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O Ministério Público Militar (MPM) pediu a prisão de oito dos 12 militares do Exército envolvidos no assassinato do músico Evaldo dos Santos Rosa, de 51 anos. Ele teve o carro fuzilado com mais de 60 tiros, em abril de 2019, na Estrada do Camboatá, bairro de Guadalupe, na Zona Norte do Rio de Janeiro.

O grupo também é acusado pelo homicídio do catador de latinhas Luciano Macedo. Ele estava perto do local da execução, foi baleado ao tentar socorrer Evaldo e morreu dias depois em um hospital. As autoridades militares também pedem a condenação dos réus pela tentativa de homicídio do sogro do músico, Sérgio Gonçalves de Araújo, que chegou a ser atingido por um disparo no banco do carona, mas sobreviveu.

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O carro ainda transportava o filho de 7 anos de Evaldo, a esposa e uma amiga da família. Mesmo com a rajada de balas, nenhum foi atingido.

Ao identificar os dois homicídios e a tentativa contra o sogro, a Promotoria pede à Justiça a condenação do tenente Ítalo da Silva Nunes, o sargento Fábio Henrique Souza Braz da Silva, o cabo Leonardo Oliveira de Souza, e os soldados Gabriel Christian Honorato, Matheus Sant’Anna, Marlon Conceição da Silva, João Lucas da Costa Gonçalo, Gabriel da Silva de Barros Lins.

A perícia apontou que 62 tiros acertaram o veículo, no entanto, os militares efetuaram 257 disparos, mesmo sem legítima defesa. "Os militares apertaram os gatilhos de seus fuzis sem previamente certificarem-se de quem eram as pessoas à sua frente", pontou a promotora Najla Nassif Palma e o procurador de Justiça Militar Luciano Moreira Gorrilhas. Ainda de acordo com a acusação, eles "desejavam executar as pessoas que estavam dentro do veículo", pois acreditavam ser os criminosos que haviam trocado tiros anteriormente.

Embora o MPM tenha pedido a absolvição de outros quatro militares, são eles o cabo Paulo Henrique Araújo Leite e os soldados Wilian Patrick Pinto Nascimento, Vitor Borges de Oliveira e Leonardo Delfino Costa. Todos os 12 serão denunciados por omissão de socorro.

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