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Como já esperado, visto que a oposição não encontrou concorrentes para disputar o cargo, a patrocinadora e agora presidenta do Palmeiras, Leila Pereira foi eleita neste sábado (20) para o triênio 2022/2023/2024. Ela será a primeira mulher a comandar a equipe paulista.

Sem nenhum concorrente, ela precisava apenas de 50% dos votos válidos e teve 1.897 do total de 2.141. Leila Pereira contou também com apoio dos vice-presidentes Paulo Roberto Buosi (reeleito para o cargo), Maria Tereza Ambrósio Bellangero, Neive Conceição Bulla de Andrade e Tarso Luiz Furtado Gouveia. As eleições foram feitas com urnas eletrônicas.

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Presidente da Crefisa, do Centro Universitário das Américas (FAM) e gestora de outras 11 empresas do grupo, Leila Pereira vai agora deixar a posição de mero patrocinador para comandar o executivo do clube a partir do dia 15 de dezembro. Ela vai substituir Maurício Galiotte, no cargo desde 2015. 

O Palmeiras fechou nesta semana o orçamento do último ano com o superávit de R$ 1,7 milhão, mas por outro lado registrou um aumento de 19% na dívida com a Crefisa em comparação a 2018. Responsável por patrocinar a equipe desde 2015 e também por investir na compra de jogadores, a instituição financeira agora é credora de um empréstimo no valor de R$ 170 milhões. No fim de 2018 o valor da pendência era de R$ 142,6 milhões.

As contas do clube foram enviadas aos membros do Conselho Deliberativo nos últimos dias, já que não puderam ser votadas em reuniões presenciais pela precaução com o novo coronavírus. O documento obtido pelo Estado traz as informações financeiras do Palmeiras reunidas em 34 páginas e com o resumo completo de como foi a última temporada. A equipe alviverde arrecadou R$ 641,9 milhões. O segmento que mais rendeu dinheiro foi o de direitos de transmissão, com R$ 216,8 milhões.

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Por outro lado, o Palmeiras teve despesas de R$ 640 milhões, das quais R$ 213,7 milhões foram para manter os salários do departamento de futebol. Em comparação ao exercício anterior, o ano de 2018, a equipe manteve uma estabilidade nos custos, porém teve reduções nas receitas. As maiores quedas foram em premiações, de R$ 33 milhões para R$ 21 milhões, e também na negociação de atletas. Após lucrar R$ 169 milhões com a venda de jogadores, o Palmeiras embolsou R$ 70,6 milhões em 2019.

Um outro trecho do balanço se dedica principalmente à pendência do clube para com a Crefisa, avaliada agora em R$ 170 milhões. Em janeiro de 2018 o Palmeiras e a empresa assinaram um termo aditivo sobre o formato da operação utilizada entre ambos para contratar jogadores com recursos vindos da patrocinadora. Em vez de configurar como compras de propriedade de marketing, passou a ser um empréstimo com juros corrigidos pela CDI. O acordo foi refeito para se adequar a uma exigência da Receita Federal, que multou a Crefisa no fim de 2017 por considerar inadequado o formato utilizado anteriormente.

Quando houve a atualização deste contrato, o montante era estimado em R$ 120 milhões. O valor inclui diversas contratações de reforços, como Borja, Guerra, Lucas Lima, Luan, Bruno Henrique, Deyverson e diversos outros jogadores. O formato do empréstimo obriga o Palmeiras a devolver o valor recebido pelas vendas desses atletas em até dois anos após a saída deles para outras equipes.

No fim de 2019 o valor devido pelo Palmeiras era de R$ 172 milhões, porém a diretoria conseguiu diminuir um pouco da dívida para R$ 170 milhões. Foram pagos R$ 2 milhões com recursos das vendas de Juninho, Thiago Santos e com o dinheiro recebido pela negociação de empréstimo de Carlos Eduardo ao Athletico-PR.

