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A forte tempestade que atingiu o Rio Grande do Sul na noite de terça-feira deixou uma pessoa morta e causou estragos em diversos pontos do Estado. Na manhã de quarta-feira (17), a Defesa Civil do Estado confirmou que, em Cachoeirinha, na região metropolitana de Porto Alegre, um homem morreu após a queda de uma marquise.

"De terça (16) para quarta, ao menos 29 municípios reportaram danos e ocorrências à Defesa Civil estadual em decorrência das chuvas intensas, fortes ventos, granizo e descargas elétricas. Os municípios seguem apurando a extensão dos danos", afirmou a Defesa Civil.

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O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), lamentou a morte em Cachoeirinha e disse que o monitoramento segue em todo o Estado. "Foram mais de 500 chamados para o Corpo de Bombeiros e, infelizmente, tivemos uma morte, além de pessoas feridas na região. Hospitais também foram bastante afetados pelas chuvas intensas. Vamos colocar todo o esforço necessário para poder atender todas as necessidades", disse o governador, também por meio das redes sociais.

Porto Alegre

Em Porto Alegre, segundo a prefeitura, o impacto incluiu quedas de árvores, alagamentos, falta de luz e diversos hospitais alagados, alguns destelhados e temporariamente inutilizáveis, inclusive UTIs. Não houve registros de feridos.

Por volta das 22 horas de terça, quando a chuva chegou à região, cerca de 20 bairros ficaram sem energia, o que afetou casas de bombas de drenagem e estações de abastecimento.

A prefeitura comunicou falta de energia elétrica nas estações de bombeamento de Água Bruta (Ebabs) São João e Moinhos de Vento e informou não haver previsão de reabastecimento, 51 bairros foram atingidos pelo desabastecimento.

A CEEE-Equatorial, responsável pela distribuição de energia no Rio Grande do Sul, não havia divulgado informações sobre número de imóveis afetados até a noite de ontem.

O Metsul informou que locais como o Aeroporto Salgado Filho registraram ventos de 89 km/h, assim como o Jardim Botânico. Em Canoas, na base aérea, o vento chegou a 107 km/h. Segundo a instituição, uma hora de chuva atingiu metade da média histórica de precipitação de janeiro inteiro na cidade, que é de 120,7 mm.

Até a manhã de ontem, a Defesa Civil registrou 30 ocorrências desde o início do temporal para destelhamentos e quedas de árvore sobre residências, 36 vias que ficaram alagadas, 27 postes que cederam e 150 árvores caíram, muitas sobre carros. A Empresa Pública de Transporte e Circulação, que gerencia a mobilidade urbana da capital gaúcha, registrou 21 ocorrências devido às chuvas, sendo sete com bloqueio total da via por acúmulo de água e seis por queda de árvore.

Algumas ruas registraram água a 60 cm de altura, impedindo a passagem de veículos - uma delas era a saída da Avenida Castelo Branco.

Hospitais

A Secretaria Municipal de Saúde informou que pelo menos 12 unidades, entre hospitais, unidades de pronto atendimento e institutos médicos, foram atingidos pelas chuvas da madrugada de ontem.

Em Porto Alegre, um dos mais afetados foi o Hospital São Lucas da PUC, que teve o telhado arrancado. O teto de desabou sobre dois leitos de UTI e pacientes de enfermaria foram remanejados.

A emergência e o Centro de Diagnóstico por Imagem do hospital também ficaram alagados e dez leitos do Sistema Único de Saúde estão temporariamente inutilizados. Segundo a secretaria, cirurgias devem ser restringidas ou suspensas nos próximos dias até o restabelecimento do local.

Em outros locais, como o Hospital de Pronto Socorro, o problema foi o retorno da rede de esgoto dentro da unidade, e no auditório do Hospital Materno Infantil Presidente Vargas, a ventania quebrou vidros. Ambos também registram pontos de alagamentos.

Outras cidades e regiões do Rio Grande do Sul também foram afetados pelas chuvas, incluindo rodovias espalhadas pelo Estado. Segundo Comando Rodoviário da Brigada Militar, ao menos quatro estradas estaduais tiveram bloqueio total, enquanto outras seis apresentaram bloqueios parciais.

A BR-448, próximo à Arena do Grêmio, teve queda de uma estrutura metálica que provocou a interrupção trânsito. Em rodovias como a ERS-420, em Aratiba, e ERS-431, em São Valentim do Sul, a pista cedeu. Algumas outras tiveram erosão e quedas de árvores.

Dentre as cidades afetadas pelos fortes ventos e a chuva intensa, estão Santa Maria, São Vicente do Sul, Uruguaiana, São Gabriel e Dom Pedrito que tiveram desabamentos em estradas, destelhamento de residências e hospitais.

Alerta

Ontem, Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta para tempestade de "grande perigo" que poderia atingir quase todo o Estado de Santa Catarina e o trecho mais ao norte do Rio Grande do Sul a partir da tarde até o final da manhã de hoje.

Segundo o Inmet, pode chover mais de 100 milímetros por dia nessa região, que também pode ter ventos superiores a 100 km/h e queda de granizo. "Grande risco de danos em edificações, corte de energia elétrica, estragos em plantações, queda de árvores, alagamentos e transtornos no transporte rodoviário", previa ontem o instituto.

