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De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), mais da metade dos inscritos não compareceu à prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Devido à quarentena, a forma de preparação do exame foi adaptada para o ensino remoto. Porém, com a falta de acesso e as complicações impostas pelo contexto, muitos alunos relataram dificuldades com o estudo ou sequer obtiveram uma preparação adequada.

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A edição de 2020, realizada em janeiro de 2021, escancarou desigualdades sobre a modalidade de ensino adotada. Para a estudante Kezia Farias, moradora do interior da cidade de Viseu, no Pará, as dificuldades começaram com a falta de suporte para o Enem. A ex-aluna do ensino médio, da rede pública, alegou que o ensino era apenas com intuito de conclusão do ano letivo, uma vez que as atividades realizadas foram repassadas via aplicativos de bate-papo. “Houve muitas dificuldades com os assuntos caídos na prova, já que praticamente não obtivemos nenhuma base”, disse.

A crise gerada pela pandemia evidenciou essas desigualdades existentes no país e, consequentemente, o contraste na preparação dos alunos. A estudante Ágata Abreu afirma que teve uma boa preparação para o exame, porque obteve acesso aos recursos necessários para o seu aprendizado. “Eu tinha equipamentos, e isso é uma das coisas principais, eu tive oportunidades, enquanto tem gente da rede pública que não tem equipamento, não tem aula, não tem internet, então eu tive esse privilégio”, afirmou.

Devido ao cenário de crise, o isolamento social intensificou os problemas para adaptação ao sistema remoto. A vestibulanda comentou que permanecer durante muito tempo em frente à tela durante as aulas gerou um cansaço demasiado. “A principal forma de se adaptar foi a questão de organização, saber as suas limitações e entender que é para um bem maior: a sua saúde”, disse Ágata.

Medidas específicas precisaram ser tomadas para que a prova fosse aplicada com mais segurança. No entanto, alguns procedimentos essenciais foram frágeis durante o processo, principalmente em relação às ações de distanciamento e de higienização. “Foi uma experiência diferente de outras provas que eu já tinha participado. Apesar de algumas coisas terem sido bem diferentes, eu esperava mais em relação a cuidados. Muitas coisas prometidas não foram cumpridas. Os estudantes não foram ouvidos, tanto no adiamento da prova, quanto no momento de fazer a prova, pois foram prometidas salas com a capacitação reduzida e não houve isso”, concluiu a estudante.

Em meio à preparação para o exame, muitos alunos desenvolveram desgastes emocionais, ocasionando a abstenção. De acordo com Marcos Pereira, professor do cursinho alternativo da Universidade Estadual do Pará (Uepa), foi necessário trabalhar no campo da motivação, já que o desânimo e a desconfiança pairavam sobre os alunos. “Tive que buscar uma abordagem mais dinâmica e humanizada para ensinar, pois nem todos os alunos podiam participar, uma vez que nem todos tinham acesso à internet”, explicou.

Para o professor, foi preciso adaptação tanto das questões técnicas em relação às plataformas de vídeo quanto da parte psicológica, devido ao emocional. Ele afirma que o ensino remoto foi um desafio para docentes e discentes. “Tivemos instabilidade, pois um dos impasses das aulas remotas era a instabilidade do áudio, vídeo e algumas intempéries devido ao áudio dos alunos estarem ligados”, concluiu.

Por Vitória Reimão e Gabriel Pires.

Em meio a discussão sobre privilégios na aposentadoria de políticos,  com a reforma da Previdência em discussão na Câmara dos Deputados, um caso diferente chamou a atenção em Goiás. O ex-governador Maguito Vilela (MDB) resolveu abrir mão da aposentadoria política milionária e adotar o sistema convencional do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Como um trabalhador comum, Maguito Vilela se aposentou com proventos de R$ 5.645, que é o teto pago pelo INSS. Por ter sido governador e senador, além de deputado estadual e prefeito de Aparecida de Goiânia, ele teria direito a aposentadoria especial para os congressistas que pode chegar a R$ 33.763.

