Tópicos | impasse

As próximas duas semanas serão decisivas para a definição da reforma política no Congresso. O Senado analisa novas regras para o financiamento das campanhas, enquanto a Câmara discute o fim das coligações nas eleições proporcionais e uma cláusula de barreira para que as legendas tenham acesso ao fundo partidário e ao tempo de rádio e TV. Para valer nas eleições de 2018, as duas propostas precisam ser aprovadas nas duas Casas até o dia 7 de outubro.

Na próxima terça-feira (26), os senadores devem votar o Projeto de Lei do Senado (PLS) 206/2017, do senador Ronaldo Caiado (DEM-GO). O texto cria o Fundo Especial de Financiamento de Campanha e acaba com a propaganda partidária e com o horário eleitoral gratuito no rádio e na TV. Pela proposta original, o dinheiro da compensação fiscal que a União paga às emissoras pela veiculação desses programas seria repassado ao fundo.

##RECOMENDA##

"É a única proposta que não mexe no Orçamento do país. Ela simplesmente retira o tempo de rádio e televisão do horário das eleições e do horário partidário e acresce multas junto ao Tribunal Superior Eleitoral. Isso soma R$ 1,5 bilhão. Ponto-final. Não há tempo de rádio e televisão, e nós temos um fundo de R$ 1,5 bilhão", explica Caiado.

Mas o relator, senador Armando Monteiro (PTB-PE), apresentou um substitutivo ao projeto. Ele extingue a propaganda partidária no rádio e na TV, veiculada nos anos sem eleições. Mas mantém o horário eleitoral dos candidatos durante as campanhas.

De acordo com o substitutivo, o fundo também receberia metade do valor das emendas impositivas apresentadas pelas bancadas de deputados e senadores ao Orçamento Geral da União nos anos eleitorais. A previsão é de que o fundo conte com R$ 3 bilhões em 2018.

"Estamos propondo destinar 50% das emendas de bancada, exclusivamente no ano eleitoral, para poder prover esse fundo de recursos compatíveis com as exigências do processo eleitoral. Se foram gastos R$ 7,3 bilhões na eleição passada, estamos constituindo um fundo que representa menos de 40% dos gastos oficialmente declarados", explica Armando Monteiro.

O relator sugere ainda regras para a distribuição do dinheiro: 2% seriam divididos igualitariamente entre todos os partidos registrados no TSE; 49% de acordo com o percentual de votos obtidos na última eleição para a Câmara; 34% na proporção do número deputados federais; 15% na proporção do número de senadores.

O substitutivo também detalha a distribuição dos recursos dentro de cada partido: 20% seriam divididos igualitariamente entre todos os candidatos a um mesmo cargo. Respeitado esse piso, as executivas nacionais poderiam decidir como repartir o restante do dinheiro.

O texto prevê uma regra geral para o caso de os comandos partidários não conseguirem chegar a um acordo sobre como dividir os recursos: 50% iriam para as campanhas de presidente, governador e senador; 30% para deputado federal; e 20% para deputado estadual e distrital.

Outras mudanças

O substitutivo do senador Armando Monteiro vai além do financiamento. O texto também estabelece limites para os gastos nas campanhas eleitorais de 2018.

No caso do primeiro turno, há duas situações. Em lugares onde houve apenas um turno nas últimas eleições, o limite seria de 70% do maior gasto declarado para o cargo. Nos lugares onde houve dois turnos, o teto no primeiro turno de 2018 seria de 50% do maior gasto declarado. No caso do segundo turno, o limite seria de 30%. Nas cidades até dez mil eleitores, R$ 100 mil reais para prefeito e R$ 10 mil para vereador.

O substitutivo cria ainda uma habilitação prévia dos candidatos. O objetivo é verificar a quitação eleitoral do cidadão que deseja disputar uma campanha. O prazo para obter a habilitação vai de 1º de fevereiro a 15 de março. O texto também fixa um novo prazo para as primárias partidárias: de 16 de maio a 30 de junho.

O relator também altera o tempo de campanha para o segundo turno: dez minutos para cada cargo. Outra mudança é no tempo total das inserções diárias: 15 minutos para cada cargo.

O texto prevê ainda exceções para as penas aplicadas contra integrantes de uma coligação. As sanções valem apenas para os partidos ou candidatos diretamente responsáveis pelos atos ilícitos. Elas não se estendem a outros partidos ou candidatos da coligação.

O substitutivo também regula a propaganda na internet. O texto proíbe que terceiros façam o chamado “impulsionamento de conteúdo” – espécie de publicidade paga nas redes sociais. Mas a proposta permite que partidos, coligações e candidatos usem esse tipo de ferramenta.

Coligações e cláusula de barreira

Além de votar o PLS 206/2017, os senadores têm outro desafio pela frente: a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 282/2016 (numeração na Câmara). O texto acaba com as coligações nas eleições de deputados e vereadores a partir de 2020 e estabelece uma cláusula de barreira para o fundo partidário e o tempo de rádio e TV.

