os ventos] tenham ultrapassado os 120km/h", pontua.

Veja os cuidados em caso de ventanias e ressacas:

- Não fique em locais abertos, embaixo de árvores ou coberturas metálicas;

- Evite esporte ao ar livre;

- Não passe sob cabos elétricos, andaimes e escadas;

- Feche portas e janelas da residência. Feche também persianas e cortinas para evitar que estilhaços se espalhem em caso de algum vidro quebrar;

- Feche o registro de gás;

- Evite deixar objetos em locais altos, pois podem cair;

- Se faltar energia, cuidado com uso de velas;

- Tire todos os aparelhos elétricos da tomada, em caso de falta de energia;

- Crianças e idosos, principalmente, devem ser mantidos bem agasalhados;

- Animais de estimação também devem ser protegidos do frio;

- Com relação aos moradores em situação de rua, a orientação é que a pessoa ligue para o número 199;

- As pessoas devem terminantemente evitar rochas na praia para observar a agitação do mar;

As águas, em alguns pontos, podem extrapolar a faixa de areia e adentrar ruas próximas da praia;

Há perigo de naufrágio para pequenas ou médias embarcações que se aventurarem.

O deslocamento do ciclone extratropical, que já passou por Santa Catarina e São Paulo, trouxe rajadas fortes de vento e estragos desde o início da madrugada desta quinta-feira (11) ao município do Rio de Janeiro.

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), entre 4h e 5h a velocidade dos ventos atingiu 93,6 quilômetros por hora (km/h) na estação Forte de Copacabana, na zona sul da cidade. No mesmo local entre 2h e 3h da madrugada foi registrado vento de 76,7 km/h.

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Outra região muito atingida é a da estação Marambaia, na zona oeste, onde a velocidade dos ventos chegou a 84,2 km/h, segundo o Inmetm, entre 4h e 5h. A previsão para o estado é de que as rajadas podem chegar a 100 km/h ao longo do dia.

Há registros de quedas de árvores em vários pontos da cidade. A ventania trouxe também apreensão a quem precisou sair de casa, por causa dos riscos de ser atingido por galhos e pedaços de objetos e até de telhas de coberturas de casas.

De acordo com o Centro de Operações da Prefeitura do Rio de Janeiro (COR), o tempo vai permanecer instável na cidade ao longo do gia, em consequência do deslocamento de um sistema de baixa pressão associado à frente fria no oceano.

“O dia terá predomínio de céu nublado, com chuvisco/chuva fraca isolada a qualquer momento do período. Os ventos estarão moderados a fortes até a tarde e as temperaturas ficarão em declínio em relação ao dia anterior, com mínima de 16°C [graus Celsius] e máxima de 25°C”, informou o COR.

Ressaca

Além dos ventos fortes, a orla do estado registra ondas de até 4 metros (m). A ressaca que começou na quarta-feira (10) às 9h, segundo o aviso da Marinha vai seguir até às 21h desta sexta (12).

As recomendações para evitar acidentes são não tomar banhos e nem praticar esportes no mar, não ficar à beira da orla ou em mirantes. A população deve evitar a navegação e as atividades de pesca, não pedalar na orla e não tentar resgatar vítimas de afogamento. Em caso de emergência, deve-se acionar os Bombeiros (193) e a Defesa Civil (199).

“Esse ciclone já vinha se formando era observado nos últimos dias. No Rio, a chuva não vai ser com intensidade. Não é chuva em quantidade. Fizemos um aviso de acumulados de chuva que podem ser de 20 [milímetros] a 30 mm em uma hora e a situação de queda de temperatura. O Rio já estava há alguns dias declinando a temperatura entre 22°C e 26°C, o que deve permanecer entre hoje e amanhã com temperatura de 22°C”, disse a meteorologista do Inmet, Marlene Leal, acrescentando que para o fim de semana, a previsão é de tempo bom, já que o ciclone terá se deslocado em direção ao oceano.

“No caso desse ciclone, ele ficou bem tangente à Região Sul do país e veio se deslocando em direção a São Paulo e o Rio de Janeiro, daí os ventos bem fortes”, completou. 

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