Tópicos | estilistas

Bebe Rexha está revoltada com alguns profissionais da indústria da moda e usou suas redes sociais para desabafar. Indicada pela primeira vez ao prêmio Grammy, a cantora está tendo dificuldade de encontrar um estilista que lhe faça um vestido para a cerimônia. O motivo seria o tamanho do seu corpo.

Rexha publicou, nesta segunda (21), um vídeo em que fala sobre a situação. Ela se mostrou indignada com o tratamento que recebeu de alguns costureiros. "Muitos deles não querem me vestir porque eu sou muito grande. Se meu tamanho é muito grande, eu não sei o que te dizer. Então, eu não quero vestir a p*** dos seus vestidos".

##RECOMENDA##

A cantora também aproveitou para dar uma aula para os que lhe disseram não: "O que você está dizendo é que todas as mulheres no mundo que vestem este tamanho, e acima dele, não são bonitas e não podem usar seus vestidos. Empodere as mulheres para amar seus corpos ao invés de fazer com que elas se sintam inferiores por conta de seus tamanhos. Nós somos bonitas, não importa o tamanho". E finalizou mandando um recado bem direto. "Minha bunda tamanho oito aqui ainda vai ao Grammys".

Se você deseja ter um estilo que se destaque na multidão, tente revirar o armário de sua avó. Na era da moda rápida e efêmera, o look "vintage" marca a diferença na rua e abre caminho nas passarelas.

"O look de hoje em dia é centrado na exclusividade da roupa. E com o 'fast fashion' e o mercado das massas, isso só pode ser encontrado no vintage", diz o estilista brasileiro Francisco Terra.

##RECOMENDA##

O principal ponto está na "liberdade que nos damos agora" para combinar roupas básicas com trajes únicos, diz o mexicano Antonio Ortega.

A roupa antiga é o contra-ataque da moda "usar e descartar", é uma roupa com história para contar, que sobrevive graças à nobreza de seu tecido e qualidade de modelagem.

Ela combina com a onda retrô atual, em que vitrolas e o clássico console da Nintendo voltar a ser produtos cobiçados.

- 'Mad men' e a volta aos 60 -

"O fenômeno tem a ver com um sentimento de insegurança. Hoje acreditamos menos que há 30 anos que o futuro será melhor que o passado", explica Cécile Poignant, analista de tendências.

Resgatando o antigo, "temos a impressão de nos apropriarmos de um passado um pouco idealizado".

A crise econômica, que nos levou a aceitar o conceito de avareza, e a crescente consciência ecológica explicam também o auge do "vintage", assim como o sucesso da série americana "Mad Men", ambientada nos anos 1960.

Mas os especialistas lembram que sempre existiu o mercado de roupas usadas e que a novidade reside principalmente na roupa "vintage" de luxo, em pleno apogeu na capital da moda, Paris.

Os estilistas mais famosos buscam inspiração em lojas de segunda mão, como a Guerrisol, onde Neith Nyer, a marca do brasileiro Fernando Terra, desfilou na última quarta-feira fora do programa oficial da Semana de Moda de Paris.

- Japão vintage -

"Não gostam de dizer, porque é um lugar com um público mais modesto (...) mas todos os criadores das grandes marcas vêm aqui (naGuerrisol). É um pouco o templo de busca da moda parisiense", disse Francisco, que já trabalhou para Givenchy e Carven durante seus 10 anos de residência na França.

Sua marca tem o nome de sua avó austríaca, com quem aprendeu a costurar. Apresentou em Paris uma coleção que emula 'patchworks' de roupas "vintage".

Sua inspiração é a marca francesa Margiela -que incluiu a roupa retrô em suas coleções-, e o Japão, onde esse tipo de roupa causa furor, diz Francisco.

- Vejo e quero -

Da rua para passarela e vice-versa. Cada vez que as grandes marcas resgatam uma roupa de décadas passadas, como os casacos de pele ou os casacos de aviador, a demanda vai às alturas.

Na loja parisiense Thanx God I'm a VIP só são vendidas roupas das melhores marcas em excelente estado. Amnaye Nhas, um dos sócios, explica que sua clientela "é geralmente pessoas que querem se destacar".

"Compram na Zara e depois vêm aqui para buscar uma roupa original" para completar seu look.

Um vestido preto de seda e cetim da Kenzo é vendido por 255 euros (270 dólares), outro de seda da Leónard em tons verdes a 995 euros (1.050 dólares), mas os preços começam muito abaixo, nos 40 euros.

