Tópicos | Daniel Coelho (PSDB)

Neste domingo (2), 1.118.080 eleitores recifenses vão às urnas para escolher quem será o próximo prefeito da capital pernambucana. Oito candidatos disputam o pleito: Carlos Augusto (PV), Daniel Coelho (PSDB), Edilson Silva (PSOL), Geraldo Julio (PSB), João Paulo (PT), Pantaleão (PCO), Priscila Krause (DEM) e Simone Fontana (PSTU). A votação acontece das 8h às 17h.

A corrida, entretanto, está sendo polarizada entre Geraldo, que postula à reeleição, e João Paulo, ex-gestor municipal com dois mandatos (2001 a 2008). Dados do último levantamento do período divulgado pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), nesse sábado (1º), o socialista aparece com 39% da preferência do eleitorado e o petista 23,7%

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Para o coordenador do estudo e cientista político, Adriano Oliveira, os números revelam a tendência de que a definição do pleito será já no primeiro turno. “Geraldo está na tendência ascendente e com ela nós já podemos afirmar que o primeiro turno continua plausível”, salientou. "Se João começou como líder aparecendo com cerca de 30% de votos [considerando a margem de erro de 3,5 pontos] estamos observando claramente uma queda e isto sugere que ele pode ter este declínio, inclusive no dia da eleição. Enquanto seu principal opositor, Geraldo Julio, cresce”, acrescentou. 

Em terceiro e quarto lugar, o IPMN traz, respectivamente, Daniel com 13,1% das intenções de votos e Priscila com 2,2%. O tucano disputa pela segunda vez o cargo de prefeito, em 2012 ele concluiu a disputa em 2º lugar, com 27,65% dos votos válidos, mas este ano, ao menos nas pesquisas, não tem ultrapassado os 14 pontos percentuais. Os demais candidatos oscilam entre 3% e 1%. 

Reveja as sabatinas dos postulantes feita pelo Portal LeiaJá:

--> A prefeitura é um monstrengo ineficiente, avalia Daniel

--> Simone Fontana promete governar com conselhos populares 

--> Carlos Augusto afirma que tem as melhores propostas 

--> Edilson: 'o povo está indignado com a situação do Recife' 

--> João Paulo: "há um total abandono da cidade" 

--> Priscila: precisamos quebrar esta lógica que dura 16 anos 

--> Pantaleão quer replicar ações de Cuba na gestão do Recife 

A exatos 30 dias das eleições municipais, quatro dos oito candidatos a prefeito do Recife participaram, na manhã desta sexta-feira (2), de um debate promovido pelo Colégio Equipe, na zona norte. A organização convidou seis dos postulantes, compareceram Daniel Coelho (PSDB), Carlos Augusto (PV), Edilson Silva (PSOL) e Priscila Krause (DEM). Os candidatos à reeleição, Geraldo Julio, e João Paulo (PT) faltaram mais uma vez. A ausência gerou críticas dos adversários. 

O candidato Carlos Augusto (PV) foi o primeiro a expor suas propostas. Ele iniciou a fala avaliando negativamente a gestão de Geraldo e pontuando que é preciso "reciclar a política" e "zelar pelo patrimônio público". Além disso, reforçou também as defesas pelo saneamento básico, a acessibilidade das calçadas, a despoluição e navegabilidade do Rio Capibaribe, uma gestão eficaz e a participação da sociedade nas eleições. “Não podemos mais ser observadores. Temos que ser agentes da política. Não podemos errar nesta eleição”, frisou.

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Endossando a tese de que é preciso reativar a participação popular na gestão da capital pernambucana, o candidato Edilson Silva criticou a enxurrada de propostas que aparecem durante o período eleitoral. “Não podemos fazer do debate eleitoral um teatro, muito menos da cidade uma peça de ficção”, observou, fazendo críticas diretas a Geraldo. “Propostas são balelas. Basta. Chega. Estamos cansados destes partidos de sempre”, acrescentou. 

Já o tucano Daniel Coelho destacou os eixos principais da sua campanha, entre eles, a estratégia de “fazer funcionar o que já existe”. “É injusto o que tem sido feito por este modelo. Você cria um hospital novo enquanto policlínicas estão completamente abandonadas... Não dá para prometer equipamento novo enquanto o que já existe está abandonado. Isso é desrespeito ao dinheiro do nosso contribuinte. Não sou contra equipamento novo, mas colocar primeiro para funcionar os que já existem é fundamental”, cravou, falando ainda sobre propostas para habitação e pregando a tese de que é o “novo” para a PCR. 

