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O São Paulo e a Mondelez, conglomerado multinacional de alimentos dono de marcas de chocolate como Bis, Sonho de Valsa e Oreo, fecharam acordo pela venda de naming rights do Morumbi nos próximos três anos. Assim, o tricolor paulista receberá R$ 30 milhões anuais, chegando a R$ 90 milhões ao todo. O anúncio foi feito nesta terça-feira, dia 26. Durante o período, o estádio será chamado de "MorumBIS", em alusão ao Bis, uma das marcas de chocolate mais famosas que pertencem à empresa de alimentos.

"O Morumbi é um estádio vibrante e ao mesmo tempo tradicional, assim como o BIS. A junção dessas duas potências é um casamento perfeito", afirmou Eduardo Toni, diretor executivo de Marketing do São Paulo. "É impossível não associar a marca com a versatilidade do estádio", disse Fabíola Menezes, diretora de marketing da Mondelez Brasil. Inicialmente, o valor era de R$ 75 milhões, mas ele teve um acréscimo.

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Após 63 anos de sua inauguração, o Morumbi terá naming rights pela primeira vez. Trata-se de um dos maiores acordos nesse segmento, garantindo para os cofres do São Paulo mais dinheiro com o batismo do seu estádio do que conseguiram os rivais Palmeiras e Corinthians, cujos contratos com Allianz e Hypera Pharma rendem aproximadamente R$ 300 milhões para cada clube por um período de 20 anos. Os vínculos dos dois são mais longos.

Outros clubes que venderam naming righs de seus estádios são Athletico-PR (Ligga Arena), Atlético Mineiro (Arena MRV) e Bahia (Itaipava Arena Fonte Nova).

O contrato alinhavado com o São Paulo é de três anos porque é para este período que foi reeleito o presidente Julio Casares. Ele comanda o clube paulista, portanto, até o fim de 2026. A eleição foi com chapa única. Parte do dinheiro investido deve ser usado em reformas pontuais no estádio.

Com sede em Deerfield, nos Estados Unidos, a Mondelez planeja dobrar seu faturamento global até 2030, e o crescimento no Brasil, seja por via orgânica ou por aquisições, é parte importante desse projeto, disse recentemente ao Estadão Liel Miranda, presidente da empresa no País.

A Mondelez trata o acordo como um "projeto grandioso" e diz que o MorumBis "surge como uma extensão do objetivo da marca de se aproximar "mais de seus consumidores nos momentos de entretenimento por meio do lazer".

Endrick, campeão brasileiro pelo Palmeiras e revelação do ano na Bola de Prata, assinou na última semana contrato milionário, com duração de cinco anos, com a Neosaldina, medicamento para alívio nas dores de cabeça. Foi o maior patrocínio na história da marca. No entanto, uma das substâncias presentes na composição do remédio é proibida e considerada doping para atletas, de acordo com a Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês).

O isometepteno, proibido pela agência, está presente na fórmula do medicamento na forma de mucato. Ele atua tanto na redução da dilatação dos vasos sanguíneos cerebrais, que contribui para a redução da dor na região, quanto na potencialização do efeito analgésico. Na lista mais recente da Wada, lançada em dezembro de 2022, a informação aparece na página 15, na seção S6, como um estimulante proibido.

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Substâncias estimulantes, como o isometepteno, podem mascarar a presença de outros agente químicos, expressamente proibidos aos atletas profissionais. Seu uso pode acarretar em punições na esfera esportiva. No caso de Endrick, não há evidências de que o atacante utilizou o medicamento. "A Neosa é uma marca que está presente no cotidiano de milhões de brasileiros e também na minha casa, contribuindo para que as pessoas tenham uma vida mais alegre e tranquila", destacou, no anúncio da parceria na última semana.

"Em ação com outros analgésicos, o isometepteno potencializa o efeito de outras drogas. Qualquer substância estimulante é proibida", disse José Cruvinel, diretor de operações da Cliff, médico do esporte e cirurgião de trauma. "A substância não é ruim, não terá um efeito adverso ao organismo, mas não pode ser utilizada por atletas. Damos o exemplo da Neosaldina aos atletas por ser um medicamento corriqueiro, de fácil acesso. Como um sinal de alerta. Tem de estar atento ao que você vai tomar, saber o que está usando. Não aceitar comprimido de qualquer pessoa."

Mesmo sem fazer uso da substância, Endrick pode ser enquadrado na seção XI, artigo 127 do Código Brasileiro Antidopagem (CBA), que cita a assistência, incentivo ou ajuda à tentativa de violação de regra de antidoping. A pena pode variar de dois a 30 anos de prisão. O caso foi levantado pelo site Máquina do Esporte.

"Penso que nem Endrick nem seu estafe e nem a empresa que lhe contratou avaliaram por esse prisma (doping). Agiram de boa fé. A princípio, não vejo prática de conduta vedada na legislação nacional ou internacional. Contudo, se poderia aventar a prática do artigo 127 do CBA", avalia Milton Jordão, advogado especializado em Direito Desportivo e ex-procurador do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), para o Estadão.

"Inegável que o atleta tem responsabilidades maiores nesse particular, devendo ser zeloso com a sua imagem e com a repercussão de suas ações. Pode sofrer sanção na legislação nacional e internacional. Tudo dependerá da orientação da sua vontade, ou seja, se está ciente, sim. Se ele age de boa fé, não vejo como se falar em violação", disse.

OUTRO LADO

Endrick ainda não se manifestou nas redes sociais sobre o caso. Ele está nos Estados Unidos. A Wolff Sports & Marketing, que desde 2022 gere os contratos publicitários e comerciais do jogador do Palmeiras, foi procurada pelo Estadão e disse que irá se manifestar em breve, ainda nesta quarta-feira. Quando isso ocorrer, a reportagem será atualizada. A Neosaldina também não se manifestou sobre o patrocínio ao atacante.

A direção do Ceará demitiu o roupeiro André Marcelino após a confusão sobre o uniforme do time na partida contra a Chapecoense, no fim de semana, em rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Antes, o executivo de futebol do clube, Juliano Camargo, também deixou o cargo.

A confusão aconteceu porque o atacante Chrystian Barletta entrou em campo vestindo uniforme do time com o patrocínio errado. A situação gerou constrangimento no time, principalmente no momento do Hino Nacional, em que Barletta destoava dos demais companheiros do Ceará - o jogo terminou empatado em 1 a 1.

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André Marcelino chegou a ser convocado para atuar na seleção brasileira. O roupeiro serviu à CBF em partidas das Eliminatórias da Copa do Mundo na América do Sul. Ele trabalhou em jogos contra Venezuela, Colômbia e Uruguai.

Com 42 pontos, o Ceará ocupa a 11ª colocação na tabela de classificação da Série Be tem poucas possibilidades de conquistar o acesso neste ano. Apesar do alto investimento, o clube deve disputar a competição de acesso novamente em 2024.

O Sampaio Corrêa anunciou, nesta quinta-feira (14), o Fatal Model - maior site de acompanhantes do país - como o mais novo patrocinador para as mangas da camisa tricolor. Como parte das ações do centenário do clube, o anúncio oficial foi feito em coletiva de imprensa de lançamento da parceria e um vídeo nas redes do clube sobre a história da relação do Sampaio com o Fatal, além dos desejos para os próximos 100 anos.

O contrato foi assinado por Nina Sag, acompanhante e Diretora de Comunicação do Fatal Model, e por Sérgio Frota, presidente do clube. Além do investimento no futebol, a parceria tem como objetivo contribuir na luta por educação e respeito do grande público sobre profissionais do sexo.

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 “É uma honra e um privilégio para o Fatal Model fazer parte de um pedaço da história do Sampaio Corrêa, ainda mais no ano do centenário. Firmar uma parceria com um clube de uma torcida tão apaixonada e engajada e, principalmente, que preza pelos valores principais da nossa plataforma, que são respeito, segurança e dignidade no mercado de acompanhantes, é uma alegria enorme para nós”, afirmou Nina.

O Sampaio Corrêa é o sexto clube a fazer parte do movimento de investimento no futebol brasileiro que o Fatal Model vem realizando. No dia 6 de setembro, a empresa fechou um patrocínio com o Paysandu.

"2023 é um ano muito especial para a história do Sampaio Corrêa Futebol Clube. Estamos comemorando o nosso centenário e ter uma grande empresa como o Fatal Model como parceiro até o fim do ano é motivo de muita alegria. Estamos extremamente contentes em firmar este acordo”, celebrou Sérgio Frota, presidente do Sampaio Corrêa.

Em fevereiro deste ano, tornou-se o maior patrocínio da história do Vitória para a propriedade das mangas e, no último mês, a empresa decidiu ampliar o patrocínio até o fim de 2024 e agora estampa a parte frontal da camisa Rubro-Negra. Em 2022, a empresa patrocinou outros clubes no país, casos de Globo (RN), Portuguesa (RJ) e Altos (PI), na Copa do Brasil.

“Nosso trabalho é romper paradigmas, quebrar tabus e preconceitos, sempre de forma respeitosa e profissional, para trazer mais dignidade ao mercado de acompanhantes. A cada patrocínio, a cada novo passo, mostramos que é possível educar a sociedade e conscientizar o público que a profissão de acompanhante é digna de respeito, como qualquer outra. Foi assim que chegamos no Esporte Clube Vitória, ao Paysandu, ao Sampaio Corrêa, e chegaremos a outros lugares em breve.”, complementa Nina Sag.

A parceria já começa a valer na próxima partida do Sampaio, contra a Chapecoense, pela 28ª rodada da Série B do Brasileirão, que acontece no próximo sábado (16), no Castelão. O time entrará em campo com o logo da empresa estampado na manga da camisa.

Com informações da assessoria

A direção do São Paulo confirmou nesta quinta-feira que não vai renovar o contrato de fornecimento de material esportivo com a Adidas. O vínculo vai até o fim deste ano. O clube já avisou que anunciará seu novo fornecedor na tarde desta sexta, no estádio do Morumbi.

"Após cinco anos de parceria, o São Paulo Futebol Clube e a adidas não renovarão o acordo de fornecimento de material esportivo em vínculo a ser encerrado ao fim de 2023. Ao longo destes anos, adidas e São Paulo lançaram camisas históricas que foram eternizadas pela torcida Tricolor na terceira passagem da marca das três listras pelo clube", informaram as partes, nesta quinta.

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O clube paulista afirmou ainda que os uniformes confeccionados pela adidas continuarão à venda até se esgotarem. "Os uniformes e coleção da atual temporada seguem disponíveis para venda nos canais de venda oficiais do clube e da marca enquanto durarem os estoques."

A adidas tinha preferência para renovar o vínculo, mas o São Paulo decidiu procurar por novo fornecedor. O presidente do clube, Julio Casares, já havia indicado insatisfação com a atual fornecedora de material esportivo em entrevistas concedidas nos últimos meses.

A empresa mais cotada para assumir os uniformes do São Paulo é a New Balance, que atualmente fornece apenas para o Red Bull Bragantino. A adidas vai continuar atendendo Flamengo, Atlético-MG, Internacional e Cruzeiro em solo brasileiro.

Os sites de apostas dominam as camisas do futebol brasileiro, com 39 dos 40 clubes das duas principais divisões nacionais estampando suas marcas - o Cuiabá ainda busca acordo. O futebol inglês caminha para o lado contrário e nesta quinta-feira a Premier League anunciou acordo com os clubes para que não haja mais patrocínio master na elite do país.

Das 20 equipes que estão na disputa do Inglês, 18 votaram a favor para o término destes patrocínios. Houve duas abstenções. O acordo começará a vigorar para valer na temporada 2026/27, quando nenhuma equipe poderá mais estampar um site de apostas na parte frontal de seu uniforme.

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"Os clubes da Premier League concordaram coletivamente em retirar o patrocínio de jogos de azar da frente das camisetas dos clubes, tornando-se a primeira liga esportiva do Reino Unido a tomar tal medida voluntariamente para reduzir a publicidade de jogos de azar", anunciou a entidade que comanda o Campeonato Inglês.

"O anúncio segue uma ampla consulta envolvendo a Liga, seus clubes e o Departamento de Cultura, Mídia e Esporte como parte da revisão contínua do governo da atual legislação de jogos de azar. A Premier League também está trabalhando com outros esportes no desenvolvimento de um novo código para patrocínio de jogo responsável."

Das atuais 20 equipes que disputam a elite inglesa, oito são patrocinadas por casas de apostas: Newcastle, Fulham, West Ham, Bournemouth, Brentford, Southampton e Everton. "Para ajudar os clubes na transição do patrocínio de jogos de azar, o acordo coletivo começará no final da temporada 2025/26."

Ou seja, todos poderão cumprir com os acordos vigentes sem a necessidade de rompimento sob o pagamento de multa. As casas de apostas poderão seguir em placas de publicidades e nas mangas dos uniformes dos times.

No futebol brasileiro, as casas de apostas se tornaram onipresentes. Hoje, elas patrocinam ou negociam patrocínio com todos os 20 clubes da Série A, seja o patrocínio principal ou em outras áreas do uniforme. A Copa do Brasil é patrocinada pela Betano. A Betnacional é uma das patrocinadoras da transmissão do Campeonato Brasileiro na Rede Globo. Ou seja, essas empresas têm participação cada vez maior no principal esporte brasileiro.

É uma relação que desperta alguma desconfiança, porém. Recentemente, o Ministério Público de Goiás anunciou uma investigação sobre um esquema de manipulação de resultados de jogos a Série B, em 2022, com a finalidade gerar ganhos aos apostadores.