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“A minha luta contra os privilégios não é de hoje, a faço desde quando fui deputado estadual. Teria direito a aposentadoria como político, mas fiquei apenas com a aposentadoria do INSS, assim como a maioria dos trabalhadores que contribuem para o Regime Geral de Previdência Social”, afirmou o ex-governador, em publicação no Facebook.

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O ex-candidato à Presidência da República, João Amoêdo (NOVO), utilizou seu perfil oficial no Twitter nesta terça-feira (28) para fazer comentário sobre privilégios políticos que costumam permear a realidade brasileira.

 “Um dos principais conceitos que devemos lembrar antes de propor qualquer política pública é que não existe almoço grátis. Alguém sempre paga a conta, e no Brasil, geralmente são os mais pobres. Privilégios de políticos, itens de luxo em licitações, subsídios para empresas, privilégios da elite do setor público são mantidos com dinheiro dos nossos impostos”, explicou Amoêdo.

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 Amoêdo continuou falando e lembrou da questão de bagagens em aviões. “Como no caso da suposta gratuidade das bagagens nos aviões, ou a proibição da cobrança da taxa de conveniência na venda de ingressos pela internet. Nesse, e em todos os casos semelhantes, a conta continuará existindo, só será compartilhada por mais gente. Ou seja, todos vão pagar a mais por um serviço que nem todos usam. Faz sentido?”, questionou.

 Por fim, o político garantiu que o Novo luta por um país sem privilégios. “O Brasil é um país muito pobre e precisamos refletir antes de propor medidas que vão aumentar a conta para o cidadão. Por isso, o NOVO defende um país sem privilégios, com um Estado que não pese tanto nos nosso bolsos e políticas públicas baseadas em fatos, dados e análises”, finalizou.

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Um tema muito polêmico e controverso vira e mexe está na mira da sociedade: a aposentadoria dos políticos. Não raro, nas redes sociais são compartilhadas mensagens e correntes espalhando, por exemplo, que políticos que exercem mandato de oito anos já teriam direito à aposentadoria, mas a realidade não é bem assim.

Os mitos que cercam o assunto não são poucos. Anterior à década de 2000, de fato, os privilégios eram muito grandes para os políticos, que tinham um regime diferenciado e até mesmo um instituto de previdência próprio dos congressistas, o IPC. A maioria dos governos estaduais também contavam com institutos de previdência específicos nos estados, que conferiam as suas respectivas aposentadorias. 

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O fato é que vigorava o que deu início a muitas polêmicas: o exercício de apenas um mandato já era suficiente para que o político se aposentasse de forma diferenciada do trabalhador comum, que contribuem com o Regime Geral de Previdência, como também levou a pensões para viúvas de ex-presidentes e de ex-governadores altíssimas. Esse sistema de muitos privilégios começou a ser contestados na Justiça e, à medida que o tempo avançou, foram sendo barrados.

Após tantas indagações, o Instituto de Previdência dos Congressistas acabou sendo extinto, em 1997, fazendo com que parlamentares de uma forma geral, bem como os governadores, prefeitos e até mesmo presidentes se vinculassem a partir de então ao Regime Geral de Previdência. Atualmente, as regras de aposentadoria para os que possuem mandato político são as mesmas do trabalhador comum precisando ter 35 anos de contribuição e 60 anos de idade, sem distinção entre homens e mulheres. O parlamentar também não pode acumular aposentadorias, independentemente de ter contribuído para o serviço público ou para o INSS. 

Dessa forma, o parlamentar pode optar pelo Plano de Seguridade Social dos Congressistas (PSSC), que é opcional. Caso não queira, ele contribuirá obrigatoriamente para o INSS. 

A cientista política Priscila Lapa explica que, inclusive, atualmente é vetada a criação desses institutos e vincular, de alguma forma, o mandatário de cargo eletivo como servidor municipal, estadual ou federal porque ele não é servidor. “Tanto que a regra que vale para o regime de previdência dos servidores não vale para os que têm cargos eletivos”. 

No entanto, vale ressaltar que há exceções já que há políticos que se adequam à regra anterior. “Quem já ocupava alguma função e já recolhia a sua contribuição previdenciária, acumula. Era como se aquele tempo que ele estivesse exercendo a atividade parlamentar contasse para a aposentadoria dele, principalmente deputados federais e senadores, que exerciam um cargo antes de 99, acabam tendo esse vínculo anterior porque a lei não pode retroagir e eles perderem direitos que foram anteriormente adquiridos”, explicou. 