Devem ser afetadas a região metropolitana de Florianópolis, o Vale do Itajaí, o oeste, o norte e o sul de Santa Catarina, a região metropolitana de Porto Alegre, o centro-ocidental, o noroeste, o nordeste e o sudoeste do Rio Grande do Sul.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma explosão atingiu uma torre em um condomínio no bairro Rubem Berta, Zona Norte de Porto Alegre, na madrugada desta quinta-feira (4). À ocasião, o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil realizavam a evacuação do local devido a um vazamento de gás. Nove pessoas ficaram feridas na ocorrência, incluindo dois militares. As vítimas receberam atendimento médico, mas o estado de saúde delas não foi informado. A região do condomínio encontra-se interditada.  

Imagens do acidente mostram que, com a explosão, parte da parede externa de um dos apartamentos desabou. Relatos de vizinhos e internautas informam que o estrondo foi tão forte que pôde ser ouvido nos bairros próximos, e as vidraças das torres vizinhas se quebraram no momento da explosão. A Defesa Civil de Porto Alegre realiza vistoria para avaliar a situação do imóvel, já que há risco de desabamento de todo o prédio. 

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"Como o GLP [gás liquefeito de petróleo] tem um alto grau de explosividade, houve um colapso na estrutura. Como a explosão foi no terceiro andar, rompeu a estrutura do quarto e do segundo andar também. Então, por questão de precaução e prevenção, nós estamos com todos os moradores para fora dos prédios, dos apartamentos, aguardando o laudo para verificação das estruturas do prédio", explicou a capitã Rafaela Amim, do Corpo de Bombeiros Militar, em entrevista à Rádio Gaúcha, pouco do ocorrido. 

A construtora Tenda emitiu uma nota lamentando o incidente e se colocou à disposição para esclarecimentos. A empresa informou que um perito contratado realizará uma inspeção no local. O condomínio é composto por cerca de 440 apartamentos distribuídos em 22 blocos, tendo 20 apartamentos cada. Pouco mais da metade está ocupada atualmente.  

Segundo a Defesa Civil, a explosão afetou a torre 10, e os moradores das torres 10 e 11 devem ser encaminhados para albergues. A liberação das demais torres ainda não tem previsão. 

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O cirurgião João Couto Neto, suspeito de erros médicos que teriam causado a morte de 42 pacientes e lesões em outros 114, em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, foi preso nesta quinta-feira, 14, em um hospital de Caçapava, no interior de São Paulo. Couto teve a prisão preventiva decretada após ser acusado pela Polícia Civil de homicídio doloso (com intenção de matar) em três inquéritos, em novembro. A defesa considera a prisão descabida e vai entrar com habeas corpus para que ele responda em liberdade.

Mesmo estando sob investigação, em fevereiro deste ano, Couto Neto conseguiu registro no Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp). Segundo o órgão, o pedido de registro não poderia ser negado na ocasião, pois ele não estava totalmente impedido de exercer a Medicina, mas com restrição parcial. No Sul, o médico foi proibido de realizar cirurgias por 120 dias, mas o prazo já expirou. Mesmo assim, ele atuava em atendimentos não cirúrgicos.

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De acordo com a Polícia Civil, os três primeiros indiciamentos do profissional decorreram das mortes de dois homens e de uma mulher. Segundo a investigação, Couto realizava cirurgias de hérnia, vesícula e refluxo, mas vários procedimentos teriam sido realizados sem autorização dos pacientes.

Em um dos casos, uma paciente que se apresentou para a retirada de hérnia teria sido submetida a outro procedimento. Em outro caso, de endometriose, o médico teria deixado de retirar o útero da paciente, embora tivesse cobrado o plano de saúde pelo procedimento.

Uma ação da polícia realizada em dezembro do ano passado apurou outros casos em que, supostamente, o médico teria sido responsável por falhas que resultaram em mortes ou sequelas em pacientes. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão no hospital em que ele atendia, em Novo Hamburgo, e no seu apartamento. Houve a apreensão de documentos, celulares e computadores. O material ainda é analisado pela investigação.

O defensor do médico, advogado Brunno de Lia Pires, disse que a prisão preventiva não tem base legal. "Qualquer jurista vê que essa prisão não tem qualquer fundamento. Prisão preventiva é quando há risco de fuga ou ameaça a testemunhas, o que não existe. Ele sequer foi impedido de exercer a Medicina. Essa medida decretada tem claro caráter intimidatório contra o médico. Vamos entrar com habeas corpus o mais breve possível", disse. "Estamos aguardando que o inquérito seja concluído e apresentado ao Ministério Público para, então, havendo denúncia e sendo recebida pelo juiz, apresentarmos a defesa prévia do médico."

Um menino de oito anos foi flagrado dirigindo o carro da mãe, em uma área perto da própria casa, no bairro de Nova Santa Marta, Zona Oeste de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. O caso aconteceu nessa segunda-feira (11) e sofreu intervenção da Brigada Militar (BM), que foi acionada até o local e resgatou o condutor. Aos militares, o menino disse que estava a caminho da escola, mas ficou sem combustível e acabou subindo com o carro em uma calçada. 

A brigada acionou o Conselho Tutelar e o menino foi conduzido a uma unidade do órgão, tendo se encontrado com os pais pouco tempo depois. O veículo, um Prisma na cor preta, estava no nome da mãe da criança e foi recolhido ao guincho, por estar com o licenciamento vencido.  

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De acordo com a polícia, a mãe deve ser investigada pelo crime de entregar veículo automotor a pessoa não habilitada, presente no Código de Trânsito. O menino mora com os pais e três irmãos, mas ninguém na casa o viu sair com o veículo. A criança receberá acompanhamento. 