Nhas mostra um casaco Burberry de 1978, a 450 euros. "É uma roupa que pode ser conservada por 20 anos. Se fizer as contas, sai mais barato que comprar um sintético a cada inverno".

Ele está convencido de que o vintage tem uma longa vida pela frente, pelo menos "até que chegue a roupa conectada".

A Semana de Moda de Nova York terminou nesta quinta-feira sem que os estilistas entrassem em acordo sobre que temporada apresentar, com o futuro das passarelas em perigo e uma indignação política evidente.

Enquanto o circo internacional da moda viaja agora para Europa - a semana de moda de Londres começa nessa sexta-feira, seguida por Milão e Paris -, Nova York deixou 10 tendências claras para essa temporada.

##RECOMENDA##

Política

Não houve como escapar do fantasma de Donald Trump. A elite cultural nova-iorquina está indignada com as primeiras semanas caóticas do novo governo e não se recuperou da derrota da democrata Hillary Clinton, muito admirada pela indústria da moda, na eleição presidencial.

Public School parodiou os bonés de beisebol de Trump com a frase "Make America Great Again" (Faça a América grande de novo), Mara Hoffman abriu seu desfile com um manifesto das organizadores da Marcha das Mulheres e o nepalês Prabal Gurung colocou em sua passarela modelos com camisetas de protesto.

Muitos usaram bandanas brancas pedindo tolerância, que os convidados do desfile da Calvin Klein receberam pelo correio. Também foram usadas pelas modelos da Tommy Hilfiger. Muitos estilistas, como a chilena María Cornejo, distribuíram grandes botons fúcsia em apoio à Planned Parenthood, associação de planejamento familiar que os republicanos querem deixar de financiar.

O afro-colombiano-americano Edwing D'Angelo apresentou uma coleção toda em vermelho carmesim para enviar um "alerta vermelho" pela tempestuosa situação política do país.

Maior, mais bonito

Após anos de queixas sobre a magreza das modelos e de que não refletiam a mulher real, várias modelos plus size desfilaram nas passarelas de Nova York.

Ashley Graham - a primeira modelo plus size a aparecer na capa da revista Vogue - desfilou para Michael Kors, que na temporada passada teria dito que "logisticamente" não era possível colocar modelos mais voluptuosas nas passarelas.

Prabal Gurung, que desenhou uma linha de roupas para a marca de tamanho grande Lane Bryant, teve Candice Huffine e Marquita Pring em seu desfile.

Romper o tabu

Sobreviventes de câncer de mama desfilaram com lingeries adaptadas para marca AnaOno, que cria peças para mulheres que passaram por mastectomias ou reconstrução de seios, em um esforço para gerar conscientização sobre a doença.

A modelo australiana com síndrome de Down Madeline Stuart, que também tenta superar estereótipos na indústria da beleza, estreou com sua marca própria.

O véu

Poucos dias depois de Trump proibir temporariamente a entrada de refugiados e cidadãos de sete países muçulmanos nos Estados Unidos, o véu apareceu nas passarelas.

A somali-americana Halima Aden, de 19 anos, desfilou para a quinta temporada da marca Yeezy, de Kanye West, enquanto a indonésia Anniesa Hasibuan voltou para a segunda temporada consecutiva com um desfile onde todas as modelos usavam véu e looks coloridos dignos de princesas.

Mulheres poderosas

O mexicano-americano Louis Verdad optou por calças de tweed, golas altas e saias amplas plissadas em uma coleção dedicada às jovens "millenials" que desejam elegância.

Tory Burch mostrou uma coleção inspirada em Katharine Hepburn para uma mulher poderosa.

Victoria Beckham optou por looks com estilo masculino combinados com botas sexy ou sapatos masculinos pontiagudos.

Diversidade

A lendária marca americana Ralph Lauren desfilou uma coleção que evoca os nômades, com lamês dourados, sandálias plataforma de pele de cobra e túnicas sedosas com cauda.

O estilista belga Raf Simons fez sua estreia na Calvin Klein inspirado pela diversidade da cultura americana, do matelassê tradicional até a Art Déco e o Velho Oeste.

O estilista indiano Bibhu Mohapatra disse que suas musas eram as mulheres do mundo, e a marca Zero+María Cornejo usou modelos de 16 países, de Uganda até a República Dominicana.