Para essa exceção, há um acréscimo na aposentadoria, já que esses parlamentares podem somar o tempo de contribuição ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS) com o tempo de contribuição ao PSSC para completar os 35 anos de contribuição exigidos para requerer a aposentadoria. No entanto, isso é contestável juridicamente, mas é o que ainda vigora no Brasil.  

Privilégios 

A discussão no Brasil sobre aposentadoria dos políticos ainda guarda muitos resquícios do passado quando era estabelecidos privilégios diferentes dos estabelecidos para o trabalhador comum. “Existia uma castra privilegiada que se aposentava sobre regras diferenciadas e isso ficou na mente e na cultura do Brasil”. 

Para Lapa, de certa forma, é justa uma diferenciação. “Eu acho justo se a pessoa está exercendo o cargo eletivo muitas vezes não consegue exercer sua atividade profissional, aliás, por exemplo, um cargo de vereador existem várias vedações de atividades profissionais que você não pode exercer acumular com o cargo. Professor é uma profissão que você pode acumular e algumas da área de saúde, mas há uma série de outras atividades que não pode acumular quando você exerce o cargo representativo”.

No caso dos políticos, Lapa explica que de certa forma era como se estivessem abrindo mão da vida profissional, de estar contribuindo para a sua aposentadoria ao exercer um mandato eletivo. “O político não se vincula como servidor público, se vincula ao regime geral de previdência, então acho que avançamos nisso, ficou com esses resquícios do passado de enxergar a aposentadoria do político como um privilégio, mas no fundo não é exatamente um privilégio”.

Priscila Lapa lembra que outra polêmica à parte é posta na mesa uma vez que deputados senadores e chefes do Executivo, governador e prefeito possuem a vantagem de ter um salário acima da média da população. A indagação que fica é se é justo que exista alguma regra diferenciada para a classe política ou se deveriam fazer uma contribuição maior pelo salário mais favorecido. 

Para Lapa, a discussão envole outra questão maior: a reforma da previdência. “Praticamente o que se prevê é que a reforma mexa em quase todas as categorias do Brasil, militar, servidor público, e se é para mexer com todo mundo, um rearranjo, digamos assim, que essas regras sirvam para todo mundo inclusive para os políticos que, claro, devem ter algumas prerrogativas, mas que não devem ter privilégios".

Responsável pela Lava Jato em primeira instância, o juiz Sérgio Moro vetou a possibilidade de um esquema diferenciado para visitas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na prisão. A decisão foi divulgada em um despacho do magistrado nessa segunda-feira (9). Lula está preso na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba, no Paraná, desde o último sábado (7).  

“Nenhum outro privilégio foi concedido, inclusive sem privilégios quanto a visitações, aplicando-se o regime geral de visitas da carceragem da Polícia Federal, a fim de não inviabilizar o adequado funcionamento da repartição pública”, diz o despacho de Moro. De acordo com a 13ª Vara Federal em Curitiba, Lula terá apenas as visitas dos familiares, concedidas a qualquer preso, nesta quarta-feira (11).  

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A postura de Moro vem à tona no mesmo dia em que foi solicitada, pelo senador Roberto Requião (MDB-PR), a permissão para que os governadores de Estados do Nordeste visitassem o ex-presidente. O pedido deve ser julgado pela juíza federal substituta Carolina Lebbos, responsável pela execução da pena. 

Segundo uma nota divulgada pelo Comitê Popular em Defesa de Lula e da Democracia, os governadores que estão em Curitiba são:  Paulo Câmara (Pernambuco), Tião Viana (Acre), Rui Costa (Bahia), Camilo Santana (Ceará), Fernando Pimentel (Minas Gerais), Wellington Dias (Piauí), Flávio Dino (Maranhão), Renan Filho (Alagoas) e Jackson Barreto (Sergipe).