 

As fortes chuvas entre ontem, 17, e a madrugada deste sábado, 18, fizeram com que o Rio Taquari, no município de Lajeado, ultrapassasse a cota de inundação. Conforme a prefeitura, o nível do rio subiu 44 centímetros em apenas uma hora, chegando a 23m92cm. A região foi uma das mais atingidas pelo ciclone que destruiu várias cidades gaúchas em setembro e deixou 51 mortos.

Diante disso, 172 pessoas foram removidas de suas casas e direcionadas ao Parque do Imigrante. Algumas ruas da cidade foram inundadas e o parque de diversões, recém-instalado, também ficou completamente alagado.

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Na cidade de Muçum, também no Vale do Taquari, o Rio Taquari subiu 5,34m em sete horas. Pelas redes sociais, o prefeito Mateus Trojan alertou a população sobre a elevação do nível do rio. "Mais uma vez sofremos com as enchentes, e eu quero alertar a população que, embora estejamos tendo uma tendência de estabilidade da elevação do nível do rio, considerando as últimas horas, é importante que a gente entenda que ainda tem muita água por vir, porque nós tivemos chuvas elevadas nas regiões mais altas e estamos apresentando vazões elevadas, crescentes nas barragens", disse.

Roca Sales também sofre as consequências das novas enchentes do Rio Taquari. Conforme a Defesa Civil local, o nível do rio tem subido cerca de 50cm por hora, e 50 famílias já foram retiradas das áreas de risco. Na área rural da cidade, a rodovia ERS 129 está interditada por causa da queda de barreiras.

Em Taquara, a prefeitura atua para remover famílias de áreas de risco em pelo menos três bairros. Já em Gramado, na Serra gaúcha, diversas ruas ficaram alagadas e uma casa desabou, deixando três feridos.

Em Antônio Prado, um homem desapareceu após seu automóvel ser levado pela correnteza do Rio das Antas na ERS 437. Outros dois homens que estavam no veículo conseguiram se salvar e registram a ocorrência no Corpo de Bombeiros. Mergulhadores da guarnição de Porto Alegre se deslocaram para as buscas.

Uma pastelaria localizada no município de Campo Bom, no Rio Grande do Sul, denunciou nas redes sociais um caso de racismo cometido por uma pessoa que fez um pedido no estabelecimento, na última terça-feira (14). Na nota da comanda, a cliente enviou uma “observação”, pedindo que a comida fosse entregue especificamente por uma pessoa branca. 

“Última vez veio um motoboy negro peço a gentileza que mande um branco não gosto de pessoas assim encostando na minha comida”, diz a observação completa enviada ao estabelecimento. O “motoboy” citado na mensagem é Gabriel Fernandes da Cunha, dono do local, e que realiza entregas nos dias de maior movimento. 

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Reprodução 

A mensagem chegou na conversa entre a pastelaria e a cliente, que recebeu como resposta o cancelamento do pedido, feito pela proprietária, Daniela Rodrigues, esposa de Gabriel. “Como é a história? Pois seu pedido será cancelado imediatamente e irei fazer uma denúncia contra seu perfil! Faça o favor de não comprar mais na minha loja pois não quero pessoas assim comprando aqui! Esse motoboy negro é o dono da empresa!”, respondeu. 

Reprodução 

A pessoa que enviou a mensagem racista foi denunciada na plataforma de entregas e um boletim de ocorrência foi registrado pelos donos da lanchonete. A franqueadora do estabelecimento publicou, nas redes sociais da rede, uma nota de repúdio ao acontecido, e defendeu o trabalho de todas as pessoas. “Agradecemos a todas as pessoas que estão apoiando a injusta agressão racial sofrida pelos franqueados de Campo Bom, demonstrando que nosso trabalho vale a pena, pois existem muito mais pessoas de bem neste mundo”, se lê na publicação. 

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Uma pessoa morreu e quase 60 ficaram feridas após a queda de um ginásio em Giruá, no noroeste do Rio Grande do Sul. O desabamento aconteceu na noite de quarta-feira, 15, e foi provocado por uma forte tempestade que atingiu a cidade. Os ventos também destelharam muitas casas, e parte do município está sem energia elétrica.

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Segundo informações do Corpo de Bombeiros de Giruá, os fortes ventos começaram de forma repentina. Aproximadamente 80 pessoas estavam no ginásio acompanhando uma partida de padel e fazendo churrasco quando o teto de zinco desabou. A fisioterapeuta Isabeli Soardi, de 26 anos, foi atingida e não resistiu aos ferimentos.

Ainda de acordo com o Corpo de Bombeiros, cerca de 60 pessoas sofreram ferimentos, a maioria deles leves. Alguns feridos, porém, sofreram lesões mais sérias e foram encaminhados a hospitais da região. Além de equipes do Samu e de policiais da Brigada Militar, bombeiros de municípios próximos, como Santa Rosa e Santo Ângelo, também foram acionados para auxiliar no resgate das vítimas.

Na manhã desta quinta-feira, 16, os bombeiros estão auxiliando os moradores na distribuição de lonas para cobrir as casas que acabaram destelhadas. Há vários postes de luz e árvores caídas pela cidade.

Segundo informações da Metsul, Giruá foi atingida por um fenômeno conhecido como Complexo Convectivo de Mesoescala (CCM). "Trata-se de um grande aglomerado circular e de longa duração de nuvens muito carregadas, de grande desenvolvimento vertical, que podem atingir de dez a vinte quilômetros de altura", esclarece a empresa de meteorologia.