A postulante Priscila Krause (DEM), por sua vez, condenou inchaço da máquina pública, destacando propostas para educação e segurança. “Nunca na história do Recife se teve uma máquina tão inchada. Isto é o que precisa ser rompido para que a partir daí tenhamos mais recursos e o dinheiro seja usado corretamente. O Recife está longe de ser uma cidade pobre, temos dinheiro sim para a educação, para saúde... A educação consome bastante dinheiro e um dinheiro justo. A prefeitura diz que gasta R$ 800,00 por aluno ao mês. É a mensalidade de uma escola particular muito boa e nós temos um serviço muito ruim”, discorreu. 

Além da exposição de propostas individuais, a plateia, composta por estudantes do 3º ano, questionou os postulantes sobre diversos assuntos como navegabilidade, corte de cargos comissionados, segurança pública e mobilidade. 

Entre um questionamento e outro a conjuntura política nacional também foi evocada pelos presentes. Alunos favoráveis e contrários ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) expuseram seus posicionamentos, gerando, inclusive, uma discussão mais acalorada com Priscila Krause e Daniel Coelho.

Os candidatos a prefeito do Recife Carlos Augusto (PV), Daniel Coelho (PSDB), Edilson Silva (PSOL) e Priscila Krause (DEM) participam de um debate promovido Faculdades Integradas Barros Melo (AESO), nesta quinta-feira (25), a partir das 16h. 

Além disso, Daniel Coelho grava para televisão às 10h e às 19h inaugura o comitê central de campanha na Avenida Domingos Ferreira. Enquanto Priscila lança o programa de governo, às 19h, durante o Evento 25, no Clube Internacional, na Madalena.

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Já o postulante do PV, grava para o guia, no Capibar, durante a manhã e às 20h se reúne com candidatos à Câmara Municipal, na sede do partido; e o do PSOL, participa de um encontro do Sindlojas, no Centro do Recife.

Dos candidatos que não participam do debate na Aeso, João Paulo (PT) grava durante o início da manhã para o guia eleitoral, Simone Fontana participa apenas de uma sabatina feita pela Associação da Guarda Municipal do Recife e o prefeito Geraldo Julio (PSB) realiza panfletagem em Coqueiral durante a manhã e participa de um ato do vereador e candidato à reeleição Romerinho Jatobá, em Nova Descoberta, às 20h. 

Dezoito vereadores que exerciam o mandato em 2006 foram acionados, nesta semana, pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) por improbidade administrativa. De acordo com a Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público da Capital a ação é baseada na denúncia de que os parlamentares usaram notas frias para o recebimento de verba indenizatória em 2006 e 2007. Dos 18 que vão responder por improbidade, seis são vereadores do Recife na atual legislatura - Antonio Luiz Neto (PTB), Eduardo Marques (PTB), Henrique Leite (PT), Luiz Eustáquio (PT), Osmar Ricardo (PT) e Vicente André Gomes (PSB) - e 12 ex-vereadores – Fred Oliveira (PEN), Daniel Coelho (PSDB), Francismar Pontes (PSB), Gilvan Cavalcanti (PSD), Gustavo Negromonte (PMDB), João Alberto, Eriberto Medeiros (PTC), Liberato Costa Jr. (PMDB), Luiz Carlos Pires, Luiz Helvécio, Romildo Gomes (PSD) e Valdir Faccione.

A investigação foi realizada pela Promotoria de Justiça de Patrimônio Público e pela Central de Inquéritos da Capital. Além das informações obtidas pelo TCE, o Ministério Público teve acesso por meio de autorização judicial a dados fiscais e bancários de alguns dos vereadores. “Foi possível configurar a apropriação de recursos públicos por parte de todos os acionados, e, em relação a 12 deles, detectou-se também uma evolução patrimonial incompatível com a renda”, relata o texto. Em média, segundo o MPPE, cada vereador acionado recebeu R$ 118 mil de verba indenizatória.

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A Promotoria de Justiça utilizou dados da Pesquisa de Orçamento Familiar – POF – realizada pelo IBGE para apurar a evolução patrimonial dos vereadores. Alguns vereadores chegaram a atingir uma evolução patrimonial superior a 200% em dois anos. Para o promotor de Justiça, Charles Lima, alguns números não são compatíveis ao tempo de aquisição dos parlamentares. 

“Há casos gritantes de patrimônio incompatível, onde o vereador adquiriu em dois anos bens que, aplicados os percentuais do IBGE para famílias com a mesma faixa de renda levariam 10 anos ou mais para adquirir valores semelhantes. Simplesmente não há compatibilidade entre o patrimônio do vereador e seus rendimentos”, garantiu o promotor.

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