Tópicos | Dano ambiental

Em resposta a questionamento feito pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a BR Distribuidora afirma que recorrerá de uma condenação por dano ambiental pela 14ª Vara de Fazenda Pública de São Paulo. A empresa foi responsabilizada por venda de diesel tipo S500 no lugar do S50, que tem menor concentração de enxofre.

O ofício da CVM foi motivado por reportagem do jornal O Globo do último sábado, 27. A ação foi ajuizada pelo município de São Paulo contra a BR, que pela sentença, precisará plantar no mínimo 711 mudas de árvores na capital paulista para neutralizar os dados causados pela venda de combustível com maior concentração de enxofre, e pagar uma indenização de R$ 198 mil. A troca nos tipos de diesel ocorreu em 2010.

##RECOMENDA##

Em sua resposta à CVM, a BR Distribuidora afirma que já foi apresentado recurso para reverter a decisão, que já está em trâmite no Tribunal de Justiça de São Paulo. A companhia explica que houve uma problema pontual de suprimento da refinaria que atendia os postos na região metropolitana da capital paulista, e para evitar desabastecimento da frota de transporte público rodoviário, forneceu o diesel S500 durante algumas horas do dia.

Segundo a companhia, o impacto da substituição na quantidade de dióxido de enxofre emitidos na região metropolitana de São Paulo em 2011 era de 0,0057%, "quantidade que, no entendimento da BR, é incapaz de configurar qualquer tipo de dano ao meio ambiente, o que é reforçado pelo laudo da perita designada pelo juízo", diz o documento.

Por fim, a companhia afirma que a decisão em primeira instância seja reformada, por não haver, em seu entendimento, comprovação de dano ao meio ambiente, por ter obtido autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e de Biocombustíveis (ANP) para a troca, e uma eventual alternativa seria pior para a população.

O Projeto de Lei 5626/19 concede seguro-desemprego, em caráter excepcional, ao pescador artesanal na hipótese de dano ambiental que prejudique a atividade. A proposta, apresentada por oito deputados, tramita na Câmara dos Deputados.

O texto acrescenta a possibilidade à Lei do Seguro-Defeso (10.779/03). Atualmente, a norma prevê a concessão do seguro-desemprego durante o período de defeso de atividade pesqueira para a preservação da espécie, limitada a um benefício por ano. Esse limite, no entanto, não se aplica em caso de prejuízo ambiental, conforme a proposta.

##RECOMENDA##

O projeto é assinado pelos deputados Daniel Almeida (PCdoB-BA), Alice Portugal (PCdoB-BA), Renildo Calheiros (PCdoB-PE), Perpétua Almeida (PCdoB-AC), Professora Marcivania (PCdoB-AP), Márcio Jerry (PCdoB-MA), Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e Orlando Silva (PCdoB-SP). A razão deles para apresentar a matéria é a contaminação – no segundo semestre de 2019 – do litoral nordestino por manchas de petróleo.

“Segundo especialistas, trata-se da catástrofe ambiental mais grave já ocorrida no País, que deixa um rastro tóxico por milhares de quilômetros, atingido mangues e corais em etapa mais avançada de degradação. É um tipo de contaminação que é mais difícil de ser limpa e que tende a permanecer durante anos no meio ambiente”, diz a justificativa do projeto.

Os parlamentares acrescentam que o prejuízo para os pescadores é grande, uma vez que ninguém quer comprar os pescados por medo de contaminação.

Tramitação

A proposta, que tramita em caráter conclusivo, será analisada pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

*Da Agência Câmara Notícias

 

Depois que o vazamento de 5 m³ de resíduo oleoso (óleo e água) de despejos industriais da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), localizado no Cabo de Santo Agostinho, Grande Recife, atingiu o mangue a Polícia Federal enviou para o local peritos criminais que vão realizar laudo pericial que deverá apontar qual a extensão do possível dano ambiental e o que causou, de fato, o episódio.

A PF aponta que, após a conclusão do laudo, serão analisados a existência da prática, ou não, de crime ambiental. Se constatado tal infração, será aberto um inquérito policial que deve atribuir responsabilidades à todos os possíveis envolvidos.

##RECOMENDA##

Sobre esse vazamento que aconteceu na última segunda-feira (26), a  Prefeitura de Ipojuca informou que, desde terça-feira (27), está no local com uma equipe da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, coordenada pelo secretário Erivelto Lacerda. Biólogos, geólogos, engenheiros florestais e de pesca avaliam os danos ambientais - tentando, em conjunto, tomar as medidas necessárias.  

"Como o óleo vazado da Refinaria atingiu o mangue, os técnicos da Prefeitura estão apurando, junto com a Petrobrás, em parceria com a CPRH e com o IBAMA, o quantitativo real do vazamento e se a área próxima ao estuário do Rio Ipojuca foi atingida", assegura o órgão municipal. 

A prefeitura de Ipojuca salientou ainda que "a Refinaria afirma que o vazamento foi de 5m³ de óleo e que há quatro barreiras de contenção preventiva para que o rio não seja atingido, apesar disto, já foi acordado com a Prefeitura do Ipojuca que novas contenções serão feitas pela Refinaria."

LeiaJá também:

-> Refinaria Abreu e Lima segue operando mesmo após vazamento

Considerado o maior acidente ambiental do País, o rompimento da barragem de rejeitos da Samarco completa hoje um ano com uma incógnita: ainda não se sabe exatamente qual foi a extensão do dano ambiental nem tampouco quanto tempo será necessário para haver uma recuperação total.

Apesar de esforços de órgãos como o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e Ibama e de universidades e pesquisadores independentes de iniciar coletas e análises, logo depois que a lama varreu Bento Rodrigues e atingiu o Rio Doce rumo ao mar e nos meses seguintes, alguns trabalhos foram interrompidos em abril por falta de verba e só estão sendo retomados agora.

##RECOMENDA##

É o caso do impacto no litoral, onde a lama desaguou a partir da foz do Rio Doce. Roberto Sforza, técnico do ICMBio e chefe da Área de Proteção Ambiental Costa das Algas, uma das unidades de conservação no Espírito Santo que foi atingida pela lama, explica que duas expedições oceanográficas foram feitas, em janeiro e abril, para a coleta de amostras de água, sedimentos, micro-organismos e recursos pesqueiros para identificar possíveis contaminações. Foi dessas primeiras análises que surgiu o alerta de que peixes e crustáceos estavam contaminados, o que levou à suspensão da pesca. Mas depois de abril não foi possível concluir nem a análise de material coletado.

"As expedições ocorreram com recursos nossos, remanejados de outros projetos, e de universidades como a Federal do Espírito Santo, mas quando nosso dinheiro acabou, tivemos de parar", disse. Ele explicou que somente agora, com o termo de ajustamento de conduta com dinheiro repassado da Samarco para isso, é que deve ser iniciado um monitoramento pelos próximos cinco anos.

"A verdade é que hoje não temos como dimensionar o dano nem caracterizá-lo. O que sabemos é que os rejeitos que chegaram ao mar se espalharam por toda a plataforma do litoral do Espírito Santo. E, dependendo de ventos, frente fria, correntes marinhas, chegaram a Abrolhos e ao litoral norte do Estado do Rio. Mas que efeitos causaram não é sabido nem quanto tempo vai levar para recuperar." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma chata carregada com óleo combustível, que afundou no final do ano passado no Continente Antártico, perto da Estação Comandante Ferraz, foi resgatada e levada para terra, afastando o perigo de dano ambiental. A informação foi divulgada no final da tarde de ontem (3) pela Marinha. Os trabalhos de resgate começaram em 28 de fevereiro e duraram cinco dias.

A embarcação foi reflutuada em operação executada por mergulhadores embarcados no navio Gulmar Atlantis, cedido pela Petrobras, com apoio do Navio Polar Almirante Maximiano, da Marinha. Também foi utilizado um veículo submersível de operação remota, um minisubmarino conhecido como ROV, para checar as condições em que se encontrava a chata.

A embarcação foi içada por um guindaste do navio Gulmar Atlantis e, posteriormente, teve colocados flutuadores ao longo de seu casco. Em seguida, o óleo que estava em seus tanques foi bombeado em recipientes que permitem armazenamento seguro, para ser levado pela Marinha à base no Rio de Janeiro.

Durante toda operação, houve a preocupação de se evitar qualquer possibilidade de dano ambiental na região, que é considerada um santuário de vida marinha ainda livre da poluição, através da colocação de uma barreira ao redor da área montada com equipamentos da Petrobras.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando