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Dezenas de pessoas morreram em um incêndio em um edifício residencial de Hanói, capital do Vietnã, informou a imprensa local, que citou pelo menos três crianças entre as vítimas.

Mais de 50 pessoas foram levadas para hospitais e dezenas morreram, informou a agência estatal Vietnam News Agency.

Os serviços de emergência conseguiram resgatar 70 pessoas que estavam bloqueadas pelas chamas, segundo a agência. O Viettimes, outro meio de comunicação oficial, informou que três crianças morreram na tragédia.

O incêndio foi controlado e as equipes de resgate procuravam corpos e sobreviventes durante a manhã.

O primeiro-ministro Pham Minh Chinh ordenou a abertura de uma investigação.

O chefe de Governo visitou o local da tragédia e depois seguiu para um hospital, onde conversou com algumas vítimas.

Este pode ser um dos incêndios mais letais dos últimos anos no Vietnã, país do sudeste asiático marcado por vários casos de violações das regras básicas de segurança.

O incêndio começou no estacionamento do subsolo do edifício pouco antes da meia-noite.

"Nós estávamos dormindo quando, de repente, sentimos muito calor porque não havia mais energia elétrica", contou à AFP Nguyen Thi Minh Hong, que escapou das chamas e recebia atendimento em um hospital de Hanói.

"Senti muito medo, ficamos cinco horas dentro do quarto", explicou a mulher de 34 anos, que mora no sétimo andar do prédio. "Tentei acalmar meus (dois) filhos colocando uma toalha molhada em seus rostos", acrescentou.

"Estávamos entre a vida e a morte", disse.

As chamas atingiram grande parte do prédio de 10 andares, que fica em uma rua estreita de um bairro residencial de Hanói. Os bombeiros precisaram escalar a fachada para chegar a algumas áreas afetadas.

Quase 150 pessoas moram no edifício, cujas varandas são protegidas por grades que as isolam do exterior, segundo autoridades.

"Não há saída de emergência, era impossível que as vítimas escapassem", declarou à AFP Hoa, uma moradora do bairro que não revelou o sobrenome.

"Ouvimos os gritos de socorro, mas não conseguimos ajudar".

Outra testemunha, Huong, viu o momento em que uma criança foi jogada pela janela para escapar das chamas.

"Havia fumaça para todos os lados. Jogaram um menino pequeno de um andar elevado, não sei se ele sobreviveu, se as pessoas conseguiram pegar a criança com um colchão", relatou Huong.

A tragédia aconteceu apenas dois dias após uma visita de poucas horas do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a país.

O Vietnã registrou vários incêndios letais nos últimos anos, que aumentaram as suspeitas sobre a falta de aplicação das regras básicas de segurança.

Um incêndio em um bar de karaokê perto da Cidade Ho Chi Minh (sul) há um ano deixou 32 mortos.

O Vietnã proibiu a exibição nos cinemas do filme "Barbie" porque a produção exibe um mapa que atribui uma zona marítima disputada à China, informou a imprensa estatal nesta segunda-feira (3).

O filme sobre a boneca da Mattel, estrelado por Margot Robbie e Ryan Gosling, estava programado para estrear em 21 de julho no Vietnã.

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Mas a produção foi proibida porque há cenas que mostram em um mapa a chamada "linha de nove pontos", que representa as reivindicações marítimas da China em um mapa, rejeitadas pelo Vietnã.

"O Conselho Nacional para Avaliação e Classificação Cinematográfica assistiu o filme e tomou a decisão de proibir sua exibição no Vietnã devido à violação da 'linha de nove pontos'", disse Vi Kien Thanh, diretor do Departamento de Cinema do Vietnã, ao portal de notícias Dan Tri.

Não é a primeira vez que essa disputa leva à proibição de filmes no Vietnã, um país comunista que usa a censura.

Em 2022, o filme "Uncharted: Fora do Mapa", estrelado pelo ator Tom Holland, foi banido dos cinemas pelo mesmo motivo.

Na comédia romântica de 2018 "Podres de Ricos", uma cena que mostra uma bolsa de grife com um mapa atribuindo a Pequim as ilhas disputadas no mar da China Meridional foi removida no Vietnã.

O mar da China Meridional, território rico em reservas de petróleo e gás, é alvo de disputas territoriais entre diversos países da região.

Para conter fraudes online, nesta segunda-feira (8), a mídia estatal do Vietnã noticiou que o país localizado no sudeste asiático, está se preparando para tornar obrigatória a verificação da identidade dos usuários de redes sociais de plataformas locais e estrangeiras.

Segundo o jornal Voice of Vietnam, a medida, parte da Emenda da Lei de Telecomunicações a ser emitida até o final do segundo semestre desse ano, permitirá que as agências do país rastreiem pessoas que usam as plataformas para cometer crimes.

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"Às vezes, as autoridades podem identificar os titulares de contas de mídia social que violam as leis, mas não podem rastreá-los porque esses criminosos usam aplicativos transfronteiriços", disse o vice-ministro da Informação, Nguyen Thanh Lam, segundo o jornal. "As contas não verificadas, não importa se estão em plataformas locais ou estrangeiras, como Facebook, TikTok, YouTube, serão tratadas", completou.

Estarão sujeitos à medida tanto os usuários individuais quanto as organizações. Entretanto, atualmente nem todos os provedores oferecem verificação de identidade no Vietnã. Vale ressaltar, que o regulamento precisará da aprovação dos parlamentares e os detalhes ainda não foram revelados.

Nos últimos anos, o país asiático tem emitido várias regulações, juntamente com uma lei de segurança digital, direcionadas às plataformas estrangeiras de rede social em uma tentativa de combater informações falsas e forçar empresas estrangeiras de tecnologia a estabelecer escritórios de representação e armazenar dados no Vietnã.

 

Equipes de resgate vietnamitas recuperaram o corpo sem vida de um menino de 10 anos que caiu em um buraco de um canteiro de obras, semanas após ele ficar preso, informou a imprensa estatal.

Identificado como Thai Ly Hao Nam, o menino caiu em um buraco - de 25 cm de largura e 35 metros de profundidade - de um pilar de concreto, aberto como parte de uma nova ponte. Ele aparentemente catava sucata na véspera do Ano Novo quando sofreu o acidente.

Centenas de socorristas, soldados e engenheiros foram ao local na província de Dong Thap, no delta do rio Mekong.

Quatro dias após a queda, as autoridades declararam que Nam estava morto e que a recuperação de seu corpo seria "uma tarefa muito difícil".

O corpo do menino foi recuperado na manhã desta sexta-feira (20), depois que equipes de resgate baixaram 25 metros e usaram equipamentos especializados para levantá-lo, informou o site de notícias VNExpress.

"O resgate demorou muito. Como havia terra ao redor do pilar (...) o corpo do menino estava intacto", disse o vice-presidente do comitê provincial, Doan Tan Buu.

O corpo do menino foi entregue à família para sepultamento.

O menino de 10 anos que ficou preso no fundo de um buraco em um canteiro de obras no Vietnã por quatro dias foi declarado morto nesta quarta-feira (4).

Equipes de resgate da província de Dong Thap, no delta do Mekong, tentaram, sem sucesso, tirar Thai Ly Hao Nam do buraco de 35 metros de profundidade.

Aparentemente, Ly Hao Nam catava sucata, quando caiu em um poço de concreto no sábado.

Doan Tan Buu, vice-prefeito da província, declarou nesta quarta que o menino havia morrido. "Ficou preso em um pilar oco muito profundo, com múltiplos ferimentos e sem oxigênio suficiente durante muito tempo", declarou à imprensa.

"Demos prioridade ao seu resgate, mas as condições tornam impossível que ele tenha sobrevivido", acrescentou.

Buu garantiu que o anúncio da morte do menino foi feito após consultar especialistas médicos.

As equipes de resgate estão determinadas a trazer seu corpo à superfície o mais rápido possível para o enterro, mas Buu admite que é uma "tarefa muito difícil".