O senador Álvaro Dias (PR) divulgou um vídeo, nesta quinta-feira (28), para falar sobre a importância de combater os privilégios concedidos aos políticos. O pré-candidato a presidente da República pelo Podemos disse que abriu mão de sua aposentadoria de ex-governador. 

“Eu abri mão dos meus privilégios. Eu tenho uma aposentadoria de ex-governador, que é o teto salarial, há 26 anos, porque quando eu fui governador, eu fui dois anos antes da Constituinte. Eu sou o único a não receber. Outros, que nem direito líquido e certo teriam, recebem inclusive viúvas de ex-governadores”, expôs. 

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O senador falou que, fazendo os cálculos, foram mais de R$ 10 milhões que ele deixou de ganhar. “É o ônus da coerência. Há uma cobrança popular pelo fim dos privilégios das autoridades. Há os que combatem, mas que não abre mão dos seus. Eu abri mão dos meus privilégios”. 

Álvaro também falou que, no Senado Federal, não recebe nem a verba indenizatória e tampouco o auxílio-moradia, que é no valor de R$ 5.500 reais. “E não uso apartamento funcional. Portanto, eu abro mão de mais de R$ 50 mil reais por mês, que são os privilégios que são os benefícios. Nós temos que combater, mas temos que dar o exemplo. É preciso abrir mão dos nossos privilégios para poder combater o dos outros, senão nós não temos autoridade”. 

 

 

 

A Frente Povo Sem Medo, composta por mais de 30 movimentos nacionais, também vai realizar uma manifestação, no próximo sábado (8), a partir das 17h. O ato público vai acontecer no monumento Tortura Nunca Mais, localizado na Rua da Aurora, na área central do Recife. 

A manifestação denominada “Vamos, Recife” tem como objetivo lutar, de acordo com a organização, pela “democratização da economia”. “Diante do fracasso das elites em resolver os problemas que criaram, vamos apresentar uma saída popular para a crise econômica, que atenda a maioria da população, aqueles que vivem do suor de seu trabalho”, explica o texto convidando a população. 

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O movimento citou como formas de combater “os privilégios” a redução de juros, auditoria da dívida pública, cobrança de IPVA de jatinhos e uma reforma tributária que taxe os lucros e não o consumo. 

A frente destacou que os trabalhadores não podem pagar pela crise. “Chega de perda de direitos para favorecer a ganância de 1% de milionários que vivem do rentismo e da superexploração do trabalho do povo brasileiro. Vamos, juntos, debater propostas para democratizar nossa economia”. 

A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Rio divulgou nesta quarta-feira, 23, um pacote de cortes naquilo que tem sido considerado privilégios do Legislativo. As medidas devem representar uma economia anual de R$ 30 milhões ou R$ 35 milhões (cerca de 3,5% do orçamento da Casa). Entre as medidas, estão o fim da frota de veículos oficiais e o de coquetéis em sessões solenes.

O pacote prevê que a frota oficial não será renovada no início de 2017 e acabará em 2018. O auxílio-gasolina, que hoje é de R$ 3 mil mensais por deputado, vai ser reduzido em 50%. As duas propostas precisam ser aprovadas em plenário.

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Outras medidas, segundo o presidente da Assembleia, Jorge Picciani, devem ser adotadas imediatamente. As sessões solenes, por exemplo, não serão realizadas mais após as 18 horas. As solenidades noturnas oneravam a Assembleia com gastos em hora extra e energia elétrica.

Os coquetéis oferecidos nessas ocasiões também estão suspensos (o deputado que quiser oferecer vinhos e petiscos aos convidados vai precisar pagá-los do próprio bolso). Estima-se que a economia com esses cortes em sessões solenes e coquetéis deva ser de R$ 18 milhões.

O pacote também prevê um corte de 25% das vagas da Câmara no Terminal Menezes Côrtes S/A (economia de R$ 600 mil); o fim da publicação dos discursos dos parlamentares no Diário Oficial (que deve representar um corte de quatro páginas e uma economia de R$ 2 milhões) e o fim da cota de selos (R$ 1,5 milhão a menos). Em compensação, o fim do auxílio-moradia, que beneficia apenas 11 dos 70 deputados, será mantido.