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Para quem acompanha o setor, outros problemas, como lavagem de dinheiro, existem e devem continuar existindo, mas é preciso regulamentar as apostas até mesmo para facilitar a fiscalização.

"Se houver um volume grande de apostas incomuns, não há uma regulamentação (para isso ser fiscalizado). Essas apostas podem indicar lavagem de dinheiro ou tentativas de manipulação de resultados. Não sabemos qual é a obrigação de reportar atividades incomuns em casas de apostas. Sem isso, não há punição. Isso coloca todo o setor em risco. A falta de regulamentação deixa as empresas à deriva, sem saber direitos e deveres", afirma Lucas Albuquerque Aguiar, advogado criminalista do escritório Davi Tangerino Advogados.

Para os apostadores, segundo os advogados, se houver algum problema com pagamento de prêmios, por exemplo, fica muito mais difícil reclamar ou entrar com processo, já que as empresas não têm representação aqui.

Marcos Sabiá, CEO do galera.bet, diz que o movimento de regulamentação é "urgente" e "extremamente positivo", por definir os marcos legais de operação, assim como a proteção a apostadores, às casas de apostas e ao mercado esportivo do País contra fraudes e outras atividades ilícitas. "Entre os diversos benefícios da regulamentação, entendemos que se destacam o estabelecimento de regras claras e controles mais efetivos para prevenir ilícitos como o uso indevido de dados pessoais, práticas de lavagem de dinheiro, ou marketing que fomente o jogo irresponsável", disse. Segundo ele, haverá haveria também a possibilidade de se organizar "um sistema robusto de monitoramento da integridade das partidas nacionais". "No final das contas, com os apostadores de boa-fé, (as empresas) são as principais vítimas das fraudes esportivas", afirma.

INVESTIMENTOS. O diretor de marketing da Casa de Apostas, Hans Schleier, afirmou que o crescente número de investimentos das empresas de apostas no futebol vem gerando resultados positivos para ambas as partes.

"Estamos com boas expectativas de que se concretize em um futuro próximo. Observamos movimentações acontecendo frequentemente no Legislativo e acreditamos que em breve o tema terá um desfecho positivo. É um assunto importante e que interessa a todas as partes. Esperamos que em breve possamos comemorar a regulamentação das apostas esportivas no Brasil", diz.

Promotoria apura manipulação de resultados

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) investiga um esquema de manipulação de resultados de jogos da Série B, em 2022, com a finalidade gerar ganhos aos apostadores. Jogadores como Romário, ex-Vila Nova, e Matheusinho, ex-Sampaio Corrêa, são investigados na operação chamada "Penalidade Máxima".

Segundo o MP-GO, o esquema de apostas consistia na marcação de pênaltis no primeiro tempo das partidas. Porém, não houve a marcação de pênalti em um dos jogos, impedindo o êxito da aposta. Cada jogador envolvido receberia R$ 150 mil, enquanto o prejuízo estimado dos apostadores é de R$ 2 milhões.

Leandro Pamplona, advogado e membro da Comissão Especial de Direito dos Jogos Esportivos, Lotéricos e Entretenimento da OAB/RJ, diz que a regulamentação pode ajudar a criar penalidades adequadas para a manipulação de resultados, mas não deve acabar de vez com a prática, que é antiga no esporte.

"O MP está de mãos atadas. O MP de Goiás deflagrou operação recente e precisou ter jogo de cintura para enquadrar manipulação em outros crimes, como quadrilha ou estelionato. O jogo legal sempre existiu. A melhor saída é fazer a regulamentação", diz.

Gigantes do setor

As cinco maiores em audiência no Brasil

Bet365

A Bet365 é uma casa de apostas fundada pela britânica Denise Coates, no ano 2000, ao custo de £ 15 milhões (por volta de R$ 95 milhões). Hoje, ainda como principal acionista da empresa, acumula fortuna de US$ 5,4 bilhões (R$ 78 bilhões), segundo a Forbes

Betano

Operada pelo grupo Kaizen Gaming, a Betano é uma empresa com sede na Grécia que atua há mais de dez anos no mercado de apostas esportivas. A empresa está em pelo menos 12 países, entre eles Portugal, Alemanha, Romênia, Grécia, Chipre, Chile e Bulgária

BetNacional

A BetNacional é parte do Grupo NSX Sports, fundado em Recife (PE) por João Studart. Durante a Copa do Mundo, a empresa contratou o atacante Vinícius Júnior como embaixador da marca.

BetFair

A Betfair é uma empresa de apostas do Reino Unido. Além de apostas esportivas, trabalha com cassino, pôquer e bingo online. Em 2006, o fundo japonês Softbank comprou 23% do negócio. Após a permissão legal para operar, o grupo chegou ao Brasil em 2019.

BetPix365

A Bet Pix 365 é uma das maiores empresas de apostas da Europa. Fundada no Reino Unido em 1974, a companhia passou a permitir apostas via internet em 2000. Em 2005, fechou suas casas de apostas fixas para ficar apenas na web.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Shows exclusivos com artistas renomados, jantar em cassino, baladas, coquetel com tudo pago em hotéis cinco estrelas, aluguel de lanchas com direito a espumante de brinde. Estas são algumas das atrações no roteiro de eventos no Brasil e na Europa oferecidos à magistratura e custeados por alguns dos maiores litigantes do País. Os patrocinadores de seminários e fóruns com representantes da Justiça têm interesses em causas que somam ao menos R$ 158,4 bilhões entre multas, indenizações e dívidas reclamadas. Esse valor se refere a algumas das mais importantes disputas judiciais até 2022 no Brasil sob julgamento dos magistrados presentes nos eventos.

São 30 grandes processos levantados pelo Estadão no último ano, que têm patrocinadores como partes nos autos ou declaradamente interessados nos julgamentos. Entre as justificativas de Cortes e entidades que representam a toga estão "atividade acadêmica" e seleção rigorosa dos participantes (mais informações nesta página). Professores de Direito, porém, veem conflitos éticos, e até possibilidade de infração disciplinar. Também afirmam que magistrados não devem aceitar "luxos" de agentes privados.

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Maior encontro do gênero no País, o Congresso da Associação dos Magistrados do Brasil (AMB) levou 27 juízes, desembargadores e ministros de tribunais para Salvador (BA), em maio de 2022, como palestrantes. Painelistas ficaram em um hotel cinco estrelas. Houve show para duas mil pessoas. A operadora de turismo do congresso ofereceu um cupom de 20% de desconto para o aluguel de lanchas.

