Tópicos | Domingo de Ramos

"Graças e louvores se deem a todo momento", pediu o padre Luiz Eduardo Monteiro Fontana antes de embarcar na manhã do sábado, 4, em um avião de seis lugares para abençoar seu rebanho. Em tempos de coronavírus, voar foi a alternativa encontrada para celebrar com antecedência o Domingo de Ramos e benzer as folhagens colocadas pelos fiéis nas portas e janelas.

"Como diz a moçada, é o que temos para o momento", disse Fontana, após rezar por mais de uma hora sobre as casas de Pederneiras, Bauru, Boraceia, Arealva e Iacanga, região com um total de 406 mil habitantes, no interior de São Paulo.

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No calendário católico, é comemorado hoje evento narrado na Bíblia sobre a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém. É um dia de distribuição de folhas para os fiéis reunidos nas igrejas e em procissões.

Diante do avanço da covid-19 no País, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) pediu uma celebração diferente este ano. Além de pedir para os católicos acompanharem eventos pela televisão e redes sociais, a conferência sugeriu colocar ramos nas portas e janelas, como simbolismo.

Fontana conta que o evento não foi planejado com antecedência. A iniciativa foi de amigos, donos das aeronaves, que sugeriram o sobrevoo. No entanto, não era possível realizá-lo neste domingo, por isso foi feito no dia anterior.

O pároco embarcou na missão na companhia dos padres Anderson Luís Moreira e Ednei Antonio Braga Rodrigues, todos das igrejas de Pederneiras.

Levaram com eles símbolos católicos, como a imagem dos padroeiros da cidade, e um globo terrestre de plástico. "Estamos abençoando a todos. Se a doença não tem fronteiras, a cura também não", disse Fontana.

De máscara, fones de ouvido e segurando a imagem do Santíssimo, os padres, olhando pelas janelas do avião, rezaram pelos céus das cidades pedindo proteção aos padroeiros, principalmente contra o avanço do coronavírus. "O alto tem um significado muito bonito, a divindade vem de cima."

A paróquia do padre Fontana fechou as portas há 15 dias. Desde então, ele celebra missas diariamente pela internet. O voo da bênção também foi transmitido pelas redes, em uma live no Facebook da igreja. Foram mais de 30 mil visualizações. Nas cidades a notícia da bênção que vinha dos céus correu pelos grupos de WhatsApp.

Católicos e até não praticantes da religião colocaram os ramos nas janelas à espera do avião da fé.

Além da aeronave que transportou os padres, outro avião aspergiu 1,4 mil litros de água benta, apenas em Pederneiras. Não havia capacidade suficiente para chegar aos outros municípios.

Para o padre, a alternativa foi muito positiva em um momento em que a humanidade está precisando de alento. "Neste momento de confinamento, sinto que as pessoas estão muito sedentas por Deus." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Egito registrou a segunda explosão em uma igreja, desta vez na cidade costeira de Alexandria, causando a morte de 11 pessoas e ferindo pelo menos 35, disse o ministério da Saúde do país. Mais cedo, uma explosão em outra igreja, na cidade de Tanta, no Delta do Nilo, havia provocado 25 mortes.

O ministério disse que a segunda explosão ocorreu na Igreja de São Marcos, em Alexandria, onde o papa Tawadros II, da Igreja Copta, havia celebrado mais cedo o Domingo de Ramos. Nenhum grupo reivindicou até o momento nenhum dos ataques, mas extremistas islâmicos têm repetidamente atacado a minoria cristã do Egito. Uma afiliada do Estado Islâmico com base na Península do Sinai reivindicou um ataque a uma igreja do Cairo que matou cerca de 30 pessoas em dezembro e havia prometido novos ataques contra os cristãos no país. Fonte: Associated Press.

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Uma bomba explodiu em uma igreja em Tanta, no Egito, matando pelo menos 25 pessoas e ferindo outras 71, segundo autoridades do país. A igreja estava cheia de fiéis que celebravam o Domingo de Ramos.

O ataque na cidade, localizada no Delta do Nilo, ao norte do Cairo, foi o mais recente de uma série de ataques contra a minoria cristã do Egito, que representa cerca de 10% da população total e tem sido repetidamente alvo de extremistas islâmicos. O episódio ocorre algumas semanas antes de o Papa Francisco visitar o Egito.

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O vice-ministro da Saúde do Egito, Mohammed Sharshar, confirmou o número de vítimas até o momento. Nenhum grupo reivindicou imediatamente o ataque, que ocorre uma semana antes da Páscoa.

O grande xeque Ahmed el-Tayeb, chefe do Al-Azhar do Egito - o principal centro de

aprendizagem no Islã sunita - condenou o ataque, qualificando-o como um "ataque terrorista desprezível que tinha como alvo a vida de inocentes". Fonte: Associated Press.

Como recordação da entrada de Jesus em Jerusalém montado em um jumento, fiéis católicos de todo o mundo celebram neste domingo (29) a Missa de Ramos. A solenidade religiosa é um símbolo de humildade de Cristo e marca também o início da Semana Santa. Na Arquidiocese de Olinda e Recife (AOR) a procissão começou na Igreja da Misericórdia, em Olinda, e seguiu até a Catedral da Sé, onde foi realizada a celebração eucarística. No entanto, no decorrer do dia todas as paróquias aderem ao ato.

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Segundo o arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, que presidiu a missa neste domingo, a cerimônia convida os fiéis a seguir o exemplo de Jesus. “É um dia que celebramos a entrada triunfal de Jesus Cristo em Jerusalém. Ele aceitou humildemente aquela homenagem do povo, mesmo sabendo que as pessoas depois estariam gritando crucifixa-o, crucifixa-o. E nos convida a seguir a ele. Ter coragem para doar a vida pelo outro, se for necessário, e ter coragem de fazer pelo próximo, principalmente os mais necessitados”, ressaltou.

