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O juiz federal da Lava Jato em Curitiba, Sérgio Moro, foi recebido por um protesto na entrada do Fórum da Liberdade, em Porto Alegre, nesta terça-feira, 10. O magistrado pediu a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado na Lava Jato, na última quinta-feira.

Cerca de 35 manifestantes seguravam cartazes "Lula Livre" e gritavam "golpista", quando o magistrado chegou ao evento para sua segunda palestra do dia. Pela manhã, militantes da Frente Povo Sem Medo empunhavam uma faixa pedindo a liberdade do ex-presidente em frente ao prédio do Fórum, que aconteceu na PUC-RS. Alguns estudantes se juntaram ao grupo.

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Durante a fala do juiz, no auditório da faculdade, ainda era possível ouvir os gritos dos manifestantes.

Em sua fala, Moro exaltou ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que votaram contra a concessão do habeas corpus do ex-presidente na última quarta-feira. "O voto mais interessante foi o da Rosa Weber. É uma magistrada excepcional", disse. As declarações são um dia antes da sessão do plenário da Corte, em que os ministros podem rever prisão após segunda instância.

Dentro do evento, Moro foi ovacionado pela plateia de cerca de 4 mil pessoas, segundo a organização. Algumas pessoas chegaram a usar uma camiseta com a cara do magistrado.

O juiz federal Sérgio Moro defendeu que seja dada publicidade aos processos, mas disse ser contra vazamentos de informações sigilosas. Em painel no Fórum da Liberdade realizado em Porto Alegre, ele afirmou que ocorreram vazamentos durante o andamento de processos da Operação Lava Jato, mas disse não ter sido o responsável por informações sigilosas que chegaram à imprensa. "Vazamentos ocorreram, não sou o autor deles", afirmou Moro nesta terça-feira, 10.

"Existe diferença entre vazamento e publicidade", afirmou. "O que eu fiz em todos os casos foi deixar o sigilo legal levantado. Acredito que, abrindo os processos e as provas, as pessoas podem emitir seus próprios julgamentos.

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Moro disse que não se pode pensar que os cidadãos não têm condições de chegar a suas próprias conclusões.

"Governados têm o direito de saber como se comportam seus governantes e também têm direito de saber como se comporta a Justiça. Ao Judiciário não cabe ser o guardião de segredos sombrios do governo", afirmou Moro. "A Constituição é mandatória de que processos devem ser públicos, segredo é excepcional".

O juiz federal avaliou ainda que os vazamentos de informação tiveram um "efeito colateral" positivo, porque colocaram a opinião pública a favor da Lava Jato. Ele considerou que esse apoio da sociedade foi importante para barrar "tentativas de obstrução da Justiça". Moro não deu detalhes sobre o que considerou como tentativas de obstrução, mas mencionou as propostas de criação de "leis especiais" e "ações nos bastidores". Para ele, a imprensa tem sido "favorável aos trabalhos realizados".

Com o tema: "O que se vê e o que não se vê", inspirado em uma série do economista e jornalista francês Frèdèric Bastiat, o governador de Pernambuco e presidente Nacional do PSB, Eduardo Campos, dará uma palestra em Porto Alegre no próximo dia 09 de abril. O discurso proferido pelo gestor estadual fará parte da programação do ‘Fórum da Liberdade’ destinado à cerca de 6 mil empresários, que durante dois dias debaterão assuntos importantes para o desenvolvimento do país.

O convite oficial foi feito ao governador através do presidente do Instituto de Estudos Empresariais (IEE), Michel Gralha, durante encontro em um hotel em Brasília (DF), na manhã desta quarta-feira (6).

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Cotado para falar sobre sua gestão como governador do Estado, Campos demonstrou satisfação pelo convite proposto. "Será uma honra participar de um evento que já faz parte da agenda do Rio Grande do Sul", frisou.

Além de Eduardo Campos, confirmaram presença no fórum a blogueira cubana Yoani Sanchez e o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair.

 

 

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