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A Empresa Pernambuco de Comunicação (EPC) anuncia nesta quarta-feira (27) um pacote de novidades na programação da TV Pernambuco. Na ocasião, o presidente da EPC, Guido Bianchi, também apresentará a nova logomarca da emissora e fará o lançamento de um edital para produção audiovisual independente, além de anunciar novas parcerias da EPC. O anúncio será realizado às 19h, no Portomídia, Bairro do Recife.

A principal novidade da programação será o programa No balaio, uma revista eletrônica de variedades que irá ao ar semanalmente, sempre às terças-feiras, às 19h30min, com apresentação da radialista Tila Chitunda e música tema assinada por Isaar. Outros destaques são as novas temporadas dos programas Pé na Rua, o Som na Rural e a série infantil A Carroça do Tio Neco, inspirada no o teatro de mamulengo.

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Está prevista ainda uma nova parceria com a TV Escola, que aportará novas séries sobre temas variados, e com o Ministério Público Estadual, com a veiculação do programa MPPE Em foco, com temas informativos de relevância social.

As produtoras independentes também poderão contar com mais de R$ 1,2 milhão disponíveis para a produção de três séries de documentários com cinco episódios cada. As obras serão selecionadas por meio do edital. Os recursos que viabilizarão o financiamento dos documentários são da Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (R$ 425 mil), da Ancine, via Fundo Setorial do Audiovisual FSA (R$ 850 mil) e EPC (R$ 75 mil).  

O novo momento da emissora coincide com a assinatura do contrato de rede com Empresa Brasil de Comunicação EBC,  que formaliza a entrada da TV Pernambuco à Rede Nacional de Comunicação Pública. Outra novidade são os novos investimentos em produção de conteúdo, também com recursos do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), através de uma linha de financiamento gerida pela Ancine em parceria com a EBC. Serão R$ 12 milhões exclusivamente para financiar produtoras independentes da região Nordeste interessadas produzir conteúdo destinado as TVs Públicas.

 

Aos 96 anos o ex-vereador e decano da Câmara Municipal do Recife, Liberato Costa Júnior, esbanja uma memória aguçada de dar inveja a muitos jovens dos dias atuais. Quando o assunto então é a lendária Rádio Frei Caneca, cujo projeto de lei é de sua autoria e data do ano de 1960, lembranças não lhe faltam. Com detalhes ricos, ele explica com paixão fatos que o inspiraram na escolha do nome de Frei Caneca para batizar a rádio, bem como surgiu a proposta da criação desta emissora pública. Um veículo de comunicação pensado originalmente com o simples objetivo de levar o Recife ao Brasil inteiro, durante um período em que o rádio era de longe o meio de comunicação de massa mais atuante. O LeiaJá visitou a casa do ex-vereador para conversar sobre a criação da Rádio Frei Caneca e o que ele acha a respeito das propostas apresentadas em audiência pública na quarta-feira (4) passada, na Câmara Municipal. Dentre as críticas mais ácidas, uma provocação aos grupos de trabalho respaldados pela Prefeitura do Recife para colocar a emissora no ar: “Desta vez criaram uma nova comissão e nem me chamaram, nem me convidaram. Ignoram e vão formando o bonde”, declara Liberato Costa Júnior em um certo momento da entrevista. Confira abaixo o bate-papo completo:

Como surgiu a ideia de criar a Rádio Frei Caneca? 

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Eu me elegi vereador pela primeira vez em 1955. Depois de começar o mandato fui me apaixonando pelo Recife com minhas leituras. Li Amaro Quintas, Mário Setti, Oliveira Lima, Mário Melo, Sebastião Galvão e outros autores que abordavam o problema do Recife nas colunas dos nossos jornais. Com essa convivência e com o que eu havia lido, fiquei apaixonado pela cidade. E achei que cidades de menor importância de Pernambuco e de outros Estados tinham um órgão de divulgação. Naquele tempo o rádio não era tão velho como é hoje e tinha um maior poder de penetração. Fui me relacionando com os poetas e jornalistas e absorvendo muita coisa. E eu pensava: como é que eu estou impregnado de amor pelo Recife e ainda não fiz um projeto pra mostrar o quanto vale a cidade, o quanto ela é gigante nas páginas da história do Brasil e de Pernambuco?

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Ai veio a eleição de 1959, em que eu apoiei Miguel Arraes e me elegi. Fui o mais votado do Recife e já tinha maquinado o que eu ia  fazer, uma rádio emissora com capacidade de alcançar um raio de mais de 500 km. Não seria uma estação de rádio comunitária, seria uma estação da Prefeitura do Recife. Então transformei a ideia em lei, que é a 520 do dia 9 de junho de 1960. 

