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Uma instituição museológica cumpre sua função ao tornar seu acervo o mais acessível possível e, neste sentido, o projeto Acervo Digital Museu da Cidade do Recife — Fotografia apresenta como resultado um conjunto formado por versões fac-similares, em formato PDF, dos 67 livros de tombo da coleção fotográfica do MCR, organizados pela instituição museal desde a sua inauguração, no início da década de 1980. No equipamento cultural situado no antigo Forte das Cinco Pontas, bairro de São José, o trabalho de pesquisa e digitalização será apresentado por seu idealizador e equipe envolvida na ação em palestra gratuita a partir das 19h do dia 31 de agosto.

Trata-se do resultado de um projeto cultural desenvolvido pelo pesquisador e fotógrafo Josivan Rodrigues junto a equipe do museu, com incentivo do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura - Funcultura, da Fundarpe, Governo de Pernambuco. O conteúdo será disponibilizado gratuitamente para consulta e download no website da instituição (museudacidadedorecife.org).

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O acesso a esses livros de tombo, objeto do projeto, que reúnem mais de 126 mil itens (parte de um universo de 200 mil em toda a coleção fotográfica), se dava apenas de forma presencial, obrigando os interessados a realizar suas consultas unicamente no setor de pesquisa do museu. Rodrigues, também produtor cultural do projeto, enfatiza que a iniciativa visa principalmente a democratização da informação. “A disponibilização virtual dos livros de tombo agrega valor cultural à cidade, permitindo que pesquisadores, estudantes e a população em geral tenham acesso facilitado a esse patrimônio histórico e cultural”, declara.

Josivan encontrou na sua pesquisa junto ao acervo fotográfico do museu fichários medindo 28 x 41 cm que contém as cópias fotográficas coladas em suporte de papel e acompanhadas de informações sucintas sobre cada uma das imagens, como número de registro, descrição, autor e ano, totalizando 5.600 páginas de conteúdo. Cada fichário, uma verdadeira cápsula do tempo, extenso e variado conteúdo que contempla imagens que retratam construções, eventos, paisagens, serviços públicos, festas, tipos populares, vistas aéreas, demolições e costumes.

Boa parte das fotografias foram produzidas e reunidas pela Diretoria de Estatística, Propaganda e Turismo (DEPT) e, posteriormente, pela Diretoria de Documentação e Cultura (DDC), ao longo das décadas de 1930 a 1950. No hall de créditos das imagens, figuram renomados fotógrafos, a exemplo de Alexandre Berzin, mas também é possível passear pelos livros de tombo e conhecer imagens raras da capital. Mandel, Benício Wetley Dias e muitos outros também capturaram momentos que abrangem as décadas de 1940 e 1950 e de 1979 até meados da década de 1980.

Sandro Vasconcelos, historiador responsável pelo Núcleo de Pesquisas do Museu da Cidade do Recife, salienta a importância da democratização do acesso às coleções museais. “Esta digitalização e oferta do conteúdo de boa parte o acervo iconográfico, antes de tudo reafirma o compromisso e o papel social do Museu da Cidade do Recife de ofertar informações sobre o Recife de formas cada vez mais acessíveis,” pontua, enfatizando o site da instituição como mais uma ponte de acesso aos itens.

Faz 10 anos que o Museu da Cidade do Recife e Josivan Rodrigues empreendem parcerias na realização de projetos a partir do acervo da instituição, gerando publicações no formato livro, caso do projeto Imagens do Recife, cuja primeira edição foi sobre pontes e a segunda sobre ruas, além do Inventário e do Catálogo do Acervo Cartográfico do MCR, sendo essas ações também incentivadas pelo Funcultura. “São projetos que envolvem acervos e arquivos, e se relacionam com o meu fazer fotográfico. Meu interesse por acervos se deu exatamente no contato com as coleções de fotografia do MCR”, revela Josivan.