O Vietnã mobilizou centenas de soldados e especialistas em engenharia na terça-feira para tentar resgatar o garoto.

Um cano de metal de 19 metros foi instalado ao redor do bueiro de concreto em que o menino estava preso para que a lama pudesse ser removida, mas sem sucesso.

Socorristas tentavam, nesta segunda-feira (2), no Vietnã, resgatar um menino de 10 anos que caiu há dois dias em um poço de 35 metros de profundidade em um canteiro de obras.

Identificado como Thai Ly Hao Nam, o menino caiu, aparentemente enquanto procurava sucata, em um buraco de um pilar de concreto, aberto como parte de uma nova ponte na província de Dong Thap, no sul do país, disse um socorrista por telefone à AFP.

"Estamos fazendo todo o possível. Ainda não podemos dizer em que condição se encontra o menino", acrescentou a mesma fonte, que se identificou apenas como Sau.

De acordo com a imprensa local, as equipes de resgate tentam perfurar e amolecer o solo ao redor para tentar salvar Nam.

As autoridades "não têm certeza do estado atual do menino. Ele parou de interagir com o exterior, embora o oxigênio continue sendo bombeado para o buraco", informou o jornal Tuoi Tre.

Nesta segunda, o primeiro-ministro Pham Minh Chinh pediu às equipes federais de resgate que se unam aos esforços das autoridades locais para salvar o garoto.

Um homem vietnamita dedicou centenas de horas e milhares de dólares para transformar um velho micro-ônibus em um tanque de madeira para seu filho, um passatempo incomum para um país que viveu uma prolongada guerra.

A cada fim de semana, Truong Van Dao, tira da garagem o antigo micro-ônibus de 16 lugares para percorrer seu bairro na província de Bac Ninh, a leste da capital Hanói, com seu filho de três anos sentado, orgulhosamente, no topo do tanque.

Van Dao investiu US$ 11 mil na conversão do veículo de madeira, inspirado no modelo francês EBR105 com uma réplica de canhão de 2,8 metros.

"Meu filho e eu nos divertimos passeando no tanque, que não tem nada a ver com armas, ou guerra", disse à AFP.

"Eu não o vejo como um veículo normal. Eu renovei o veículo como um tanque para deixá-lo mais interessante", acrescentou o carpinteiro de 31 anos.

Dao e dois colegas demoraram três meses para transformar o veículo. Preservaram o motor principal e o piso do micro-ônibus, mas mudaram o interior para dar espaço às engrenagens.

Mesmo que a cobertura de madeira não tenha sido complicada para o carpinteiro, ele teve dificuldades para fazer as oito rodas se moverem simultaneamente.

"A parte mais difícil foi fazer as quatro rodas subordinadas se moverem", comentou.

Por isso, a velocidade máxima que o veículo pode alcançar é de 25 quilômetros por hora.

Os tanques no Vietnã estão associados ao momento histórico em que os comunistas invadiram a entrada do Palácio da Independência de Saigon, em 1975, o que pôs fim a um período sangrento de conflitos com França, Estados Unidos e China.

O Vietnã proibiu um novo filme de Hollywood estrelado por Tom Holland por cenas mostrando uma mapa com a reivindicação da China ao Mar da China Meridional, informou a mídia estatal neste sábado (12).

O filme de ação e aventura "Uncharted" mostra uma cena com a chamada "linha de nove traços", que expõe as amplas reivindicações da China sobre as águas disputadas, onde Hanói também tem suas pretensões.

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O longa-metragem da Sony, estrelado por Mark Walhberg, Antonio Banderas e Holland, deveria ter sido lançado em 18 de março.

"Durante a revisão do filme, o Conselho Nacional de Avaliação e Classificação descobriu que a imagem da 'linha de nove traços' apareceu no filme", disse o diretor do Departamento de Cinema do Vietnã, Vi Kien Thanh, em resposta à mídia estatal.

"Portanto, a projeção deste filme será proibida", alertou.