E por que colocar o nome de Frei Caneca na rádio? 

Eu andei folheando vários nomes da história de Pernambuco, e cheguei a Frei Caneca. Li pedaços das obras dele, e o povo não sabe nem que isso existe. Ele era um gênio. Foi o maior geômetra da sua geração. Era escritor, poeta com domínio do latim e francês, filósofo. E o mais importante é que a figura dele era um imã que impregnava todo mundo. Tanto que ele foi condenado pelo movimento da Confederação do Equador, em 1825, quando Dom Pedro I resolveu que ele fosse morto.  O povo pensa que ele foi fuzilado, mas naquele tempo nem existia fuzil. Na verdade ele foi arcabuzado. E ele era pra ter sido morto no dia 11 de janeiro, mas só foi no dia 13 porque os carrascos que iam arcabuzá-lo se recusaram. Como eu disse, o padre impregnava as pessoas com o espírito patriótico dele. No dia 13, os carrascos solicitaram os acapus pra Frei Caneca não reconhecer quem eram. Na minha modesta opinião, eu escolhi este nome porque dentre as grandes figuras da pátria eu cheguei à conclusão que no Brasil a pessoa mais humana que nasceu foi Frei Joaquim do Amor Divino Rabelo. Nascido no Bairro do Recife e que tinha esse apelido de Caneca porque o pai era funileiro e vendia canecos de todos os tamanhos para sustentar a família.

Como você previa a gestão da emissora? 

Quando fiz o projeto, achei que a prefeitura era rica nos seus quadros de repórter e jornalistas. Pessoas como Samir Abou Hana e Eugênio Coimbra, entre outros, faziam parte da equipe. A Prefeitura do Recife já tinha como recrutar profissionais. E era só criar um conselho com representação da sociedade e a diretoria.

O senhor acha que havia necessidade de se discutir com a sociedade, em audiência pública, o projeto da Frei Caneca?

Eles disseram um bocado de itens. É uma vergonha essa história de vários itens pra instalar uma rádio popular da prefeitura. Nem a melhor rádio do Estado precisa disso. Eu posso falar assim porque tenho 96 anos. Esse povo que está se reunindo pra dar palpite começou agora. Eu conheci o Recife alegre, e agora conheço o Recife triste. Tudo é copiado. Acho muito interessante a sociedade querer participar, mas não para querer impor e trazer uma proposta com vários itens. Não é assim. Bastava um conselho e uma diretoria, com não mais que cinco pessoas. Diretor artístico, de reportagem, esportivo, e outros dois. Fazia um censo na prefeitura de quem é jornalista pra levar pra rádio. E a programação seria feita nos moldes das rádios mais modernas. Também poderia levar a transmissão para as rádios comunitárias. E acho esse projeto tem que ser ligado ao gabinete do prefeito, ao invés da Secretaria de Cultura.

Surgiu agora esse grupo e é muito interessante essa participação. Contribuição é importante, mas não pode ser exagero. O espírito da rádio não é comercial, eu a criei para que fosse puramente educativa, com programas de rua, com programa convidando escritores e pesquisadores pra falar do Recife, transmitindo competições esportivas que fossem de interesse do recifense. A finalidade principal era tirar o Recife do marasmo. Eu analisei alguns fatos da história do Brasil e cheguei à conclusão que, em termos históricos, o Recife é o território do país mais importante. Os grandes fatos do Brasil nasceram e terminaram nesta cidade, e não foram fatos mesquinhos. A Restauração Pernambucana, a capitulação dos holandeses, a composição da Defesa Brasileira, entre outras. Os historiadores dizem também que o espírito de nacionalidade nasceu no Recife. Quem tem matéria dessa natureza não pode ficar submerso. 

Promessas: Rádio Frei Caneca deve ser implantada até o São João

Frei Caneca no primeiro semestre de 2014, garante Lessa

Uma das propostas para a Frei Caneca é que 30% da programação seja voltada para a música pernambucana. Este percentual te agrada?

Eu não limitaria isso a 30%. Isso é uma ingenuidade. Ninguém pode limitar programação de rádio. Programação é pra estimular, oferecer coisas geniais, que a diretoria e o conselho levam ao ar, mas sempre voltada para o Recife subir. O problema principal é que a Frei Caneca não é comercial, não tem receita de arrecadação e tem que ser mantido pelo município, através do orçamento, reduzindo a parcela de publicidade pra dividir com a emissora. Promover concursos de poesia, de cantadores, no Santa Isabel, Teatro do Parque e outros espaços do Recife.

