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O aplicativo contraceptivo Natural Cycles, que é usado por centenas de milhares de mulheres, foi denunciado ao órgão regulador da saúde sueco depois que dezenas de usuárias alegaram que o serviço foi culpado por vários casos de gravidez indesejada.

Os médicos do Hospital Geral de Estocolmo, na Suécia, notificaram o órgão regulador da saúde depois que 37 mulheres, que utilizavam o aplicativo como método contraceptivo, realizaram abortos nos últimos quatro meses de 2017.

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O Natural Cycles afirma ser o único aplicativo de controle de natalidade certificado na Europa. O serviço usa a temperatura corporal da mulher para medir a fertilidade. As usuárias inserem a informação na plataforma, que compara suas leituras com as do seu conjunto de dados. Para isso, é preciso utilizar um termômetro basal.

Se o aplicativo determinar que é seguro ter sexo desprotegido, ele mostrará um sinal verde no calendário. No restante dos dias, as usuárias precisam encontrar uma fonte alternativa de contracepção, como preservativos, a pílula e dispositivos intra-uterinos. O serviço custa US$ 6,99 por mês.

Comercializado como uma maneira alternativa aos hormônios, sem efeitos colaterais desagradáveis associados a outros métodos anticoncepcionais, o aplicativo tornou-se bastante popular e tem 700 mil assinantes ativos. O serviço é indicado apenas para mulheres com mais de 18 anos.

Um porta-voz da empresa disse que o aplicativo tem uma taxa de acerto de 93%. "À primeira vista, os números mencionados na mídia não são surpreendentes dada a popularidade do aplicativo e nossas taxas de eficácia. À medida que a base de usuários aumenta, a quantidade de mulheres que usam o aplicativo e mesmo assim engravidam é uma realidade inevitável", disse ele.

"Nós gostaríamos de tranquilizar a comunidade médica e o público de que o aplicativo é uma forma de contracepção efetiva, clinicamente comprovada, que centenas de milhares de mulheres em todo o mundo confiam como seu controle de natalidade para prevenir ou planejar uma gravidez", completou.

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O papa Francisco encorajou nesta segunda-feira (6) os bispos do Sínodo Extraordinário sobre a Família a expor assuntos controversos como contracepção, gays, casamento e divórcio com clareza e a ouvir com humildade tudo o que se pensa ou que se propõe, sem receio de desagradar a quem tenha outra opinião.

"Que ninguém diga 'isso não se pode dizer... fulano pensará isso ou aquilo de mim'. É preciso dizer tudo o que se sente, a verdade sem temores", disse Francisco, na abertura ontem dos debates do Sínodo, cuja assembleia se encerrará dia 19, para continuar, em uma segunda etapa, em outubro do próximo ano, quando se chegará a uma conclusão sobre o tema.

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Francisco lamentou que, conforme lhe informou um cardeal, alguns cardeais não tiveram coragem de dizer algumas coisas no consistório sobre família, em fevereiro, por respeito ao papa, imaginando que ele pensasse de maneira diferente.

"Isso não é certo, porque os padres sinodais devem dizer tudo o que, no Senhor, sentem que têm de dizer, sem respeito humano, sem pavor", advertiu o pontífice, acrescentando que, "ao mesmo tempo, se deve escutar com humildade e acolher, de coração aberto, o que dizem os irmãos". Francisco aconselhou os participantes do Sínodo a falar com tranquilidade, porque "os Sínodos se realizam sempre 'cum Petro et sub Petro' (com Pedro e sob a autoridade de Pedro) e a presença do papa é uma garantia para todos e confirmação na fé".

Ele presidirá as sessões mais importantes da reunião e, em sua ausência, será substituído por um dos três presidentes delegados - entre os quais, o arcebispo de Aparecida, d. Raymundo Damasceno.

O relator-geral da assembleia, cardeal Péter Erdö, arcebispo de Budapeste (Hungria), fez um resumo dos desafios enfrentados pela família e defendeu uma maior formação dos noivos, para que se casem conscientes da dignidade sacramental do matrimônio, baseado na unicidade, fidelidade e fecundidade, ao mesmo tempo que é uma instituição na sociedade.

Divorciados

O relatório preliminar do Sínodo aponta para casos particulares, como a possibilidade de dar a comunhão aos católicos divorciados que vivem em segunda união. Um dos caminhos indicados para regularizar a situação seria a simplificação dos processos jurídicos para declaração de nulidade do casamento.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em oposição à Igreja Católica Romana, o presidente das Filipinas, Benigno Aquino III, anunciou neste sábado que assinou uma lei que promoverá o uso de métodos contraceptivos e programas de educação sexual e planejamento familiar no país. Assinada no dia 21 de dezembro, a lei só foi divulgada neste sábado por causa da "sensibilidade" do tema, disse a porta-voz do presidente, Abigail Valte.

Valte afirmou que a passagem de lei "fecha um capítulo altamente segregador da história" do país e "abre uma possibilidade de cooperação e reconciliação" entre aqueles que se opõem e apoiam "o Ato de Paternidade Responsável e Saúde Reprodutiva de 2012". Segundo membros da Igreja Católica no Congresso, grupos de religiosos estão planejando questionar a lei na Supremo Tribunal.

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Grupos de direitos das mulheres e outros partidários do novo documento elogiaram Aquino por incentivar a aprovação da lei, que já estava no Congresso há 13 anos devido à hesitação dos legisladores em aceitá-la visto a forte oposição da Igreja Católica.

Dentre as disposições, a lei de 24 páginas lembra repetidamente que o aborto e o uso de drogas são proibidos, mas exige que os trabalhadores de saúde ofereçam atendimento para aqueles que tiverem complicações decorrentes de abortos ilegais.

Segundo a lei, o governo vai contratar mais trabalhadores de saúde em aldeias, quem distribuirão contraceptivos, especialmente, para os pobres e fornecerão instruções sobre métodos naturais de planejamento familiar, que a Igreja aprova.

O governo também vai formar professores que darão aulas de educação sexual para adolescentes com idade entre 10 e 19 anos. O programa incluirá informações sobre proteção contra discriminação, abuso sexual e violência contra mulheres e crianças. Também explicará gravidez na adolescência e diretos femininos e infantis.

As informações são da Associated Press.

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