O encontro foi patrocinado pela Associação Nacional das Administradoras de Benefícios (Anab). A entidade teve direito a painel no evento, e usou o espaço para defender o rol taxativo da Agência Nacional de Saúde (ANS), cuja imposição estava em julgamento no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Apesar de não ser parte direta nos autos, a Anab defende empresas com interesse no julgamento. Coordenador do congresso e relator desta causa, o ministro do STJ Luis Felipe Salomão esteve no evento.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Associação Nacional dos Registradores e o Banco do Brasil também patrocinaram o congresso da AMB. A instituição financeira deu R$ 1,5 milhão para a realização do evento.

Do STJ, Marco Buzzi, Raul Araújo, Paulo de Tarso Sanseverino, Moura Ribeiro, Ricardo Cueva e João Otávio de Noronha estiveram em eventos no Brasil e no exterior. Com estes ministros, o Estadão identificou pelo menos 20 causas de patrocinadores dos encontros. Somadas, passam de R$ 11 bilhões em discussão nos autos dos processos. Os ministros do STJ foram procurados, mas não se manifestaram.

Seleção

A AMB afirmou que faz "rigorosa seleção dos patrocinadores, descartando qualquer eventual tentativa de interferência na jurisdição". "Os patrocínios são destinados, genericamente, ao evento e não individualmente a magistrados, inexistindo conflito", afirmou. A entidade diz que associados que foram ao evento arcaram com passagens e hotéis. A associação não respondeu, porém, se o mesmo ocorreu em relação aos painelistas.

Diferentemente da AMB, alguns dos eventos em que estiveram estes ministros são promovidos por entidades privadas dirigidas por empresários e advogados que têm litígios com os juízes presentes. Ao menos três institutos com este perfil estão relacionados a recuperações judiciais e falências.

O Instituto Brasileiro da Insolvência (Ibajud), fundado por dirigentes de um fundo de investimentos em ativos de insolvências, levou ministros do STJ, do STF e juízes de recuperação judicial para o Algarve, em Portugal, em maio do ano passado. O congresso terminou em show em cassino. Em abril, o Instituto Brasileiro de Direito da Empresa (IBDE) promoveu seu encontro na cidade do Porto, em um resort spa.

Em São Paulo, o Turnaround Management Association (TMA), chefiado por um diretor de uma mineradora em recuperação judicial, fez seu evento em um hotel, em novembro. Aos patrocinadores era sugerido um valor de até R$ 67 mil. Juízes e desembargadores debateram em painéis que levaram nomes de escritórios. Patrocinadores tiveram direito a chamar convidados para jantar com cardápio completo no hotel, show de jazz e coquetel. Na descrição do evento, a entidade vende o "bom e velho networking". E aponta cinco motivos para patrocinar - entre eles, está a "oportunidade de geração de negócios".

Administradores

No caso de insolvências, juízes são responsáveis por escolher os administradores judiciais e síndicos das empresas pivôs dos processos. Estes agentes ganham honorários.

O Estadão identificou ao menos três administradores judiciais nomeados em processos pelos juízes Andréa Palma, João de Oliveira e Leonardo Fernandes que patrocinaram eventos nos quais estes magistrados estiveram presentes. Há casos cujas dívidas somadas chegam a R$ 2,58 bilhões. Os três foram procurados, mas não quiseram se manifestar.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) patrocinou eventos com magistrados no Brasil, em Portugal e nos Estados Unidos, organizados por grupos empresariais como o Lide e o Esfera Brasil. Estiveram presentes os ministros do STF Luiz Fux, Ricardo Lewandowski, Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli e Gilmar Mendes. Barroso sempre se julga impedido em casos de bancos por ter sido advogado de instituições financeiras.

A Febraban é parte em um julgamento no STF sobre a cobrança de PIS e Cofins que pode provocar um rombo de R$ 115 bilhões à União em caso de vitória das instituições financeiras. O valor está estimado no Orçamento de 2023.

'Luxo'

O professor de Direito da USP Rafael Mafei afirmou que é preciso atenção para a diferença entre custear uma palestra e "a oferta de uma viagem de luxo". Ele vê com preocupação o "acesso desigual ao magistrado quando quem promove o evento, diretamente ou por meio de associações que despistam o vínculo, é parte interessada em casos julgados pelo magistrado".

Conrado Hubner, também da USP, disse que as condutas podem se enquadrar "na categoria geral de quebra da imparcialidade, de manutenção da devida distância das partes, de respeito à suspeição". Ele afirmou que deveria haver "implicação legal e disciplinar" para condutas incorretas. Também critica o fato de regras éticas não pegarem "tração no Judiciário".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O mercado de apostas esportivas ampliou seu domínio entre os patrocinadores dos clubes do Campeonato Brasileiro no ano passado. O segmento aumentou sua presença em patrocínios na última temporada em 45%, ampliando os 11 contratos de 2021 para 16 em 2022, segundo estudo do Ibope Repucom. O setor também liderou em volume de marcas e contratos de patrocínios máster na Série A, com 11 patrocínios de sete marcas diferentes na parte mais nobre do uniforme. A marca que patrocinou mais equipes diferentes em 2022 foi a Pixbet, com seis.

Já o setor "imobiliário, construção e acabamentos" caiu de 30 marcas no futebol em 2021 para 18 no ano passado, embora permaneça na liderança como o maior setor em volume. Os 20 clubes da Série A estamparam, desde o início da temporada 2022 até o término do Campeonato Brasileiro, 159 patrocinadores pontuais diferentes em seus uniformes, volume 8% menor em relação a 2021 (172), uma média de oito por time.

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Desde 2019, com a liberação de atuação no País, os sites de apostas esportivas dobraram o volume de marcas diferentes presentes nos uniformes das equipes participantes do Brasileirão. "É natural o aumento das casas de apostas, uma vez que no fim do ano passado, em dezembro, foi o prazo limite para a regulamentação no mercado", avaliou Fábio Wolff, especialista em marketing esportivo e sócio-diretor da Wolff Sports.

"Com relação à diminuição dos patrocínios pontuais, se explica porque no momento em que se aumenta o número de casas de apostas, os clubes passam a ter uma receita mais relevante e um número menor de espaços disponíveis no uniforme. Então, é natural que a necessidade financeira e o desejo por patrocínios pontuais diminuam".

As empresas de apostas esportivas também não se concentram apenas nos clubes grandes. Equipes pequenas estão sendo procuradas e estampam em seus uniformes marcas do ramo. Além disso, competições importantes do futebol brasileiro têm sido patrocinadas por sites do segmento: Copa São Paulo de Futebol Júnior 2023 (Esportes da Sorte), Supercopa do Brasil 2023 e Copa Verde 2022 (Betano), Série B 2022 (SportingBet), Cariocão 2023 (Betnacional), dentre outras. Isso é um avanço das marcas. Depois dos clubes, elas partem para as instituições esportivas.

"É indiscutível a força de visibilidade que um uniforme proporciona, isso já é mais do que comprovado, e o mínimo a se fazer e complementar à visibilidade é usar de forma adequada os ativos que geralmente compõe o patrocínio de uniforme antes de criar qualquer ativação especial", diz Renê Salviano, executivo de marketing que lançou a HeatMap, agência focada em captação de patrocínios no esporte.