Bella Hadid

A modelo e irmã mais nova de Gigi Hadid está em pleno auge. Filha da modelo holandesa-americana Yolanda Foster e do palestino-americano Mohamed Hadid, tomou conta das passarelas de Ralph Lauren, Anna Sui e Oscar de la Renta.

A namorada do cantor The Weeknd também é o rosto de lucrativas campanhas publicitárias para Bulgari, DKNY e Moschino.

Veludo

Luxuoso e acolhedor para o outono-inverno 2017, o veludo dominou as passarelas em botas, calças de jogging e casacos na passarela da Anna Sui, vestidos de noite na Marchesa e vermelho sangue e bronze na Zero+María Cornejo.

As peles também foram uma constante, como nos grandes ombros arredondados e nos vestidos decotados tomara que caia.

Novos horizontes

Marc Jacobs fez com que suas modelos percorressem a passarela em silêncio e pediu aos convidados que não usassem os celulares.

Zac Posen disse que os tempos de mudança pedem um novo foco e lançou uma exibição de fotos para criar uma conversa sobre o assunto.

Vera Wang lançará sua coleção com um vídeo e Sophie Theallet fez uma campanha fotográfica online.

Adeus Nova York?

A Semana de Moda se destacou também por suas ausências: Tommy Hilfiger foi para Los Angeles, assim como Rebecca Minkoff. Vera Wang vai divulgar seu vídeo no início da Semana de Moda de Paris, e a Rodarte também vai apresentar sua coleção na capital francesa.

Na próxima temporada, a Lacoste vai optar pela França e a marca novaiorquina de vanguarda Proenza Schouler também vai se unir ao êxodo para a Cidade Luz.

Existe uma "moda negra"? Os estilitas negros deveriam sentir o peso e a responsabilidade de sua herança? Por que há tão poucos modelos e estilistas negros?

Um simpósio do Instituto de Moda e Tecnología (FIT) de Nova York e uma grande exposição que fica aberta até maio lança o debate e busca celebrar dezenas de estilistas negros que "muitas vezes tem sido desvalorizados e insuficientemente representados".

##RECOMENDA##

Hoje em dia, apesar dos avanços conseguidos no último meio século, "os estilistas negros representam apenas 1% de todos os criadores exibidos pelo VogueRunway.com", principal site com informações sobre as semanas de moda no mundo, lembra Ariele Elia, cocuradora da exposição no museu do FIT.

"A discriminação existe, tanto com estilistas quanto com modelos", diz Elia em um auditório repleto de acadêmicos, estudantes e estilistas.

- "Algo triste" -

Apesar disso, muitos estilistas confessam que estão cansados de serem vistos como "estilistas negros" e que desejam ser vistos simplesmente como "estilistas". Alguns dizem que nem sequer pensam na raça na hora de criar.

Que não existam mais estilistas negros na Semana de Moda de Nova York, que começa nessa quinta-feira, "é algo triste", mas ainda mais surpreendente é que existam tantos homens e tão poucas mulheres, disse à AFP a estilista Carly Cushnie, da marca Cushnie et Ochs.

"Mas não tenho certeza da razão real", diz Cushnie, que é londrina de origem jamaicana e cuja sócia, Michelle Ochs, é canadense, cresceu nos Estados Unidos e é metade filipina, metade alemã.

"Se fala muito hoje desse tema, mais do que nunca na história, por isso tenho a esperança de que isso mude", dijo Cushnie, de 32 años.

Sua marca participa da Semana de Moda de Nova York (NYFW) e ganhou fama quando foi escolhida pela ex-primeira dama Michelle Obama em 2011, que também levou ao estrelado outras estilistas negras, como Laura Smalls.

O francês Olivier Rousteing, representado na exposição com um vestido inspirado no tecido de ráfia feito à mão utilizado em cadeiras cubanas, é um dos estilistas negros mais famosos do mundo hoje em dia, mas é "mais uma exceção que a regra", disse Elia.

Quando foi designado diretor criativo da Balmain aos 26 anos, em 2011, Rousteing disse que o mundo da moda entrou em choque, mas não por sua idade, mas pela cor da sua pele.

A exposição no FIT mostra dezenas de estilistas negros como Tracy Reese, Stephen Burrows e Willi Smith, começando por Ann Lowe, considerada a primeira estilista negra de Alta-costura dos Estados Unidos, que criou o vestido de casamento de Jackie Kennedy em 1953.