Na página oficial do filme no Facebook, usuários vietnamitas deixaram comentários criticando o mapa. "Hoang Sa Truong Sa pertence ao Vietnã!", dizia um internauta, referindo-se às disputadas das ilhas Parcel e Spratly.

Além disso, esta questão tem causado muita controvérsia no mundo do cinema.

Em 2018 na comédia romântica "Crazy Rich Asians", uma cena mostrando uma bolsa de grife com um mapa-múndi mostrando as disputadas ilhas do Mar da China Meridional, controladas pela China, foi cortada no Vietnã.

Pelo menos 13 pessoas morreram neste sábado (26) e outras quatro estão desaparecidas após o naufrágio de um barco turístico na costa de Hoi An, uma antiga cidade declarada Patrimônio Mundial da Unesco, localizada no Vietnã, anunciou uma autoridade local do Partido Comunista.

A embarcação, que transportava 39 turistas locais e membros da tripulação, naufragou devido ao mau tempo quando retornava a Hoi An partindo da ilha principal do arquipélago de Cu Lao Cham.

As operações de resgate foram suspensas durante a noite por causa da falta de visibilidade e serão retomadas pela manhã, de acordo com o chefe local do Partido Comunista, Nguyen Sinh.

Ele disse que alguns dos sobreviventes estavam recebendo atendimento médico e que uma investigação sobre o acidente seria realizada.

Segundo um guarda de fronteira da região, devido ao mau tempo, “as chances de encontrá-los vivos são pequenas”.

O Vietnã, que enfrenta um grave surto do novo coronavírus, foi o primeiro país estrangeiro a aprovar o uso emergencial da vacina Abdala, desenvolvida por Cuba, neste sábado (18), coincidindo com o início de uma visita oficial à ilha de seu presidente, anunciou a estatal BioCubaFarma.

“Com base em uma avaliação rigorosa da documentação da vacina Abdala, a Autoridade de Controle de Medicamentos do Vietnã emitiu a Autorização de Uso Emergencial do imunizante cubano”, tuitou o grupo estatal de instituições científicas BioCubaFarma.

Além da Abdala, duas outras vacinas contra a covid-19 foram desenvolvidas por Cuba: Soberana 02, cujo uso emergencial foi aprovado no Irã em julho, e Soberana Plus.

O anúncio coincidiu com a chegada neste sábado à capital cubana do presidente vietnamita, Nguyen Xuan Phuc, para uma visita oficial de três dias, durante a qual ele se encontrará com o colega Miguel Díaz-Canel e visitará o Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia (CIGB) de Havana, desenvolvedor da Abdala, segundo a mídia local.

Em conversa telefônica no dia 23 de agosto, Nguyen e Díaz-Canel expressaram sua "vontade de continuar fortalecendo a cooperação bilateral em todas as esferas", segundo a imprensa oficial. Um dia depois, a imprensa vietnamita destacou que Cuba enviará àquele país um "grande número" de doses da vacina Abdala e que também irá transferir a tecnologia necessária para produzi-la.

Segundo cientistas cubanos, tanto a Abdala quanto a Soberana 02 apresentam mais de 90% de eficácia contra o aparecimento dos sintomas da doença.

Cuba iniciou na quinta-feira um intercâmbio com especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o reconhecimento da Abdala e Soberana 02, processo que facilitará a comercialização dos dois imunizantes em outros países, segundo o BioCubaFarma. Mesmo sem o reconhecimento da OMS, alguns países, como Argentina, Venezuela e México, mostraram interesse nas vacinas cubanas.

Muito afetado pela lentidão de sua campanha de vacinação, o Vietnã, reconhecido em 2020 como um país exemplar na luta contra a pandemia, graças a uma rígida política de quarentena e monitoramento das pessoas infectadas, enfrenta atualmente um grave surto da doença.

O Vietnã detectou uma nova variante do coronavírus que ameaça os bons resultados colhidos pelo país até agora na contenção da Covid-19. A cepa, que mistura mutações encontradas nas variantes da Índia e do Reino Unido, já é responsável por metade dos 6,4 mil casos registrados desde o início da pandemia e tem se espalhado rapidamente desde o fim de abril.