A Defesa Civil gaúcha emitiu alerta de temporais na quinta-feira, com duração prevista pelo menos até a manhã. Além de fortes chuvas, o órgão aponta a possibilidade de ventos fortes, descargas elétricas e eventual queda de granizo nas regiões norte e noroeste do Estado.

O Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais são os estados do país com o maior percentual de população idosa. É o que apontam os números do Censo 2022. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (27) os dados sobre faixa etária. Eles revelam um envelhecimento da população: o total de idosos com 65 anos ou mais saltou de 14.081.477 em 2010 para 22.169.101 em 2022. O aumento é de 57,4%.

O IBGE vem divulgando os dados apurados no Censo 2022 de forma progressiva. Conforme as primeiras informações, apresentadas em junho, a população brasileira teve um salto de 12,3 milhões nos últimos 12 anos, alcançando um total de 203 milhões. Também já foram apresentados anteriormente recortes sobre indígenas e quilombolas.

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Os novos dados mostram que as regiões do país com a maior proporção de idosos com 65 anos ou mais são o Sudeste (12,2%) e o Sul (12,1%). De outro lado, a população mais jovem, envolvendo crianças com até 14 anos, é mais expressiva no Norte (25,2% do total de moradores) e no Nordeste (25,2% do total de moradores).

No Rio Grande do Sul, 14,1% dos moradores têm 65 anos ou mais. É o estado com a maior proporção de população idosa. Também registra o menor percentual de crianças. A faixa etária até 14 anos representa 17,5% da população gaúcha. A idade mediana no estado é 38 anos, três a mais do que a idade mediana nacional.

Números próximos são registrados no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. Os idosos representam 13,1% da população fluminense, enquanto as crianças são 17,8%. Entre os mineiros, 12,4% têm 65 anos ou mais, enquanto a fatia da faixa etária até 14 anos é de 18,1%.

Por outro lado, os três estados com a maior proporção de crianças são todos da Região Norte: Roraima (29,2%), Amazonas (27,3%) e Amapá (27%). Em todos esses estados, o percentual de idosos com 65 anos ou mais não chega a 6%. O Norte do país registra idade mediana de 29 anos. Em Roraima, chega a ser 26 anos, bem inferior aos 35 anos da mediana nacional.

De acordo com a pesquisadora do IBGE Izabel Guimarães, os estados da Região Norte iniciaram mais tardiamente o processo de redução da fecundidade que se observa no país. "Roraima particularmente tem na sua composição uma população indígena numerosa. As populações indígenas, principalmente aquelas que residem em terras indígenas, têm fecundidade maior. Além disso, há uma migração, principalmente da Venezuela, que tem efeito no número de nascimentos no estado", explica.

Segundo Izabel, são principalmente os jovens que vêm ao país em busca de trabalho, incluindo mulheres em idade reprodutiva. Ela destaca que os dados específicos de migração e fecundidade do Censo 2022 serão divulgados em 2024.

Municípios

Os dados apresentados pelo IBGE também oferecem recorte por municípios. Observa-se que o envelhecimento populacional ocorre de forma mais intensa nas menores e nas maiores cidades. Esse fenômeno pode ser avaliado por meio do índice de envelhecimento. Ele indica quantas pessoas com 65 anos ou mais existem na comparação com cada grupo de 100 crianças até 14 anos.

O índice de envelhecimento é de 76,2 nas cidades com até 5 mil habitantes e de 63,9 naquelas com mais de 500 mil habitantes. "O que acontece nos municípios muito pequenos é a saída da população economicamente ativa, em idade reprodutiva. As pessoas se mudam para locais onde há maiores chances de empregos e melhores ofertas de serviço. Por sua vez, as cidades maiores são justamente aquelas em que a fecundidade tende a ser mais baixa", observa Izabel Guimarães.

Nos municípios com volumes populacionais intermediários, o índice de envelhecimento é mais baixo. O menor patamar, 48,9, é observado nas cidades que têm entre 50 mil e 100 mil habitantes.

Entre os dez municípios com o maior índice de envelhecimento, nove são do Rio Grande do Sul e um de São Paulo. Os três que ocupam o topo dessa lista são todos gaúchos e têm menos de 5 mil habitantes: Coqueiro Baixo (277,14), Santa Tereza (264,05) e Três Arroios (245,98).

O ranking dos menores índices de envelhecimento é liderado por nove municípios da Região Norte, sendo três de Roraima, dois do Acre, dois do Amazonas e dois do Pará. A liderança é de Umiratã (RR), com 5,40. A cidade, que tem grande número de habitantes indígenas, registra idade mediana de 15 anos. Ou seja, metade da população tem até 15 anos.

Nesta quarta-feira (4), o Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores da Polícia Civil do Rio Grande do Sul protestou contra o governador Eduardo Leite (PSDB-RS), usando um trio elétrico para tocar músicas da cantora Ivete Sangalo na frente do Palácio Piratini, sede do governo.

O protesto, no qual os agentes pedem melhorias nas condições de serviço e reajuste salarial, trata-se de uma provocação em referência ao fato do líder tucano ter ido ao show de Ivete no último sábado (30), em São Paulo, três dias após a terceira maior enchente na cidade de Porto Alegre. A capital gaúcha encontra-se em estado de calamidade após os impactos de um ciclone extratropical.

