Tópicos | Dia do Orgulho LGBT

Nesta sexta-feira (28), é comemorado internacionalmente o dia do orgulho LGBT (lésbicas, gays, bissexuais ou transexuais). Por essa razão, alguns clubes brasileiros de futebol manisfestaram-se a favor do movimento, das mais diversas formas.

O Internacional iluminou o estádio Beira-Rio com as cores que representam a luta, reforçando a importância de uma sociedade livre de preconceitos. Já os funcionarios do Mineirão cobriram 420 assentos do estádio com as mesmas cores. A iniciativa parte de um índice brasileiro deplorável: os números, representam a quantidade de pessoas mortas em 2018 no país, pela condição de gênero. Os dados fazem parte de uma pesquisa do Grupo Gay da Bahia.

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As homenagens também estenderam-se às redes sociais de algumas equipes. O São Paulo, o Grêmio, o Figueirense e o Fluminense manifestaram-se em suas páginas.

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A data 28 de junho foi escolhida por representar o episódio ocorrente em 1969, na cidade de Nova Iorque, marcado pela reações das vítimas de preconceito de gênero, a uma série de ataques policiais. Em 2019, a revolta completa 50 anos.

Por Gabriela Ribeiro

A 3º edição da Feira Cultural da Diversidade acontece neste sábado (29), em Guarulhos, na Grande São Paulo. A feira reúne tendas com vendas de roupas, assessórios, livros, artes plásticas, decoração e artigos esotéricos, entre outros. Também haverá food trucks com comidas variadas e divulgações de Organizações Não Governamentais (ONGs) e entidades que apoiam a causa LGBT.

 O evento faz alusão ao Dia Internacional do Orgulho LGBT, comemorado em 28 de junho, e que remete a um dos episódios mais marcantes na luta da comunidade pelo seus direitos, a Rebelião de Stonewall Inn, em 1969, na cidade de Nova York (EUA).

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A partir deste acontecimento foram organizados vários protestos em favor dos direitos LGBT no mundo. Uma das maiores manifestações acontece anualmente na cidade de São Paulo, com a Parada do Orgulho LGBT. Este ano, a 23ª edição do evento na tradicional Avenida Paulista teve os 50 anos de Stonewall como tema.

Em Guarulhos, a abertura dos shows na Feira Cultural da Diversidade fica por conta da escola de samba Tok Final, com participação da porta bandeira, Bruna Lacerda, além de música eletrônica e pop ao som dos DJ’s Sabrina Lovato, Matheus Gimenes de Andrade, May Mark, Layara Moura e Tati Mudesto. O evento também terá performances das drag queens Gaby Fashion, Layara Prado, Ashley Close, Luciana Marinatti e Embia Oliver.

Serviço

3ª Feira Cultural da Diversidade

Quando: 29 de junho, sábado, às 14h

Onde: Praça Mamonas Assassinas – Avenida Odair Santanelli, Guarulhos - SP

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O Rio Capibaribe, no centro do Recife, esteve mais colorido na manhã desta quinta-feira (28). Cerca de dez barcos com bandeiras LGBT - as cores do arco-íris - partiram da Ilha de Deus, passando pelo Pina, Ponte Giratória, Ponte Duarte Coelho até o Cais Alfândega em uma ação em alusão ao Dia do Orgulho LGBTI. 

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Durante o percurso, os barcos chamaram a atenção da população. Houve quem buzinasse em apoio à luta LGBTI, mas houve também manifestações negativas, com pessoas que gritavam "Bolsonaro 2018", que já foi condenado por declarações homofóbicas.

"Estamos fazendo essa ação para mostrar que somos orgulhosos por quem somos. Mas o ato também vem reivindicar políticas públicas representativas e um maior olhar da gestão pública", comenta Marco Mota, coordenador Aliança Nacional LGBTI+, que organizou a ação.

De acordo com levantamento do Grupo Gay da Bahia, a cada 19 horas uma pessoa foi morta por crimes motivados pela homofobia em 2017 - quase 450 assassinatos. Pernambuco está na sexta posição no ranking dos estados mais violentos para os LGBTs, com 27 registros de homicídios. 

A cada dia os padrões de gênero vão sendo deixados mais e mais de lado. Atualmente, muitas pessoas sentem a necessidade de se desprender das amarras nascidas a partir da construção social do que é ser homem ou mulher, e dos estereótipos atribuídos a cada um.