Ainda sobre a programação, Recife tem a sorte de ser cortada por cinco rios, mas o povo não sabe. A rádio faria esse papel. A Orquestra Sinfônica do Recife pode de dois em dois meses fazer um concerto para a população. A Banda Sinfônica também. E nos períodos sazonais das tradicionais festas do Brasil, predominar a música local. No Carnaval, nada de música do Rio ou baiana. A música não tem pátria e toda ela tem sua razão de ser, mas somos uma cidade que tem música própria, folclore próprio, uma terminologia própria. Expressões que só tem validade aqui. 

O senhor tem acompanhado o projeto de perto?

O projeto demorou muito nas comissões na década de 60, mas Arraes, que era o prefeito, sancionou a lei. Então vem a via crúcis da rádio, cujo enredo já se conhece bem. Um detalhe é que um tempo depois Jarbas Vasconcelos, na época já prefeito, fez um ofício solicitando a criação de uma rádio para o ministro das Comunicações, que era na época era o famoso baiano Antônio Carlos Magalhães. Um mês depois desse ofício, a Câmara Municipal resolveu me mandar para o ministério e eu lembro que ACM, após me apresentar como o embaixador do Recife, disse a seguinte frase: ‘O Recife é tão grande que arrebenta qualquer protocolo’. Eu gostei muito disso. Mas o tempo foi passando, entrava prefeito e saía prefeito. Ocorreram modificações na lei. Depois de vários anos João Paulo criou uma comissão. Alguns deputados ajudaram, como Fernando Ferro, o senador Sérgio Guerra. Depois de João Paulo veio o João da Costa, que se interessou muito, muito mesmo. Tanto é que se recebeu as autorizações (para colocar a rádio no ar) durante o governo dele. E outras camadas sociais do Recife, com a legitimidade da participação, começaram a se interessar e conversar com João da Costa. 

Já participou de outras audiências públicas sobre o assunto?

Já participei de outra. O ex-prefeito João Paulo, na época que era prefeito, me colocou na comissão. Desta vez criaram uma nova comissão e nem me chamaram, nem me convidaram. Ignoram e vão formando o bonde.

Depois de ficar mais de 40 anos sem sair do papel, a Rádio Frei Caneca ganha cada vez mais forma. Nesta segunda (10), os Grupos de Trabalho, estabelecidos em fevereiro, darão o ponta-pé inicial nas discussões sobre a implantação da emissora, com o Seminário Sistemas de Comunicação Pública. A iniciativa acontece no Museu de Arte Moderna Aloíso Magalhães (Mamam), às 16h, e tem o objetivo de apresentar experiências de outras emissoras públicas brasileiras e estrangeiras.

O seminário será conduzido por Ana Veloso, professora da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) e integrante do Conselho Curadora da Empresa Brasil de Comunicação (EBC); por Kiko Ferreira, diretor da TV e Rádio Educativa da UFMG; e Lucas Ferreira, coordenador de Programação da Rádio UFSCAR.

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A Rádio Frei Caneca está no ar de forma experimental, através do site, no qual é possível ouvir músicas pernambucanas, conferir o calendário dos Grupos de Trabalhos e fazer sugestões acerca da emissora. Os Grupos de Trabalhos estão divididos em três categorias, que definirão metas sobre a programação, financiamento e operacionalização. 

A Rádio Frei Caneca finalmente entrou no ar no último sábado (1°), durante o Carnaval do Recife, mas ainda em caráter experimental e online. O site da rádio pública conta com informações sobre a emissora, cronograma de atividades para a implantação da Frei Caneca e detalhes dos grupos de trabalhos envolvidos no processo. A próxima etapa é a formulação de um modelo de rádio que será apresentado à população recifense via consulta pública. 

Neste sentido, na próxima segunda (10) a Fundação de Cultura Cidade do Recife (FCCR) vai promover um seminário com experiências de emissoras públicas brasileiras e estrangeiras. Uma das participantes do seminário, por exemplo, será Ana Veloso, professora da Universidade Católica de Pernambuco e especialista em comunicação com experiência na implantação da TV Brasil. A ideia é fazer com que tais vivências possam oferecer embasamento aos grupos de trabalho que vão colocar a rádio no ar no canal 268/E, concedido pelo Ministério das Comunicações em 2011.

