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Se o fim de semana da Huawei já não tinha terminado muito bem com o decreto do presidente norte-americano Donald Trump, a segunda-feira (20) começou pior. Após a Google cortar laços com empresa chinesa, retirando o acesso à Google Play e ao Android para futuros usuários, outras grandes organizações anunciaram a paralisação de seus acordos comerciais, cumprindo a decisão do governo dos Estados Unidos. Mas engana-se quem acha que a gigante oriental não estava preparada para o pior.

Levanta e sacode a poeira

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É fato que a retirada do sistema operacional Android dos aparelhos da Huawei é um grande golpe às finanças da companhia. A empresa chinesa vinha crescendo a olhos vistos, ganhando o favoritismo ao pódio na venda de smartphones e, principalmente, na corrida pela tecnologia 5G, ao contrário dos principais fabricantes de smartphones.

Não poder contar com a Google neste momento é doloroso. Mas não é o fim do mundo. Em entrevista recente ao Die Welt, executivo da Huawei, Richard Yu, afirmou que “se não pudermos mais usar esses sistemas, estaremos prontos e teremos nosso plano B”. A empresa chinesa vinha desenvolvendo seus próprios sistemas operacionais e parece estar pronta para implementá-los, caso a situação com as empresas estadunidenses piore.

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Intel e Qualcomm congeladas

Além da Google, a Intel e a Qualcomm, que fornecem respectivamente chips para servidores, processadores para notebooks e modems também congelaram seus contratos de fornecimento com a Huawei até terem certeza de que o decreto norte-americano será definitivo. A Broadcom, a fabricante alemã de chips Infineon Technologies e a fabricante de chips de memória Micron Technology também suspenderam as vendas para a empresa. Para tentar atrasar o prejuízo, de acordo com o site Bloomberg, a Huawei estaria  estocando chips de fornecedores dos EUA para durar pelo menos três meses.

Resposta da Google

Para acalmar os nervos de quem adquiriu aparelhos da empresa chinesa e agora está com medo de perder o acesso aos recursos do Android a Google informou que, proprietários de telefones Huawei continuarão com acesso à Play Store e  poderão atualizar seus aplicativos. No entendo, as atualizações do sistema operacional serão diretamente afetadas.

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Apesar de todas as medidas de proteção para danos imediatos, a empresa chinesa precisa começar a achar novos parceiros para continuar crescendo com antes. A esperança para um possível fim neste embate ficará na visita que o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, fará ao território chinês, visando acordos comerciais.

As relações comerciais entre Estados Unidos e China estão estremecidas há algum tempo. Porém, uma recente decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, que coloca a empresa chinesa Huawei Technologies Co e outras 70 afiliadas em uma "Lista de Entidades", pode gerar um impacto ainda mais negativo, principalmente, para os clientes da companhia norte-americana Apple.

A lista criada por Trump visa impedir que empresas chinesas adquiram componentes e tecnologia de companhias norte-americanas sem aprovação prévia do governo do país. Além disso, o presidente assinou um decreto que impede as organizações estadunidenses de usarem equipamentos de telecomunicações produzidos por empresas que possam oferecer risco à segurança nacional - ou seja, que estejam na “Lista de Entidades”.

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A China não gostou da decisão do presidente dos EUA e, em resposta, elevou de 10% para 25% as tarifas alfandegárias de mais de 5 mil produtos norte-americanos. Este aumento deve impactar diretamente no valor dos produtos da Maçã.

Mas o que isso tem a ver com o Iphone?

O tiro de Trump é certeiro no pé da Apple porque um de seus produtos mais populares, o iPhone, é fabricado quase que inteiramente na China. Ou seja, tanto ele quanto outros produtos da empresa produzidos em território chinês, podem ser taxados com o imposto de importação de 25%.

A saída imediata para contornar o aumento é elevar os preços dos aparelhos, que já não são baratos. O problema é que, se isso acontecer, o risco de as vendas serem prejudicadas é alto, uma vez que um dos motivos principais na queda da procura por aparelhos da marca são os preços.

Uma nova esperança

A esperança fica na visita que o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, disse que fará ao território chinês, visando acordos comerciais. Caso as duas potências cheguem a um denominador comum uma revisão de tarifas pode ser feita, diminuindo o impacto no bolso do consumidor final e no lucro das empresas dos dois países.

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