A Missa de Ramos marca o início da Semana Santa que segue com a celebração do lava-pés na quinta-feira (2) Santa, a procissão do Senhor Morto na sexta-feira (3), a celebração do sábado de Aleluia (4) e o domingo (5) da Ressurreição. “Começamos com este domingo e continuamos na quinta-feira com a instituição do sacerdócio ministerial e da eucaristia na missa do lava-pés, onde as pessoas devem seguir aquele exemplo de Cristo, e prosseguimos com a programação até o domingo”, explicou Dom Fernando.

Na quinta-feira Santa outro ato é realizado pela Igreja Católica, além da missa do lava-pés. “Na quinta-feira reunimos todo o clero e abençoamos os óleos que são usados durante todo o ano nos sacramentos do batismo e da crisma, e nos infernos, e distribuímos para todas as paróquias”, pontuou o arcebispo de Olinda e Recife.

Na sexta-feira (3) Santa, feriado nacional, a Igreja Católica da AOR reúne todos os padres para renovação do compromisso sacerdotal. “Na sexta às 9h reunimos todo o clero na Catedral da Sé para fazermos a renovação do compromisso sacerdotal dos padres e diáconos, e também, para entregar a eles os óleos abençoados e consagrados. Já à tarde, às 15h, hora que Jesus morreu fazemos a celebração do senhor morto com a procissão em seguida”, contou o religioso.

Marcada pelo uso de ramos, a missa de hoje também traz um simbolismo específico de exaltação ao Cristo ressuscitado. “Os ramos são usados justamente para recordar o que aconteceu em Jerusalém. É uma encenação e o povo leva ramos porque não temos “Oliveira”, então, o povo aclama e recorda aquele momento de alegria”, esclareceu Dom Saburido, ressaltando em seguida que posteriormente os mesmo ramos são queimados na missa de cinzas do próximo ano. “Na quarta-feira de cinzas é o começo da quaresma é quando Jesus foi para o deserto e a Igreja utiliza-o também para convidar as pessoas a entrar em sintonia com esse tempo”, acrescentou.

O bispo também reforçou a importância dos católicos participarem das celebrações nas paróquias e das programações, sobretudo, na quinta e sexta-feira e no sábado e domingo, além de buscarem mais a conversão. “Conversão é o tema da quaresma. É o convite para que o homem que está em pecado reveja a vida e saiba que é preciso mudar”, frisou, desejando em seguida uma mensagem de fé a todos os cristãos. “Que todos tenham uma páscoa muito feliz, muito comprometedora e que vivam sua fé com os olhos abertos para as pessoas mais sofridas e mais necessitadas, seguindo o evangelho e buscando o compromisso com irmão e o compromisso com a comunidade”, desejou Dom Fernando Saburido.

Milhares de peregrinos católicos, mas também muitos jovens cristãos palestinos, participaram, em um clima de alegria, da tradicional procissão do Domingo de Ramos em Jerusalém, partindo do Monte das Oliveiras até a Cidade Velha, de acordo com um jornalista da AFP.

Um porta-voz da polícia israelense, Luba Samri, estimou o número de peregrinos em 35.000, um número superior ao registrado nos anos anteriores. No ano passado, a polícia contabilizou 15.000 fiéis em procissão.

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A procissão, em meio a qual floresceram timidamente bandeiras palestinas, é a principal manifestação pública anual dos cristãos palestinos em Jerusalém.

Os cristãos palestinos da Cisjordânia e da Faixa Gaza precisam de um visto de entrada, concedido pelas autoridades israelenses, para participar das festas religiosas na Cidade Santa.

Este ano, as autoridades israelenses emitiram 6.000 permissões por ocasião do Domingo de Ramos, que dá início a Semana Santa, menos da metade do que no ano passado, de acordo com Xavier Abu Eid, porta-voz da Organização de Liberação da Palestina (OLP).

Hanan Ashrawi, membro da direção da OLP, considerou que "não deveria ser necessário ter uma autorização para visitar sua cidade natal", os palestinos consideram Jerusalém Oriental, ocupada e anexada, como a capital de seu futuro Estado.

"A liberdade de religião é um direito humano fundamental para todos os nossos cidadãos cristãos e muçulmanos, um direito que é sistematicamente violado pela força de ocupação estrangeira", insistiu em um comunicado.

O Domingo de Ramos é completado - na presença de uma grande força policial - por um desfile de fanfarras palestinas, ao som de tambores e gaitas de foles, um legado do mandato britânico sobre a Palestina, até a Porta Nova da Cidade Velha.

O Domingo de Ramos comemora a última visita de Jesus a Jerusalém, onde, de acordo com o Evangelho, foi triunfalmente recebido por uma multidão, antes de ser crucificado, alguns dias depois, e ressuscitado na manhã de Páscoa.

Os cristãos representava mais de 18% da população da Terra Santa durante a criação do Estado de Israel em 1948, mas agora são menos de 2%, em sua maioria ortodoxos, que vão celebrar o Domingo de Ramos no dia 28 de abril e a Páscoa em 5 de maio

Enquanto isso, as festividades da Páscoa judaica, que comemora a saída dos judeus do Egito, segundo a tradição bíblica, começará segunda-feira e terá uma duração de oito dias.

Nesta ocasião, o exército israelense impôs um bloqueio da Cisjordânia a partir de domingo à noite até 26 de março à noite. Durante este período, os palestinos não serão autorizados a ir a Israel, exceto para casos humanitários e para as pessoas que necessitam de tratamento médico.

O Ministério do Turismo israelense anunciou que espera 150 mil visitantes durante a Páscoa.

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