Para o CEO do Esportes da Sorte, Darwin Filho, que acertou patrocínios máster com Bahia e Goiás, o crescimento do segmento para o próximo biênio deve ser ainda maior em relação ao último ano. "O ano de 2022 foi de explosão para o segmento das apostas esportivas. Grandes investimentos em mídia aberta, campeonatos, eventos e clubes de futebol. Acredito que essa dinâmica se manterá pelo próximo biênio, pois o gasto per capita em entretenimento esportivo do apostador brasileiro ainda é bem abaixo do que se vê nos mercados mais desenvolvidos, como por exemplo Inglaterra e Portugal", analisa.

As partidas dos Estaduais de Sergipe, Ceará, Paraná, Goiás, Amazonas, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Norte têm um ponto em comum. Todos os jogos destes torneios exibem nas placas de publicidade a marca da Fatal Model, maior plataforma brasileira de profissionais do sexo.

O site de acompanhantes investe no futebol com o objetivo de derrubar tabus relacionados à prostituição e às acompanhantes. A empresa escolheu as partidas de futebol para exibir sua marca porque, naturalmente, é o esporte mais popular do País, que mobiliza e atrai milhões de torcedores, dentro dos estádios e em frente aos televisores.

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Também fez esse investimento no futebol por se tratar de um espaço dominado pelo público masculino, entre o qual a marca entende existir ainda uma estigmatização em relação ao mercado adulto.

A ideia da Fatal Model é fortalecer a sua luta por "respeito, empoderamento e dignificação" da profissão de acompanhante. "Queremos passar os nossos valores e conseguir educar esse público, que é o que consome mais o nosso serviço", explica ao Estadão Nina Sag, 38 anos. Ela é sexóloga, porta-voz da Fatal Model e uma das acompanhantes da plataforma.

Na visão da empresa, patrocinar os dez Estaduais é uma oportunidade de espalhar esses valores e ainda articular a conscientização. A marca prevê uma maior visibilidade dos serviços a partir da transmissão em rede aberta de televisão.

"Levando conhecimento, criando conteúdo, desmistificando e passando a informação de forma respeitosa conseguimos diminuir o preconceito em relação à profissão. Muitas pessoas já mudaram de opinião", diz Nina.

Não é a estreia do site de acompanhantes no futebol. O logo da borboleta já foi estampado em times pequenos do futebol brasileiro, como o Hercílio Luz e o Camboriú, de Santa Catarina.

Depois, no ano passado, apareceu na Copa do Brasil por meio do Altos do Piauí, do Globo do Rio Grande do Norte e da Portuguesa. Também em 2022, chegou ao Brasileirão, tendo estado nas placas de publicidade de Flamengo x Coritiba e Corinthians x Internacional.

A empresa diz ter contratos fechados para levar a marca a mais Estados e também pensa em anunciar em outras modalidades esportivas. "Existe a possibilidade, se houver a porta aberta. Por ora miramos no futebol", afirma a sexóloga. Os valores dos contratos de patrocínio não são abertos em razão da cláusula de confidencialidade.

A Fatal Model é a maior plataforma do ramo no Brasil e o segundo site de acompanhantes mais acessado do mundo em 2022. Criada em 2016, registrou 20,9 milhões de usuários e 504 milhões de acessos mensais no ano passado.

O mercado de acompanhantes no Brasil tem, atualmente, cerca de 1,5 milhão de profissionais. Desses, 86% vendem seu serviço nas ruas, onde correm o risco de sofrer violência e exploração. Embora seja reconhecida pelo Ministério do Trabalho desde 2002 e não possua restrições legais enquanto praticada por adultos, a profissão ainda lida com a estereotipização.

Os Estados Unidos anunciaram, nesta quinta-feira (19), o lançamento de um programa para receber refugiados, instando todos os americanos a patrocinar um para aumentar o número extremamente baixo de admissões no país.

Pela primeira vez, cada cidadão americano poderá patrocinar diretamente a recepção no país de um refugiado, sem passar por uma associação ou ONG.

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“O ‘Welcome Corps’ (Corpo de Boas-vindas, em tradução livre) representa a maior inovação na recepção de refugiados nas últimas quatro décadas”, disse o secretário de Estado, Antony Blinken, em um comunicado.

Durante o primeiro ano, o objetivo é mobilizar até 10 mil americanos para o acolhimento de cerca de 5 mil refugiados.

Os cidadãos que desejarem patrocinar um refugiado deverão passar por extensos controles de segurança e fornecer provas de suas capacidades financeiras.

Não está previsto nenhum incentivo econômico para esses patrocinadores, que precisarão demonstrar que dispõem de 2.275 dólares por três meses para a compra de roupas e outros artigos de primeira necessidade.

O presidente Joe Biden fixou em 125 mil o número de refugiados que os EUA poderão receber a cada ano fiscal (de outubro a outubro), rompendo com os cortes realizados pelo ex-presidente Donald Trump.

Mas os Estados Unidos, país construído sobre a imigração, estão longes desse limite. Nos três primeiros meses do ano fiscal de 2023, apenas 6.750 refugiados foram admitidos, segundo números do Departamento de Dados.

O projeto piloto, aberto a refugiados “de todo o mundo”, é inspirado em programas similares no Canadá.

A Americanas vai abandonar a lista de patrocinadores oficiais do Big Brother Brasil 2023. A decisão foi tomada nesta sexta-feira (13), após a companhia anunciar o caso de "inconsistências contábeis" no balanço da empresa com um rombo de R$ 20 bilhões para a varejista, que levou à saída de Sérgio Rial da presidência da companhia apenas 10 dias depois de assumir o cargo.

Conforme apurou o jornal O Estado de S. Paulo, executivos da Americanas se reuniram na manhã desta sexta-feira com integrantes da Rede Globo para anunciar sua saída do reality show.

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A varejista era detentora, desde a última edição, da cota mais cara de patrocínio do programa, com um custo de mais de R$ 105 milhões, fora demais encargos para realização de ações dentro e fora do programa.

Diante desta situação, a varejista abre espaço para a chegada de um novo anunciante que pode abocanhar a conta máxima. Fontes do mercado publicitário já apontam para a entrada de um novo nome também no setor de marketplaces.

Ainda conforme apurou a reportagem, um grupo de agências que representam empresas de e-comerce chegaram a pleitear vaga assim que souberam da desistência da Americanas, mas foram surpreendidos com a notícia vinda da Globo de que Mercado Livre já estaria com as negociações fechadas para a cota master do BBB 2023.

Questionada, a Globo e o Mercado Livre não responderam aos questionamentos até o momento desta publicação.

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As inscrições para o Edital de Seleção Pública de Patrocínio de 2023 do Banco da Amazônia – Basa começaram na última segunda-feira (1). Na sua 14ª edição, mais de R$ 3 milhões serão concedidos para projetos sociais, ambientais, culturais, esportivos, feiras, exposições e eventos. Em 2022, 607 projetos foram inscritos e 93, classificados.

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As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas por pessoas físicas e jurídicas endereçadas em áreas de atuação do Basa nos Estados da Amazônia Legal, unicamente, pelo e-mail edital.patrocionio@basa.com.br. As modalidades de desenho, pintura, fotografia, grafite, técnica mistas, esculturas, instalações, objetos, videoinstalação e novas tecnologias serão contempladas no Edital de Pautas. Nesse, para cada projeto escolhido, será designado o valor de R$ 25.000,00 e as inscrições podem ser feitas pelo e-mail edital.espacocultural@basa.com.br.

De acordo com o secretário executivo do Basa, Alcir Bringel Erse, “a seleção dos projetos inscritos levará em conta a relevância conceitual e temática, inovação, impacto social, viabilidade técnica e estarem aderente ao posicionamento mercadológico e estratégico do banco”.

Produtora cultural há 20 anos, Lany Cavaléra acredita que editais públicos como esse são a forma mais honesta e justa de se conseguir patrocínio e recomenda conhecer o histórico para apresentar boas propostas. “Vamos entender quais são as diretrizes do banco, o que ele já patrocinou no passado, que tipo de eventos e propostas culturais gosta e se interessa, que tipo de contrapartidas eu vou oferecer que podem ser interessantes”, diz.

A sensibilidade de oferecer formas igualitárias de acesso a patrocínios é algo que as instituições públicas e privadas precisam ter, declara Lany. Para a produtora, é perceptível quando a organização age apenas para o proveito de determinadas pessoas e quando visa uma política de equidade social com aplicação transparente de recursos.

Lany comenta que uma forma de termos mais seleções públicas de patrocínio é por meio do voto, escolhendo pessoas que pensem em benefício coletivo. “Você se alinhar com representantes que tenham pensamentos mais plurais, pensamentos que abarcam mais a sociedade como um todo, com certeza você vai ter um resultado muito maior”, afirma.

Luciana Medeiros, jornalista e produtora cultural, enxerga o cenário paraense como extremamente rico e diverso. A produtora recomenda atenção aos que tiverem interesse no edital, visto que possui muitas especificidades e pede alinhamento dos projetos aos interesses da instituição.

“Quem tiver a ideia na cabeça e não souber formatar no edital, busque aprender. Pelo menos, foi assim que acabei mergulhando na produção cultural, fazendo e aprendendo sempre”, aponta.

Luciana acredita que todos que possuem projetos devem tentar realizá-los e procurar os recursos disponíveis. “Temos mais é que enviar nossos projetos a todos os editais possíveis, estaduais, regionais e nacionais, pois, mesmo que eles não sejam contemplados, evidenciam demandas”, conclui.

Os editais estão disponíveis no site do Basa e as inscrições estão abertas até às 23h59 do dia 16/09/2022. Os projetos selecionados serão divulgados até o dia 30/11/2022. Em caso de dúvidas, deve-se encaminhar um e-mail para duvida.patrocinio@basa.com.br.

Por Lívia Ximenes (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

 

A Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco (SEE-PE) divulgou o resultado dos estabelecimentos de contribuintes situados no Estado que irão participar do edital 2022 da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte. Serão beneficiadas com crédito presumido do ICMS as organizações que patrocinam projetos desportivos e paradesportivos aprovados pela pasta.

A seleção é realizada por meio do envio dos projetos das entidades proponentes, no caso, pessoa jurídica sem fins lucrativos, de natureza esportiva, e fixados em Pernambuco, para que ocorra uma avaliação e habilitação por parte da Comissão Executiva da Lei de Incentivo, instituída e publicada em portaria.

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Se aprovado, o projeto recebe um Certificado de Enquadramento, autorizando-o à captação de recursos pelo período máximo de 12 meses junto aos patrocinadores. A aquisição do crédito é avaliada pela Secretaria de Educação e Esportes, de acordo com a disponibilidade orçamentária, tendo o saldo consumido segundo com a ordem de credenciamento dos patrocinadores.

A lista completa está disponível neste link.

O governador Paulo Câmara assinou, nessa segunda-feira (21), um decreto que aumenta, de R$ 5 milhões para R$ 8 milhões a renúncia fiscal para patrocinadores de projetos desportivos e paradesportivos no Estado.

A Lei Estadual de Incentivo ao Esporte foi sancionada em dezembro de 2015 e tem se apresentado como alternativa no fomento ao esporte educacional, de base, de rendimento e de lazer, por meio da concessão de benefício de crédito presumido do ICMS a estabelecimentos de contribuintes situados em Pernambuco.

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De acordo com o secretário executivo de Esportes de Pernambuco, Diego Perez, esse aumento vai permitir que mais propostas sejam aprovadas. Ao todo, já foram homologados 36 projetos esportivos, por meio de editais de seleção pública, na área de iniciação esportiva, alto rendimento, competições e requalificação de espaços esportivos.

“Esse aumento no saldo da Lei de Incentivo ao Esporte significa mais possibilidades, mais oportunidades, mais inclusão e mais melhoria de nível técnico. Porque novos projetos sociais podem surgir, novas competições podem ser trazidas para cá, novos equipamentos esportivos podem ser construídos", explicou Perez.

Segundo o que está estabelecido no decreto, a captação de recursos junto aos patrocinadores deve ser efetivada no prazo máximo de até 12 meses contados da publicação no Diário Oficial do Estado. O novo edital será publicado nos próximos dias.

Da assessoria

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, no Senado, obteve mensagens que indicam que o empresário bolsonarista Luciano Hang patrocinou um programa do blogueiro Allan dos Santos, após ajuda do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). As conversas foram reveladas pelo Jornal Nacional.

Luciano Hang foi convocado pela CPI da Covid para prestar depoimento na próxima quarta-feira (29). O empresário é apoiador do presidente Jair Bolsonaro e incentivador do chamado "tratamento precoce", composto por medicamentos sem eficácia comprovada ou contraindicados para tratar a doença, como hidroxicloroquina, azitromicina e ivermectina.

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O blogueiro Allan dos Santos é investigado em inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF), que apura ofensas e fake news contra os ministros da Corte.

A troca de mensagens entre Allan dos Santos com o filho do presidente Jair Bolsonaro começou em janeiro de 2019. O blogueiro pede ao deputado que o apresente ao empresário.

Eduardo Bolsonaro pergunta a Santos se "quer que eu fale algo a ele para te introduzir?". O blogueiro concorda.

De acordo com a emissora de TV, cerca de 1 hora e meia depois da troca de mensagens, o deputado afirma que mandou uma mensagem para Hang e que avisa assim que o empresário responder.