Quase 3,6 mil pessoas foram infectadas com essa variante em 31 das 63 províncias do país, segundo o ministério da Saúde. "Após executar o sequenciamento de genes em pacientes recém-detectados, descobrimos uma nova variante que é uma mistura das variantes de Índia e do Reino Unido", disse Nguyen Thanh Long. "Mais especificamente, é uma variante indiana com mutações que pertencem à variante do Reino Unido. É muito perigosa."

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O Vietnã combinou um sistema de saúde pública bem gerido, com regras estritas de lockdown, testagem e isolamento em campos de quarentena comandados pelo Exército para manter o número de casos sob controle.

O conjunto de medidas foi crucial para manter a economia vietnamita funcionando. O país tem um complexo de fábricas que fornece peças para gigantes como a Apple, sistema beneficiado pela recente disputa comercial entre Estados Unidos e China.

Com o surto localizado principalmente no norte do país, onde essas fábricas operam com muitos funcionários, sem distanciamento, o governo está preocupado. Regras mais rígidas foram implementadas na esperança de conter a variante. O mesmo ocorreu na capital, Hanói, e em Ho Chi Minh, a principal cidade do país.

Para o infectologista Todd Pollack,, da Escola de Medicina de Harvard, é mais complicado conter a covid-19 com medidas não-farmacológicas com variantes mais transmissíveis, o que pode arruinar todo o sucesso obtido pelo Vietnã no último ano.

"Países como o Vietnã, Cingapura e Taiwan estão tendo mais dificuldades desta vez", explicou. "É o maior desafio desde o início da pandemia."

Com as medidas de distanciamento perdendo força na contenção ao vírus, o Vietnã tem uma dificuldade complementar: a lentidão do programa de vacinação.

O país de 103 milhões de habitantes imunizou apenas 0,1% de sua população. Com as vacinas de Oxford e Sputnik V aprovadas, o país recentemente comprou 30 milhões de doses da vacina da Pfizer. Em virtude das relações conturbadas com a China, no entanto, o país não comprou os imunizantes produzidos no país vizinho, ao contrário de outros países da região.

Atualmente, o Vietnã conduz estudos em fase três de uma vacina desenvolvida dentro do país, chamada Nanocovax. O país busca ainda 10 milhões de doses por meio da iniciativa Covax, da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Risco

Estudos in vitro conduzidos no Vietnã indicam que essa vertente do coronavírus é mais transmissível pelo ar. Cientistas acreditam, no entanto, que avaliações mais aprofundadas são necessárias para identificar o risco real apresentado pela variante no "mundo real".

"Muitas mutações ocorrem durante a transmissão e a maioria delas é insignificante", lembra Pollock. "O fato de ela ter as mesmas mutações de outras variantes não implica a criação de um supervírus híbrido."

Autoridades vietnamitas prometem divulgar o sequenciamento genético da nova variante nos próximos dias. Caberá à OMS avaliá-lo e classificá-lo como de risco ou não.

Até agora, a OMS reconheceu quatro variantes do coronavírus desde o início da pandemia que se tornaram focos de preocupação. São elas as registradas primeiro no Reino Unido, África do Sul, Índia e Brasil. Até agora, estudos preliminares indicam que as vacinas já aprovadas funcionam contra as novas cepas. (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Vietnã detectou uma nova variante do vírus da covid-19, que seria uma combinação das variantes indiana e britânica, informou neste sábado a imprensa estatal.

A notícia foi divulgada no momento em que o país enfrenta uma nova onda de contágios em mais da metade de seu território, incluindo as zonas industriais e as grandes cidades como Hanói e Ho Chi Minh.

Até o momento, o Vietnã permaneceu relativamente protegido do coronavírus, mas a maioria dos 6.700 casos e 47 mortes no país foram registrados desde abril.

"Descobrimos uma variante híbrida, que combina a indiana e a britânica", afirmou neste sábado o ministro da Saúde, Nguyen Thanh Long, em uma reunião sobre a pandemia.

"A característica principal deste vírus é que se propaga rapidamente pelo ar. A concentração de vírus na garganta e na saliva aumenta rapidamente se espalha com muita força para o ambiente próximo", completou.

O ministro não revelou quantos casos da nova variante foram registrados até o momento, mas afirmou que o país divulgará em breve a descoberta no mapa mundial de cepas genéticas.

Até o momento, o Vietnã havia registrado sete variantes do vírus. O país foi elogiado por sua gestão da primeira onda da pandemia no ano passado, com a adoção de quarentenas em larga escala, além de um sistema estrito de diagnóstico e isolamento.

Neste momento e diante do aumento de contágios, os deslocamentos estão muito limitados no país e os locais de lazer e culto estão fechados em várias regiões.

O Vietnã tem 97 milhões de habitantes e até o momento vacinou um milhão de pessoas. As autoridades querem acelerar o ritmo e alcançar a imunidade coletiva até o fim do ano.

Ao menos 21 pessoas morreram e dezenas estão desaparecidas nesta quinta-feira (29) após a passagem do tufão Molave pelo centro do Vietnã, que provocou um dos piores deslizamentos de terra e danos no país nos últimos anos.

A tempestade destruiu a área na quarta-feira, provocando chuvas intensas em uma região já afetada por semanas de inundações.

Nesta quinta-feira, centenas de socorristas se esforçavam para encontrar os sobreviventes nos locais onde houve deslizamento de terra, mas sua tarefa foi prejudicada devido às densas camadas de barro e às árvores derrubadas.

Na costa central do sul do país, 19 corpos foram retirados do barro em três aldeias da província de Quang Nam, informou a imprensa oficial. As autoridades afirmaram que havia provavelmente outras 45 pessoas soterradas.

Os militares também usaram escavadeiras para melhorar o acesso a duas das aldeias afetadas.

Outras duas pessoas morreram antes, quando tentavam proteger suas casas do tufão, a quarta tempestade que atinge o Vietnã neste mês.

As autoridades retiraram 375.000 pessoas antes da chegada do tufão Molave, ordenaram o fechamento das escolas e praias e cancelaram vários voos.

O tufão tocou o solo no sul da cidade costeira de Danang, acompanhado de ventos que sopravam a 145 km/h, antes de transformar-se nesta quinta-feira em uma tempestade tropical.

Segundo a Federação Internacional de Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, quase 90.000 casas foram destruídas.

Autoridades da província de Binh Duong, no Vietnã, apreenderam 324 mil camisinhas usadas que estavam sendo recicladas para serem vendidas novamente. Ao todo, foram apreendidos 360 quilos do material.

Os fiscais também encontraram milhares de preservativos já embalados para a venda. A responsável por alugar o imóvel teria confessado que uma vez por mês uma pessoa entregava milhares de camisinhas no local.

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Trabalhadores eram pagos para lavar, secar e remodelar os preservativos. Em seguida, o material era colocado em uma embalagem sem marca e vendido.

A locatária foi presa em flagrante. Os preservativos foram confiscados como evidência, mas serão descartados por serem considerados higienicamente perigosos. Segundo veículos de notícia locais, as camisinhas estavam sendo vendidas para hotéis e mercados nas proximidades.

Sete pessoas, acusadas de participação no tráfico que provocou a morte de 39 migrantes vietnamitas encontrados em um caminhão frigorífico na Inglaterra, foram condenadas no Vietnã 

Estas são as primeiras sentenças pelo crime, que deixou evidentes os perigos da imigração ilegal. Os migrantes terminam com frequência trabalhando em salões de beleza ou em plantações ilegais de maconha no Reino Unido, em condições de semiescravidão.

Quatro vietnamitas, com idades entre 26 e 36 anos, foram condenados nesta terça-feira a penas de entre dois anos e meio e sete anos e meio de prisão por um tribunal da província central de Ha Tinh, declarados culpados de participação em diversos graus na "organização de tráfico ilícito de migrantes". Três receberam penas de liberdade condicional. 

