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O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), demarcou uma área de aproximadamente 135 hectares pertencente a Comunidade Remanescente de Quilombo Fonseca, no município de Manaíra, no Sertão da Paraíba. A medida foi publicada no Diário Oficial da União na última terça-feira (12).

Atualmente, a localidade abriga 280 pessoas que estão divididas em 49 famílias quilombolas. Esses moradores se autodeclaram descendentes de pessoas escravizadas, que foram obrigadas a trabalharem nas plantações de algodão da região e que escolheram a área para manter as suas tradições e culturas vivas.

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Em 2009, a Fundação Cultural Palmares, reconheceu e certificou a região como remanescente de quilombo. Esse título, possibilitou que, em 2011, os procedimentos de regularização e titulação fossem iniciados junto ao Incra.

Os limites e fronteiras do território da comunidade já estão descritos na portaria do Incra. A planta e o memorial descritivo da área estão podem ser acessados pelo site do instituto.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, pediu que a Justiça Federal julgue as acusações de assédio moral e perseguição contra servidores da Fundação Cultural Palmares atribuídas ao presidente Sérgio Camargo. Ele manteve a decisão da Justiça do Trabalho de afastá-lo da gestão de recursos humanos da instituição.

Na decisão dessa quarta-feira (16), Mendes destacou a gravidade das acusações e, como se tratam de atos administrativos e pedidos de afastamento, atendeu ao pedido da Fundação e encaminhou a Ação Civil Pública para a Justiça Federal.

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Em sua decisão, o ministro enfatizou a "inclinação à prática de atos discriminatórios motivados por perseguição, racismo e estigmatização social" de Camargo.

No ano passado, o Ministério Público do Trabalho deu entrada na ação após ouvir relatos de perseguição ideológica, discriminação, desrespeito e uma rotina de humilhação de 16 servidores da Fundação.

Em seu perfil nas redes sociais, Sérgio Camargo disse que não baseia a escolha dos novos contratados pelo tom de pele e quem coloca melanina acima de tudo é racista.

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Sérgio Camargo, que é presidente da Fundação Palmares, afirmou, na tarde desta terça-feira (13), que o nome da ex-ministra Marina Silva foi excluído da lista de personalidades negras da instituição. Na internet, Camargo tentou justificar a decisão.

Como explicação, Sérgio publicou em seu twitter que "Marina não tem contribuição relevante para a população negra do Brasil". Ele completou: "Disputar eleições não é mérito. O ambientalismo dela vem sendo questionado e não é o foco das ações da instituição".

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Além disso, Sérgio afirma que a ex-ministra se declara negra por conveniência política e que "posar de vítima e de oprimido rende dividendos eleitorais e financeiros".

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O deputado federal Túlio Gadêlha (PDT-PE) entrou com ação popular com tutela de urgência no Ministério Público Federal (MPF) contra o presidente da Fundação Cultural Palmares, Sergio Camargo. Os deputados Bira do Pindaré, Benedita da Silva (PT-RJ) e Áurea Carolina (PSOL-MG) subscreveram a ação.

Os parlamentares pedem que as publicações depreciativas contra Zumbi dos Palmares sejam retiradas dos canais de comunicação oficiais da instituição, sob pena de multa estipulada pelo órgão, alegando abuso de poder e desvio de finalidade. “As publicações ostentam o escopo de desqualificar a figura que dá nome à instituição constituída para promover e preservar valores históricos e culturais da influência negra no Brasil”, diz a ação.

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“Não se faz necessário empreender esforços desmedidos para vislumbrar que todo esse protótipo profanador do patrimônio histórico brasileiro foi soerguido para fins de prestigiar unicamente a ideologia que ascendeu ao poder nas eleições 2018, que tem como modus operandi a difusão de fake news, de conteúdo desinformativo e nenhum apreço aos dados históricos e científicos”, diz.

No último dia 13 de maio, Camargo usou o site oficial e as redes sociais da Fundação Palmares para lançar uma campanha revisionista e desqualificar Zumbi dos Palmares, figura que dá nome à instituição, criada justamente para promover e preservar valores históricos e culturais da influência negra no país.

Diversos movimentos denunciam o 13 de maio a falsa abolição. Afinal, a data é só parte do um processo político de luta, na qual vários arranjos, negociações, protestos e mortes aconteceram para chegar a abolição, e não por benevolência da monarquia. O movimento negro considera o 20 de novembro - dia de Zumbi dos Palmares e da Consciência Negra - como a data simbólica.

*Da assessoria

 

A Fundação Cultural Palmares – FCP realiza durante os dias 18 e 19 de Fevereiro o Seminário Internacional Carnaval, Identidade Negra e Economia Criativa. O evento pretende promover o intercâmbio cultural entre grupos negros ligados ao Carnaval na América Latina, África e Caribe.

As atividades são abertas ao público. Os interessados devem preencher a ficha de inscrição e enviar para o e-mail dep@palmares.gov.br. No assunto do email, é necessário informar o nome do evento: Seminário Internacional Carnaval, Identidade Negra e Economia Criativa.

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As reuniões acontecem nas cidades brasileiras que são reconhecidas internacionalmente pela produção carnavalesca: Rio de Janeiro/RJ, e Salvador/BA. Nessas visitas técnicas, os criadores participarão de duas rodas de diálogo para troca de experiência sobre o Carnaval no Rio de Janeiro (15/2) e em Salvador (22/2).

Para participar dos debates na capital carioca (15/2) basta enviar e-mail para a Representação Regional da FCP – MinC na cidade fcp.rj@palmares.gov.br. Já em Salvador (22/2) e Recife (18 e 19/2), o contato é através do endereço de e-mail fcp.bahia@palmares.gov.br.

O seminário é uma oportunidade para conhecer mais sobre a produção carnavalesca no Benin e Angola e as referências que a ancestralidade africana torna possível no Brasil, Colômbia, Trinidad & Tobago, Barbados e New Orleans (EUA). Além de compreender o impacto socioeconômico dessa manifestação na vida dos homens e mulheres negras responsáveis pela festa no país.

Outras informações basta entrar em contato com a FCP – MinC  pelo telefone (61) 3424-0154.

Serviço:

Rodas de diálogo – Rio de Janeiro

Data: 15/02/2014

Horário: 14h

Local: FEBARJ (Federação dos Blocos Afros e Afoxés do Rio de Janeiro),

Endereço: Rua Men de Sá, 37 – Lapa – Rio de Janeiro/RJ

Seminário Internacional - Recife

Data: 18 e 19 de Fevereiro de 2014

Local: Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) – Universidade Federal de Pernambuco.

Endereço: Avenida Professor Moraes Rego, 1235 - Cidade Universitária - Recife - PE

Rodas de diálogo – Salvador

Data: 22/02/2013

Horário: 14h

Local: Ponto de Cultura Bankoma

Endereço: Rua Queira Deus, 78 – Terreiro São Jorge F. da Gomeia 

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