O balanço revela que caso a equipe não consiga devolver o dinheiro aplicado pela empresa, terá de utilizar outras receitas como garantia. "Em caso de inadimplemento pelo clube, as receitas de bilheteria e patrocínios ficam condicionadas como garantia para a liquidação da correspondente dívida", diz um trecho do relatório contábil.

ALLIANZ PARQUE - O balanço mostra o valor que o Palmeiras tem a receber dos gestores do Allianz Parque em contrapartidas firmadas pela administração do estádio. Embora o texto ressalte que há uma negociação em andamento sobre a melhor forma de se acertar a pendência, o documento revela que o clube considera ser credor do recebimento de R$ 59,5 milhões.

Atualmente o Brasil tem passado por uma crise econômica. Porém o 'país do futebol' tem visto nos últimos anos um crescimento de investimento das instituições financeiras no futebol mostrando que dentro das quatro linhas a crise passa longe.

Claro que isso não significa que a maioria dos clubes vivem na bonança financeira, mas o fato de várias instituições investirem no futebol revela que a crise econômica não tem sido empecilho para bancos e instituições financeiras no geral apostarem no futebol.

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O caso mais conhecido de todos é o da instituição financeira Crefisa, que desde 2015 tem feito um grande investimento no Palmeiras e ajudado o clube nas conquistas dos brasileiros de 2016 e 2018 e a Copa do Brasil de 2015. Em janeiro de 2019, o clube anunciou a renovação com a instituição até 2021. São 81 milhões de reais por ano, o que pode chegar em mais 400 milhões até o fim do contrato.

Outro caso que vem chamando atenção pelo poder financeiro é o do Flamengo. Com treinador e jogadores provenientes do futebol europeu, o Flamengo tem montado uma verdadeira seleção, e claro que tem um banco por trás disto tudo. O Bs2, com sede em Belo Horizonte, assinou acordo com clube em 2019 de 15 milhões de reais por ano. Apesar de parecer uma valor pequeno, o acordo ainda prevê o valor R$ 10 a cada conta aberta no banco. O calculo é de que esse valor pode chegar a até 45 milhões de reais.  

Recentemente o Corinthians firmou contrato com o banco BMG por cerca de 30 milhões por ano. O clube e o banco inclusive lançaram uma espécie de ‘oferta’ para os sócios-torcedores inadimplentes. Basta que o torcedor que não esteja em dia com sua mensalidade abra uma conta no banco parceiro e sua divida com clube será perdoada.

No Rio Grande Sul não é novidade. Grêmio e Internacional são patrocinados por uma instituição pública, a Banrisul. Em Minas Gerais Atlético-MG tem o BMG como patrocínio master, o mesmo do Vasco e o Cruzeiro o banco digital Digi +. O São Paulo que enlouqueceu a janela de transferência com Dani Alves e Juanfran tem o banco Inter como parceiro. O banco inclusive levou torcedores para apresentação de Dani Alves como ação promocional.

Parece até uma realidade paralela, no país em que todos os dias se fala em crise e em reformas o futebol tem sido um grande atrativo para as instituições financeiras que não temem em investir no futebol.

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Anunciado nesta quinta-feira (15) pela manhã como reforço do Palmeiras, o volante Bruno Henrique deve ter a contratação bancada pela patrocinadora do clube, a Crefisa. O jogador que estava no Palermo, da Itália, assinou vínculo até 2020. O Estado apurou que a diretoria vai acionar a empresa para pagar pela vinda do atleta, em uma negociação que custará cerca de R$ 14,2 milhões.

O clube italiano foi rebaixado à Série B do país ao fim da última temporada. O descenso contribuiu para o ex-corintiano Bruno Henrique ter interesse de voltar ao futebol brasileiro. As negociações se iniciaram com o desejo palmeirense de firmar o empréstimo de uma temporada, até o acordo ser fechado com a assinatura por três anos. A confirmação foi do acerto veio nesta quarta, na página dos empresários de Bruno Henrique no Instagram.

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A Crefisa já bancou a vinda de outros reforços trazidos nesta temporada, como o atacante Borja, o meia Guerra, o zagueiro Luan, o lateral Fabiano, além da compra de mais 50% dos direitos econômicos do atacante Dudu. A patrocinadora master do Palmeiras vai aplicar no clube neste ano cerca de R$ 150 milhões, entre o contrato de anunciante e a vinda de reforços para o elenco.

Bruno Henrique aguarda a abertura da janela de transferências internacionais, no dia 20, para ser apresentado. Na próxima semana o jogador já deve começar os treinos na Academia de Futebol. O técnico Cuca disse nesta quarta, após a derrota para o Santos, na Vila Belmiro, que conta com o reforço para a disputa das oitavas de final da Copa Libertadores, em julho, contra o Barcelona, do Equador.

O Palmeiras e Cuca já iniciaram a aproximação para alinhar um acordo e acertar o retorno do técnico ao clube. Logo após a demissão do técnico Eduardo Baptista, nessa quinta-feira (4), a diretoria estabeleceu o treinador campeão brasileiro pelo clube no ano passado como prioridade e tem como plano oferecer condições melhores em relação ao vínculo firmado em 2016, com a oferta de tempo de contrato mais longo e salário maior, com a ajuda da patrocinadora Crefisa.

O Estado apurou que as conversas com Cuca têm como pauta um salário de R$ 600 mil, valor 50% superior aos vencimentos do técnico entre março e dezembro do ano passado, quando recebia R$ 400 mil. Naquela época o treinador substituiu Marcelo Oliveira e assinou um contrato válido até o fim da temporada. O objetivo agora é ter um vínculo por dois anos.

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O pagamento do salário, caso seja acordado essa cifra, terá a ajuda da Crefisa, a patrocinadora master do clube. A empresa também bancou a contratação de reforços nesta temporada, inclusive o mais caro da história do Palmeiras. O atacante colombiano Miguel Borja veio por R$ 33 milhões e tem parte dos vencimentos mensais mantidos pela Crefisa.

Cuca mora em Curitiba, onde tem passado o período afastado do futebol junto com a família. O treinador tem uma proposta para voltar ao futebol chinês, mas está mais interessado em permanecer no Brasil, tanto para acompanhar o nascimento do neto, como pela oportunidade de retornar ao Palmeiras. Nesta sexta-feira (5), o presidente do clube, Mauricio Galiotte, evitou falar sobre o possível substituto de Eduardo Baptista.

Após meses de negociações, Palmeiras e Crefisa acertaram nesta segunda-feira (9) as pendências e confirmaram um novo acordo. Assim, a patrocinadora depositou hoje os R$ 19,5 milhões referentes aos últimos três meses de contrato do patrocínio que não tinham sido pagos por causa da divergência contratual.

A empresa decidiu acrescentar alguns aditivos no contrato com o clube, após o Palmeiras usar uma camisa na partida contra a Ferroviária, dia 28 de fevereiro, onde aparecia a marca do Avanti, programa de sócio-torcedor, algo que não ia de acordo com o que pregava o contrato.

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Assim, a Crefisa colocou uma cláusula no contrato pelo qual o Palmeiras passa a ser obrigado a mostrar para a empresa o seu uniforme antes dos jogos. Caso não cumpra o combinado, o clube terá de pagar R$ 3 milhões de multa. A pendência é que a diretoria alviverde tentou diminuir o valor da multa.

Nos últimos meses, sem poder contar com a ajuda financeira da parceira, o Palmeiras teve que recorrer a empréstimos do presidente Paulo Nobre. Os R$ 19,5 milhões pagos pela financiadora serão repassados ao dirigente, que só na temporada já emprestou cerca de R$ 22 milhões ao clube.

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