Lowe consegiu estudar moda em Nova York, mas era a única estudante negra, e seus colegas de turma não queriam se sentar com ela. Cobrava mais barato que os colegas e morreu pobre e esquecida aos 82 anos.

Mas a primeira esposa de um presidente americano a escolher uma estilista negra foi Mary Lincoln, por volta de 1860. A escrava Elizabeth Keckly era sua estilista e confidente.

- Estilos diversos -

Assim como vários estilistas negros preferem nem pensar em raça, e criam grandes peças inspiradas na Alta-costura francesa ou na alfaiataria inglesa, outros mergulham nas raízes do sul americano ou de tribos africanas.

Alguns, como Kerby Jean-Raymond, estilista novaiorquino da marca Pyer Moss, são ativistas. Esse jovem criou uma peça inspirada em Ota Benga, congolenho enjaulado no zoológico do do Bronx no final de 1800, assim como no movimento "Black Lives Matter" e nos afro-americanos que foram mortos recentemente nas mãos da polícia.

O americano Patrick Kelly, que morreu vítima do vírus da Aids aos 35 anos após conquistar grande sucesso em Paris nos anos 80, bebia de suas raízes sulinas e tratava o tema da raça e do racismo com um humor que gerou polêmica. Como, por exemplo, quando entregava às suas aristocráticas clientes alfinetes de bebês negros para colocar nas lapelas e usava como logomarca um "golliwog", boneco de tecido negro que se transformou em símbolo do esteriótipo racista.

"Acredito que somos mais de 1%, porque temos que considerar todos os negros que trabalham na moda, não só os que têm sua própria marca", disse à AFP Alphonso McClendon, professor de design e autor do livro "Moda e Jazz".

McClendon espera que aumente a diversidade com as vendas pela internet, principalmente de estilistas pequenos, que já não dependem tanto de contatos e de famosos editores de revistas de moda para triunfar.

Os estilistas reiventaram o "made in Vietnam" com inspiração nas tradições das várias etnias do país, conhecido por sua roupa barata confeccionada para marcar internacionais.

Nas colinas da região de Cao Bang, a estilista Thao Vu faz seus próprios tecidos cozinhando folhas de cor índigo.

##RECOMENDA##

As estampas e tecidos étnicos arrasam nas semanas de moda do mundo inteiro. No Vietnã, com 54 minorias étnicas, Kilomet 109, a marca de Thao Vu, é pioneira.

Essa mulher de 38 anos não só confecciona roupas inspiradas na "moda" rural, mas também trabalha com tecelãs das aldeias para dar uma dimensão ética ao negócio.

"São elas que me ensinam as técnicas" de tecer à mão e de tintura natural, explica Thao Vu, referindo-se às mulheres da etnia Nung de Phuc Sec, um povoado que visita com certa frequência.

Depois a estilista dá "um toque de modernidade" às peças que acabarão nas vitrines das lojas de luxo de Berlim ou Nova York.

O caminho e a aprendizagem não foram fáceis.

"Se viver aqui nunca vai conseguir marido", diziam as mulheres locais ao ver que Thao não conseguir tingir os tecidos, uma prática que as mais jovens da aldeia, em busca de casamento, dominam à perfeição.

Thao Vu não desanimou, e com o tempo se transformou em uma especialista na arte de usar folhas e raízes para tingir as sedas orgânicas, o algodão e as fibras de cânhamo de cinza pálido e fortes alaranjados.

Volta às origens

Nas últimas décadas o Vietnã se transfomrou em uma plataforma de confecção para gigantes do setor têxtil como Zara, Mango e H&M, uma atividade econômica muito importante para seu crescimento.

Mas alguns vietnamitas se deram conta dos estragos causados por esse tipo de crescimento, principalmente no meio ambiente e nas condições de trabalho.

"No começo só queria preservar as técnicas tradicionais... mas depois vi que tinha que ter em conta o meio ambiente, e agora o lado ético, antes que seja muito tarde", explica Thao Vu.

Entre suas funcionárias está Luong Thi Kim, de 40 anos. "Antes tingia pra mim, agora nossos produtos chegam a outros países. Posso ganhar dinheiro pra educar meus filhos", declara.

Na província de Hué, no centro do Vietnã, outra marca se volta para "moda justa". A fundadora da Fashion4Freedom, LanVy Nguyen, voltou a seu país depois de ter fugido de barco após a guerra, como muitos outros.

Há quase 20 anos esta ex-analista financeira que fez fortuna em Wall Street utiliza sua rede de contatos para salvar as técnicas artesanais.

"Sabíamos que essa gente tinha anos de experiência" mas teria que se buscar uma maneira dos mercados quererem, explica LanVy Nguyen.

Em sua loja em Hanói, Thao Vu aposta em peças de alto luxo, a tal ponto que sua empresa já pediu a colaboração de escultores para aplicar nos saltos de seus sapatos as técnicas usadas em pagodes e outros prédios.

"Antes esculpia casas tradicionais de madeira, agora esculpo sapatos em um estilo moderno. Esse ofício me encanta", diz Do Quang Thanh.

Nos mercados ocidentais, o interesse por esse tipo de moda é palpável. A marca americana de roupas Nanette Lepore estuda uma colaboração com a Fashion4Freedom, seduzida pela ideia dessa mistura entre tradição e modernidade, que poderia constituir "uma verdadeira oportunidade para o mercado americano".

A Semana de Moda começou nesta quinta-feira em Nova York com seu frenesi habitual de desfiles e uma pergunta que a preocupa: como continuar tendo importância em um mundo em que as redes sociais são onipresentes e os clientes querem tudo de imediato?

Tradicionalmente, os estilistas apresentam suas coleções com seis meses de antecedência. A semana de moda que começa nesta quinta-feira (11) mostra o outono-inverno 2016-2017 para um público muito especializado composto por compradores, jornalistas, blogueiros e famosos. A venda em lojas acontece apenas em alguns meses.

##RECOMENDA##

Mas nessa época de Instagram e de outras redes sociais, a paciência já não existe. Várias marcas divulgaram recentemente que apresentarão coleções nas passarelas que estarão disponíveis imediatamente para compra, e não seis meses depois.

Um exemplo é a estilista Rebecca Minkoff, que apresenta nesse domingo sua coleção primavera-verão 2016.

"Tudo o que verão na passarela estará disponível de maneira imediata, ou em no máximo 60 dias", prometeu Minkoff em um vídeo no YouTube.

"A imagem não vai se esgotar. Não estarão cansados da jaqueta que viram em todas as contas do Instagram e nos portais na internet", afirmou.

Comprarão "o verdadeiro produto, não uma cópia feita até antes que eu mesma possa fazer", disse.

Em Londres, a marca Burberry também anunciou que, a partir de setembro desse ano, vai colocar suas coleções à venda imediatamente após os desfiles, que não vão mais se diferenciar por temporada.

Sistema ineficaz

O Conselho de Criadores de Moda americano (CFDA, na sigla no inglês), proprietário também do calendário da semana de moda, tenta encontrar há vários meses um novo modelo. Para o CFDA, o atual é "ineficaz".

Em dezembro de 2015, o conselho encomendou um estudo sobre essa questão com uma empresa de consultoria. Os resultados estarão prontos em algumas semanas.

"Os criadores, os distribuidores e os editores se perguntam há um certo tempo sobre a pertinência da semana de moda em seu formato atual", explica o presidente do CFDA, Steven Kolb.

A chegada de celebridades que fazem da moda um espetáculo acelerou esse processo. O rapper Kanye West apresenta hoje sua coleção no Madison Square Garden, sua terceira coleção Yeezy, junto com o lançamento mundial de seu novo álbum.

Os 18.000 lugares são pagos, entre US$ 50 e US$ 135, e o público, que habitualmente não tem acesso aos desfiles de moda, é mais do que bem-vindo. O espetáculo será transmitido em 700 salas de cinema em 23 países.

Entre as outras celebridades presentes de maneira ativa no evento está a cantora Rihanna, que apresenta sua coleção Puma nesta sexta-feira.

No total, o programa oficial da Semana de Moda de Nova York tem 147 estilistas em 97 desfiles e 50 apresentações. Outros criadores mostrarão seus trabalho de forma independente.

Nesta quinta, é a vez da dupla nova-iorquina Nicholas K, dos irmãos Christopher e Nicholas Kunz, que tradicionalmente abrem o evento, seguidos por BCBG, Brock Collection, Creatures of the Wind, Pas de Calais e Ulla Johnson, entre outros.