Em 23 de outubro de 2019 os corpos de 31 homens e oito mulheres, incluindo dois adolescentes de 15 anos, foram encontrados em um caminhão na zona industrial de Grays, ao leste Londres. Presos em um contêiner, procedente do porto belga de Zeebrugge, os migrantes morreram por falta de oxigênio.

Muitas vítimas eram procedentes de uma região pobre do centro do Vietnã, onde as famílias fazem dívidas de milhares de dólares para enviar um de seus parentes ao Reino Unido, por canais clandestinos, com a esperança de que consigam um emprego bem remunerado.

Várias pessoas foram acusadas no Reino Unido, entre elas o motorista do caminhão frigorífico, Maurice Robinson, e o norte-irlandês Ronan Hughes, suspeito de organizar os movimentos de vários motoristas. Eles foram declarados culpados de homicídio culposo. Treze suspeitos foram acusados na França e mais 13 na Bélgica.

O Vietnã, que parecia ter conseguido controlar a epidemia de coronavírus, registrou nesta sexta-feira (31) a primeira morte provocada pela Covid-19, anunciou a imprensa oficial.

A vítima é um "homem de 70 anos residente de Hoi An (centro), que testou positivo no início semana", de acordo com a imprensa.

De meados de abril a meados de julho, o país não registrou nenhum caso de transmissão local, mas um foco foi detectado no fim de semana passado na cidade turística de Da Nang (centro) e se propagou para várias localidades, nas quais foram reportados mais de 100 novos casos.

Apenas nesta sexta-feira foram registrados 45 casos, um recorde diário desde o início da crise de saúde, segundo as autoridades.

O governo teme a propagação do vírus em Hanói, a capital do país.

Quase 21.000 habitantes da capital que passaram recentemente por este balneário estão sendo submetidos a exames de diagnóstico. Desde quarta-feira os bares foram fechados e reuniões foram proibidas.

A maioria dos 1,1 milhão de habitantes de Da Nang foi convidada a permanecer em casa e os transportes para a cidade foram interrompidos.

Pouco depois de detectar os primeiros casos em janeiro, o Vietnã, que compartilha uma longa e porosa fronteira com a China, decretou uma quarentena rígida. Dezenas de milhares de pessoas foram internadas em campos vigiados pelo exército em todo o país.

As autoridades estabeleceram um monitoramento rigoroso das pessoas infectadas, com base nas redes utilizadas por décadas pelo regime comunista para levar o trabalho do partido aos bairros.

Treze pessoas morreram neste domingo (26), em um acidente de ônibus no Vietnã, quando o motorista do veículo perdeu o controle em uma curva - informou a imprensa local. O acidente também deixou vários feridos, segundo as mesmas fontes.

Cerca de 40 passageiros, ex-alunos de um centro educacional que haviam organizado uma excursão para celebrar o 30º aniversário de sua graduação, estavam no veículo. O ônibus saiu da estrada e caiu no acostamento, na região central de Quang Binh.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os acidentes de trânsito são uma das causas mais importantes de morte entre a população entre 15 e 29 anos. Nos primeiros seis meses deste ano, mais de 3.200 pessoas morreram em acidentes deste tipo no país.

O Vietnã detectou seu primeiro caso de coronavírus transmitido localmente em quase 100 dias - anunciaram as autoridades neste sábado (25), em um país que recebeu elogios por sua pronta reação para controlar a propagação da Covid-19.

O "paciente 416" é um aposentado vietnamita de 57 anos, da cidade de Danang (leste), e a primeira transmissão comunitária desde 16 de abril.

As autoridades de saúde fizeram testes em 105 pessoas que tiveram contato com ele, informou o Ministério da Saúde em seu site.

O homem havia levado a mãe ao hospital dias antes, depois de mostrar os sintomas da doença, relataram as autoridades, que não informaram como ele foi infectado em um país onde o vírus parecia eliminado há vários meses.

"O paciente se encontra agora com respirador, devido à insuficiência respiratória", declararam as mesmas fontes, acrescentando que sua família acredita que seu contato com terceiros foi limitado.

