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A queda na popularidade da presidente Dilma Rousseff, registrada pela pesquisa CNI/Ibope, mostra que a alta dos preços finalmente atingiu a percepção e o bolso do eleitor. "A economia estava ruim, mas o que afeta a população é a inflação e as pessoas começaram a sentir", avaliou Renato da Fonseca, gerente-executivo de pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Apesar de a economia ter dado há algum tempo sinais de desaquecimento, a população ainda não compreendia o significado do baixo crescimento econômico, e sim o combate ao desemprego, um dos setores mais bem avaliados na pesquisa. Agora, o cenário econômico mudou a realidade vivida no dia-a-dia da população atingiu diretamente a avaliação do governo. "A correlação entre popularidade de um presidente e a questão econômica é muito alta", afirmou Fonseca.

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O fato de a inflação ter crescido aparece no dado. Segundo o executivo, foi a principal razão para a queda de 8 pontos na avaliação do governo.

Quanto à onda de protestos e seu poder de afetar a imagem do governo nas próximas pesquisas, Fonseca acredita que é preciso entender melhor o fenômeno. "A maneira como esse protesto será elucidado, se as questões serão discutidas, e aí tanto pela presidente quanto por governadores ou por prefeitos, isso vai afetar a opinião da população. Ou seja, não só o protesto em si, mas como o governo vai lidar com esse protesto."

A avaliação positiva do governo Dilma Rousseff é maior no Nordeste, conforme pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta quarta-feria (19). Na região, 15% dos entrevistados em junho consideraram o governo ótimo e 51% avaliaram como bom. No Norte e Centro-Oeste, 11% avaliaram como ótimo. No Sudeste, 7% e no Sul, 8%.

O desempenho da presidente Dilma se mostrou melhor na periferia e no interior do País, segundo a pesquisa. Em capitais, 63% aprovam a presidente. NE periferia, o porcentual foi de 77% e, no interior, de 74%.

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No relatório, a CNI aponta ainda que a queda da popularidade foi maior entre os residentes no Sudeste e os entrevistados com renda familiar mais elevada. A aprovação do modo de governar da presidente não mudou entre os eleitores do Nordeste e entre os brasileiros com renda familiar até um salário mínimo, de acordo com a CNI.

A avaliação do governo Dilma piorou em junho na comparação com março, segundo pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta quarta-feira (19). O levantamento aponta que a proporção da população que considera o governo ótimo ou bom caiu de 63% para 55% no período. A proporção de pessoas que consideram o governo ruim ou péssimo cresceu de 7% para 13% - o que, segundo a CNI, é o maior porcentual desde o início do governo. Os outros 32% consideram o governo regular. A pesquisa foi realizada entre os dias 8 e 11 deste mês e foram entrevistadas 2.002 pessoas em 143 municípios.

A primeira manifestação em São Paulo ocorreu no dia 6 de junho, mas os protestos tomaram força a partir do dia 13, quando houve confronto entre manifestantes e policiais na capital paulista. As vaias à presidente, na abertura da Copa das Confederações, em Brasília, ocorreram no dia 15.

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Essa é a segunda pesquisa CNII/Ibope deste ano. Na primeira, divulgada em março, a aprovação da do governo da presidente Dilma Rousseff havia subido em relação ao levantamento de dezembro. Na ocasião, para 63% dos entrevistados o governo de Dilma era ótimo ou bom. A aprovação pessoal da presidente era de 79%.

O governador de Pernambuco, governador Eduardo Campos, presidente nacional do PSB, minimizou nesta terça-feira a pesquisa CNI/Ibope que revelou aumento no porcentual de aprovação do governo da presidente Dilma e da sua forma de governar. "A pesquisa dá exatamente o resultado que vinha dando", disse ele. "A pesquisa diz o que já dizia em janeiro, que já dizia em dezembro, o que já dizia em novembro, não há alteração". Ele destacou, no entanto, a importância da confiança da população "em um momento decisivo como esse", para o governo federal poder dar conta dos desafios.

"O importante é que em um ano duro, a presidente tem uma pesquisa como essa para ela fazer uso para ganhar o ano de 2013, que é tudo que os brasileiros desejam: reconduzir o Brasil a um processo de crescimento econômico, distribuição de renda, animar os investidores, ganhar o ano", disse Campos. "É claro que é mais fácil ganhar um ano quando a gente tem aceitação".

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Indagado se a posição confortável da presidente, com um nível tão alto de aprovação, inviabilizaria outras candidaturas em 2014, o governador pregou calma. "É bom a gente ter tranquilidade para esperar as circunstâncias serem colocadas para ninguém cantar vitória antes da hora, nem ninguém chorar antes da hora".

"Se vai haver espaço ou não no debate eleitoral de 2014 só vamos saber quando 2014 chegar", frisou. "Vocês viram e assistiram em outras eleições, previsões sendo feitas", lembrou. "Eu vi gente dizendo em 2005 que Lula jamais se reelegeria presidente da República, chegou 2006 e ele se reelegeu; vi gente chamando a presidente Dilma, em 2010, que ela era 'inelegível' e ela ganhou".

O governador deu entrevista durante lançamento da revista "Gestão Pública PE", que pretende ser, segundo Campos, "um espaço democrático para debater a gestão do setor público no século 21". A publicação, da Secretaria estadual de planejamento, teve, em sua primeira edição tiragem de mil exemplares e será distribuída com as secretarias de Planejamento de todo o País, o meio acadêmico e gestores estaduais me municipais de Pernambuco.

O senador mineiro Aécio Neves, pré-candidato do PSDB à Presidência da República, afirmou nesta terça-feira que a melhora na avaliação da presidente Dilma Rousseff "de forma alguma" dificultará a construção de um discurso da oposição. Pesquisa divulgada nesta manhã pela CNI/Ibope apontou um aumento de um ponto porcentual na aprovação do governo em relação ao levantamento anterior, de dezembro, alcançado o patamar de 63% da população que consideram o governo Dilma ótimo ou bom. Ao mesmo tempo, o levantamento apontou um aumento de 78% para 79% na aprovação do modo de Dilma governar e uma redução da fatia de quem desaprova, atualmente em 17%.

"Isso (os resultados da pesquisa) tem muito a ver com o sentimento momentâneo, talvez com algumas medidas de grande alcance popular tomadas pela presidente, e com o vigor da comunicação, da propaganda do governo", afirmou Aécio, na saída de um encontro em seu gabinete no Senado com o governador de São Paulo, o tucano Geraldo Alckmin. Para Aécio, "tudo tem seu tempo" e atualmente, na opinião dele, ainda não há um "debate eleitoral".

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O pré-candidato do PSDB disse que é preciso se "preocupar em construir nosso discurso, nossa agenda para o país". E fez uma crítica à condução do governo Dilma. "Se hoje há essa avaliação, em boa parte é resultado de uma sensação de bem estar que ainda existe no Brasil, construída, em grande parte, por nós, a partir do controle da inflação, que por sinal começa a ameaçar e comprometer a renda das famílias", afirmou.

A presidente Dilma Rousseff prometeu entregar 6 mil creches até 2014, mas chega à metade do mandato com apenas sete unidades prontas - uma execução abaixo de 1% - sem previsão de quando serão inauguradas novas unidades. A expectativa de quem tem urgência em matricular os filhos vira decepção.

A primeira meta do Plano Nacional de Educação (PNE) é "ampliar, até 2020, a oferta da educação infantil de forma a atender 50% da população de até 3 anos". Segundo pesquisa do Dieese em parceria com a Secretaria de Políticas para as Mulheres, apenas 18% das 10 milhões de crianças em idade de creche estavam matriculadas no ano passado. Para suprir a demanda, seriam necessárias cerca de 19 mil unidades, mais do que as 6 mil prometidas.

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O Estado comparou promessas de campanha feitas em 2010 pela presidente Dilma Rousseff com a execução atual dos programas em dez áreas da administração federal. Os dados usados no levantamento são oficiais, repassados à reportagem pelos ministérios.

Em novembro, a presidente disse haver 3.019 creches em construção. De acordo com o MEC, no entanto, são 1.140 em construção, 1.342 em planejamento, 503 em fase de licitação, 17 paralisadas momentaneamente (os motivos não foram informados), além de 10 cujos projetos são reformulados. Com as 7 creches já entregues, chega-se à quantidade destacada pela presidente. Nenhuma delas deve ficar pronta nos próximos meses, segundo o ministério.

Educação é a área com mais atraso nas metas. Segundo o levantamento, apenas 11,4% das promessas da presidente para o setor foram colocadas em prática até agora. Também não há previsão de cumprir a promessa de destinar 7% do PIB para a educação - hoje, são 5,1%.

Desempenho

As cinco áreas que tratam diretamente do bem-estar social (Cidades, Saúde, Segurança, Educação e Desenvolvimento Social), responsáveis pelas marcas do governo, como Minha Casa, Minha Vida II, Brasil Sem Miséria, Brasil Carinhoso, Bolsa Família, Saúde da Família e Farmácia Popular, apresentam rendimento abaixo dos 50%. Os ministérios afirmam não ser possível analisar os números friamente. Juntos, cumpriram 41,3% das promessas feitas em 2010.

Já uma análise conjunta desses setores e de todas as 31 promessas aponta que 53% dos compromissos foram executados. O bom desempenho, contudo, é puxado por áreas como meio ambiente, comunicação e energia, todos com 100% das metas cumpridas.

As metas não cumpridas são de conhecimento do Palácio do Planalto, que, como revelou o Estado há duas semanas, acompanha diariamente 45 projetos do governo. A ideia é não deixar que os atrasos tidos como "regra do jogo" pela ministra do Planejamento, Miriam Belchior, abalem a fama de boa gestora de Dilma propagada pelo governo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

A meta do governo Dilma Rousseff de tirar 16 milhões de brasileiros da extrema pobreza não é somente uma questão de justiça social, mas também uma estratégia de crescimento econômico, disse nesta segunda a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello. A ministra representou a presidente do Brasil na cerimônia de abertura da feira Apas 2012.

"Nos últimos anos, foram 16 milhões de brasileiros que saíram da pobreza e mais 40 milhões que chegaram à classe média. É praticamente o tamanho da Argentina", declarou a ministra. Segundo ela, essa inclusão dos brasileiros extremamente pobres não se dará naturalmente. "O Estado brasileiro, os Estados e os municípios deverão trabalhar juntos. E também tem que haver colaboração do setor privado", destacou.

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A ministra também comentou que o governo compra R$ 3 bilhões/ano da agricultura familiar, e que essas compras beneficiam mais de 300 mil famílias. "O governo continuará a comprar ainda mais, principalmente das famílias mais pobres", disse.

Tereza participa pela segunda vez de uma abertura da Apas. Na edição do ano passado, a ministra pediu a participação do setor no programa Brasil Sem Miséria. "Não queria filantropia e sim parcerias para um projeto que estava em vias de ser lançado. Neste ano, a parceria já está amplamente construída e trouxemos empreendedores rurais para participar da feira e mostrar e ampliar seus negócios", explicou. "Esse tipo de parceria aumenta o emprego e a renda para esses empreendedores, proporciona o crescimento da gama de produtos vendida pelos varejistas e aumenta a opção de itens para os consumidores", completou.

Imaginem que o Brasil seja uma empresa privada comandada por Dilma, a principal executiva. Esta empresa é composta por 37 diretores e milhares de acionistas. Os diretores exigem lealdade de Dilma. E os acionistas esperam lucros da empresa. Pressionada, a executiva Dilma toma decisões equivocadas. E...