"O simbolismo da nossa ação é importante. É a prova de que o Parlamento está ciente da gravidade da situação do Estado", disse Picciani. "Esse é um exemplo a ser dado e uma cobrança aos outros poderes", completa. O presidente da Casa também afirmou que nos últimos 20 meses a Casa já teria cortado R$ 180 milhões do seu orçamento.

Na rua

Do lado de fora da Alerj, servidores ligados à Polícia e ao sistema penitenciário protestavam contra aquilo que chamaram de "falta de transparência e burocratização do acesso do povo ao plenário da Assembleia". Nas galerias, havia menos de 100 servidores, porque só entrou quem tinha convite de deputado.

"A gente queria colocar mais de 300 pessoas aqui dentro. Mas houve essa seleção. Eu vou rasgar o meu convite. Ou entra todo mundo ou estamos em uma ditadura", disse Cesar Doria, representante do sindicato dos agentes penitenciários.

Na sessão plenária, que ocorreu em meio aos protestos de um pequeno grupo de servidores que ocupou as galerias, foram debatidos dois projetos que fazem parte do pacote enviado pelo governador Luiz Fernando Pezão (PMDB). Um trata do limite para o subsídios ao Bilhete Único, outro, do fim da tarifa social (gratuidade nas barcas) dos moradores de Paquetá e Ilha Grande. A votação desses, e de outros pontos do pacote, só devem acontecer em dezembro.

Justiça

Os valores arrestados das contas bancárias do Estado do Rio para pagar o salário de outubro dos servidores públicos chegaram a R$ 105 milhões ontem, informou a Secretaria de Fazenda. No mesmo dia, o governo depositou a terceira parcela dos vencimentos dos funcionários que tiveram o salário atrasado. O bloqueio das contas ocorre desde sexta-feira, quando o Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) ordenou, por liminar, o arresto de R$ 486,6 milhões. A decisão não pôde ser cumprida de uma vez no mesmo dia, porque não havia dinheiro em caixa. Assim, o juiz mandou fazer arrestes diários até pagar toda a folha de outubro.

No último dia 11, foram pagos integralmente os salários dos servidores ativos e inativos da área de segurança (policiais militares e civis, bombeiros e agentes penitenciários) e dos ativos da educação. Os demais tiveram seus vencimentos parcelados em sete vezes, até 5 de dezembro. A decisão levou em conta que o Estado não cumpriu o calendário, que prevê pagamento até o 10.º dia útil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O secretário de Juventude do PSB de Palmares, na Mata Sul, Tiago Lima, repudiou, nesta terça-feira (3), qualquer tipo de "intervenção" no processo eleitoral que vai eleger o novo secretário estadual da JSB. Para ele, o estatuto do partido é claro quando prega "o socialismo e a liberdade" e, por isso, deve ficar "aberta livre concorrência e formação chapas sem interferência da cúpula do partido". 

Lima aponta ainda, em nota, que os socialistas do interior têm "voz diante dessa situação". Nessa segunda (2), veio à tona, a partir de uma declaração da vereadora Marília Arraes (PSB), uma possível intervenção da cúpula do PSB no estado para a condução do filho do ex-governador de Pernambuco e presidenciável, Eduardo Campos (PSB), João Campos (PSB) para a direção da juventude pernambucana. Marília aponta João Campos como o "jovem beneficiado" no processo eleitoral interno. 

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A escolha do novo secretário da Juventude Socialista Brasileira será no próximo dia 14. Um dia antes da Convenção Estadual do partido

Veja o texto na íntegra:

NOTA OFICIAL DA JUVENTUDE DO PSB DE PALMARES

A juventude do Partido Socialista Brasileiro de Palmares vem a público se manifestar  em relação a eleição para o comando da JSB de Pernambuco apoiando que seja de forma democrática. O  próprio estatuto  do partido prega “Socialismo e Liberdade “,  quer dizer que fica aberta livre concorrência e formação chapas sem interferência da cúpula do partido que a própria juventude decida  os rumos do segmento. As juventudes socialistas do interior do estado se sente atingida com esse processo oposto da democracia, e deixar claro que essas juventudes socialistas do interior tem vida orgânica e voz diante dessa situação .