"Ele não saiu da cidade e esteve apenas em casa para cuidar do neto, e em contato com os vizinhos. Não entrou em contato com desconhecidos", acrescentaram.

A cidade de Danang recebe turistas locais em suas praias e restaurantes desde que o Vietnã suspendeu o confinamento.

O Vietnã registrou apenas 416 casos do novo coronavírus, incluindo este último de Danang, e não declarou nenhum óbito.

As autoridades comunistas fecharam rapidamente as fronteiras do país, depois que o vírus surgiu na vizinha China em dezembro do ano passado. O país adotou um confinamento rigoroso e um sistema de rastreamento.

Os voos internacionais permanecem estritamente limitados, e os visitantes devem cumprir uma quarentena obrigatória de duas semanas.

Com o nascimento de um bebê, os médicos ficaram surpresos com o que viram: o recém-nascido segurava o Dispositivo Intrauterino (DIU) que havia sido colocado na sua mãe - que deveria evitar a gravidez. O caso aconteceu em Hai Phong, no Vietnã.

À imprensa local, a mulher de 34 anos revelou que usava o DIU há dois anos e só descobriu que ele não estava funcionando quando descobriu a gravidez.

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Tran Viet Phuong foi o obstetra responsável pelo parto e pelas fotos do bebê que estava com o DIU nas mãos. Ao site Daily Mirror, Phuong revelou que o DIU deve ter se movido da posição original e que, por isso, se tornou sem eficácia como método contraceptivo.

O bebê é um menino e nasceu com 3,2kg e até esta segunda-feira (6), estava em observação no hospital.

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A cada noite em que Nha Vy sobe ao palco com seu vestido tradicional, ou de minissaia e salto alto, para apresentar uma festa da Loteria, eventos muito populares no Vietnã, ela esquece as dificuldades que teve de enfrentar como artista trans em sua cidade.

Há alguns anos, cabarés de transformistas itinerantes - que seguem uma tradição da época colonial - percorrem cidades e povoados do sul do país. Como Nha Vy, seu nome artístico, centenas de membros da comunidade LGTB encontraram nestes espetáculos uma maneira de ganhar a vida e também uma forma de reconhecimento social, em um país comunista, onde a homossexualidade é pouco aceita - tanto na escola, quanto no mercado de trabalho.

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"É raro que as pessoas LGTB tenham acesso a trabalhos qualificados já que, em sua maioria, deixaram os estudos antes da universidade (...) E, mesmo se eu tivesse um título [universitário], não me atreveria a me candidatar [a uma vaga em um escritório]", diz ela à AFP em seu modesto apartamento em Ho Chi Minh. "Cada vez que estou no palco como mulher, eu me sinto bem", diz esta artista de 26 anos.

O sucesso dessas festas de Loteria, que misturam música e dança, começou em 2017, depois da vitória do documentário "A última viagem da senhora Phung" (em tradução livre), sobre a vida de um ex-monge que se torna líder de uma companhia transgênero chamada "Sai Gon Tan Thoi" ("Saigon moderno", em português).

"Este espetáculo nos custou suor e lágrimas. Não apenas para que gostem dele, mas para que as pessoas entendam que é um trabalho de verdade", explica La Kim Quyen, que desde a adolescência faz parte de vários grupos de "Lo To", como são chamados no Vietnã.

"Sou feliz com minha vida, com o que consegui", diz esta artista, de 49 anos, enquanto se prepara no camarim. Considerado um país relativamente progressista, o Vietnã autorizou as uniões entre pessoas do mesmo sexo em 2015, ainda que sem um estatuto legal. Uma lei sobre a identidade trans está sendo promulgada.

Na vida real, contudo, os homossexuais continuam sendo estigmatizados, ou discriminados, no mundo do trabalho, ou para terem acesso ao sistema de saúde, por exemplo.

Pressionada pelo entorno social, Nha Vy teve um filho com a namorada, quando era jovem. Agora, para ela, o mais importante é que seu filho tenha alguém de quem se orgulhar.

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