Na sexta-feira, apresentam-se Tadashi Shoji, Zimmermann e Jason Wu, antes de um fim de semana agitado com Lacoste, Hervé Leger, Alexander Wang, Altuzarra, Victoria Beckham, Public School e Diane Von Furstenberg.

Na semana que vem, desfilam pesos pesados como Tommy Hilfiger, Zac Posen, Vera Wang, Oscar de la Renta, Ralph Lauren, Calvin Klein e Marc Jacobs.

Um mês depois de terem seus projetos aprovados para captação de verba por meio da Lei Rouanet, Pedro Lourenço, Ronaldo Fraga e Alexandre Herchcovitch ainda não encontraram patrocinadores. Em 8 de setembro, Herchcovitch desfilou sua primavera-verão 2014 em NY - a coleção já havia sido apresentada na SPFW Verão 2014, em março. O mesmo esquema de lançamento deve ocorrer com a coleção aprovada pelo MinC, inspirada na antropofagia americana, que ele desfila na SPFW Inverno 2013, de 28 de outubro a 1º de novembro, e em fevereiro na NY Fashion Week. Lourenço desfila em outubro sua Mostra de Moda Brasileira em Paris: Internacionalização da Criatividade, em Paris. Fraga só desfila no Brasil sua Mostra Artesãos do Brasil na poética da moda: Sedimentos criativos revisitados por Ronaldo Fraga.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

##RECOMENDA##

Uma moda dominada pelo branco e preto, simplesmente elegante e sem excessos, é a proposta dos estilistas que se destacaram com suas coleções de prêt-à-porter para o outono/inverno 2013-14 no sexto dia da Semana de Moda de Milão.

Na coleção de Giorgio Armani, dominam os tons escuros, com pretos brilhantes e azuis intensos. O ônix negro, utilizado em jóias e botões com forma de bola, constitui o fio condutor da coleção, e serve para ressaltar o conjunto.

##RECOMENDA##

Vestidos, casacos, calças, todos são confeccionados com materiais sublimes (veludo, cetim, couros e peles), ressaltando o brilho destes tons escuros, clareados aqui e ali pelos vivos toques brancos de um colar de seda, da lapela de um paletó, de um colete ou de alguns tops de brancura luminosa.

A coleção, de grande elegância, gera uma impressão de leveza e conforto extremo com roupas fluidas, que flutuam e deslizam sobre o corpo. A beleza vem com o veludo, especialmente quando é proposto em amplas calças com longos suspensórios em diagonal ou em vestidos tubinho.

Armani eleva o boné à categoria de complemento indispensável, assim como os grandes óculos escuros.

Uma mudança de cenário na grife Gianfranco Ferré. Pela primeira vez, a marca desfilou, nesta segunda-feira, fora de sua histórica sede, na rua Pontaccio, de onde se mudou após sua compra pela empresa de Dubai Paris Group.

Os dois estilistas da grife, Federico Piagi e Stefano Citron, tomaram como ponto de partida a dicotomia preto e branco para confeccionar uma coleção de traços arquitetônicos, onde um zíper dourado, encarregado de marcar a cintura, é o que proporciona as escassas pinceladas de claridade.

A camisa branca de cetim surge com uma calça preta de seda, uma blusa quimono preta acompanha uma saia branca cortada em viés, e um terno de paletó se cruza na cintura com um fino cinto de couro preto. Sobre um conjunto negro, destaca-se um longo vestido branco.

Todas as peças são frutos de construções elaboradas, jogando com efeitos geométricos em arranjos um pouco complexos. Os longos vestidos estão compostos de retalhos sobrepostos. Aberturas, como se tivessem sido traçadas com uma faca, deixam aparecer a pele dos ombros sobre um paletó preto, e a perna na lateral de uma longa saia, ou na parte da frente de um vestido, graças a uma faixa vertical.

Os complementos dão ao conjunto um ar tribal, com uma carreira de anéis metálicos em forma de pulseiras e colares, imponentes cintos de fivela grande e colares rígidos de couro que cobrem a parte baixa do pescoço como uma armadura.

A mulher que John Richmond imagina não tem meio-termo, e também não aposta na cor para compor seu closet. Unicamente o preto, juntamente com seu esmalte de unhas, alguns conjuntos em branco, e, quando está de bom humor, oferece-lhe um vermelho brilhante.

A mulher de Richmond brilha com o decote graças a tops sem alças e provocativas camisas pretas totalmente transparentes. Em troca, cobre suas pernas com leggings de cetim, escuras meias pretas ou botas de couro altas, rente às nádegas.

