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O senador mineiro Aécio Neves, pré-candidato do PSDB à Presidência da República, afirmou nesta quarta-feira (17) que uma decisão do Banco Central de aumentar a taxa básica de juros, a Selic, seria "lamentável" e aconteceria como reflexo da omissão do governo federal no comando da economia. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciará nesta quarta sua decisão sobre os juros. Aécio fez a afirmação após participar de evento do DEM no qual o partido distribuiu um levantamento dizendo que 74% das promessas da presidente Dilma Rousseff não foram cumpridas.

"A flexibilidade com que o governo trata a política fiscal, a flexibilidade com que tem tratado o tripé herdado do governo Fernando Henrique Cardoso, de meta de inflação, superávit primário e câmbio flutuante, está levando quase que inexoravelmente a algumas medidas como eventualmente até a alta da taxa de juros que, se acontecer, será lamentável porque o mundo inteiro caminha para a redução da taxa de juros", disse Aécio.

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Ele destacou que a inflação tem sido registrada de maneira mais forte para famílias de baixa renda e afirmou que o governo federal não pode culpar a crise internacional pelo problema. "Não dá mais para transferir a responsabilidade pela crise a outros países porque a crise já passou em outros países e começa a se aprofundar no Brasil".

A alta da inflação, que ganhou visibilidade com a "crise do tomate", pode levar o Banco Central a anunciar hoje o primeiro aumento da taxa básica de juros desde julho de 2011. As apostas dos economistas para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que começou ontem, vão desde a manutenção da taxa Selic, que serve de referência para o custo do dinheiro no Brasil, nos atuais 7,25% ao ano até uma alta de 0,5 ponto porcentual. A maior parte do mercado, no entanto, espera um aperto menor, com elevação dos juros para 7,5% ao ano.

Após a recente virada no quadro de apostas para a decisão do Copom, o AE Projeções atualizou sua pesquisa entre os economistas do mercado financeiro, que, agora, passaram, em sua maioria, a esperar elevação da Selic na reunião de hoje. A taxa básica está no menor da história recente desde outubro do ano passado, quando o BC encerrou o ciclo de cortes iniciado em agosto de 2011.

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De 83 instituições consultadas, 53 projetam aumento da taxa básica de juros, enquanto as outras 30 preveem estabilidade, em 7,25%. Do grupo de 53 que espera um aperto monetário, a maioria (33) aguarda elevação de 0,25 ponto porcentual e outros 20 profissionais esperam 0,5 ponto.

Até a semana passada, a expectativa predominante no mercado era de manutenção dos juros na reunião de hoje e uma possível alta no fim de maio, quando serão divulgados os dados do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre. Na quinta-feira, 63 de 78 instituições consultadas previam estabilidade do juro em abril.

As apostas mudaram depois das declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, e do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, na última sexta-feira. Mantega afirmou que o governo vai tomar medidas, "mesmo que não populares, como o ajuste na taxa de juros", para combater a inflação. No mesmo dia, Tombini disse que "não há nem haverá tolerância com a inflação".

Ataque

Ontem, a presidente Dilma Rousseff afirmou que "qualquer necessidade de combate à inflação" poderá ser feita em um nível de juro bem menor do que o já vivido no Brasil em épocas anteriores. No primeiro ano de seu mandato, os juros chegaram a 12,5% ao ano. Disse ainda que o governo não negociará com a inflação e que não haverá "o menor problema em atacá-la sistematicamente".

Entre os argumentos para a alta da Selic estão ainda a decisão do governo anunciada ontem de reduzir o esforço fiscal a partir de 2013 e as declarações polêmicas da presidente Dilma sobre a política de combate à inflação. Há três semanas, ela se disse contrária a políticas que reduzam o crescimento da economia em prol do controle dos preços.

Outro fator que pode levar ao aperto monetário é a percepção generalizada da população de que há uma disparada dos preços, traduzida recentemente pela crise de tomate, um dos alimentos que ficaram mais caros neste ano. Além disso, a inflação acumulada em 12 meses rompeu o teto da meta de inflação, fixada em 4,5% com dois pontos porcentuais de tolerância em março (o IPCA ficou em 6,59%). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O tom mais suave que o esperado da ata da última reunião do Copom disparou nesta quinta-feira a redução das taxas de juros na curva a termo. Após as comunicações mais recentes do Banco Central, o mercado esperava um documento que indicasse de forma clara o início do ciclo de aperto monetário em abril, mas a instituição mostrou cautela em relação ao cenário econômico ainda incerto. Com isso, operadores e analistas ainda discutem quando, de fato, a Selic subirá. Neste cenário, as taxas dos contratos futuros de juros recuaram, em especial nos vencimentos mais curtos, com os investidores reduzindo as apostas de elevação da Selic no próximo encontro do Copom.