Com tudo isso vem a reflexão do perfil para secretario de juventude do PSB de Pernambuco na conjuntura de hoje muita mais que status  tem o papel fundamental de ser ponte da militância jovem do partido com executiva estadual , o PSB com um quadro de mais 50 prefeituras  tem como objetivo difundir e estimular a criação do segmento da juventude e como todo o território do estado  onde o partido tem direção municipal .

Sendo assim, baseada nos princípios, historicamente defendidos pelo Partido Socialista Brasileiro, a Juventude do PSB

de Palmares repudia  qualquer tipo  de interferência do processo político democrático da escolha da direção da JSB-PE .

O caminho político, na duvida, é a Democracia. Com liberdade e responsabilidade, superamos tudo. Decência, justiça social, progresso, juntos.

Tiago Lima

Secretário de Juventude do PSB de Palmares 

Gestor de Políticas Públicas de Juventude de Palmares 

A possível candidatura do filho do ex-governador e presidenciável, Eduardo Campos (PSB), João Campos (PSB) ao comando da Secretaria Estadual da JSB tem gerado divergências entre membros do segmento. Alguns, como a vereadora Marília Arraes (PSB), chegam a apontar uma possível “intervenção no processo democrático” da Executiva Estadual, para afagar o presidente nacional da legenda. Outros, como o atual presidente da JSB-PE Israel Ubaldo (PSB), afirmam que o debate segue como rege o estatuto, visando “o socialismo e a liberdade”.

De acordo com a vereadora, já havia duas chapas para a disputa interna que seria definida por votação ou por um acordo consensual, mas as articulações estão tomando rumos diferentes. Para ela, a maneira como vem sendo conduzidas as articulações não é democrática. “A escola política em que cresci não me ensinou esta fórmula”, frisou.

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“O processo está sendo comprometido. Existe uma articulação maior para que outro jovem, sem envolvimento na juventude partidária, assuma o posto de Secretário Estadual da JSB-PE. (...) Ora, como podemos propor a formação de novos quadros, se impedimos a juventude de se organizar, articular e, por fim, legitimar a sua própria postulação? Ou devemos ensinar à nossa juventude (inclusive ao jovem beneficiado!) que é natural ao processo político ser escolhido por alguém influente?”, indagou Marília.

Em contrapartida, Ubaldo informou que reuniões democráticas estão sendo feitas para a construção dos cenários que serão apresentados no próximo dia 14, durante o Congresso Partidário, que antecede a Convenção Estadual da legenda. “Agora (no último sábado) se iniciou um diálogo para o processo estadual. Algumas outras instâncias do PSB estão participando, além da juventude. O congresso é dia 14, estamos tendo vários processos de diálogo. O nome do companheiro João é uma opção, ele faz parte da juventude por opção. É legitimo o João está postulando qualquer cargo no partido, ele é filiado a mais de um ano”, contou ao Portal LeiaJá

Sobre a possível “intervenção”, mencionada pela vereadora, o atual dirigente nega. “O que prega o nosso estatuto é o socialismo e liberdade. A gente sempre se opôs ao imposto. Nós estamos dialogando, neste processo nós precisamos está mais unidos para eleger os candidatos a estadual e à presidência”, observou o militante.

Fazendo uma avaliação geral sobre o posicionamento de Marília Arraes, Israel Ubaldo considerou importante a colocação dela, apesar de discordar de alguns fatos. Ubaldo informou que convidará a vereadora para participar das próximas discussões. “Entendo a preocupação da vereadora, quando ela coloca que o processo seja dado de forma mais plural possível. Mas algumas coisas, ela coloca um pouco maior do que estão acontecendo. É importante, mas peca quando fala que a democracia não existe”, cravou.

 

A ministra do Tribunal de Contas da União (TCU) e mãe do governador de Pernambuco, Ana Arraes, indeferiu um parecer técnico que solicitava a aplicação de uma multa de até R$ 43 mil ao Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip). A unidade é gerida pela família do secretário de Saúde da gestão de Eduardo Campos (PSB), Antônio Figueira (PSB). 