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No estado, durante a primeira quinzena do mês passado, 46 moradores morreram e mais de 4,7 mil ficaram desabrigados. Além disso, 20 mil pessoas ficaram desalojadas e 925 ficaram feridas em decorrência das chuvas que afetaram 97 cidades. Até o momento, a gestão de Eduardo Leite ainda não se manifestou sobre o ato dos policiais.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB-RS), foi ao show dos cantores Ivete Sangalo e Rod Stewart na noite de sábado (30) no Allianz Parque, em São Paulo. A presença do tucano foi alvo de críticas nas redes sociais porque o Rio Grande do Sul está em estado de calamidade pública em decorrência do ciclone extratropical que atingiu o Estado no início de setembro e das chuvas intensas.

O vídeo da presença do governador foi revelado pelo portal Metrópoles. Nas imagens, é possível ver Leite animado na primeira fila ao lado do namorado, o pediatra Thalis Bolzan. Procurada, a assessoria do governador não se manifestou.

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As chuvas, enchentes e alagamentos provocaram 50 mortes e afetaram 107 municípios do Estado, segundo boletim da Defesa Civil gaúcha divulgado na quarta-feira (27). Oito pessoas continuam desaparecidas e 490 ainda estão desabrigadas - no total, mais de 5 mil pessoas chegaram a ser registradas como desabrigadas.

O Rio Grande do Sul ficará em estado de calamidade pública até o fim de 2024. A medida permite que o estado e os municípios atingidos deixem de cumprir parte das regras da Lei de Responsabilidade Fiscal e, com isso, consigam direcionar recursos mais rapidamente para enfrentar a emergência climática e suas consequências.

Como mostrou o Estadão, Eduardo Leite foi o governador que mais ganhou popularidade nas redes sociais no mês de setembro, o que foi atribuído ao fato dele ter ficado em evidência justamente por causa da resposta à crise climática que assolou os gaúchos e se tornou assunto nacional.

Enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estará de repouso médico para sua cirurgia de artrose, marcada para a próxima sexta-feira (29), a primeira-dama, Janja Lula da Silva, viajará com os ministros do governo para acompanhar a delicada situação do Rio Grande do Sul, estado atingido pelas fortes chuvas.

Através de suas redes sociais, o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (SECOM), Paulo Pimenta (PT-RS), revelou que Janja vai "olhar de perto" as ações da atual gestão e irá "anunciar outras medidas" a serem feitas para as regiões atingidas pela catástrofe natural.

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Mesmo com a afirmação de Pimenta, o Palácio do Planalto nega a versão ao comunicar que é um caso isolado e que a primeira-dama não substituirá o mandatário em eventos nesse período de cirurgia.

Devem fazer parte da comitiva os ministros Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar; Wellington Dias, do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome; e Paulo Pimenta (SECOM). A visita também contará com equipes dos ministérios da Educação e da Saúde, da Caixa Econômica Federal, do Banco do Brasil e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

 

A formação de um novo ciclone extratropical em alto-mar próximo à costa de Santa Catarina e o litoral norte do Rio Grande do Sul entre a noite de terça-feira (26) e a madrugada da quarta (27) vai intensificar a instabilidade na região com muita chuva, vento e tempo severo, conforme a Defesa Civil gaúcha.

O órgão acrescenta, no entanto, que a intensificação das chuvas será devido ao aprofundamento e avanço de um sistema de baixa pressão para o oceano, fluxo de umidade do oceano combinado ao da Amazônia e formação de uma frente fria.

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Nesta segunda-feira (25), fortes áreas de instabilidade já se formam no território gaúcho ainda pela manhã, principalmente sobre Passo Fundo, Erechim, Caxias do Sul, Novo Hamburgo, Porto Alegre e Santa Maria, de acordo com a Defesa Civil do Estado.

"No decorrer do dia, a tendência é de que a instabilidade migre no sentido sul e alcance pontos da metade sul gaúcha. O risco de chuva forte com temporais isolados de raios, granizo e vento forte persiste na região", reforça a MetSul.

A expectativa é de que, na terça-feira, uma área de baixa pressão se desloque do nordeste da Argentina e Paraguai para o Sul do Brasil, cruzando a região de oeste para leste na divisa do Rio Grande do Sul com Santa Catarina.

"Esta baixa pressão reforçará muito a instabilidade durante o dia na terça com chuva intensa em muitos locais e temporais que localmente podem fortes e até severos com risco de vendavais e granizo, potencialmente médio a grande em alguns pontos com danos", salienta a MetSul.

Conforme a previsão, o ciclone estará configurado na costa na quarta-feira e sua circulação de umidade ainda traz chuva para o Rio Grande do Sul para parte do norte e leste do Estado, especialmente na primeira metade do dia, mas gradualmente o tempo começa a melhorar antes de uma sequência de dias de sol e tempo firme na maior parte do Rio Grande do Sul, que se inicia na quinta-feira, 28.

Segundo a MetSul, Santa Catarina e Paraná devem ter pancadas de chuva e temporais isolados de vento e granizo em diferentes pontos nos próximos dias. Na quarta-feira, a frente fria associada ao ciclone vai avançar pelos dois Estados, com chuva mais intensa, especialmente em Santa Catarina. "A frente levará chuva e temporais a pontos do sul e do leste de São Paulo até o fim da quarta-feira", projeta a MetSul.

Rajadas de vento

Na terça-feira, a baixa pressão se aprofunda entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. "Vai gerar rajadas de vento de 60 km/h a 80 km/h, isoladamente superiores em elevações, na parte norte gaúcha, Santa Catarina (mais no oeste), Paraná (maior intensidade no oeste), Mato Grosso do Sul e São Paulo.

Na quarta-feira, o ciclone estará formado sobre o Atlântico nas costas do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. "Vai trazer vento forte com rajadas ocasionalmente intensas mais na área da Lagoa dos Patos, setor sul da Grande Porto Alegre, leste da Serra, litoral norte gaúcho, planalto sul catarinense e a costa catarinense", acrescenta a MetSul.