O texto está na Câmara, onde já foi aprovado em primeiro turno. O texto-base também passou em segundo turno. Mas os deputados ainda precisam analisar os destaques apresentados à PEC. A previsão é de que eles sejam votados na próxima terça-feira.

"Se tivéssemos cláusula de barreira e parássemos de criar partido de aluguel para ajudar as grandes legendas, não teríamos esse festival de partidos aqui. Acho que agora a Câmara está fazendo isso, para haver partido de fato. Agora, para haver partido de fato, tem que haver financiamento dos partidos", afirma a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR).

Como sofreu mudanças na Câmara, a matéria precisa voltar ao Senado e passar por mais dois turnos de votação. O presidente do Senado, Eunício Oliveira, está otimista: ele acredita que a Casa vai concluir a análise da reforma política a tempo de valer nas eleições de 2018.

"Se a Câmara votar os destaques na próxima terça-feira e encaminhar para o Senado, vou conversar com as lideranças para que a gente vote até o dia 7 de outubro. Vamos ver o que a Câmara aprovou e fazer o temos que fazer: ou suprimir algum texto ou manter da forma como a Câmara aprovou. Não posso ampliar, não posso modificar. O Plenário só pode suprimir aquilo que foi encaminhado", explicou Eunício.

*Da Agência Senado

Em processo de finalização, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) enfrenta novo impasse sobre a antecipação da alfabetização do 3º para o 2º ano do ensino fundamental. O Conselho Nacional de Educação (CNE), responsável por analisar e aprovar o documento, defende que o término do ciclo de alfabetização seja mantido como é hoje, ao final do 3º ano, quando as crianças têm 8 anos.

A antecipação está prevista na versão da base enviada em abril pelo Ministério da Educação (MEC) para análise do Conselho Nacional de Educação. O documento vai definir o conteúdo comum que deverá ser ensinado em todas as escolas do País da educação infantil ao 9º ano do ensino fundamental.

##RECOMENDA##

No conselho e em audiências públicas nos Estados, a proposta do ministério tem sofrido resistência. Atualmente, como não há base nacional no Brasil, documentos como o Pacto Nacional Pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) e o Plano Nacional de Educação (PNE) apontam que as crianças devem estar alfabetizadas até o fim do 3º ano.

Membro do CNE e presidente da Comissão de Elaboração da BNCC, Cesar Callegari, disse que a mudança do ciclo de alfabetização altera as diretrizes curriculares nacionais, que têm origem na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). "O grande risco com a antecipação é que as crianças não alfabetizadas no 2º ano sejam reprovadas. Isso é uma calamidade, produz um drama que é gravíssimo, um marco de fracasso no início da vida escolar", diz Callegari.

Maria Helena Guimarães de Castro, secretária executiva do MEC, disse que o ministério mantém a mesma posição que está na terceira versão da BNCC. "Nossa posição continua a mesma. Defendemos, tanto do ponto de vista teórico como do de política pública, aquilo que é melhor para as crianças brasileiras: estar até o final do 2º ano plenamente alfabetizado, tendo aprendido a ler, escrever, saber contar, entender um texto curto".

Apesar da divergência, Maria Helena disse que o MEC mantém conversas com o CNE para um entendimento sobre a questão. Callegari também disse que a proposta do conselho ainda será apresentada e não há ainda nenhum parecer. "Nós da Câmara de Educação Básica (do CNE) temos uma visão recorrente de que a proposta do MEC para a Língua Portuguesa está ainda com muitos problemas, inclusive de progressão. Vamos fazer um esforço para melhorar a proposta do ministério e naturalmente isso envolve a alfabetização", disse o presidente.

A previsão do MEC é que o CNE termine de analisar e aprove o documento até novembro. O conselho pode fazer alterações ao texto, mas a sua versão pode ser rejeitada inteira ou parcialmente pelo ministro da Educação.

Outros pontos do documento que foram muito contestados nas audiências públicas e que podem ser alterados pelo CNE são:

- História: o texto foi criticado por ter uma proposta excessivamente estruturada na ordem cronológica, o que dificultaria aos estudantes contextualizar o que é ensinado.

- Gênero: Conceito de gênero não é apresentado no documento do MEC, que defende o texto atual por promover o "respeito à pluralidade".

- Religião: Ensino religioso foi excluído da terceira versão, sob alegação de que o ministério estaria respeitando que o tema seja optativo e de competência dos sistemas de ensino estadual e municipal. Para alguns especialistas, sem a orientação do governo federal sobre o tema, há risco de proselitismo religioso.