No mundo artístico, há inúmeros representantes dessa revolução de papeis, que representam a causa LGBT e levantam a bandeira da liberdade de gênero. Conheça um pouco sobre a história e carreira alguns dos artistas brasileiros que desafiam os limites de gênero:

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Pabllo Vittar é hoje a drag queen mais assistida no YouTube, tendo ultrapassado a americana Rupaul, maior referência mundial no assunto. A maranhense de 22 anos é dona de hits como ‘Open Bar’, ‘Todo Dia’ e ‘K.O.’, que juntos já somam mais de 81 milhões de visualizações. Pabllo já afirmou que se considera 'genderfluid', isso é, transita entre os gêneros feminino e masculino. “Sou homem, gay, gender fluid, drag, não gosto de me rotular”, disse em entrevista à Billboard. Recentemente, lançou uma música em parceria com Anitta e com o trio de DJs gringos Major Lazer, intitulada ‘Sua Cara’.

 

Liniker é uma figura artística que brinca com símbolos da masculinidade e da feminilidade. “Isso é natural para mim, eu posso ser uma mulher de barba e isso não tem problema. Eu posso ser uma mulher de barba que usa batom. Eu posso ser uma mulher que se vista assim hoje. Esse sou eu”, disse em entrevista ao Estadão, e afirmou ter tirado as rotulações de gênero da sua vida. A cantora ou o cantor, segundo Liniker, tanto faz. Ela (ou ele) é a voz por trás do EP “Cru”, de Liniker e os Caramelows. Estes, que em seu show introduzem os vocais gritando “Nos vocais ele, ela, ili: Liniker!”.

 

Rico Dalasam é o único rapper assumidamente gay no Brasil e atua como representante do movimento “queer rap”. Ele afirma que seu sobrenome artístico, Dalasam, é acrônimo para “Disponho Armas Libertárias a Sonhos Antes Mutilados”. Rico não tem medo de estar nesse universo tão pouco explorado por homens abertamente homossexuais e nem de esbanjar uma certa feminilidade em seu estilo pessoal. Às vezes aparece usando saias, cabelos grandes com penteados mais femininos e até requintes de maquiagem, como em sua participação no clipe da música “Todo Dia”, sua parceria com Pabllo Vittar. Assim como Liniker, ele não se limita aos padrões de gênero.

 

Thammy Miranda nasceu mulher, e ficou famosa aos 16 anos pela sua beleza, que se destacou nos shows da sua mãe, nos quais se apresentava como bailarina. Aos poucos Thammy foi liberando o seu 'eu interior', a começar pela homossexualidade que assumiu em 2006. Em 2014 a mudança foi mais drástica e a então filha de Gretchen fez uma cirurgia de remoção das mamas. Pouco depois, começou a tomar hormônios masculinos e se tornou cada vez mais próxima da figura de um homem. Hoje, Thammy é “ele”, já apareceu inúmeras vezes mostrando o seu novo corpo e até publicou foto da sua nova certidão de nascimento, que já conta com a troca de gênero. Recentemente estreou no teatro vivendo seu primeiro personagem masculino na peça “T.R.A.N.S”. 

 

Jaloo é um DJ queer, cantor e compositor paraense. Ele gosta de misturar gêneros tanto na sua música, ao unir o indie, o eletrônico e o tecnobrega, quanto na sua vida pessoal, ao declarar sua fluidez em relação às definições de gênero. Ele algumas vezes se refere a si como homem, outras como mulher. Seu corpo é masculino, mas muito dos detalhes do seu visual são femininos. “Gosto dessas contradições e de usá-las a meu favor”, disse ele em entrevista ao Huffpost Brasil. Seu foco principal é propagar sua música pela internet. Segundo o DJ, a TV e o rádio não despertam seu interesse.

 

Laerte é uma das mais importantes cartunistas do Brasil. Estudou na USP nos cursos de Comunicação e Artes, apesar de nunca ter se formado em nenhum dos dois. Ao longo de sua carreira, já fez colaborações com tradicionais jornais brasileiros, participou de diversas publicações como Balão, O Pasquim, Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo e revistas como a Veja e Istoé. Criou personagens como os 'Piratas do Tietê', 'Overman' e 'Fagundes'. Ela é adepta ao crossdressing e se considera transgênero, apesar de também nunca ter feito cirugia para retirada dos seus órgãos masculinos. Em 2017, foi lançado o documentário "Laerte-se", que trata da identidade da cartunista e dos seus dramas íntimos.

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