Seu look é decididamente roqueiro, apesar de o estilista preferir defini-lo como "punk moderno", com muitas peças de couro decoradas com as típicas tachas e toques metálicos.

Os zíperes dispostos nos lugares adequados lhe conferem ar transgressor, cortando por trás de maneira vertical uma minissaia, um top, ou um vestido que se enrola como uma espiral.

O roteiro fashion no mundo segue com sua programação. A Semana de Moda em Milão terminou na última terça-feira (28) e a temporada de desfiles segue na "cidade luz", talvez a mais tradicional capital do mundo da moda.

Paris deu início a sua bateria de desfiles também na última terça. Ao contrário da cidade italiana, que encerrou sua programação com desfiles dos novos estilistas, a capital francesa optou por abrir com a novidade dos estilistas “calouros”. Embora a atenção principal não seja direcionada aos novos designers, os jovens tentam surpreender. Confira as tendências reveladas pelos “novatos” nos primeiros desfiles da passarela francesa:

Fatima Lopez – Ela trouxe a poeticidade à passarela. Ao som do violino, a coleção intitulada “à flor da pele”, se inspira no corpo humano. Vermelho sangue, preto, bordô e nude. Tais cores agregadas a desenhos finos e silhuetas marcadas revelam nas peças a exuberância da mulher.

Cédric Charlier – Cores, muitas cores. O belga inovou em não lançar apenas uma cor-base para todas as peças. Branco, azul e dourado estão entre os tons que permearam roupas justas, de cintura marcada e comprimento midi.

Anthony Vaccarelo Entre brilho e transparência as peças variam de comprimento bruscamente. Desconstrução de alfaiataria e a predominância de preto e azul marinho.

Julien David Outra vez cintura definida e comprimento midi. Cores sóbrias pontuadas por amarelo, verde e azul.

Moon Young Hee – A sobriedade do inverno invadiu as peças da designer coreana. Em casacos e capas longas pode-se encontrar ombros pontudos. A alfaiataria masculina esteve presente em colarinhos e punhos de camisas. Entre as cores, preto, roxo, bege e café.

Steffie Christiaens Saias longas, fechos e aberturas assimétricas. Destaque para os acessórios em acrílico poligonais: pulseiras e colares.

A Semana de Moda em Paris se estende até o dia 8 de março. Durante esses dias, cerca de 90 desfiles ocorrem na cidade. Entre as grandes marcas participantes estão Yves Saint Laurent, Chanel e Dior.

Os famosos bonecos de Olinda irão se transformar em manequins de passarela na próxima quinta-feira (2). É que alguns dos mais famosos estilistas brasileiros entraram na brincadeira proposta pela revista cultural FFW em vestir os bonecos gigantes do artista plástico Silvio Botelho. São eles: João Pimenta, Walério Araújo, Amapô, Neon, Totem, Ronaldo Fraga, Cavalera e Melk Zda.
O desfile é aberto ao público e está marcado para às 19h. O palco fashion será o charmoso casario secular da Cidade Alta, em frente à sede da Prefeitura de Olinda, no Sítio Histórico da cidade. A proposta compõe a 29ª edição da FFW, intitulada “Pernambuco: Beleza em um Estado Bruto”, lançada no São Paulo Fashion Week e a ser publicada, no dia 8 de fevereiro, na loja da grife Dona Santa, em Boa Viagem.
Exposições – As estilistas e marcas pernambucanas Carol Azevedo, Período Fértil, Joana Gatis e Avesso comandam um desfile de fantasias de carnaval. A ideia é incentivar os foliões a usarem fantasias. Além disso, uma arara gigante será exposta com as roupas feitas pelos alfaiates e costureiras de Olinda para os bonecos no Carnaval 2012.
Composta por 12 roupas, a arara fará parte da cenografia do evento. Dentre os alfaiates locais, estarão em destaque nomes como Sr. Brasil (alfaiate oficial do Homem da Meia-Noite), Dona Jó, Dona Vilma e Janete, além dos grafiteiros que customizam as roupas dos bonecos com seus toques especiais.
Serviço
Desfile dos bonecos gigantes com roupas de estilistas da SPFW
Quando: Quinta-feira, 2 de fevereiro, às 19h
Onde: Em frente à sede da Prefeitura de Olinda, Sítio Histórico
Entrada gratuita

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando