Tópicos | Gustavo Rosas

Os candidatos a prefeito de Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR), arrecadaram, até o momento, um total de R$ 712,5 mil em doações para as campanhas. Segundo dados disponibilizados pelo Sistema de Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais do Tribunal Superior Eleitoral, até a manhã desta quarta-feira (8), o socialista Antônio Campos tem o maior número de arrecadação, R$ 203,4 mil. Sendo mais de 98% do PSB, o que significa R$ 200 mil, e os demais dele mesmo e mais três pessoas.  Entre os gastos, no entanto, foi registrado apenas R$ 29,43.

A postulante do PSDB, Izabel Urquiza tem a segunda campanha mais rica com R$ 164 mil em doações. Desse montante, 42% é do PSL que doou R$ 70 mil e 31% do PSDB, R$ 52 mil. O registro de gastos declarados corresponde a R$ 25 mil.

##RECOMENDA##

A terceira que mais arrecadou foi a ex-prefeita Luciana Santos (PCdoB). Ela recebeu R$ 113,1 mil, sendo 61% do PCdoB – um total de R$ 70 mil. De acordo com o site, foram gastos até agora R$ 135,8 mil. 

Já a candidata Teresa Leitão (PT) conquistou R$ 110 mil, onde 72% é oriundo da própria petista. O que representa R$ 80 mil e os demais é de outro doador.  Já em relação aos gastos foi declarado R$ 50 mil. 

O postulante do PSOL, Jesualdo, arrecadou R$ 62 mil em doações. Desses, R$ 57 mil foram transferidos dele mesmo. O psolista, entretanto, gastou mais do que recebeu até agora R$ 67,6 mil. 

O peemedebista Ricardo Costa recebeu R$ 45 mil de quatro pessoas físicas diferentes e gastou R$ 1,5 mil. Enquanto o candidato Gustavo Rosas (PV) tem R$ 15 mil doados por ele mesmo e não há registros de despesas.

Os prefeituráveis Professor Lupércio (SD) e João Luiz (PPS) não prestaram contas de arrecadação ou despesas. Já a candidatura de Raminho Chiquito (PCO) foi indeferida. 

Segundo o teto de gastos, divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), cada candidato pode gastar no primeiro turno até R$ R$1,2 milhão. Esta é a primeira eleição em que os postulantes não podem receber doação de empresas privadas e são obrigados a informar à Justiça Eleitoral todos os recursos recebidos até 72 horas depois de a doação ter sido registrada na conta bancária. Anteriormente os candidatos faziam apenas duas divulgações, no meio e no final da campanha.

A pouco menos de um ano e sete meses para as eleições de 2016, o Partido Verde (PV) de Pernambuco anunciou que terá candidato próprio na disputa pela Prefeitura de Olinda. Defendendo um projeto de terceira via, a legenda vai disputar o pleito com o médico e militante do GreenPeace, Gustavo Rosas. Em entrevista ao Portal LeiaJá, nesta segunda-feira (16), o pré-candidato verde afirmou que pretende iniciar as articulações para embasar sua postulação ainda esta semana. 

“É um projeto de terceira via, que talvez os olindenses queiram. A partir deste fim de semana já vamos começar a discutir o nosso projeto com o povo. Há um anseio do povo de Olinda de ter um candidato alternativo”, argumentou Rosas. 

##RECOMENDA##

Segundo o pré-candidato, a cidade necessita de um prefeito que seja “filho de Olinda”. “O problema de Olinda é que estão querendo importar o candidato de fora. Só por causa de um sobrenome bonito? É um erro político”, disparou sem citar nomes, mas fazendo menção à possibilidade do advogado Antônio Campos (PSB), irmão do ex-governador Eduardo Campos, disputar o Executivo municipal. “Já temos o clã dos Urquizas e o PCdoB, agora querem trazer alguém do Recife para comandar Olinda”, criticou. 

Avaliando a atual gestão, Gustavo Rosas observou que existe um “uma revolta e o sentimento de mudança muito forte” na cidade. “Sabemos de tudo o que foi recebido por Olinda, em termos de orçamento, mas poucas ações tiveram resultados. Mais de 17 mil casas sem saneamento em Olinda, dificuldade em atrair indústrias, a decaída do turismo. As pessoas não vão mais para Olinda, passam só uma tarde e vão embora para Porto de Galinhas”, disse. 

Agenda de seminários

Com a pretensão de eleger ao menos 40 vereadores em Pernambuco no pleito eleitoral de 2016, o PV vai realizar uma série de seminários pelo estado. Os primeiros vão acontecer nas cidades de Belo Jardim, dia 11 de abril, e Escada, no dia 25 do mesmo mês. 

Atualmente o PV conta com 27 vereadores em todo o estado, sendo dois deles no Recife: Augusto Carreras e Eurico Freire. Além da intenção de ampliar o número dos verdes no legislativo, a legenda também pretende conquistar o comando de no mínimo cinco prefeituras. 

O calendário, de acordo com o presidente estadual da legenda, Carlos Augusto Costa, faz parte de um planejamento estratégico do PV.  “Hoje temos 13 mil filiados e estamos num momento de reestruturação da entidade. Já tivemos mais de 100 adesões desde que começamos as inserções da propaganda televisiva”, ressalta Costa, ao se referir sobre os comerciais que estão no ar desde 16 de fevereiro.

O PPS preteriu a pré-candidatura do médico Gustavo Rosas à Prefeitura de Olinda. A decisão foi tomada pelo Diretório Estadual do partido, em uma reunião na última quinta-feira (21), que acarretou no pedido de desfiliação de Gustavo Rosas e de mais de 16 integrantes do partido, que eram pré-candidatos a vereador.

De acordo com Gustavo Rosas, o PPS foi “induzido” por Raul Jungmann, um dos principais líderes do partido no Estado e pré-candidato à Prefeitura do Recife, que tem por finalidade receber apoio do PMN ao projeto eleitoral dele na capital pernambucana. “A decisão foi autoritária e antidemocrática, ela não teve o apoio do Diretório Municipal que queria caminhar junto com meu projeto. É tanto que esvaziou o partido na cidade, pois 16 pré-candidatos a vereador pediram a exoneração nesta sexta-feira. Não irei me aliar a Alf (André Luiz Farias, pré-candidato do PMN)”, disparou Rosas. 

##RECOMENDA##

Esta é segunda vez que o médico pede a desfiliação do partido e, segundo ele, pelo mesmo motivo. “O partido já fez isso comigo quando me candidatei a deputado estadual e retiraram minha candidatura para apoiar Alf, me desfiliei e voltei depois que me pediram desculpa”, contou Gustavo, completando que não acredita no projeto do pré-candidato do PMN.

Outro argumento usado pelo médico para defender a manutenção de sua pré-candidatura foi o fato do seu nome aparecer nas pesquisas eleitorais, mesmo que com o percentual baixo. “Tenho o mesmo percentual de Jungmann no Recife, 3% de intenções de voto, e nunca fui deputado ou ministro como ele foi”, criticou Gustavo.

Para Jungmann, tanto o pedido de desfiliação de Gustavo quanto as declarações feitas à nossa reportagem não lhe causam surpresa. “Gustavo entra e sai do partido, já estamos acostumados com isso. O ponto de vista do partido é de que a pré-candidatura dele não tinha chances de crescer, portanto preferimos ter uma chance real de eleger um vereador do que insistir na candidatura dele e perder. É melhor ter um vereador na cidade do que não ter nada”, resumiu Jungmann.

Gustavo ainda contou que, após a definição do PPS, o prefeito de Olinda, Renildo Calheiros (PCdoB); os pré-candidatos à Prefeitura de Olinda, o deputado Ricardo Costa (PTC) e Izabel Urquiza (PMDB) lhe telefonaram para se solidarizarem com a situação. “Foi uma atitude legal deles. Apenas Alf não me ligou e nem vai ligar. Agora vou avaliar três pontos: se vou apoiar a candidatura do prefeito de Ricardo Costa ou se marcharei sozinho. Decidirei junto com meu grupo político na próxima quarta-feira (27), mas a tendência é seguir sozinho”, completou Gustavo, que está em Garanhuns.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando