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O procurador Deltan Dallagnol, encarregado de coordenar a força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, deixará seu posto na operação por alegados problemas familiares, publicou Correio Braziliense. Desta forma, espera-se um comunicado oficial do próprio procurador sobre a decisão.

De acordo com publicação do Correio Braziliense, Dallagnol deverá passar tempo com sua filha durante um tratamento médico.

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Em consequência, ao procurador-geral da República, Augusto Aras, caberá escolher uma nova equipe para a operação em Curitiba, ou não.

Dallagnol ficou conhecido na operação, em particular durante investigações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Dallagnol é a favor da continuação do trabalho da força-tarefa, que vê como necessária para o efetivo combate à corrupção.

Ainda segundo a mídia, Dallagnol tem observado retrocesso no combate à corrupção nos últimos meses, o que seria resultado de possíveis interferências no trabalho da Polícia Federal, assim como desentendimentos internos entre as equipes do órgão nos estados com a Procuradoria-Geral da República.

Operação Lava Jato

Iniciada em 2014, a Operação Lava Jato envolve uma série de investigações contra suspeitas de um grande esquema de lavagem de dinheiro e corrupção, envolvendo principalmente políticos, funcionários públicos e empresários.

Mais de mil mandados de busca, apreensão, prisão temporária, prisão preventiva e condução coercitiva já foram feitos ao longo das dezenas de fases operacionais.

Da Sputnik Brasil

Depois de sinalizar, em entrevista ao Estadão/Broadcast, que poderia abrir mão de sua postulação à Presidência da República, a deputada estadual gaúcha Manuela D'Ávila (PCdoB) disse nesta quarta-feira (6) que a tendência no campo da esquerda é a pulverização em quatro nomes.

Manuela ponderou que o cenário não é o que ela deseja, mas que seu partido fez todos os gestos que podia em prol de uma união com os pré-candidatos do PT, do PDT e do PSOL: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso em Curitiba, o ex-ministro Ciro Gomes e Guilherme Boulos.

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"Exaurimos os nossos gestos. Acredito que o desfecho será termos quatro pré-candidaturas. Somos oponentes, adversários estão do lado de lá", disse durante sabatina promovida pelo jornal Correio Braziliense e pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco Nacional).

Manuela não se considera um óbice à união entre os autointitulados progressistas, mas afirmou que a "vida real" é diferente e que considera um avanço ter assinado um programa com propostas comuns para a crise nacional com Lula, Ciro e Boulos.

Propostas

Manuela disse ser contra a venda da participação pública nas empresas estatais e acusou o governo de querer promover o desmonte do Estado. Manuela considera que o Brasil vive um processo de desindustrialização "severo" e que não é possível repensar a retomada da atividade industrial entregando o controle das atividades energéticas a multinacionais.

Ela argumentou que os bancos públicos são fundamentais para disputar as tarifas de juros no mercado com as instituições privadas e propôs desenvolver mecanismos de controle contra a corrupção nas estatais.

"Petrobras, Banco do Brasil, Caixa e Eletrobrás são fundamentais para o desenvolvimento do Brasil e retomada do crescimento da economia. Privatização não é um debate moral, é um debate estratégico sobre o que o Brasil precisa ou não para se desenvolver como nação. Se a Petrobras é tão importante, temos que garantir que esteja imune a atos de corrupção."

Manuela disse que, num eventual governo comunista, poderá haver interferência do governo no Banco Central do Brasil, reduzindo a autonomia informal dada ao banco atualmente. "O Banco Central tem que fazer parte do projeto de desenvolvimento do País. O Estado mínimo só é mínimo para o povo brasileiro, mas é máximo para garantir juros altos para os bancos. A quem serve a autonomia total do BC. Só serve para o sistema financeiro, não serve pera o povo brasileiro."

O pré-candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, chamou o deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ), seu virtual adversário e hoje um dos líderes nas pesquisas de intenção de voto, de "tresloucado" e "despreparado". Em sua fala, também disse que Bolsonaro é um "câncer" que deve ser "extirpado" da política nacional. Ciro criticava o fato de seu oponente não ter defendido tributação sobre lucro de grandes empresas e de pessoas de alta renda.

"Os democratas têm obrigação de extirpar esse câncer enquanto ele ainda tem condição de ser extirpado", afirmou Ciro. O pedetista afirmou que defende uma reforma tributária para cobrir os gastos públicos crescentes. Ele pregou ainda a tributação progressiva sobre renda e herança e afirmou que, se eleito, vai propor a redução de impostos para classe média e classe trabalhadora e impostos sobre distribuição de lucros e dividendos.

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"Como Bolsonaro vai fazer? De onde virá o dinheiro para resolver os buracos? Pega um tresloucado desses, um boçal despreparado, e desorienta do debate." Em outro momento, o pedetista perguntou quais tinham sido as propostas de Bolsonaro para a reforma da Previdência e disse que iria procurar no YouTube o vídeo com a participação do parlamentar.

O pré-candidato do PSL e capitão da reserva do Exército participou pouco antes de Ciro de sabatina promovida pelo jornal Correio Braziliense e pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil.

O ex-ministro da Fazenda, por sua vez, afirmou que o atual sistema previdenciário nacional é irreformável e disse que estuda propostas viáveis que tenham como base um salário mínimo para todos os trabalhadores como transição e que facilitem a capitalização.

Ele afirmou que as corporações públicas travam a extinção dos privilégios nas propostas de reforma da Previdência. Ele chamou de selvageria o último texto proposto pelo governo Michel Temer: "Não é reforma coisa nenhuma. Com toda essa selvageria, economizaria R$ 362 bilhões em dez anos, e o déficit nesse ano foi de R$ 180 bilhões".

Ciro defendeu que o presidente eleito deve propor reformas na primeira hora e sugeriu a convocação de plebiscitos e referendos para que o povo vote propostas que não andem no Congresso.

Ao falar sobre os ataques ordenados pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) em capitais, Ciro disse que o "terror virou a linguagem das facções criminosas" e que o comando das ações está em presídios de São Paulo impune.

"Temos que criar um sistema nacional de segurança hierarquizado com inteligência", afirmou. O ex-governador do Ceará disse que as polícias já mapearam as cadeias do crime e que hoje o narcotráfico é financiado pela burguesia brasileira e estrangeira.

A pré-candidata ao Palácio do Planalto Marina Silva (Rede) se posicionou nesta quarta-feira contra a privatização da Petrobras e dos bancos oficiais Caixa e Banco do Brasil. Em sabatina promovida pelo Sindicato Nacional de Auditores Fiscais e o jornal Correio Braziliense, Marina disse ainda que é preciso fazer uma reforma da Previdência que não olhe apenas o lado do empregador e defendeu um sistema tributário mais simplificado. "Em primeiro lugar, não sou favorável às privatizações da Petrobras, do Banco do Brasil e da Caixa Econômica. Agora acho que é possível que algumas empresas sejam privatizadas", disse.

Sobre a Eletrobras, a pré-candidata não expressou especificamente ser contra a venda da estatal, mas questionou o processo de privatização da empresa que vem sendo feito pelo governo. "A gente não vende a joia da família para jantar fora", comentou.

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Marina afirmou que o governo do presidente Michel Temer (MDB) só prejudicou o debate da Previdência e isso por oportunismo e por querer atender apenas a uma parte da sociedade. "É preciso uma reforma da Previdência devido ao grande déficit, mas não se pode ouvir apenas o lado do empregador. Muitos grupos com poder de pressão não foram atingidos pela proposta do governo", disse a pré-candidata, sem citar que grupos seriam esses.

Após a sabatina, Marina disse em entrevista que não pretende fazer "um embate" com o pré-candidato Jair Bolsonaro, que hoje está na dianteira das pesquisas, mas pretende mostrar suas visões diferentes da do concorrente, especialmente na área da segurança pública.

"É preciso ter firmeza para resolver a falta de segurança pública, mas esse problema não se resolve com mais violência, nem distribuindo armas para as pessoas", avaliou. Marina disse que é preciso encontrar uma solução para o alto índice de homicídios no País e acabar com os poderes de "bandidos" que, das prisões, controlam tráficos de drogas e de armas.

Ao falar sobre a campanha eleitoral, Marina disse que é a única que tem se posicionado contra a divulgação de notícias falsas. "O Ciro, o Bolsonaro e o Alckmin jamais terão de mim qualquer atitude de desconsideração e de desconstrução de imagem", disse, referindo-se aos pré-candidatos do PDT, PSL e PSDB à Presidência, respectivamente.

A ex-senadora ainda se queixou da disputa de 2014, quando teria sido vítima da então concorrente petista Dilma Rousseff e do marqueteiro João Santana. "Quem inventou o 'fake news' não foi o Trump (Donald Trump, presidente dos Estados Unidos), foi a Dilma e o João Santana".

A uma pergunta sobre o que ela tinha mudado de 2014 para cá, Marina optou em apontar mudanças na concorrência: "Naquelas eleições, existiam aqueles que disputavam poder em estruturas criminosas na Petrobras, no Banco do Brasil e por meio de venda de medidas provisórias. Agora, muitos não estão disputando eleições, mas salvo-condutos", disse.

Marina citou que atualmente cerca de 200 parlamentares do Congresso Nacional estão sendo investigados no âmbito da Operação Lava Jato.

Pré-candidato à Presidência da República pelo MDB, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles afirmou nesta quarta-feira, 6, em sabatina promovida pelo jornal Correio Braziliense, que o fato de ter participado do governo do presidente Michel Temer (MDB) não atrapalha sua candidatura. Isso porque, segundo ele, os eleitores estão olhando a trajetória e o histórico dos candidatos.

"Absolutamente (não atrapalha). O que importa é a trajetória de sucesso. Fizemos um trabalho que gerou uma recuperação enorme do País, saímos de uma recessão enorme e o País voltou a crescer.", afirmou o emedebista, que foi lançado como pré-candidato do partido pelo próprio Temer, que desistiu de tentar reeleição.

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Meirelles afirmou que a população tem consciência de que ele, como ministro da Fazenda de Temer, teve um "papel central" no processo das reformas tocadas pelo governo e na condução da economia. "Diferente de alguém que estava fora e tem outras questões e outros focos de trabalho", declarou.

'Tirando o rótulo'

Em entrevista ao Estadão/Broadcast publicada no último domingo, 3, Meirelles havia afirmado que queria "tirar o rótulo" de candidato do governo e do mercado à Presidência da República. Ele disse que sua candidatura não "representa especificamente" o governo Temer e, sim, seu currículo pessoal e sua atuação na iniciativa privada e no setor público.

"Estou tirando o rótulo. Por exemplo, não sou o candidato do mercado, não sou o candidato do governo, não sou o candidato de Brasília. A minha proposta é a proposta do meu histórico", afirmou Meirelles. "Não estou tentando tirar um rótulo. Estou tentando tirar qualquer rótulo que não seja a minha proposta, meu histórico."

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quarta-feira, 6, que a base aliada está desorganizada em razão de uma "desarticulação grande" do governo do presidente Michel Temer (MDB).

Pré-candidato ao Palácio do Planalto, Maia disse que ele e os líderes partidários, e não a Secretaria de Governo, têm negociado diretamente com a equipe econômica a votação de uma agenda microeconômica para ser votada ainda este ano na Casa.

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"Se a agenda da Câmara está atrasada, é porque, de fato, há uma desarticulação grande do governo com sua própria base", declarou Maia em sabatina promovida pelo jornal Correio Braziliense. "A base está desorganizada, o governo está desarticulado", reforçou.

O presidente da Câmara ressaltou que tem trabalhado, "de forma semanal", com a equipe econômica para discutir uma pauta de projetos microeconômicos para tentar colaborar com a recuperação do PIB no segundo semestre. "Nada está sendo feito de forma isolada. Não tem nenhuma agenda que vá ao encontro de nenhuma irresponsabilidade", declarou.

Maia prometeu apresentar, em até três semanas, relatório do deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) sobre a proposta de emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária. A ideia, disse, é votar a matéria pelo menos na comissão especial. Enquanto durar a intervenção federal na área de segurança no Rio, PECs não podem ser votadas no plenário da Câmara e do Senado nem promulgadas.

Intervenção

Rodrigo Maia afirmou, ainda, que a intervenção federal na área de segurança do Estado do Rio de Janeiro foi feita sem diagnóstico claro, planejamento e orçamento. O parlamentar fluminense, contudo, previu que, até o final do ano, a situação vai melhorar.

"A intervenção acabou sendo necessária pela desarticulação do Estado do Rio. Acredito que ela tenha sido feita sem diagnóstico claro, sem planejamento e sem orçamento", afirmou na sabatina. Ele lembrou que a intervenção foi decretada em fevereiro, mas somente há duas semanas o orçamento para a ação foi aprovado no Congresso.

Apesar das críticas, o presidente da Câmara afirmou que a intervenção deve trazer avanços. Um dos principais, avaliou, deve ser a integração das forças de segurança federais e estaduais. "De agora até o final do ano vai melhorar. Ainda aposto, pela qualidade do interventor, por estar com a estrutura administrativa montada, que ele vai ter condições", declarou Maia.

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