“Em nove meses, o Brasil S/A perdeu cinco diretores. Os diretores ocupavam posições importantes, inclusive, o segundo executivo da empresa, em razão das circunstâncias, solicitou demissão. Ou melhor: foi demitido. Mas a principal executiva, Dilma, não confirmou isto. Os acionistas, até o instante, não exigem explicação de Dilma, pois estão anestesiados com os lucros da gestão passada - Lula. Dilma, em nenhum instante, admite erros na condução da gestão. A saída de Palocci, o segundo executivo da empresa, possibilitou a vinda de uma executiva sem experiência no mercado. É possível que os acionistas comecem a reprovar a gestão de Dilma. Eles, em algum instante, sofrerão conseqüências em razão da queda do lucro da empresa - corte de investimentos e diminuição do poder de compra. Dilma, a principal executiva, não diz nada. Aliás, se encontra com os outros diretores e pedem para eles indicarem outro diretor. Os diretores não admitem que o novo membro da diretoria seja um técnico reconhecido do mercado. Sugerem uma pessoa do circulo de amizades deles. O tempo passa. Clientes somem. A Brasil S/A quebra. Mais uma empresa vai a falência no país do futuro”.   

Se o Brasil fosse uma empresa, certamente, Dilma já teria deixado o cargo de principal executiva. Ou, visão mais otimista: estaria com o cargo ameaçado. Mas o Brasil não é uma empresa. E os eleitores não são acionistas, apesar deles esperarem boas ações do governo. Em razão de o sistema político brasileiro ser presidencialista, os eleitores esperarão por cerca de três anos para decidir o que fazer com Dilma. Enquanto isto, novos ministros cairão. Só não irá ocorrer uma coisa: o Brasil não quebrará, mas poderá deixar de se desenvolver. 

Espero que Dilma faça um bom governo. Mas as conjunturas política e econômica me trazem pessimismo.

Pesquisa do instituto Datafolha divulgada neste último domingo (07/08) mostra que a avaliação da administração da presidenta Dilma está estável. Segundo o Datafolha, a gestão de Dilma é aprovada por 48% dos brasileiros (Ótimo/Bom). Este percentual é confortável diante das turbulências políticas e econômicas ocorridas.

Dilma precisou elevar os juros com a intenção de controlar a inflação. A oferta de crédito foi interrompida levemente. Denúncias de corrupção incentivaram Dilma a agir. Assim como declarações não adequadas por parte do ex-ministro Jobim. Estes eventos, econômicos e políticos, não interferiram negativamente nem positivamente na avaliação do governo Dilma.

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Um fato me chama a atenção. A opinião pública não tolera atos de corrupção. Em razão disto, suspeitei que as ações de Dilma junto ao ministério dos Transportes possibilitariam o aumento da sua popularidade. Ressalto, entretanto, que o aumento dos juros e a expectativa de alta de inflação também não interferiram na popularidade de Dilma negativamente.

Administrações bem avaliadas permitem o sucesso eleitoral. O bem estar-econômico do eleitor também. Estas variáveis estão correlacionadas. Elas, inclusive, exprimem relações de causalidade. Ou seja: o bem estar-econômico do eleitor permite que este aprove a administração do presidente.

Diante de tal tese, é possível prognosticar dois cenários para Dilma: se o bem estar-econômico dos eleitores for mantido, o índice de popularidade de Dilma aumentará ou continuará estável. Caso não, ele decrescerá. Aposto no último cenário, em razão das turbulências nas economias dos Estados Unidos e da Comunidade Européia. O Brasil sofrerá conseqüências. Além disto, o governo Dilma tem desafios. Por exemplo: obras da Copa do Mundo e controle da inflação.

Caso a eleição para presidente da República fosse hoje, Dilma não seria favorita, mas competitiva. Costumo nas análises de pesquisas realizar o seguinte exercício: A pesquisa do Datafolha revela que 48% (Ótimo/Bom) dos eleitores votariam em Dilma – considero o indicador Avaliação da Administração. 39% (Regular) poderiam votar na oposição ou em Dilma. E 11% optariam pela oposição.

Porém, considero que a campanha eleitoral ocorre numa trajetória. Portanto, eleitores podem mudar as suas escolhas em virtude das estratégias de comunicação. O raciocínio mostrado é uma hipótese.

Presidentes precisam agir para mudarem as circunstâncias. A pesquisa do Datafolha e prognósticos econômicos e administrativos (Atender as demandas da Copa do mundo) sugerem que o governo Dilma passará por turbulências junto à avaliação do eleitor. Portanto, os estrategistas de Dilma precisam agir!

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