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Os envolvidos no processo da implantação da Frei Caneca estão divididos em três núcleos, Operacionalização, Programação e Financiamento. E de 10 de março a 10 de abril os participantes devem elaborar um modelo de rádio que será apresentado à população recifense. "Quando o documento estiver concluído ele será encaminhado à Câmara dos Vereadores para uma consulta pública. Para este momento convidaremos o prefeito Geraldo Julio, que já deixou claro que essa é uma das prioridades da gestão. E no encontro vamos apresentar os resultados e encaminhamentos propostos pelo grupo de trabalho”, explica Patrick Torquato, gerente de Música da FCCR e gestor da emissora. 

Frei Caneca no primeiro semestre de 2014, garante Lessa

O grupo de trabalho é formado por representantes do Fórum Pernambucano de Comunicação, do Fórum Pernambucano da Música, do Centro de Cultura Luiz Freire, da Central Única das Favelas (Cufa), do Auçuba – Comunicação e Educação do Recife, do Centro Acadêmico de Jornalismo da UFPE, do Sindicato de Jornalistas, da Empresa Pernambucana de Comunicação, do Quilombo Malunguinho, da Secretaria de Imprensa e da Mulher do Recife, entre outros.

Conforme prometido por Roberto Lessa, presidente da Fundação de Cultura Cidade do Recife (FCCR), a Rádio Frei Caneca FM deve ser implantada ainda no primeiro semestre de 2014. Já há um grupo de trabalho responsável pela elaboração de um documento de referência para implantar a emissora, formado por 40 representantes de 20 entidades governamentais e da sociedade civil. Os participantes estão com encontros marcados de 10 de março a 10 de abril, quando devem produzir o material e em seguida encaminhá-lo a uma audiência pública.

Segundo Patrick Torquato, gerente de Música da FCCR e gestor da rádio desde setembro de 2012, ele entrou em contato com duas instituições para constituir este grupo de trabalho: o Conselho Municipal de Políticas Culturais do Recife e o Fórum Pernambuco de Comunicação (Fopecom). “Propus ao Conselho convidar entidades ligadas ao assunto para participar do grupo de trabalho que vai implementar a Rádio Frei Caneca. Outros nomes surgiram após reuniões que tive com a Fopecom. Não foi uma decisão exclusivamente minha e por ser um assunto delicado busquei uma legitimação maior. Inclusive há participação da quase totalidade dos conselheiros que representam a sociedade civil”, comenta Patrick. 

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Implantação da Frei Caneca começa com Grupos de Trabalho

De setembro de 2012 pra cá, Patrick conta que recolheu diversas informações dos outros gestores que estiveram à frente da implantação da emissora pública. “Muitos deles fizeram conversas com a sociedade civil e nós precisávamos retomar esse diálogo que não acontecia desde 2010. Havia muita coisa defasada”, revela. Neste sentido, no último dia 11 de fevereiro ficou definido em reunião realizada pela FCCR, no auditório do Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (Mamam) que o grupo de trabalho será dividido em três núcleos, Operacionalização, Programação e Financiamento. E durante o período de 10 de março a 10 de abril os participantes devem avançar nessas discussões para apresentar um modelo de rádio à população recifense.

Participam deste grupo de trabalho representantes do Fórum Pernambucano de Comunicação, do Fórum Pernambucano da Música, do Centro de Cultura Luiz Freire, da Central Única das Favelas (Cufa), do Auçuba – Comunicação e Educação do Recife, do Centro Acadêmico de Jornalismo da UFPE, do Sindicato de Jornalistas, da Empresa Pernambucana de Comunicação, do Quilombo Malunguinho, da Secretaria de Imprensa e da Mulher do Recife, entre outros.

No dia 10 de março será realizado um seminário com apresentações de experiências de emissoras públicas brasileiras e estrangeiras. A ideia é fazer com que essas experiências ofereçam embasamento na hora para o momento de redigir o documento. Uma das participantes do seminário, por exemplo, será Ana Veloso, professora da UNICAP e especialista em comunicação com experiência na implantação da TV Brasil. 

"Quando o documento estiver concluído ele será encaminhado à Câmara dos Vereadores para uma consulta pública. Para este momento convidaremos o prefeito Geraldo Julio, que já deixou claro que essa é uma das prioridades da gestão. E no encontro vamos apresentar os resultados e encaminhamentos propostos pelo grupo de trabalho”, explica Torquato. 