Betânia Corrêa de Araújo, diretora do Museu da Cidade do Recife, ressalta que o conjunto possui uma riqueza de informação visual muito importante. De acordo com a gestora, o mais importante desse álbum é que cada vez que se abre, se olha como a primeira vez. “Fotos aéreas, foto das pessoas e a vida na cidade, fotos de olhar poético, com subjetividade maior; tem as fotos que o público adora, foto do zepelim, fotos de Augusto Rodrigues. O conjunto é fascinante, eu fui por muitos anos pesquisadora desse acervo”, rememora.

Uma série de cartões postais com imagens do acervo também foi produzida para divulgar o projeto e será distribuída gratuitamente aos visitantes do museu.

SERVIÇO

Palestra de Lançamento do Catálogo do Acervo Fotográfico do Museu da Cidade do Recife

Quinta-feira, 31 de agosto de 2023, às 19h.

Local: Museu da Cidade do Recife (Forte das Cinco Pontas, s/n, São José)

Visitação: Quarta a sexta-feira, das 10h às 17h, e aos sábados e domingos, das 10h às 16h.

Informações: (81) 3355-3108

Acesso gratuito.

Site: www.museudacidadedorecife.org

Após deixar uma sessão de cinema acompanhado pelos pais, em 2017, o pequeno Rafael Kaweh, morador de Rio Branco, no Acre, decidiu criar um cinema comunitário para que crianças carentes pudessem ter acesso a filmes e animações. O sonho do menino, então com oito anos, virou realidade através do projeto Cine Oportunidades, sediado no bairro Cidade do Povo, na capital do estado. O trabalho de Rafael, no entanto, precisou parar após um roubo, acontecido em julho deste ano. Os ladrões levaram todos os equipamentos de projeção e até as panelas de fazer pipoca. 

Apaixonado por animações, Rafael queria que outras crianças também tivessem a oportunidade de assistir aos filmes em uma sala de cinema. Com a ajuda dos pais e voluntários, eles montaram uma estrutura com projetor e um banner, no qual as produções eram exibidas. As sessões eram gratuitas, com direito à pipoca e refrigerante, e seguidas de rodas de conversa a respeito da mensagem dos filmes exibidos. 

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Porém, o Cine Oportunidades sofreu um baque após ter sido vítima de um roubo no qual foram levados todo o maquinário do espaço. Desde sua fundação, o projeto já havia recebido cerca de cinco mil pessoas mas, agora, se vê obrigado a parar. Os pais de Kaweh, os assistentes sociais Rafael e Janara Almeida estão em busca da ajuda de voluntários que possam fazer doações ao projeto. 

No último domingo, a família participou do programa Hora do Faro, na TV Record, e conseguiu ganhar o valor de R$ 30 mil para ajudar na reconstrução do Oportunidades. Por coincidência, recentemente, o tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem, chamou a atenção dos estudantes e professores ao propor uma discussão acerca da democratização do acesso cinema no país. 

A Frente Povo Sem Medo, composta por mais de 30 movimentos nacionais, também vai realizar uma manifestação, no próximo sábado (8), a partir das 17h. O ato público vai acontecer no monumento Tortura Nunca Mais, localizado na Rua da Aurora, na área central do Recife. 

A manifestação denominada “Vamos, Recife” tem como objetivo lutar, de acordo com a organização, pela “democratização da economia”. “Diante do fracasso das elites em resolver os problemas que criaram, vamos apresentar uma saída popular para a crise econômica, que atenda a maioria da população, aqueles que vivem do suor de seu trabalho”, explica o texto convidando a população. 

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O movimento citou como formas de combater “os privilégios” a redução de juros, auditoria da dívida pública, cobrança de IPVA de jatinhos e uma reforma tributária que taxe os lucros e não o consumo. 

A frente destacou que os trabalhadores não podem pagar pela crise. “Chega de perda de direitos para favorecer a ganância de 1% de milionários que vivem do rentismo e da superexploração do trabalho do povo brasileiro. Vamos, juntos, debater propostas para democratizar nossa economia”. 