O TCU determinou, em 2010, que o Imip descrevesse detalhadamente os contratos com terceiros para cumprir dois convênios com o Ministério da Saúde.  Mesmo após a determinação, com 68 novos contratos firmados, os técnicos do TCU entenderam que a descrição deles continuava genérica e dificultava a fiscalização. No voto, segundo a Folha de São Paulo, a ministra Ana Arraes concorda que o Imip descumpriu a norma, mas diz que o Instituto criou depois uma norma interna obrigando que os contratos fossem mais detalhados.

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"Agi com liberdade de consciência e imparcialidade", afirmou Arraes. "Não ficou configurada nenhuma das hipóteses de impedimento ou de suspensão", acrescentou a ministra.

Figueira, presidiu o Imip até 31 de dezembro de 2010, no dia seguinte, tornou-se secretário estadual e hoje, é um dos possíveis candidatos de Campos à sua sucessão. O secretário foi alvo, em novembro de 2013, de uma ação judicial que anulava a nomeação dele ao cargo e considerava a participação dele no governo de Pernambuco como uma quebra dos princípios da impessoalidade e da moralidade.  

Tecnologia e cooperação com outros órgãos investigativos, como o Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF), são os principais instrumentos da Comissão de Valores Mobiliários para punir e prevenir casos de negociação de ativos com informação privilegiada ("insider trading"). Segundo o procurador da CVM, José Eduardo Guimarães Barros, o software SIA Eagle, usado há cerca de um ano pelo xerife do mercado de capitais, tem funcionado bem, assim como a parceria com outros órgãos.

"A grande dificuldade que a gente tem é aprimorar esses filtros cada vez mais. Combater o 'insider' não pode ser um combate aos sortudos", afirmou Barros a jornalistas, durante o fórum Prevenção e Repressão a Ilícitos no Mercado de Capitais", no Rio. O procurador citou as investigações dos casos Mundial e Laep como exemplos da cooperação com o MPF e a PF.

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Com mais tecnologia, baseada em inteligência artificial, amplia-se a capacidade de cruzamento de dados sobre as negociações, identificando mais rapidamente os diferentes tipos de movimento atípico. Também participante do fórum, o superintendente-geral da CVM, Alexandre Pinheiro, enfatizou que nem sempre as movimentações atípicas são ilícitas ou se configuram caso de informação privilegiada.

"Não necessariamente em todos os casos em que houve movimentação atípica vai haver ilícito", disse Pinheiro, que já foi procurador da CVM, completando que as movimentações atípicas devem ser apuradas caso a caso.

Na manhã de debates sobre atividades ilícitas no mercado de capitais, realiza nesta quarta-feira, 23, advogados e ex-dirigentes da CVM concentraram-se, sobretudo, em casos da negociação com informações privilegiadas. Foram citados situações como as da venda do grupo Ipiranga para Petrobras, Ultra e Braskem, em 2007, quando a CVM condenou, em 2010, os três acusados de uso de informação privilegiada a pagar multas de R$ 2,015 milhões. Ou a compra da Suzano Petroquímica pela Petrobras, em 2007, que resultou em absolvição, no ano passado.

Marcelo Barbosa, do escritório Vieira Rezende, expôs uma comparação do caso brasileiro com o norte-americano, demonstrando como a capacidade de fiscalização da SEC (órgão equivalente à CVM nos EUA) é maior e como os casos de ações na Justiça são mais comuns.

Alguns criticaram o fato de, muitas vezes, as investigações contra o uso de informação privilegiada ser baseada em indícios. Christiano Fragoso, sócio do Fragoso Advogados e professor de Direito Penal da Faculdade de Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), trouxe uma perspectiva criminal ao debate, criticando tanto o uso de provas indiciárias quanto a entrada na Justiça de casos cujo processo administrativo (processo sancionador da CVM, por exemplo) ainda não terminou.

Pinheiro, da CVM, discordou. "A prova indiciária é lícita quando as outras provas não vão contra", disse o superintendente-geral, refutando a hipótese de que é difícil "medir" a validade desse tipo de prova, pois, segundo Pinheiro, o mesmo ocorre com todo tipo de prova.

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