Horas depois, o filho do presidente diz a Santos que Hang havia dito que ele poderia entrar em contato. Eduardo Bolsonaro cita o escritor Olavo de Carvalho. "Falei que você é o nosso cara da imprensa para um projeto que desenvolvemos aqui nesta semana de aulas com o Olavo".

O deputado e o blogueiro voltam a conversar no dia seguinte. Santos afirma a Eduardo Bolsonaro que falará com o empresário quando ele voltar da Europa. O filho do presidente retorna e diz que falou "no macro com o Hang".

O financiamento volta a ser tema de conversa quatro meses depois, segundo o Jornal Nacional. O blogueiro diz ao deputado. "Luciano Hang tá dentro. Patrocínio para o programa".

A CPI também teve acesso a uma mensagem enviada pelo empresário ao blogueiro. Hang diz a Santos que Eduardo Bolsonaro havia conversado com ele.

Outras mensagens acessadas pelos senadores apontam que o youtuber Bernardo Kuster citou o 'gabinete do ódio' em troca de mensagens no grupo 'Direita Unida', no WhatsApp. "Recebi ordens do GDO pra levantar forte a tag #doriapiorquelula. Bora lá no Twitter. Tá subindo a tag em quarto lugar", escreveu.

A mensagem foi enviada em 2 de abril do ano passado. Para a CPI, a mensagem indica que Kuster articulou ataques ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

Luciano Hang afirmou à emissora de TV que não integra gabinete algum, trata-se de uma "narrativa absurda". O empresário também declarou ser mentira que ele tenha patrocinado programas que disseminaram a desinformação.

Claudia Raia perdeu um patrocínio da Prevent Senior, em 2018, após se posicionar contra o então candidato à presidência Jair Messias Bolsonaro. A atriz acabou tendo um de seus projetos culturais vetado pela operadora de saúde menos de 24 horas após a publicação de um vídeo no qual balançava o dedo indicativo em negativa e dizia: “Ele não”. 

Em 2018, Raia estava à frente do Teatral, casa de espetáculos no complexo Aché Cultural, localizado na zona oeste de São Paulo. A iniciativa tinha patrocínio da Prevent Senior e contava com a parceria de nomes de peso como Adriana Calcanhoto, Rubens Ewald Filho, Ana Botafogo, José Possi Neto, Ingrid Guimarães, Rogério Flausino, Thalita Rebouças, Fernanda Gentil e Felipe Andreoli. 

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Logo após o anúncio do projeto, em agosto daquele ano, Claudia publicou um vídeo mostrando-se aliada da campanha #EleNão, contra o atual presidente, e então candidato, Jair Bolsonaro. Menos de 24 horas depois, recebeu a notícia de que a operadora havia retirado o seu patrocínio. “Após uma postagem pessoal e apartidária nas minhas redes sociais sobre as eleições de 2018, os contratos foram cancelados, tive que cancelar apresentações, trabalhos de curadoria que já estavam fechados. Tudo isso teve um impacto não só para mim como para vários profissionais que estavam envolvidos. E não houve nenhuma explicação sobre o motivo, nada foi dito”, disse a atriz em entrevista ao jornal Folha de São Paulo. 

A Prevent Senior enfrenta denúncias de irregularidades na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, por suposto tratamento preventivo à covid-19 não autorizado, com uso de medicamentos sem comprovação científica sugeridos pelo governo federal. Um dos diretores da empresa, Pedro Benedito Batista Júnior, prestou depoimento à CPI na última quarta (22). 

O Sport anunciou o segundo patrocínio pontual para a partida, deste domingo (15), contra o Flameng,o pelo Brasileirão, que será realizada no Rio de Janeiro. A empresa de construção civil Moura Dubeux estampará as mangas do uniforme leonino. Além dela, o time contará com patrocínio, de caráter também pontual, da LS Translog.

“Mais do que uma parceria com uma grande empresa, o patrocínio sinaliza que o Sport vai voltando ao mercado e voltando também a ser uma marca valorizada e interessante para as empresas se vincularem”, diz, por meio da assessoria, o vice-presidente de marketing e comunicação, Eduardo Arruda Pernambuco. 

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O jogo contra o Flamengo iniciará às 16h. A partida será realizada em Volta Redonda.

 

O setor de apostas esportivas no Brasil vive uma verdadeira dualidade. Ao mesmo tempo em que já patrocina 85% dos clubes brasileiros da primeira divisão e representa uma fatia importante das propagandas tanto na televisão aberta quanto na paga, os sites não podem operar em solo brasileiro. Apesar da operação ter sido legalizada no fim de 2018, por meio do projeto de lei 13.758, a falta de uma regulamentação não permite que essas empresas operem no País. A saída, portanto, é oferecer os serviços por meio de suas bases no exterior.

Portanto, o jogo no Brasil continua ilegal, salvo as operações comandadas pelo próprio Estado, por meio da Loteria Federal. Mas as empresas estão de olho no andamento da regulação e querem se tornar reconhecidas pelos brasileiros para largar na frente assim que a regulamentação acontecer.

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Mesmo assim, esse setor já movimenta bilhões de reais no País. Segundo estimativa feita pela consultoria Sports Value, os brasileiros movimentam algo em torno de R$ 4 bilhões em apostas esportivas por ano. Para completar, no primeiro trimestre de 2021, o total de investimento em propaganda por essas empresas chegou a R$ 140 milhões, três vezes mais do que o visto no mesmo período do ano passado.

As empresas que operam pelo País demonstram interesse em passar a operar no Brasil - e pagar os impostos - caso a regulamentação seja aprovada.

Uma delas é a Betsson. A companhia já opera no Brasil um "fantasy game", que consiste na escalação de um time imaginário e que a pontuação ocorre de acordo com o desempenho do jogador de futebol na vida real. É o mesmo estilo que o Cartola, da Globo, explora há alguns anos. No caso da Betsson, há pagamentos em dinheiro que chegam a até R$ 10 mil por rodada, algo que já é permitido.

Porém, a marca também tem um site de apostas funcionando. Mas como a regulamentação ainda não ocorreu, o site é operado pela companhia que tem licença em Malta.

"Somos a exceção no Brasil, uma mosca branca, mas também queremos trazer a operação do site de apostas para cá quando o negócio for regulamentado", diz Andre Gelfi, diretor geral da Betsson no Brasil. A empresa também aposta em patrocínios para ser mais conhecida: decidiu dar o maior valor da história do time pernambucano Ibis, conhecido como o "pior time do mundo".

Outras marcas, no entanto, já estão apostando em times bem maiores. Recentemente, a SportsBet.io anunciou o maior patrocínio da história do São Paulo para ocupar o espaço principal em sua camisa. Os valores não foram divulgados, mas a Sports Value enxerga que, no mínimo, foi pago R$ 17 milhões pelo espaço, que ficará com a marca da empresa até 2024.

"Os sites de apostas também aproveitaram um momento de crise, em que há menos interessados em patrocinar o futebol por causa da pandemia, para conseguir maior exposição", diz Amir Somoggi, sócio da Sports Value.

A Betsul é a empresa que tem mais times patrocinados: Internacional, Grêmio, Fortaleza, Chapecoense e Ceará. No caso do colorado e do tricolor, além do valor de patrocínio, a empresa também ofereceu a possibilidade de ambos terem lojas com os seus nomes e que funcionarão como uma lotérica - a empresa está de olho na exploração das loterias do Rio Grande do Sul. Em fevereiro, o Supremo Tribunal Federal liberou a exploração do serviço público de loterias diretamente pelos Estados, mas ainda falta uma legislação para definir como essa exploração funcionará.

"Fomos procurados há cerca de um mês e meio com essa proposta e vimos que se trata de um caminho sem volta. E, além da participação no valor das apostas, também vamos poder fazer diversas ações", afirma Jorge Avancini, vice-presidente de marketing do Internacional.

O movimento está acelerado. A Galerabet, por exemplo, sequer estreou o seu site no Brasil (mas com servidores em Israel e no Chipre, além da licença ser de Malta). Mesmo assim, já é patrocinador do Corinthians, do Sport e do Cruzeiro. Com a entrega prevista para agosto, a companhia, que a PlayTech, empresa com capital aberto na Bolsa de Londres, como um de seus investidores, enxerga um grande potencial no mercado com a regulação e na geração de empregos.

"Não faz sentido operar no Brasil com um atendente paquistanês ou indiano. Queremos gerar emprego e gerar mercado no País", diz Ricardo Rosado, vice-presidente de desenvolvimento de negócios e marketing da Galerabet.

O governo fez uma estimativa considerada conservadora de que pode arrecadar R$ 400 milhões a R$ 700 milhões em impostos com a regulamentação dos sites de apostas. E segundo o secretário de Avaliação, Planejamento, Energia e Loteria, Gustavo Guimarães, há um trabalho dentro do Ministério da Economia para que este projeto de regulamentação saia até o fim do ano que vem. De repente, até mesmo antes da Copa do Mundo de 2022, que será realizada no Catar em novembro.

"Cada dia que o passo, é um dia a menos que temos para explorar um mercado que já funciona, mas que precisa ser regulado para trazer segurança e gerar arrecadação para o governo", diz o secretário.

RISCOS DE MANIPULAÇÃO E VÍCIO RONDAM O SETOR - Apesar de ser liberado em boa parte dos principais mercados, há muita discussão a respeito dos efeitos negativos que o setor de apostas pode gerar, inclusive na área de saúde pública. Afinal, trata-se de um jogo que pode gerar vício. Não à toa, desde 2004, atividades como o bingo e máquinas caça-níqueis são proibidos no Brasil. Por problemas como esse, há uma série de discussões em alguns locais, como a Inglaterra, para limitar ou até mesmo banir a propaganda de sites de apostas em clubes de futebol.

Para se ter uma ideia, na Inglaterra mais de 80% dos times da primeira e segunda divisão têm algum patrocínio ligado ao setor de apostas.

No Brasil, essa discussão ainda não existe, mas pode surgir em breve. Por agora, o crescimento do mercado à revelia de uma regulamentação pode trazer problemas tanto para o esporte quanto para os próprios consumidores. Sem regras e com empresas com sedes fora do Brasil, por exemplo, caso um cliente não tenha recebido o valor da sua aposta, não há a quem reclamar.

Para completar, um mercado sem regulação também não cria um arcabouço legal para evitar manipulações de resultados, como aconteceu em 2005 no caso que ficou conhecido com Máfia do Apito, em que juízes beneficiavam ou auxiliavam times em benefícios de apostadores.

"Não há um aparato bem montado para identificar desvios e evitá-los. E a insegurança jurídica do mercado brasileiro também acaba afastando os maiores investidores do mundo", diz o advogado Pedro Trengrouse, sócio do escritório Trengrouse & Gonçalves e especializado no setor.

Segundo o secretário de Avaliação, Planejamento, Energia e Loteria, Gustavo Guimarães, todos os pontos estão sendo colocados em discussão na regulação. Ele ainda cita a preocupação com a lavagem de dinheiro e desvios. "Os desafios são imensos e vamos propor uma legislação que projeta o apostador e que também tenha os cuidados com a patologia do jogo", afirma Guimarães.

O Flamengo anunciou mais um patrocínio para a temporada. Trata-se da plataforma de streaming e televisão DIRECT TV. O vice-presidente de Relações Externas, Luiz Eduardo Baptista, o Bap, foi às redes sociais para celebrar o acordo, mas aproveitou para alfinetar a CBF. Vale lembrar que o dirigente fez declarações na semana passada na divergência com a entidade sobre a situação clínica do atacante Gabriel, que está com a seleção brasileira na Copa América.

"Seja muito bem vindo DIRECTV GO - o mais novo parceiro comercial do Marketing do Flamengo. Já pensaram se nossos parceiros pudessem ser convocados também?", publicou Bap em sua conta no Twitter.

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Essa não foi a primeira alfinetada de Bap na CBF. Na última quarta-feira, antes da entidade divulgar o boletim médico sobre a ressonância magnética de Gabriel, o dirigente foi ao Twitter se manifestar. Sem citar nomes, fez uma espécie de charada com os torcedores, que logo sacaram o destinatário da mensagem. Ainda durante o dia, deu entrevista para falar sobre o centroavante, que, diagnosticado com um edema muscular, era aguardado pelo Flamengo em Curitiba para uma reavaliação.

"O que é o que é? Um negócio que você usa recursos e ativos de 3os, investe pouco e tem receitas altas. Não paga por isso ainda que seja lei, nem tem riscos e obrigações trabalhistas. Você decide a vida dos outros e estes ainda pagam as suas contas. Dica: não é um clube de futebol", escreveu Bap na ocasião.

Alheia a isso, a empresa americana fechou com o Flamengo até dezembro deste ano e terá a sua marca exposta nas placas de publicidade do CT do Flamengo, no Ninho do Urubu. Pioneira na TV dos Estados Unidos, a DIRECT TV tem o esporte como um dos conteúdos mais assistidos em sua plataforma. O acordo também foi recebido por outros dirigentes e torcedores nas redes sociais.

"O futebol representa um dos conteúdos mais assistidos da DIRECTV GO. Sem dúvida, é uma paixão nacional, que move o país, e é natural que a marca esteja presente onde o nosso público está. Entendemos a grande relevância do Flamengo no futebol mundial e queremos, com esse patrocínio, reforçar a importância e nosso respeito pelo esporte brasileiro", disse Gustavo Fonseca, presidente da DIRECTV GO.

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