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O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, resolveu intermediar o atrito entre o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, e o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke. Em comunicado oficial, Teixeira tentou amenizar o conflito ao dizer que as preocupações da Fifa em relação à preparação do Brasil para a Copa do Mundo de 2014 são "naturais e legítimas".

"As preocupações da FIFA em relação aos preparativos de todas as Copas do Mundo são naturais e legítimas", registrou Teixeira, em uma tentativa de tranquilizar a Fifa. "A entidade pode ficar tranquila porque o Brasil e seu povo têm competência e seriedade para organizar uma Copa do Mundo impecável, inesquecível", assegurou.

O dirigente, que também preside o Comitê Organizador Local (COL) da Copa, se manifestou em resposta à decisão de Rebelo, que no sábado vetou o nome de Valcke nas negociações entre o governo e a Fifa. A reação do ministro do Esporte foi consequência das cobranças do secretário-geral. Na sexta-feira, Valcke disse que o Brasil precisaria levar "um chute no traseiro" para acelerar as reformas dos estádios e as obras de infraestrutura.

Teixeira, porém, minimizou as declarações de Valcke sobre a demora na aprovação da Lei Geral da Copa. "Algumas questões na organização da Copa do Mundo podem parecer que avançam lentamente. Mas em todo processo democrático as discussões devem ser amplas e sempre levar em conta os interesses do povo. O Brasil não tem um dono, é uma democracia sólida e reconhecida mundialmente. O País e seus três poderes devem ser respeitados sempre", destacou o presidente da CBF.

As declarações de Rebelo e Valcke podem atrapalhar a visita do secretário-geral ao Brasil a partir do dia 12. Após ser informado do veto do ministro do Esporte, Valcke classificou a atitude do governo brasileiro de "infantil", mas confirmou a viagem que terá por objetivo conferir o andamento das obras voltadas à realização da Copa do Mundo e da Copa das Confederações.

A decisão da presidente Dilma Rousseff de punir militares da reserva que criticaram ministras do governo por serem favoráveis à revogação da Lei da Anistia piorou o clima na caserna e aumentou o número de adesões ao manifesto Alerta à Nação - eles que venham, por aqui não passarão. Dilma tomou a decisão de puni-los depois que os militares a criticaram publicamente por não censurar as ministras Maria do Rosário (Direitos Humanos) e Eleonora Menicucci (Secretaria de Políticas para as Mulheres).

Inicialmente, o manifesto tinha 98 assinaturas. Na manhã da quinta-feira, após terem tomando conhecimento da decisão de puni-los, o número subiu para 235 e no início da tarde de hoje chegou a 386 adesões, entre eles 42 oficiais-generais, sendo dois deles ex-ministros do Superior Tribunal Militar.

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A presidente já havia se irritado com o manifesto dos Clubes Militares, lançado às vésperas do carnaval, e depois retirado do site, e ficou mais irritada ainda com esse novo documento, no qual eles reiteram as críticas e ainda dizem não reconhecer a autoridade do ministro da Defesa, Celso Amorim, de intervir no Clube Militar.

A presença de ex-ministros do STM adiciona um ingrediente político à lista, não só pelo posto que ocuparam, mas também porque, como ex-integrantes da Corte Militar, eles têm pleno conhecimento de como seus pares julgam neste caso.

O Ministério da Defesa e os comandos militares ainda estão discutindo com que base legal os militares podem ser punidos. Várias reuniões foram convocadas nos últimos dias para discutir o assunto. Mas há divergências de como aplicar as punições.

Pontos de vista

A Defesa entende que houve "ofensa à autoridade da cadeia de comando", incluindo aí a presidente Dilma e o ministro. Para Amorim, os militares não estão emitindo opiniões na nota, mas sim atacando e criticando seus superiores hierárquicos, em um claro desrespeito ao Estatuto do Militar.

Só que, nos comandos, há diferentes pontos de vista sobre a Lei 7.524, de 17 de julho de 1986, assinada pelo ex-presidente José Sarney, que diz que os militares da reserva podem se manifestar politicamente e não estão sujeitos a reprimendas.

No artigo 1.º da lei está escrito que "respeitados os limites estabelecidos na lei civil, é facultado ao militar inativo, independentemente das disposições constantes dos Regulamentos Disciplinares das Forças Armadas, opinar livremente sobre assunto político, e externar pensamento e conceito ideológico, filosófico ou relativo à matéria pertinente ao interesse público".

Essa zona cinzenta entre as leis, de acordo com militares, poderá levar os comandantes a serem processados por danos morais e abuso de autoridade, quando aplicarem a punição de repreensão, determinada por Dilma. Nos comandos, há a preocupação, ainda, com o fato de que a lista de adeptos do manifesto só cresce, o que faria com que esse tema virasse uma bola da neve.

Há quem ache que o assunto precisasse ser resolvido de uma outra forma, a partir de uma conversa da presidente com os militares, para que fosse costurada uma saída política. O Planalto, no entanto, descarta essa possibilidade. Até agora nenhum militar da ativa assinou o documento. Se isso ocorrer, a punição será imediata e poderá chegar a detenção do "insubordinado". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os EUA sinalizaram - a uma semana do início das negociações climáticas internacionais para atualizar metas do Protocolo de Kyoto - que não esperam que as potências econômicas mundiais possam chegar a um acordo compulsório, que exigiria cortes nas emissões de gases de efeito estufa até 2020.

A China tem resistido a concordar com os cortes de emissões e os EUA só aceitam as reduções obrigatórias se os chineses fizerem o mesmo. O impasse deve continuar nas conversações sobre clima patrocinadas pela Organização das Nações Unidas, programadas para começar segunda-feira próxima, em Durban (África do Sul).

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As duas nações reiteraram suas posições em comunicados distintos, divulgados nesta terça-feira. O impasse causa incerteza sobre o futuro do tratado sobre o clima do Protocolo de Kyoto, que expira em 2012.

Japão, Rússia e Canadá disseram que não pretendem assinar a segunda rodada do Protocolo de Kyoto, a menos que os principais emissores do mundo, particularmente EUA e China, também concordem em reduzir suas emissões. Os países europeus, essencialmente, têm a mesma posição.

Brasil, Índia e outras nações em desenvolvimento têm pressionado por uma extensão do tratado, alegando que a manutenção do Protocolo de Kyoto é fundamental na luta contra as mudanças climáticas. As informações são da Dow Jones. (Roberto Carlos dos Santos)

A crise na NBA, Liga Norte-Americana de Basquete Profissional, está longe de terminar. Mais distante ainda parece estar de um desfecho feliz. Os jogadores recusaram a última proposta dos proprietários das equipes, o impasse permanece e agora ameaça o cancelamento total da temporada 2011/12. O campeonato, que já era para ter começado neste mês de novembro, corre sério risco de não acontecer. A questão será discutida agora na esfera judicial, uma vez que o sindicato dos jogadores foi dissolvido, inviabilizando praticamente qualquer tipo de negociação.

Os jogadores não aceitaram o repasse de 50% do faturamento da Liga, proposta feita na reunião da última segunda-feira (14/11). É em cima deste percentual que o teto salarial é delimitado e o montante que os atletas podem receber por temporada. Aliás, alegando perdas de receitas, os proprietários das franquias também querem reduzir os salários dos atletas. A NBA já anunciou que a data-limite para a realização do campeonato é 15 de dezembro. Se até lá o acordo coletivo não tiver sido resolvido, adeus temporada 2011/12.   

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