No fim da sessão regular, a taxa do contrato futuro de juros com vencimento em julho de 2013 (703.380 contratos negociados) marcava 7,18%, ante 7,28% da véspera. O DI para janeiro de 2014 (721.685 contratos) estava em 7,84%, ante 7,96%, enquanto o vencimento de janeiro de 2015 (443.945 contratos) tinha taxa de 8,62%, ante 8,70% no ajuste. Na ponta mais longa, a taxa do DI para janeiro de 2017 (175.420 contratos) estava em 9,38%, ante 9,40% na véspera. O contrato para janeiro de 2021 marcava 9,84%, ante 9,86%.

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A ata do Copom, divulgada pela manhã, mostrou por um lado que o Banco Central está preocupado com inflação e, por outro, que há dúvidas sobre a recuperação da atividade. No documento, o Copom mencionou 11 vezes que há deterioração da inflação, usando expressões como "mais alta", "mais elevada", "aumento", "resistente" e "dispersão".

"O BC vai aguardar o reflexo da desoneração da cesta básica (anunciada sexta-feira) para tomar uma decisão", defendeu um operador da área de renda fixa. "A ata reforçou a percepção de que o aumento da Selic pode não ser em abril mesmo", disse o profissional, que segue apostando que a Selic ficará estável em 7,25% em 2013.

Essa cautela do Copom está ligada, pela leitura do mercado, às dificuldades da aceleração da atividade. O Copom voltou a citar, por exemplo, o "ritmo de recuperação da atividade econômica doméstica - menos intenso do que se antecipava", que se deve "essencialmente a limitações no campo da oferta".

"A ata foi bastante clara no sentido de indicar que o BC não pretende subir juros em abril, quando afirma que apesar da inflação resiliente, ainda vê um cenário econômico incerto e que, portanto, a política monetária deve ser conduzida com cautela", resumiu Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Banco WestLB do Brasil. Para ele, o BC elevará a Selic em 0,25 ponto porcentual, mas apenas em maio. Depois disso, a autoridade monetária deve manter um ritmo de 0,25 ponto porcentual de alta, até que a Selic atinja 8,25% ao ano.

Com o movimento de baixa visto nesta quinta-feira os DIs passaram a precificar 16 pontos-base de alta na reunião de abril - o que indica apostas divididas entre manutenção da Selic e alta de 0,25 ponto porcentual. Na quarta-feira, antes da ata, os juros precificavam alta de 0,25 ponto porcentual no mês que vem.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou sua projeção de inflação para 2013 em relação ao valor considerado na reunião do Copom de janeiro, tanto no cenário de referência quanto no de mercado, mostra a ata do banco divulgada nesta quinta-feira. Nos dois casos, as projeções estão acima do centro da meta de 4,5%. Houve mudança em um parâmetro para cálculo do cenário de referência, o câmbio, cuja taxa caiu de R$ 2,00 em janeiro para R$ 2,05 em março.

A expressão "taxas de inflação elevada" na ata foi usada por três vezes. Assim, de acordo com o comitê, as taxas elevadas reduzem o potencial de crescimento da economia, bem como de geração de empregos e de renda. O Copom ressaltou também que a evidência internacional, no que é ratificada pela experiência brasileira, indica que taxas de inflação elevadas geram distorções que levam a aumentos dos riscos e deprimem os investimentos.

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O Comitê enfatiza também que taxas de inflação elevadas diminuem o poder de compra de salários e de transferências, o que tem repercussões negativas sobre a confiança e o consumo das famílias.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central ponderou, em ata da reunião da semana passada divulgada nesta quinta-feira, que "incertezas remanescentes", de origem externa e interna, cercam o cenário prospectivo da autoridade monetária e recomendam que a política monetária deva ser administrada "com cautela". O Copom avaliou que a maior dispersão observada recentemente de aumentos de preços ao consumidor contribui para que a inflação mostre resistência.

No documento divulgado em janeiro, ao fazer uma análise semelhante, o BC havia considerado que essa difusão tendia a contribuir para essa resistência e agora já diz que contribui para o movimento. O BC cita como dispersão pressões sazonais e localizadas no segmento de transportes, entre outros fatores. Para o Comitê, essa dinâmica desfavorável pode não representar um fenômeno temporário, mas "uma eventual acomodação da inflação em patamar mais elevado".

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O Copom manteve a "hipótese de trabalho" de que o superávit primário do Brasil em 2013 será de R$ 155,9 bilhões, conforme os parâmetros da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Para 2014, admite-se, como hipótese, a geração de superávit primário "em torno" de 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB).

O dólar oscila perto da estabilidade nesta quinta-feira, com investidores exibindo cautela enquanto ainda digerem a ata da última reunião do Copom. A leitura inicial é de que a ata veio mais branda do que se esperava, sem dar nenhuma pista clara de que os juros podem subir em abril. No exterior, a moeda norte-americana também sobe ante o euro e iene.

Às 9h30, o dólar à vista no balcão caía 0,10%, a R$ 1,970, após atingir a máxima de R$ 1,977 (+0,25%). O dólar futuro para abril estava estável a R$ 1,9765. "Para quem esperava um tom mais agressivo do BC, ele não deu nesta ata nenhum sinal claro de que irá subir os juros. Nessa primeira leitura, o que percebo é um tom mais neutro", comentou há pouco um operador de câmbio. Segundo ele, o viés para a moeda dos EUA é de leve alta ante o real.

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A moeda norte-americana segue na mesma toada no exterior, com ganhos ante o euro e iene. No Brasil, a alta foi alimentada ontem por fluxo cambial diário negativo, boatos e o movimento da moeda no cenário externo, além da percepção de que o BC segue vigilante em relação ao câmbio.

Na quarta-feira (13), o dólar à vista no balcão fechou cotado a R$ 1,9720 (+0,51%), desacelerando da cotação de R$ 1,980 (+0,92%), após boatos não confirmados de que o Brasil teria sua perspectiva de rating rebaixada por uma agência de classificação de riscos. A informação foi negada pela S&P e Moody's e mais tarde a S&P divulgou a revisão de estável para negativa da perspectiva dos ratings de seis bancos brasileiros.

Desde segunda-feira (11), após o leilão de swap cambial reverso, prevaleceu a alta da moeda norte-americana ante o real e mesmo nos momentos em que esteve no negativo, o dólar não voltou a cair abaixo de R$ 1,85.

Na ata, o câmbio no cenário de referência foi revisado para baixo, de R$ 2,05 para R$ 2,00 em março. A projeção de inflação 2013 no cenário de referência e de mercado subiu e está acima de 4,5%. Ainda na ata, o Copom diz ver uma acomodação da inflação em patamar mais elevado e destaca evidência de acomodação de preços no mercado de commodities. O documento informa ainda que o Copom irá acompanhar a evolução do cenário macroeconômico até a reunião de abril para definir os próximos passos na estratégia de política monetária.

O euro segue sem fôlego diante de dados fracos da economia na zona do euro, com destaque nesta quinta-feira para números de emprego. O número de pessoas empregadas nos 17 países da zona do euro caiu para o nível mais baixo em quase sete anos no quarto trimestre de 2012 ante o trimestre anterior, em queda de 0,3%, para 145,7 milhões.

A alta em relação ao iene se deve às expectativas de que o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) adote medidas de estímulo monetário mais agressivas. Essa percepção foi reforçada após a aprovação da indicação de Haruhiko Kuroda para a presidência do BoJ. Esta semana, Kuroda sugeriu que poderá lançar novas medidas de flexibilização monetária logo após assumir o cargo, em 20 de março.

Às 8h59, o euro caía a US$ 1,2923, de US$ 1,2962 no fim da tarde de ontem. o dólar subia a 96,47 ienes, de 96,12 ienes no fim da tarde de quarta-feira (13). O Dollar Index (DXY) subia 0,26%, a 83,101, após ter atingido mais cedo o maior nível em sete meses, a 83,055.

O dólar seguia em direções mistas em relação às moedas correlacionadas a commodities: dólar canadense (-0,07%), dólar neozelandês (+0,11%); rand sul-africano (-0,09%); rupia indiana (-0,23%); rublo russo (+0,04%). O dólar tinha queda de 0,46% ante o dólar australiano. O dólar australiano era beneficiado pela alta do número de australianos empregados em fevereiro para o maior nível em 12 anos. O dólar neozelandês era pressionado para baixo ante o dólar, após o Banco Central da Nova Zelândia manter a taxa básica em 2,50% e sugeriu que vai seguir com a política monetária frouxa por mais tempo do que o esperado.

O Banco Central elevou de 11% para "aproximadamente 15%" a projeção de queda da tarifa residencial de eletricidade em 2013, informada na ata da reunião passada do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada nesta quinta-feira. A estimativa, de acordo com os diretores do BC, levou em conta os impactos diretos das reduções de encargos setoriais anunciadas recentemente e os reajustes e revisões tarifárias já programados para 2013.

Já a projeção de reajuste no preço da gasolina para 2013 foi mantida em 5%, como já era considerado na reunião do Copom de janeiro. O BC também projeta estabilidade da tarifa de telefonia fixa e do preço do gás de bujão, para o acumulado deste ano.