Ivan Moraes Filho, um dos representantes do Fopecom, contou ao LeiaJá como foi feito o convite para que a entidade participasse da formação do grupo de trabalho. “Este é um fórum que já existe há10 anos e que reúne pessoas e instituições da sociedade civil ligadas à temática da comunicação. Durante esta década nós sempre cobramos que se implementasse a Frei Caneca num formato de rádio pública, como parte de uma política pública. A gente espera conseguir pautar o grupo de trabalho e fazer com que o prefeito faça a rádio do jeito que a população quer”. A reportagem tentou conversar com alguém do Conselho Municipal de Políticas Culturais do Recife, mas a informação recebida é que eles estão sobrecarregados com o Carnaval.

Frei Caneca aproveita o Carnaval para se aproximar do cidadão

Para Patrick, há uma certa pressão política sobre o assunto, mas que não era imprevisível: “Por ser uma demanda que conta com recursos públicos, existir pressão política é algo normal. Já é minha terceira experiência como gestor do processo e já estou acostumado com isso. É algo que envolve interesses diversos e tem que ter muito cuidado para conduzir da melhor forma possível."

Questionado se já existe uma previsão de quando a rádio entrar no ar de fato, o gerente de Música da FCCR se mostra cauteloso. “Isso depende de um ciclo burocrático que está ligado à compra dos equipamentos. A previsão é que em março a licitação seja publicada, e a partir daí há uma série de passos que devem ser cumpridos. Mas nossa previsão é que antes do São João a rádio já esteja no ar”. 

Rádio Frei Caneca - O projeto da rádio foi aprovado em 1960 e foi uma iniciativa do ex-vereador Liberato Costa Jr. O local para instalação da antena transmissora será o prédio da Sudene e no dia 1º de março a Prefeitura do Recife colocará no ar um site para acompanhamento das propostas da Rádio Frei Caneca FM. O canal online vai disponibilizar documentos de referência para os debates, o cronograma das atividades, um espaço de participação para os interessados no tema e uma rádio experimental.

Na tarde da terça-feira (11), um grande passo para a implantação da Rádio Frei Caneca foi dado. Em reunião realizada no auditório do Museu de Arte Moderna Aloíso Magalhães (Mamam), Centro do Recife, cerca de 40 representantes de 20 entidades, integrantes da sociedade civil e de órgãos públicos, debateram sobre a forma de elaboração das propostas para estabelecer a Rádio Frei Caneca FM.

No encontro mediado por Patrick Torquato, gerente de Música da Prefeitura do Recife, os participantes optaram pela formação de Grupos de Trabalho, que irão elaborar propostas sobre os temas Gestão, Financiamento e Programação da emissora.  Estes três núcleos se encontrarão durante um mês para discutirem e produzir um documento de referência para implantar a Frei Caneca. O início da atividade será no dia 10 de março, com a realização de um seminário, no qual serão apresentadas algumas experiências acerca da gestão das emissoras públicas do mundo e do Brasil.

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Os Grupos de Trabalho se encontrarão uma vez por semana, até o dia 10 de abril, com reuniões realizadas no mesmo local. Ficou combinado que os representantes da equipe de Gestão se encontrarão nas segundas-feiras; os de Programação, nas terças; e Financiamento, nas quartas. Entre os participantes do encontro estavam representantes do Fórum Pernambucano de Comunicação (Fopecom), do Fórum Pernambucano de Música, do Centro de Cultura Luiz Freire, da Central Única das Favelas (Cufa), do Sindicato de Jornalistas, da Secretaria de Imprensa e da Mulher do Recife, do Centro Acadêmico de Jornalismo da Universidade Federal de Pernambuco UFPE), entre outros. Também está nos planos dos organizadores da emissora uma audiência pública.

Frei Caneca no primeiro semestre de 2014, garante Lessa

Saga da Rádio Frei Caneca

A Rádio Frei Caneca FM é uma emissora pública do Recife que está em processo de implantação desde os anos 1960. O projeto foi uma iniciativa do ex-vereador Liberato Costa Jr. A proposta tramitou até junho de 2011 na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que cedeu o canal 268/E para a emissora.

A Frei Caneca contempla o fortalecimento da cultura pernambucana, promoção da informação de qualidade e o incentivo à cidadania. O atual responsável pela implantação da Rádio é Patick Torquato, que deixará a gestão de música da Prefeitura para se dedicar à emissora. 

O local da instalação da antena transmissora será o prédio da Sudene e, atualmente, está em andamento o processo de aquisição dos equipamentos da Rádio. Até o Carnaval, será implantado um site para acompanhamento das propostas da Rádio Frei Caneca FM. Neste canal, serão disponibilizados os documentos de referências para os debates, o cronograma das atividades, um espaço de participação e uma rádio web experimental.

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