Com a intenção de formar novos colecionadores, o projeto Múltiplos chega ao Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães - Mamam, nesta sexta (18) - dentro da programação da Sexta da Pesada - com a comercialização de obras de arte a um custo mais acessível. Além de comprar ou apenas apreciar as exposições, o público poderá conferir os artistas participantes trocando os pincéis pelas panelas num momento gastronômico para criação de pratos especiais.  

Em sua primeia vez no Recife, o projeto traz os artistas marcelo Silveira, Paulo Bruscky, Gil Vicente, Daniel Santiago, Márcio Almeida, Martinho Patrício e Paulo Meira. Estarão disponíveis para venda gravuras, fotografias, esculturas, entre outros objetos, com preços que variam de R$ 100 a R$ 700.

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Os visitantes poderão ainda conferir a mostra Moderna para sempre - Fotografia Modernista Brasileira na Coleção Itaú Cultural, realizada pelo Mamam em parceria com o Itaú Cultural. A exposição mergulha no movimento fotoclubista brasileiro, lançado no final da década de 1930. Outra mostra em cartaz é Inimigos, de Gil Vicente. Ambas ficam abertas à visitação até às 20h. 

Confira este e muito mais eventos na Agenda LeiaJá. 

Serviço

Sexta da Pesada e lançamento do projeto Múltiplos no Mamam

Sexta (18) | 16h às 22h

Museu da Arte Moderna Aloísio Magalhães - Mamam (Rua da União, 88 - Boa Vista)

Gratuito

(81) 3355 6870

 

A TV Universitária Recife realiza, nesta quarta (6), às 9h, uma audiência pública tendo como tema sua programação. O encontro servirá para a emissora apresentar seu novo conceito e diretrizes de conteúdo, além de orientar sobre os procedimentos para a apresentação de projetos para compor sua grade de programação.

A iniciativa é fruto do novo modelo de gestão implantado recentemente na TVU, que tem como princípios a participação popular, a transparência, o respeito à diversidade e o controle social, entre outros. Nos últimos anos, a TV - que é pública e gerida pela Universidade Federal de Pernambuco - passou por momentos de crise e sofreu bastante pressão para melhorar a programação e estrutura.

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A audiência acontece no Palácio da Soledade, sede do IPHAN, que fica à Rua Oliveira Lima, 824, Boa Vista. Os interessados em comparecer devem confirmar sua presença enviando um email para institucional.ntvru.ufpe@gmail.com.

Debates, oficinas e exibição de vídeos farão parte da programação da manifestação pública que ocorrerá nesta sexta-feira (19), a partir 15h, no Parque 13 de Maio, área central do Recife. A ação nomeada ‘Liberdade de expressão pra quem?’ será realizada pelo Fórum Pernambucano de Comunicação (Fopecom) com o apoio da TV Pernambuco em comemoração a Semana Nacional de Luta pela Democratização da Comunicação.

O evento integra a campanha ‘Para Expressar a Liberdade’, promovida pelo Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), que defende a criação de uma nova lei para as comunicações no País, capaz de ampliar a pluralidade de vozes e ideias na radiodifusão brasileira.

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Além de defender a liberdade de expressão, o ato público discutirá o acesso à internet banda larga livre, com o objetivo de mostrar a necessidade de se criar políticas públicas que universalizem o acesso da população à rede. No Brasil, cerca de 62% dos domicílios não estão conectados à internet e no Nordeste, este percentual atinge 79%.

O Fopecom apoia a regulamentação dos sistemas de comunicação no Brasil, com a finalidade da liberdade de expressão e contribuição para o fortalecimento da democracia. Neste contexto, o fórum luta pela garantia de vozes como as dos movimentos sociais, para que sujeitos historicamente invisibilizados e estigmatizados pela grande mídia, como negros, indígenas, quilombolas, mulheres e homossexuais, sejam representados longe de estereótipos. 

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