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O deputado federal Daniel Coelho (Cidadania) afirmou, neste sábado (21), que o PT e o PSB querem “empurrar a quarta geração de Miguel Arraes” para o comando do Recife nas eleições de 2020. O argumento de Daniel foi exposto durante o 1º Congresso do Movimento Brasil Livre (MBL) em Pernambuco, que acontece no Centro de Convenções, em Olinda.  

Ao tratar da quarta geração de Arraes, Daniel se referia às eventuais candidaturas dos deputados federais Marília Arraes (PT) e João Campos (PSB) para prefeitura no próximo pleito. 

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No Congresso do MBL, Daniel fez uma avaliação dos ‘20 anos do PT e do PSB’ no comando do Recife. Ao ponderar sobre o assunto e vislumbrar as eleições de 2020, o parlamentar disse que a frente de oposição não pode permitir mais um segundo turno de “mentira” entre as duas legendas como, segundo ele, aconteceu em 2016 entre o prefeito Geraldo Julio (PSB) e o então candidato do PT, João Paulo. 

“Estamos chegando em uma eleição onde eles querem empurrar para gente a quarta geração de Arraes, os dois primos. Se hoje o Recife tem problemas, os culpados são eles [PT e PSB]. E eles criam um inimigo imaginário para colocar a culpa. Inimigo imaginário que não existe”, observou Daniel.

“Estamos aqui, estamos dialogando, mas sinto que há uma maturidade para que a gente convirja no ano que vem para enfrentar uma família… Não podemos permitir um segundo turno de dois primos fingindo que são oposição.  Um segundo turno de mentira, como em 2016”, emendou o parlamentar. 

Daniel, que é um dos nomes cotados para disputar o cargo de prefeito, argumentou estar disposto a apoiar o palanque de nomes como Mendonça Filho (DEM), Priscila Krause (DEM), André Régis (PSDB) e Charbel (Novo) - com quem dividia o debate sobre o Recife no congresso do MBL.    

Ao tratar do assunto, Daniel Coelho fez uma retrospectiva da oposição: “Em 2004 a dominação aqui no Estado era tão grande que Lula tinha quase 100% de aprovação. No primeiro mandato de João Paulo, nem oposição tinha. Ninguém queria enfrentar quem tinha quase 100% de aprovação. O quadro piorou quando Eduardo foi eleito governador. Em duas oportunidades tivemos chances de vencer a eleição. Mendonça teria sido prefeito em 2008, se tivéssemos unidade. Em 2016 eles conseguiram nos enganar”. 

O deputado federal ainda tratou sobre o que chamou de resultado dos últimos 20 anos. “Recife está começando a ter problemas históricos. O que é que vai bem? O que foi feito por Geraldo Julio nessa cidade? Absolutamente nada! Não podemos aceitar isso. O Recife não tem dono, não dá para aceitarmos que eles controlem a cidade. O Recife é do seu povo. Temos que recuperar nossa cidade. É nossa e não deles”, bradou, ao ser aplaudido pela plateia composta por membros e simpatizantes do MBL. 

O Movimento Brasil Livre (MBL) de Pernambuco vai realizar, neste sábado (21), o primeiro congresso estadual. No encontro, que acontece a partir das 9h30 no Centro de Convenções em Olinda, o grupo vai reunir as lideranças nacionais para debater temáticas como fake news, combate à corrupção e governo Jair Bolsonaro. 

A primeira discussão gira em torno do próprio MBL e será realizada com a presença do deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP), do deputado estadual de São Paulo, Arthur MamãeFalei (DEM), do vereador da capital paulista Fernando Holiday (DEM). 

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Ainda pela manhã, o congresso também vai reunir nomes da oposição ao prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), para abordar os 20 anos do PT e PSB no comando da Prefeitura do Recife. O deputado federal Daniel Coelho (Cidadania), a deputada estadual Priscila Krause (DEM), o vereador do Recife André Régis (PSDB) e o ex-ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), estão entre os debatedores do assunto. 

A discussão de avaliação do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL), diante do qual o MBL tem adotado uma postura crítica, está marcada para iniciar às 14h. Holiday e os líderes do MBL, Renan Santos, Pedro Jácome, Rubinho Nunes e Rodrigo Ambrosio vão falar sobre o tema. Por fim, a abordagem será sobre o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), tema de um documentário recém lançado pelo movimento. 

Com acenos para a área social, o economista Paulo Guedes, futuro da Economia, afirmou neste sábado que o governo Jair Bolsonaro (PSL) será "eficiente e fraterno". "O que não pode é, em nome da fraternidade, degenerar toda política. E quando alguém perguntar você diz: 'não, eu estou ajudando esse pobre'", criticou. Guedes participou hoje do encerramento do Congresso do Movimento Brasil Livre, em São Paulo.

"Foram as grandes religiões que trouxeram a mensagem de solidariedade, e a esquerda roubou essa bandeira e parece ter o monopólio de defender os mais pobres. Mas os liberais sabem que as economias de mercado são a maior ferramenta de inclusão social da História", defendeu.

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Para Guedes, o Brasil "virou uma grande folha de pagamentos" e acaba sobrando pouco dinheiro "para baixo", referindo-se aos mais pobres.

Em sua fala, afirmou que vivemos uma "democracia virtuosa" e destacou a importância de existir a oposição. "Estamos numa democracia virtuosa e, apesar dessas paixões, a grande verdade é que se não existe Fluminense não existe Flamengo. Precisamos do outro lado", discursou.

Guedes disse que, enquanto o regime militar foi importante para investimentos na área da infraestrutura, os governos subsequentes foram importantes para investimentos na área social como o Programa Bolsa Família, que considera ser baseado em ideias da Universidade de Chicago e de Milton Friedman, que foi seu professor.

Ele considerou que a esquerda, em nome do discurso de ajudar os mais pobres, resolveu dar "dinheiro na veia" da população através do Bolsa Família, mas apenas isso não é suficiente para melhorar a vida da população. "Hoje, se você quer ajudar o mais pobre, primeiro tem que subir para Brasília, passar por todos os ministérios, girar bastante esse dinheiro... E aí se sair 100 (reais) do contribuinte, chega 3 no Bolsa Família. Isso está errado."

O futuro ministro avaliou que a eleição de Jair Bolsonaro representa o rompimento de um sistema "exaurido". Segundo ele, o País passou por um círculo vicioso que começou com o MDB, passou pelo PSDB, depois PT e voltou para o MDB durante os últimos 30 anos de redemocratização. "O modo dirigista acabou corrompendo a política e derrubando economia e nos perdemos nesse moinho circular."

Também criticou o crescimento do Estado e dos gastos públicos. "O País virou uma ciranda financeira, inferno dos empreendedores, o paraíso dos rentistas, com juros altos e atividade econômica desfalecendo. Brasil entrou na armadilha do baixo crescimento e não conseguiu fazer transformação do estado", disse. Guedes mencionou que o Brasil "reconstrói uma Europa por ano sem sair da pobreza" com a dívida pública. "O governo impede progresso econômico no Brasil. O excesso de governo acabou intoxicando economia", afirmou em outro momento.

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