Nestas áreas, em média, as rajadas devem ficar entre 60 km/h e 80 km/h, mas com picos de 80 km/h a 90 km/h em alguns setores da orla e até de 100 km/h ou mais nas montanhas da Serra do Mar. O ciclone se afasta rapidamente na quinta-feira da costa do Sul do Brasil.

O que são os ciclones extratropicais

São sistemas meteorológicos comuns na costa do Sul e do Sudeste do Brasil. Segundo a Climatempo, podem se formar em qualquer época do ano, mas são mais frequentes nos meses de outono e inverno.

"A maioria dos ciclones extratropicais que passam pela costa do Sul e do Sudeste estão associados a uma frente fria, mas alguns ciclones se formam de modo independente. É o que tecnicamente se chama de ciclogênese, que podem ocorrer sobre o continente ou sobre o mar", explica a empresa brasileira de meteorologia.

Será promulgado o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 321/2023, que reconhece estado de calamidade pública no território do estado do Rio Grande do Sul até o final de 2024. O texto, que havia sido aprovado pelo Senado na semana passada, foi confirmado pelos deputados na quarta-feira (20).

A calamidade se dá em razão das enchentes causadas por ciclone extratropical. No total, 106 municípios foram afetados, segundo a Defesa Civil do estado. 

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O projeto, do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), isenta o estado do Rio Grande do Sul e as cidades atingidas de restrições impostas pela Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar 101, de 2000).

A intenção é direcionar mais recursos para os locais afetados, com a concessão de benefícios fiscais e regras orçamentárias mais flexíveis. De acordo com o texto, esses entes federados terão regras fiscais flexibilizadas até 31 de dezembro de 2024 para ajudar a enfrentar a situação.

Durante a vigência do estado de calamidade, ficam suspensas nas localidades cobertas pelo decreto regras como os limites e condições para operações de crédito e recebimento de transferências voluntárias; cumprimento da aplicação de recursos vinculados a determinada finalidade, desde que os recursos sejam destinados ao combate à calamidade pública; e deduções para renúncia de receita e geração de despesa, desde que o incentivo, benefício ou aumento da despesa seja destinado ao combate à calamidade pública.

Como o estado de calamidade vai até dezembro de 2024, ano de eleições municipais, as prefeituras poderão criar despesas que não poderão ser finalizadas dentro do próprio mandato ou sem que haja disponibilidade de caixa suficiente para isso. Nas situações normais, isso é proibido.

Balanço

De acordo com o último balanço divulgado pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul, no fim da tarde da quarta-feira (20), as chuvas intensas e as enchentes decorrentes do ciclone causaram 49 mortes no estado. Nove pessoas continuam desaparecidas e 4,8 mil estão desabrigadas.   

*Da Agência Senado (com informações da Agência Câmara) 

O Plenário da Câmara dos Deputados fez 1 minuto de silêncio nesta terça-feira (19) para lembrar as vítimas dos desastres no Rio Grande do Sul. A passagem de um ciclone extratropical atingiu diversos municípios e deixou cerca de 50 mortos e alguns desaparecidos.

A homenagem foi feita durante a votação do pedido para incluir na pauta de votações o Projeto de Decreto Legislativo 321/23, que reconhece calamidade pública até 2024 no estado. O objetivo é direcionar mais recursos para o RS.

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A homenagem foi solicitada pelo deputado Marcel van Hattem (Novo-RS). "Foi a catástrofe climática mais grave da nossa história, pessoas que perderam absolutamente tudo e não têm como recomeçar", disse. Ele agradeceu à solidariedade de todos os brasileiros que fizeram doações aos atingidos.

*Da Agência Câmara de Notícias

O novo ciclone extratropical que se formou na costa do Rio Grande do Sul nas primeiras horas desta quinta-feira (14) provocou rajadas de vento que ultrapassaram 80km/h em parte do litoral gaúcho. O fenômeno, contudo, está se afastando e já está distante do Rio Grande do Sul.

Apesar disso, reflexos do fenômeno ainda podem ser sentidos no Estado, que tem sofrido com fortes chuvas e ventos há quase duas semanas.

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"Muitas nuvens ainda cobrem o Estado hoje com garoa e chuva na maioria das cidades em razão da circulação ciclônica, especialmente na primeira metade do dia. Porto Alegre e a região metropolitana, por exemplo, ainda tiveram chuva forte no começo da madrugada desta quinta, relata a Metsul.

O volume d’água do Arroio Dilúvio, que corta boa parte da capital gaúcha, tem chamado a atenção dos moradores desde quarta-feira. Partes do talude - muro de pedra em declive que fica nas duas margens do arroio - se desmancharam na quarta.

Na madrugada, os ventos chegaram 84 km/h na estação do Instituto Nacional de Meteorologia em Mostardas, no litoral gaúcho, informou a Metsul. A estação de Tramandaí apontou ventos de 69 km/h.

Ainda de acordo com a empresa de meteorologia, o ciclone desta quinta está associado a uma frente fria que irá avançar ao longo do dia pelo Centro-oeste e o Sudeste do Brasil. Isso deverá causar chuvas e queda de temperatura. O Alerta Rio indica rajadas de vento para a capital fluminense no fim da manhã, e chuva na cidade a partir da tarde.

No Estado de São Paulo, o tempo muda bastante a partir desta quinta com a passagem da frente fria. Deve chover na capital a partir da tarde.

