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A UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau abriu processo seletivo para contratação de novos professores para as graduações em biomedicina, educação física, enfermagem, estética e cosméticos, farmácia, fisioterapia, medicina, nutrição, psicologia, odontologia, medicina veterinária e radiologia. Os interessados em candidatar-se para lecionar podem enviar, até 20 de maio, os Curriculum Lattes para o e-mail dayanna.ximenes@mauriciodenassau.edu.br, com a indicação no campo do assunto: Seleção Docente 2013.2 e curso pretendido. 

Para participar da seleção, os candidatos precisam preencher alguns requisitos: formação em doutorado, mestrado ou especialização de acordo com a graduação e disciplina pretendida. Além disso, os candidatos devem ter disponibilidade para ministrar aulas nos períodos manhã e/ou noite, em horários estabelecidos pela coordenação dos cursos.

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Os classificados na primeira etapa de avaliação curricular passarão por entrevista e, em seguida, por prova didático-pedagógica, composta por aula expositiva com duração de 20 minutos. O tema da aula será previamente combinado com o candidato através de sorteio. Os selecionados irão compor o corpo docente da Uninassau a partir do segundo semestre.

Com informações da assessoria

 

 

Tem muitas pessoas que defendem a ideia de que religião não deve se misturar com ciência. No entanto, existem estudos que trabalham um importante fragmento religioso, que é a fé, como área científica. Enquanto formação, um teólogo é o profissional que faz um estudo aprofundado da fé. E, contrariando aqueles que pensam que a teologia não possui um bom campo de trabalho, os teólogos podem atuar em diversas atividades, principalmente com foco religioso e solidário.

Diferente do que muita gente pensa, a teologia não tem só as religiões como fonte de pesquisa. O objetivo principal da profissão é Deus, com destaque para o estudo da fé das pessoas. A fé, por ser uma experiência existencial da humanidade, serve como objeto de avaliação dos teólogos, por meio de uma metodologia que torna a teologia uma ciência.

Nesse contexto, o teólogo busca a racionalidade. Para isso, a profissão utiliza outros campos de estudo. “Quem faz a graduação passa por várias áreas, como a filosofia e a psicologia”, explica o professor de teologia da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), Drance Elias da Silva. “A psicologia é trazida para a teologia para tentar compreender como uma pessoa tem e usa sua fé”, completa o professor, que também é mestre e doutor no campo sociológico.

Graduação cheia de fé

Na Unicap, o curso de teologia tem duração de quatro anos. De acordo com o professor Drance, grande parte das pessoas que ingressam na graduação tem experiências religiosas. Dentre esse público, há alunos que ao terminar o curso, tomam a direção de igrejas evangélicas, como pastores, e também há outros que seguem a vida católica. Porém, existem indivíduos fazem a graduação na intenção de obter mais conhecimento, e que quase sempre, são pessoas já formadas em outras áreas.

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 Segundo Drance, o curso também procura estudar algumas religiões, além do cristianismo. “Estudamos grandes tradições religiosas, como o islamismo e o budismo”, explica. Porém, o professor faz uma ressalva. “O curso se difere de acordo com o local onde está sendo realizado”, comenta o docente, uma vez que existem instituições que trabalham mais o lado evangélico da fé, em contraponto ao catolicismo, até mesmo por serem instituições do evangelho.

Quem ingressa no curso de teologia se depara com disciplinas como introdução à teologia, teologia sistemática, cristologia, introdução a psicologia, o estudo da bíblia, entre outras.

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Mercado puramente religioso

De acordo com Drance Elias, após a conclusão do curso, o seminarista católico ou evangélico se torna padre ou pastor, respectivamente. “Se o profissional não é seminarista, ele pode trabalhar em institutos religiosos; também pode ser professor, tanto de universidades quanto de escolas, porque o curso oferece disciplinas didáticas”, conta o professor.


Outras possibilidades de atuações são o planejamento de trabalhos pastorais e consultoria de igrejas. “O teólogo também pode se tornar um escritor. Hoje o mercado está bem melhor para nós”, completa Drance.

Ainda segundo Drance, não há um piso salarial definido para a categoria. Porém, existem valores financeiros que são levados em consideração, de acordo com a função a ser desempenhada. “O estudo de uma determinada religião, dependendo do período, pode custar R$ 50 a hora, mais ou menos por um mês”, calcula o docente.

O educador também destaca a função de professor. “Um profissional com doutorado, ganha na faixa de R$ 80 a hora por aula”, diz Drance. 

Há alguns anos, a figura do professor em sala de aula era extremamente respeitada pelos alunos e por outros educadores. Os estudantes viam no docente um exemplo de profissional, compartilhando experiências e vivências entre eles. No entanto, atualmente, os educadores não são valorizados como deveriam ser, tanto em relação às condições de trabalho e financeira, bem como na contato com alguns estudantes.

Não é novidade o surgimento de casos de atritos entre professores e alunos. Violência contra os educadores, humilhação em sala de aula, entre outros fatos são problemas que os docentes sofrem e às vezes adquirem doenças emocionais que os marcam por bastante tempo e os prejudicam no cotidiano e no trabalho.

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O professor Joy Luiz Ramos se diz vítima de alunos e até mesmo de outros educadores. Há 31 anos lecionando português, no ano de 2007, numa escola pública do município pernambucano de Igarassu, o profissional afirma ter passado por problemas com um aluno. “No mês de julho esse aluno chegou para estudar o primeiro ano do ensino médio, e ele era muito amigo da diretora da escola. O jovem quase não ia as minhas aulas“, relata Joy.

No final das aulas, houve um conselho de classe entre os professores do estudante e a diretora para discutir as notas do aluno. De acordo com o professor Joy, o estudante tinha notas boas em quase todos os professores, exceto na disciplina dele e de mais dois educadores. “Para muitos alunos de hoje, professor bom é aquele que mal dá aula e coloca nota alta na caderneta. Eu sempre trabalhei correto, e aplico a nota que o estudante merece”, comenta o educador.

No conselho, a diretora interrogou o professor sobre a nota baixa do aluno, que era em torno de dois. De acordo com o docente, ela queria de toda maneira que o aluno passasse de ano. Pela falta de comprometimento do estudante, Joy disse que não podia aprovar um aluno naquele nível. “Eu contei para ela que eu não ia criar nota boa”, diz o profissional. Ele também conta que nas poucas vezes que o estudante ia as aulas dele, havia muitas discussões entre eles, por desrespeito do jovem. 

Sofrimento de um educador


Segundo o professor Joy, no primeiro dia de aula do ano seguinte, um policial foi de encontro  a ele na sala de aula e pediu que o educador se retirasse do local, porque ele não fazia mais parte da escola. “Fui reprimido por não aprovar um aluno que não tinha condições de passar. Na escola estadual é assim, o aluno tem que passar de todo jeito”, afirma Joy. De acordo com ele, as escolas primam pela aprovação dos alunos a qualquer custo para alcançar índices de qualidade, como o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

Após o episódio, Joy foi submetido a um conselho de julgamento na Secretaria de Educação (SE), e lá, ele conta que os educadores que participaram da reunião pediram para que ele deixasse a escola. “Eu não pedi para sair e fui para justiça procurar meus direitos. Dali em diante me tornei um profissional melhor, pois honrei pela minha ética”, conta.

Até hoje o processo continua na justiça. Joy, conta que a SE o encaminhou para vários profissionais de saúde, como psicólogos e psiquiatras. Ele se diz muito triste pelo fato e critica o desrespeito contra os professores. “Na educação, tudo o que acontece é o professor que faz, principalmente as coisas ruins”, reclama.

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