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Chegando ao fim do primeiro ano de mandato, o prefeito João Campos (PSB) e sua equipe são aprovados por 70% dos recifenses, segundo aponta nova pesquisa da Folha de Pernambuco em parceria com o Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe). Os dados mostram que o socialista é mais popular entre as mulheres (72%) e pessoas com maior poder aquisitivo (renda familiar mensal com mais de cinco salários mínimos – 73%). A pesquisa foi divulgada nesta quarta-feira (22) e possui margem de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos.

Entre o público masculino, a aprovação também é alta: 68%. Em seguida, vêm os que têm renda mensal de até dois salários mínimos (70%) e os que têm entre dois e cinco salários mínimos de renda familiar ficam com 67%. Quanto à reprovação da gestão municipal, o maior índice está entre os que têm renda familiar entre dois e cinco salários mínimos (25%). Apenas 24% da população desaprova o prefeito e não sabe ou não respondeu chega a 6%.

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A pesquisa também perguntou aos entrevistados como avaliam a atuação da administração. Para 46% dos recifenses, a gestão é ótima ou boa. Para 41% é regular e para 12% é ruim ou péssima. Não sabe ou não respondeu soma 1%. A pesquisa foi feita de 18 a 20 de dezembro de 2021. Foi extraída aleatoriamente uma amostra municipal de 800 entrevistados, representativa da população adulta do Recife de 16 anos e mais.

João Campos tem o auge da aprovação entre pessoas de 16 a 24 anos (76%) e de mais de 60 anos, com 73%. Os recifenses entre 45 e 49 anos também têm um alto índice de aprovação da gestão (72%), o menor número ficou a cargo dos entrevistados de 25 a 44 anos de idade (67%).

Expectativas para 2022

A pesquisa Folha/Ipespe revela, também, o que os recifenses estão esperando para 2022. Na pesquisa estimulada os entrevistados foram perguntados sobre qual deveria ser a prioridade da administração de João Campos nos próximos seis meses. O item mais respondido foi geração de empregos e a retomada do desenvolvimento da cidade (31%). Destes, o maior percentual ocorre entre pessoas do gênero masculino (36%) e o menor, do gênero feminino, com 27%.

O enfrentamento da pandemia e a vacinação foi lembrado logo em seguida (22%), empatando com o terceiro lugar, que seria 'o trabalho em outras áreas como a educação e a saúde em geral' (21%). Lembrada por 13% da população está a melhoria da mobilidade e dos transportes.

Por Alana Reis

A veiculação de um anúncio no Jornal Folha de Pernambuco andou causando polêmica, quando as palavras "homossexualismo" "prostituição", "pedofilia" apareceram em caixas de diálogo para se referir à campanha "Pernambuco não te quer". Em reposta, a boate baiana San Sebastian, lançou uma propaganda com as palavras "liberdade", "diversidade" e "respeito", também em caixas de diálogo, com o mesmo formato e em temas parecidos, trazendo a campanha "A Bahia te quer".

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O Recife Convention & Visitors Bureau também lançou uma campanha para rebater a publicação homofóbica da Folha de Pernambuco.

 

 

Por Aracely Nóbrega 

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) recebe nesta quarta-feira (5), uma representação de diversas entidades de direitos humanos pernambucanas contra a propaganda do Instituto Pró-Vida, veiculada no jornal Folha de Pernambuco, na última segunda-feira (3).

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O jornal publicou um anúncio de rodapé em que comparava a homossexualidade e a prostituição, à pedofilia e à violência sexual contra crianças. Completava com o slogan "Pernambuco não te quer", em referência ao mote "Recife te quer", utilizado pela propaganda oficial da secretaria de Turismo do município.

Entre as entidades que assinam a representação estão o Movimento Nacional de Direitos Humanos, Movimento Gay Leões do Norte, Centro de Cultura Luiz Freire, Federação Nacional de Estudantes de Direito. Além do Diretório Acadêmico Democrático de Souza Filho do curso de direito da UFPE e Diretório Acadêmico Fernando Santa Cruz do curso de direito da UNICAP.

Ivan Moraes Filho, representante do Centro de Cultura Luiz Freire manifestou-se dizendo que a liberdade de expressão é um princípio constitucional e não absoluto. Quando se dispõe a falar o que quiser, tem que estar disposto a responder pelo que diz. 

Ivan ainda ressaltou: "Vale lembrar que o termo "homossexualismo" foi extinguido na década de 80, quando a Organização Mundial da Saúde deixou de considerar uma patologia o desejo pelo mesmo sexo. Também a prostituição de homens e mulheres adultos, no Brasil, não é crime. Ou seja: compará-la com a exploração a crianças ou a pedofilia é um ato de preconceito absurdo". 

A publicação teve uma grande repercussão nas redes sociais durante todo o dia nesta terça-feira (4), sendo reproduzida por diversos sites e blogs em todo o Brasil. 

A prefeitura do Recife também se pronunciou ao ver o slogan transformado em nome da homofobia. Em nota, a secretaria de Turismo afirmou que "o posicionamento homofóbico da instituição responsável pelo anúncio não reflete a realidade vivenciada pelos turistas que nos visitam. (…) deixamos um recado para todas as cores, religiões, opções e diversidades: O Recife te quer sempre!"

A Folha de Pernambuco tentou se redimir utilizando também a internet. Primeiro com tweets dizendo que o anúncio "autorizado e pago pelo Instituto Pró Vida PE não reflete a opinião do jornal". Algumas horas depois, com uma nota publicada em seu blog, a empresa pediu desculpas e afirmou tratar-se de um "erro que não mais se repetirá". Disse também que "ao longo dos seus 14 anos, construiu um histórico de respeito aos seus leitores, focado na promoção aos direitos humanos, inclusive da comunidade LGBT".

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