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No caso dos preços administrados por contrato e monitorados, a estimativa do Comitê passou de 3,0% na reunião de janeiro para 2,7% para o período deste ano. Para 2014, a projeção de reajuste para o conjunto dos preços administrados foi mantida em 4,5%. Essa projeção, de acordo com o BC, considera, entre outras variáveis, componentes sazonais, inflação de preços livres e inflação medida pelo Índice Geral de Preços (IGP).

Setor público

Assim como na ata de janeiro, o Copom repetiu que o balanço do setor público está em posição expansionista. O BC vê a no primeiro mês de 2013 tendência de a demanda doméstica se apresentar robusta, especialmente no que diz respeito ao consumo das famílias. Isso ocorre, de acordo com o BC, em grande parte devido aos efeitos de fatores de estímulo, como o crescimento da renda e a expansão moderada do crédito. Esse ambiente tende a prevalecer, conforme o colegiado, neste e nos próximos semestres.

A previsão é de que, nesse período, a demanda doméstica seja impactada pelos efeitos das ações de política recentemente implementadas, que são defasados e cumulativos. Para o Comitê, esses efeitos, os programas de concessão de serviços públicos, os estoques em níveis ajustados e a gradual recuperação da confiança dos empresários criam perspectivas de intensificação dos investimentos.

Por outro lado, o Copom observou que o ainda frágil cenário internacional é um fator de contenção da demanda agregada. "Esses elementos e os desenvolvimentos no âmbito parafiscal e no mercado de ativos são partes importantes do contexto no qual decisões futuras de política monetária serão tomadas, com vistas a assegurar a convergência tempestiva da inflação para a trajetória de metas", trouxe o documento.

 

Crescimento

 

O Copom salientou que informações recentes apontam para a retomada do investimento e para uma trajetória de crescimento mais alinhada com o crescimento potencial. O Comitê ponderou que o ritmo de recuperação da atividade econômica doméstica, menos intenso do que se antecipava, se deve a limitações no campo da oferta.

O Copom notou também que a demanda doméstica continuará a ser impulsionada pelos efeitos defasados de ações de política monetária implementadas recentemente. Também contribui para esse movimento a expansão moderada da oferta de crédito para pessoas físicas e jurídicas. O documento desta quinta-feira retirou a frase vista na ata de janeiro e que se seguia à previsão de uma expansão maior da atividade em 2013.

Para o Copom, os riscos para a estabilidade financeira global permaneceram elevados, em particular os derivados do processo de desalavancagem em curso nos principais blocos econômicos. A ata diz ainda que se mantiveram inalteradas as perspectivas de atividade global moderada. No mesmo parágrafo, o Comitê destaca "evidências de acomodação dos preços nos mercados internacionais de commodities".

A ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) da semana passada repetiu a avaliação apresentada no comunicado que se seguiu à decisão unânime de manter a taxa básica de juros (Selic), em 7,25% ao ano: "O Copom irá acompanhar a evolução do cenário macroeconômico até sua próxima reunião, para então definir os próximos passos na sua estratégia de política monetária". O documento foi divulgado pelo Banco Central nesta quinta-feira.

Assim como no comunicado, o Copom retirou da ata também a expressão "período de tempo suficientemente prolongado", que constava do parágrafo 35 do documento de janeiro e que dizia que no contexto à época, "o Copom entende que a estabilidade das condições monetárias por um período de tempo suficientemente prolongado é a estratégia mais adequada para garantir a convergência da inflação para a meta". ()

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A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) avaliam que a decisão do Banco Central (BC) de manter a taxa básica de juros no piso histórico de 7,25% ao ano era esperada. Para as duas entidades, a manutenção do patamar revela que o governo não deve usar a taxa básica de juros como "um remédio para conter a inflação".

Para a CNDL e o SPC Brasil, o anúncio do BC demonstra certa cautela do governo brasileiro que, a partir de agora, deve aguardar os desdobramentos da economia, sobretudo se a alta dos preços dará ou não sinais de trégua nos próximos meses.

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"Embora o comércio vivencie um momento de crescimento nas vendas e de queda da inadimplência, o consumo das famílias não pode ser o único pilar de sustento da economia brasileira", cita nota divulgada pelas entidades na noite desta quarta-feira.

FecomercioSP

A decisão da autoridade monetária é coerente com a função do Banco central, de defender a estabilidade da moeda, declara em comunicado a Federação do Comércio de São Paulo (Fecomercio-SP). "Por muitos meses o Banco Central não se pronunciava oficialmente sobre o tema, mas identificou que, ao explicitar sua posição, torna mais evidente seu esforço na manutenção do poder de compra da moeda", diz a nota da entidade.

A instituição afirma ainda entender que "a situação da instituição não é das mais simples, pois é preciso lidar com a necessidade simultânea de manter o IPCA controlado e ao mesmo tempo reduzir o custo da dívida e estimular a economia que vem crescendo a um ritmo bastante baixo".

ACSP

Para a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), a decisão do Comitê foi acertada, tendo em vista o baixo nível de crescimento da economia. "Embora a inflação esteja pressionada, os indicadores mostram que o nível de atividade ainda está fraco", diz Rogério Amato, em nota da associação. Segundo ele, o combate à inflação deveria se restringir neste momento à política fiscal, com menos gastos do governo. Isso evitaria, avalia, que o consumo fosse prejudicado, bem como os investimentos.

O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, afirmou, em nota oficial na noite desta quarta-feira, que a decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) em manter a taxa Selic em 7,25% ao ano "é nefasta para o País". Na nota, o dirigente sindical avalia que a política de juros baixos é uma das condições para estimular os investimentos na produção, na geração de empregos e no aumento do consumo.

"Reduzir a taxa Selic é fundamental para que isto ocorra, pois deverá ter consequência, também, na redução do spread bancário, tornando o dinheiro mais barato para o tomador. Outro reflexo importante da queda dos juros é a redução das despesas financeiras do Tesouro, liberando mais recursos para que o governo aumente seus gastos com investimentos", destacou Paulinho.

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O Banco Central (BC) surpreendeu o mercado financeiro e afirmou que pode rever sua estratégia para a política de juros neste ano, após a divulgação de dados mais preocupantes em relação à inflação. O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu, nesta noite de quarta-feira, por unanimidade, manter a taxa básica em 7,25% ao ano, mas indicou que a Selic pode voltar a subir em breve.

A taxa está no patamar atual desde outubro, quando a instituição passou a afirmar que a estabilidade dos juros "por um período de tempo suficientemente prolongado" era a "estratégia mais adequada" para garantir a queda da inflação. Agora, o BC diz que "irá acompanhar a evolução do cenário macroeconômico até sua próxima reunião, para então definir os próximos passos na sua estratégia de política monetária." O Copom volta a se reunir nos dias 16 e 17 de abril.

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A instituição disse ainda que a decisão foi tomada considerando "a conjuntura macroeconômica e as perspectivas para a inflação." O BC retirou do seu comunicado referências ao crescimento do Brasil e à crise externa, que faziam parte da nota divulgada na reunião de janeiro do comitê.

A manutenção dos juros era esperada por praticamente todo o mercado financeiro, que estava atento a possíveis mudanças no comunicado da decisão, com a adoção de um discurso mais duro. A retirada da expressão "suficientemente prolongado", por exemplo, é vista por analistas como uma indicação de que está aberta a possibilidade de aumento da taxa a qualquer momento, se necessário. A posição contribui para reforçar a credibilidade do BC em relação à sua missão de segurar a inflação.

Até a decisão desta noite, os economistas estavam divididos em relação à possibilidade de os juros voltarem a subir neste ano. A nova posição da instituição deve reforçar as apostas de antecipação do aperto monetário.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu por unanimidade, nesta noite de quarta-feira, deixar a taxa de juros Selic em 7,25% ao ano. O comunicado da autoridade monetária, distribuído após a reunião, retirou a expressão "suficientemente prolongado", quanto ao tempo de manutenção da referência do juro na economia brasileira. Foi a terceira vez seguida que o Copom manteve a taxa.

Veja a íntegra do comunicado Copom:

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"Avaliando a conjuntura macroeconômica e as perspectivas para a inflação, o Copom decidiu, por unanimidade, manter a taxa Selic em 7,25% a.a., sem viés. O comitê irá acompanhar a evolução do cenário macroeconômico até sua próxima reunião, para então definir os próximos passos na sua estratégia de política monetária. Votaram por essa decisão os seguintes membros do Comitê: Alexandre Antonio Tombini (Presidente), Aldo Luiz Mendes, Altamir Lopes, Anthero de Moraes Meirelles, Carlos Hamilton Vasconcelos Araújo, Luiz Awazu Pereira da Silva, Luiz Edson Feltrim e Sidnei Corrêa Marques."

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) avalia que o fraco desempenho da economia em 2012, com crescimento de apenas 0,9%, justifica como acertada a decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) de manter a taxa Selic em 7,25% ao ano.

Para a entidade, entretanto, combater a inflação com a elevação dos juros põe em sério risco a recuperação da atividade econômica sinalizada neste início de ano. "Na visão da CNI, o uso da política monetária como único instrumento de combate à inflação coloca em sério risco a retomada da atividade econômica em curso", cita nota divulgada nesta noite pela confederação.

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Fiesp

O presidente da Fiesp e do Ciesp, Paulo Skaf, também classificou como acertada a decisão do Copom em manter a taxa de juros em 7,25% ao ano. "O Brasil não precisa de aumento de juros, mas de aumento de produção. Aqueles que nesse momento e com essa conjuntura econômica ainda defendem aumento na taxa de juros não estão interessados no desenvolvimento do País, mas no ganho fácil que vem do rentismo", disse Skaf em comunicado.

Para o dirigente, o Brasil precisa de mais produção, menos impostos, menos juros, menos burocracia, melhoria de infraestrutura, redução no preço do gás, ampliação do crédito, câmbio mais estável acima de R$ 2,00 e logística eficiente.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu nesta quarta-feira deixar inalterada a taxa Selic em 7,25% ao ano. É a terceira vez consecutiva que o Copom decide pela manutenção da taxa básica de juros da economia brasileira. A Selic prossegue no menor patamar da história.

A decisão confirmou a unanimidade dos analistas. De acordo com levantamento do AE Projeções, serviço da Agência Estado, todas as 80 instituições financeiras consultadas apostavam na manutenção da taxa.

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A próxima reunião do Copom está marcada para os dias 16 e 17 de abril. A ata da reunião desta quarta-feira será divulgada pelo BC na quinta-feira da próxima semana (14).

Para o restante do ano, de um total de 73 instituições financeiras consultadas pelo AE Projeções, 36 têm a expectativa de estabilidade, em 7,25%, ao longo do ano; outras 36 esperam que a taxa suba, encerrando o ano entre 7,50% e 9,00%; e apenas uma instituição acredita que o Copom cortará o juro referencial em 0,25 ponto porcentual, para 7,00% ao ano, até o fim de 2013.

Movido pela cautela, a diretoria colegiada do Banco Central (BC) manterá a taxa básica de juros (Selic) nos atuais 7,25% ao ano no seu encontro deste mês, prevê o professor da Escola de Economia da Fundação Getulio Vargas em São Paulo (FGV-SP), Samy Dana. A taxa básica foi reduzida em outubro para 7,25% ao ano, de 7,50%, e se manteve nesse patamar em novembro e janeiro.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC faz nesta terça-feira a primeira parte da reunião de dois dias, reservada para apresentações técnicas sobre a conjuntura econômica. Na quarta-feira (06), ocorre a segunda parte, quando os diretores definirão, por votos, o patamar de juros até o próximo encontro, em abril.

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"O governo manterá cautela e não irá alterar a Selic. Os indicadores econômicos preveem um bom resultado do PIB (em torno de 1%) no primeiro trimestre. No entanto, o ano ainda é uma preocupação: grandes desafios de infraestrutura, com uma inflação que preocupa", diz o professor. Para Dana, caso a inflação pressione, o governo poderá subir a Selic na reunião de abril, que acontece nos dias 16 e 17.

De acordo com ele, a inflação continua sendo um grande empecilho ao governo. "A inflação este ano deve ficar em 5,8%, bem próxima do teto da meta estipulada pelo governo que é de 6,5%. O governo precisa parar de incentivar o crédito desenfreadamente e aumentar a possibilidade de produção das indústrias, estimulando a ampliação de fábricas e investimentos mais longos", diz Dana.

Passado 2012 inteiro sem alterações nas projeções para os preços da gasolina, o Banco Central voltou, nesta quinta-feira (24), a mexer em seu prognóstico para o combustível. De acordo com a ata do Comitê de Política Monetária (Copom), o litro do produto deve subir cerca de 5% este ano. A última vez que o documento trouxe alguma menção de variação desse preço foi na reunião de 29 e 30 de novembro de 2011, quando a estimativa de alta era de 6,7%. A variação já era prevista no encontro realizado em outubro daquele mesmo ano.

Um aumento dos preços da gasolina já está na conta dos analistas do mercado financeiro, uma vez que, nos bastidores, o governo já admite que aplicará um reajuste. A elevação também é uma demanda recorrente da Petrobras, que vê os preços internos cada vez mais descolados dos comercializados no mercado internacional. A expectativa é a de que a alta do preço da gasolina venha acompanhada, pelo menos da sinalização, do aumento da mistura do etanol no combustível.

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Atualmente, o mix pode chegar a até 20%, mas o teto deve subir para 25%. Uma fatia maior de álcool na gasolina é uma forma que o governo encontrou de baratear o preço final ao consumidor. Para que isso aconteça, porém, é preciso que haja oferta abundante de biocombustível, o que tiraria a pressão dos preços. O auge da safra de cana é historicamente em junho, mas se as condições climáticas permitirem, um aumento significativo de oferta, a ponto de baixar os preços, pode ser visto a partir de abril.

A ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada nesta quinta-feira pelo Banco Central, cita que a inflação de serviços ainda segue em níveis elevados e que são decrescentes as pressões localizadas no segmento de alimentos e bebidas. A avaliação se refere aos dados até outubro do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Em relação aos Índices Gerais de Preços (IGPs), o Copom avalia que os efeitos do comportamento dos preços no atacado sobre a inflação para os consumidores dependerão das condições atuais e prospectivas da demanda e das expectativas dos formadores de preços em relação à trajetória futura da inflação. Ao comentar os dados do emprego, a ata diz que os dados disponíveis indicam um mercado de trabalho aquecido, embora com alguns sinais de moderação na margem.

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Sobre os números do comércio, a avaliação é de que, nos próximos meses, a trajetória continuará a ser influenciada pelas transferências governamentais, pelo ritmo de crescimento da massa salarial real e pela expansão moderada do crédito.

Reajuste da Gasolina

O Copom, segundo a ata, não alterou sua projeção de manutenção dos preços da gasolina em 2012, mas elevou a estimativa de reajuste do preço do gás de cozinha para o acumulado em 2012 de 0%, vista até a reunião de outubro, para 3,5%. A previsão de aumento de 1,4% dos preços na tarifa de eletricidade para o acumulado de 2012, apresentada em outubro, também foi mantida.

Já a projeção de reajuste da tarifa de telefonia fixa foi reduzida, de -1,3% para -1,6% em 2012. Assim, a estimativa para o conjunto de preços administrados por contrato e monitorados para o acumulado de 2012 foi reduzida para 3,4% ante estimativa anterior de 3,6%. Para 2013, foi mantida a previsão de reajuste para os preços administrados em 2,4%. Para 2014, a projeção é de 4,5%.

As taxas futuras de juros iniciaram o dia em queda, em reação à divulgação, nesta quinta-feira, da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. O documento reforçou as expectativas de manutenção da Selic em 7,25% ao ano ao longo de 2013, podendo permanecer neste nível também em 2014, com potencial de flexibilização para baixo.

Por volta das 9h55, na BM&FBovespa, o contrato de depósito interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2014 projetava taxa de 6,98%, de 7,10% no ajuste de quarta-feira (05); o DI para janeiro de 2015 tinha taxa de 7,48%, de 7,59% na véspera; e o DI para janeiro de 2016 marcava 8,07%, de 8,15% na quarta-feira (05). Entre os vencimentos mais longos, o DI para janeiro de 2017 tinha taxa de 8,43%, de 8,51% e o DI para janeiro de 2021 apontava 9,14%, de 9,24% no ajuste da véspera.

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Mais cedo, o Copom repetiu na ata o comunicado que se seguiu à decisão de manter a Selic em 7,25% ao ano na reunião dos dias 27 e 28 de novembro. Segundo o texto, os diretores entendem que a estabilidade das condições monetárias por um período de tempo suficientemente prolongado é a estratégia mais adequada para garantir a convergência da inflação para a meta, ainda que de forma não linear. A avaliação foi feita considerando o balanço de riscos para a inflação, a recuperação da atividade doméstica e a complexidade do ambiente internacional.

Para o economista-chefe da Planner, Eduardo Velho, a ata da reunião de novembro é "parecida" em termos de projeção de inflação com a divulgada após a reunião de outubro. "Me parece que segue a ideia de probabilidade zero de o Banco Central aumentar os juros em 2013 e em 2014. Caso ocorra um desvio forte da inflação, me parece que usará outros instrumentos".

Velho cita uma informação sobre a utilização da capacidade instalada para justificar sua avaliação. No parágrafo 25, o Copom informa observar que "que o nível de utilização da capacidade instalada se encontra abaixo da tendência de longo prazo, ou seja, está contribuindo para a abertura do hiato do produto e para conter pressões de preços".

Por outro lado, o economista da Planner acrescenta que a ata é mais "realista" ao admitir ajustes em relação à política fiscal. "Considera-se geração de superávit primário em torno de 3,10% do PIB em 2012, com ajustes. Além disso, admite-se como hipótese de trabalho a geração de superávit primário de quase 3,10% do PIB, sem ajustes, em 2013", informa o documento. A ata salientou que o balanço do setor público tem se deslocado de uma posição neutra para expansionista.

Mas, nota Velho, as projeções de inflação se mantiveram estáveis. Em 2013, nos dois cenários (de referência e de mercado), a estimativa ficou estável e acima de 4,50%. Em 2014, em torno de 4,50% (centro da meta de inflação). Segundo Velho, portanto, "não há pressões inflacionárias que preocupam o BC".

Luis Otávio de Souza Leal, economista-chefe do ABC Brasil, chama a atenção para a retirada da ênfase sobre os impactos da crise internacional sobre a atividade brasileira. "A avaliação do BC antes da divulgação do PIB do terceiro trimestre (na última sexta-feira, 30/11) era de que o cenário externo estava entre os principais responsáveis pelo fraco desempenho da economia brasileira. E agora ele tira três parágrafos sobre o setor externo", observou Souza Leal, em entrevista à Agência Estado. Para ele, o BC pode ter avaliado que os problemas enfrentados pela economia brasileira, como o baixo crescimento, podem estar mais relacionados a fatores internos que externos. "O documento de janeiro terá mais informações", conclui.

Vale lembrar que na quarta-feira (05), na sessão estendida, as taxas futuras reagiram em queda ao anúncio do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de extensão do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) para 2013 e da redução da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), de 5,50% para 5%, em janeiro do próximo ano. As medidas foram interpretadas por profissionais do mercado como indicação de que o governo prioriza o crescimento, anulando chances de alta da Selic no próximo ano.

Na agenda doméstica, o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) de novembro voltou a mostrar inflação, ao subir 0,25%, após a queda de 0,31% de outubro. O resultado ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE Projeções, que ia de 0,10% a 0,40% e acima da mediana, de 0,20%. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 0,16% e o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), +0,45%.

Às 11 horas, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) informa o Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) em outubro, que deve ter ficado entre 81% e 81,60%, com mediana de 81,10%, de acordo com as estimativas do mercado financeiro. No mesmo horário, o governo federal anuncia o pacote "Portos - Programa de Investimentos em Logística", que deve estimular os investimentos públicos e privados de até R$ 60 bilhões entre 2013 e 2030, sendo que cerca de R$ 35 bilhões devem ser investidos até 2015, com participação da presidente Dilma Rousseff.

A ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada nesta quinta-feira pelo Banco Central, repetiu o comunicado que se seguiu à decisão de manter a Selic em 7,25% ao ano na reunião dos dias 27 e 28 de novembro.

De acordo com o documento, os diretores entendem que a estabilidade das condições monetárias por um período de tempo suficientemente prolongado é a estratégia mais adequada para garantir a convergência da inflação para a meta, ainda que de forma não linear.

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A avaliação foi feita levando-se em consideração o balanço de riscos para a inflação, a recuperação da atividade doméstica e a "complexidade" do ambiente internacional.

Na ata, o BC salienta também que o balanço do setor público tem se deslocado de uma posição neutra para expansionista. No documento, os diretores citam que o "frágil cenário internacional" é um importante fator de contenção da demanda agregada.

O Copom considerou que os riscos para a estabilidade financeira global permaneceram elevados, em particular os derivados do processo de desalavancagem que ocorre nos principais blocos econômicos. "Nesse contexto, apesar de identificar recuo na probabilidade de ocorrência de eventos extremos nos mercados financeiros internacionais, o Comitê pondera que o ambiente externo permanece complexo", disseram os diretores.

De modo geral, a avaliação do Comitê é a de que as perspectivas de atividade global moderada mantiveram-se inalteradas. O colegiado considerou que, nas economias maduras, o espaço para utilização de política monetária parece "limitado". Além disso, prevalece um cenário de restrição fiscal neste e nos próximos anos. "Já em importantes economias emergentes, o ritmo de atividade tem se intensificado, amparado pela resiliência da demanda doméstica", apontaram os diretores.

O Comitê destacou, ainda, que as evidências de moderação de pressões localizadas de preços no segmento de commodities agrícolas decorreram de um choque desfavorável de oferta. Essas pressões haviam surgido entre o segundo e o terceiro trimestre deste ano.

Superávit

O Copom manteve a expectativa de geração de superávit primário em torno de 3,10% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2012. A mudança, dessa vez, foi o acréscimo da expressão "com ajustes". O adendo foi acrescido após o governo anunciar que levará em conta os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para atingir sua meta.

A primeira vez que o governo admitiu que fará o abatimento foi em uma entrevista do ministro da Fazenda, Guido Mantega, concedida à Agência Estado. Além disso, o colegiado informou que trabalha com a hipótese de cumprimento do superávit de cerca de 3,10% do PIB sem ajustes para o próximo ano e também em 2014, conforme os parâmetros da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) acreditam que a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), de manter a taxa Selic em 7,25% ano, é "positiva". Mas, para a entidade, o consumo, impulsionado pela grande oferta de crédito, corre risco de perder força em função do elevado grau de endividamento das famílias brasileiras, combinado com o crescimento da inadimplência do consumidor. Na avaliação do setor, é necessário que haja uma redução forte na taxa efetiva de juros e um alongamento nos prazos.

Para o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Júnior, a manutenção da taxa Selic é uma medida importante para combater as incertezas da crise internacional e o rebaixamento da expansão da economia brasileira, que deve ficar aquém do previsto para 2012 e 2013. "Com as taxas atuais, espera-se uma manutenção ou até uma melhora no nível de investimentos no Brasil. Mas é preciso ter cautela, já que o aquecimento econômico pode perder fôlego frente à queda da demanda interna, abafada pelos elevados índices de endividamento do brasileiro", disse, em nota distribuída à imprensa.

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