Após mais um dia de muita chuva e instabilidade causada pelo avanço de uma área de baixa pressão vinda do nordeste da Argentina e do Paraguai para o Rio Grande do Sul, o Estado terá na noite desta quarta-feira, 13, a formação de mais um ciclone extratropical. Como na semana passada, o fenômeno ocorrerá sobre o oceano Atlântico, após a passagem da frente fria pelo continente.

Durante a madrugada e manhã de quinta-feira, o ciclone estará formado e, a partir de então, deve começar a se afastar da costa. Na medida em que o evento atual se afastar da costa, a frente fria deve rumar em direção ao Sudeste e o Centro-Oeste causando queda de temperatura e chuvas nos Estados de São Paulo e de Mato Grosso do Sul.

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A previsão é que o fenômeno não seja tão forte quantos os anteriores. Importante notar que o evento previsto para começar na noite desta quarta é diferente dos eventos registrados em junho e julho deste ano.

Em junho, o ciclone teve rota inversa da prevista para agora. Ou seja, começou sobre o oceano e avançou para o continente, permanecendo longo período sobre a costa do Estado com grande intensidade. No mês seguinte, o ciclone teve origem sobre o continente e rumou para o mar, também estacionando sobre o litoral gaúcho durante tempo suficiente para causar estragos.

De acordo com a meteorologista da MetSul, Estael Sias, as chuvas que atingem as regiões sul e oeste do Rio Grande do Sul não devem ser tão volumosas quanto as da semana passada, que causaram enchentes, deixaram estragos em dezenas de cidades gaúchas e causaram 47 mortes. Ainda assim, a umidade já acumulada no solo e o nível dos rios preocupa.

"Na metade sul e oeste do Estado não tem uma serra com tanta altitude (capaz de gerar fortes correntezas), mas tem áreas mais baixas que podem alagar", afirma. "A chuva de agora já vai encontrar rios altos e terra molhada, já choveu na semana passada, a previsão não é de tanta chuva comparada com o que já passou, mas o contexto é outro."

Dados de estações do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres e do Instituto Nacional de Meteorologia (Cemaden) mostram que em apenas 12 horas até 9h desta quarta-feira choveu 99 mm em Santa Maria, 91 mm em Caçapa do Sul, 84 mm em Encruzilhada do Sul, 78 mm em São Lourenço do Sul e Santiago, 77 mm em Cachoeira do Sul, 75 mm em Viamão, 74 mm em São Borja, 72 mm em Candelária e 71 mm em Camaquã.

Na manhã desta quarta, uma viatura da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi arrastada pela correnteza junto ao Arroio Velhaco, na BR-116, em Camaquã. Bombeiros e helicóptero foram acionados para o resgate e ninguém ficou ferido. A forte chuva atinge Camaquã desde segunda-feira. Até o fim da manhã, havia pelo menos oito pontos de bloqueio nas rodovias federais por causa dos fortes temporais.

As fortes chuvas da semana passada atingiram 97 municípios do Rio Grande do Sul, deixando 4,8 mil desabrigados e mais de 20 mil desalojados. Ao todo, 340.928 pessoas foram afetadas. Além dos 47 mortos, há 925 feridos.

Ajuda federal

Na terça-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que o governo federal fará concessão de empréstimo de R$ 1 bilhão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para ajudar na recuperação econômica das cidades atingidas pelo ciclone extratropical no Rio Grande do Sul. O anúncio ocorreu após reunião interministerial no Palácio da Alvorada.

De acordo com o governo, o empréstimo será feito com juro zero, dois anos de carência e apenas com correção da inflação. Além da concessão de empréstimo, o presidente afirmou que a gestão também fará a liberação de R$ 600 milhões do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para atender 354 mil trabalhadores.

"Eu e o companheiro Alckmin acabamos de fazer uma reunião com a comissão que foi criada para tratar dos problemas do Rio Grande do Sul", declarou, em vídeo divulgado nas redes sociais. "Além dos R$ 740 milhões anunciados por ele no último domingo, tomamos uma decisão agora de fazer uma concessão de empréstimo do BNDES de R$ 1 bilhão para ajudar a recuperar a economia de todas as cidades. E, ao mesmo tempo, a liberação de R$ 600 milhões do Fundo de Garantia para atender 354 mil trabalhadores."

Na sexta-feira, 8, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), já havia anunciado, entre outras medidas, R$ 1 bilhão em linhas especiais de crédito do banco estatal gaúcho Banrisul.

No fim de semana, Alckmin, no exercício da Presidência, visitou o Estado e anunciou R$ 740 milhões para as prefeituras dos municípios atingidos pela chuva no Rio Grande do Sul. Para viabilizar o recurso, o governo federal fará uma medida provisória (MP) para abrir crédito extraordinário: parte será de recursos que já têm no Orçamento, e outra parte, por remanejamento.

Um ex-diretor de uma casa de acolhimento é acusado de abusar sexualmente, pelo menos 30 vezes, uma adolescente de 13 anos na cidade de Encruzilhada do Sul, a 170 quilômetros de Porto Alegre. As investigações ainda apontam que o suspeito também violentou outras três garotas da instituição, entre elas, uma menina de dois anos.

De acordo com a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, o homem, de 43 anos, foi preso no dia 24 de agosto após ser flagrado dentro de um carro com a adolescente, que segundo as investigações, foi estuprada na casa do ex-diretor.

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Durante depoimento, a vítima revelou que, minutos antes da chegada dos policiais, teria sido abusada sexualmente pelo homem. A menina ainda afirmou que sofria os abusos tanto na residência do acusado quanto na casa de acolhimento. Mesmo com a existência de provas que apontam os crimes, ele nega as acusações.

O suspeito já foi expulso da direção do abrigo, após exoneração feita pela prefeitura do município. Além disso, responde a um processo administrativo.

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta terça-feira, 12, que o governo federal fará concessão de empréstimo de R$ 1 bilhão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para ajudar na recuperação econômica das cidades atingidas pelo ciclone extratropical no Rio Grande do Sul. A medida está entre as anunciadas pelo governo federal para auxiliar a região.

O anúncio ocorreu após reunião interministerial nesta terça-feira, 12, no Palácio da Alvorada. De acordo com o governo, tal empréstimo será feito com juro zero, dois anos de carência e apenas com correção da inflação.

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Além da concessão de empréstimo, o presidente afirmou que a gestão também fará a liberação de R$ 600 milhões do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para atender 354 mil trabalhadores.

Além de Lula, participaram do encontro Geraldo Alckmin (vice-presidente/MDIC), José Múcio (Defesa), Rui Costa (Casa Civil), Wellington Dias (MDS), Simone Tebet (Planejamento), Marina Silva (Meio Ambiente), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), Márcio Macedo (Secretaria-Geral), Paulo Pimenta (Secom), Jader Filho (Cidades), Waldez Goés (Desenvolvimento Regional), Juscelino Filho (Comunicações), Nísia Trindade (Saúde), Fernando Haddad (Fazenda), Rita Serrano (Caixa Econômica), Edegar Pretto (Conab) e Nelson Barbosa (BNDES).

"Eu e o companheiro Alckmin acabamos de fazer uma reunião com a comissão que foi criada para tratar dos problemas do Rio Grande do Sul", declarou, em vídeo divulgado há pouco. "Além dos 740 milhões anunciados por ele no último domingo, nós tomamos uma decisão agora de fazer uma concessão de empréstimo do BNDES de R$ 1 bilhão para ajudar a recuperar a economia de todas as cidades. E ao mesmo tempo, a liberação de R$ 600 milhões do fundo de garantia para atender 354 mil trabalhadores que têm fundo de garantia."

No fim de semana, Alckmin, no exercício da Presidência, anunciou R$ 740 milhões para as prefeituras dos municípios atingidos pela chuva no Rio Grande do Sul. Para viabilizar o recurso, o governo federal fará uma medida provisória (MP) para abrir crédito extraordinário: parte será de recursos que já têm no Orçamento, e outra parte, por remanejamento.

No vídeo, Lula disse que o governo acompanha a situação da região e, à medida que as informações chegam, a gestão tomará decisões. "O que eu posso garantir ao povo do Rio Grande do Sul, ao povo da região que foi prejudicada pela chuva é que o governo federal não faltará no atendimento às necessidades do povo da região", disse. "Nós vamos cuidar do povo com muito carinho porque o povo não pode sofrer do jeito que está sofrendo."

O governo também estuda ações específicas do Ministério da Saúde para reconstrução de hospitais atingidos e unidades de saúde, e do Ministério de Educação para restauração de creches e escolas. Os recursos, contudo, ainda não foram contabilizados.

Ausência de Lula

A ida do presidente ao Rio Grande do Sul, segundo o Palácio do Planalto, não foi debatida na reunião ministerial. De acordo com auxiliares do governo, não faz sentido Lula visitar a região pois Alckmin, enquanto presidente em exercício, já fez o sobrevoo no fim de semana.

Os fortes ventos registrados entre a noite de segunda-feira (11) e a manhã desta terça (12) em Porto Alegre causaram o cancelamento de voos e provocam grandes filas no Aeroporto Salgado Filho. Pelo menos seis voos de três companhias aéreas diferentes foram cancelados nesta manhã - cinco deles tinham destino para aeroportos do Estado de São Paulo.

Entre os voos cancelados, dois são da Latam com destino a Congonhas e Guarulhos; três da Azul, para Viracopos, Guarulhos e Confins (MG); e um da Gol, para Congonhas. O Estadão pediu posicionamento à administração do aeroporto, mas até o momento não obteve retorno.

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A Infraero, que administra o aeroporto de Congonhas, informou que até às 9h30 da manhã a suspensão dos voos em Porto Alegre não provocava reflexos no aeroporto paulista.

Os fortes ventos começaram pouco antes das 23h de segunda-feira. A Metsul informou que a estação meteorológica do Aeroporto Salgado Filho registrou rajadas de vento de 76 km/h naquele momento.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou, nesta segunda-feira (11), que a Polícia Federal vai investigar a divulgação de uma fake news apontando que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria travado a doação de donativos em Lajedo, cidade atingida pelo ciclone no Rio Grande do Sul.

Em um vídeo que circulou nas redes sociais, uma mulher diz ter ido até a cidade ajudar nas ações, mas os alimentos não estavam sendo liberados porque precisava “aguardar o presidente Lula”. A mulher diz também que Lula iria se promover nas redes sociais com as doações de alimentos. O vídeo chegou a ser compartilhado por bolsonaristas.

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No X, antigo Twitter, Flávio Dino reforça o fato de que a propagação de notícia falsa é crime.

“Reitero que fake news é crime, não é “piada” ou instrumento legítimo de luta política. Esse crime é ainda mais grave quando se refere a uma crise humanitária, pois pode gerar pânico e aumentar o sofrimento das famílias. A Polícia Federal já tem conhecimento dos fatos e adotará as providências previstas em lei”, informa o ministro.

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