O plenário da Câmara aprovou há pouco, por 361 votos favoráveis, 68 contrários e 2 abstenções, o requerimento de encerramento da discussão da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 77/03, que muda as regras do sistema político-eleitoral. Em seguida, a sessão foi encerrada e a votação do texto-base, prevista para hoje (16), adiada.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), agendou a próxima sessão para votação da proposta para terça-feira (22). Maia resolveu encerrar a sessão desta quarta-feira ao considerar o quórum de 430 deputados baixo. Nas negociações durante o dia, o presidente havia acordado que a PEC só seria votada com 480 deputados em plenário.

##RECOMENDA##

"Achei melhor encerrar [a sessão] e adiar para a próxima semana. É até bom, porque a gente ganha um tempo de ir construindo as convergências nesta matéria", disse Maia.  "Com quórum de 430, a gente tinha o risco de falta de quórum, já que, nos destaques supressivos, quem tem que votar é quem quer manter o texto, tinha o risco de não aprovar nada na noite de hoje".

O presidente da Câmara disse ainda que é possível que seja retirado do texto o item que define mandato de dez anos para magistrados de tribunais superiores. Atualmente o mandato é vitalício. "Avançamos na retirada do 0,5% no texto do fundo, que é uma decisão importante, e avançamos num acordo de votar o texto principal e ir para o debate nos destaques. O que nós temos que organizar é que a gente possa ter resultados que atendam àquilo que é importante: reorganizar o sistema eleitoral brasileiro não só para 2018, mas também para 2020 e 2022", disse.

Mudanças

A PEC propõe a mudança do sistema proporcional para as eleições de deputados e vereadores para a  modalidade chamada “distritão”, no qual são eleitos os candidatos mais votados, sem considerar a proporcionalidade dos votos recebidos pelos partidos e coligações. Além disso, está no texto a criação de um fundo para financiar as campanhas eleitorais a partir de 2018.

Ao longo do dia, diversas reuniões entre lideranças partidárias foram feitas com a participação do presidente da Câmara em busca de entendimentos para viabilizar a votação. Ficou definido que só seria votado nesta noite o texto principal. Os destaques que visam modificar a proposta já estavam definidos que seriam apreciados na próxima semana.

De acordo com o líder da minoria, deputado José Guimarães (PT-CE), ficou acordado a retirada do dispositivo que institui o fundo e incluído um instrumento para o financiamento público de campanhas cujos recursos e valores serão definidos no Orçamento da União. Ainda segundo ele, há destaques para retirar as propostas do “distritão” e do distrital misto, que estaria previsto para entrar em vigor a partir de 2022.

Para ter efeito nas eleições de 2018, a PEC tem que ser aprovada pela Câmara e pelo Senado, em dois turnos de votação em cada uma das Casas e promulgada até o dia 7 de outubro, um ano antes das eleições em primeiro turno.

 

Evaristo Costa se despediu da bancada do Jornal Hoje no dia 27 de julho. Nesta mesma data, anunciou oficialmente a sua saída da Rede Globo, sobre a qual há muito já se especulava. Passados mais de dez dias desde o seu último programa como apresentador, o jornalista ainda não assinou seus documentos rescisórios com a emissora.

Segundo o UOL, o problema está na discordância entre as partes quanto ao valor das verbas a serem pagas. Evaristo, que trabalhou por 20 anos na Globo, não teria ficado satisfeito com o que lhe foi oferecido e por isso acionou um advogado trabalhista.

##RECOMENDA##

O contrato do jornalista, segundo ele próprio, se encerra apenas em outubro. Com isso, até lá ainda pode haver um acordo amigável. Caso esse impasse não seja resolvido de maneira amistosa, especula-se que a possibilidade de um futuro retorno de Evaristo Costa ao time de jornalismo da Globo possa ser anulada.

Segundo o jornalista, que agora foi substituído por Dony De Nuccio, ele teria deixado a emissora para ter mais tempo para si. “Preciso descansar o corpo e a mente, são muitos anos fazendo a mesma coisa, espero que me entendam e continuem torcendo por mim”, disse ele em vídeo postado no seu Twitter.

Recentemente ele se mudou com a sua esposa, Amália Stringhini, para a Inglaterra, onde ela fará um mestrado. No Instagram, respondendo a um comentário, Amália escreveu “Estou tão feliz, primo. Finalmente consegui me livrar do hospício. Prostituição capitalista e falsa que não fazia bem a mim e minhas filhas”, o que alguns entenderam como uma referência à Rede Globo.

Na tarde desta segunda-feira (31), centenas de ambulantes foram à rua, no município de São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife, para protestar contra o cancelamento da festa do padroeiro da cidade, São Lourenço Mártir, que é realizada há 40 anos. A reivindicação foi realizada na Avenida Belmiro Correia, uma das mais movimentadas da região e localizada na área central da cidade. 

O protesto dos trabalhadores foi motivado devido à sessão extraordinária realizada pela Segunda Câmara do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que referendou a Medida Cautelar, expedida monocraticamente pelo conselheiro Dirceu Rodolfo, mantendo a suspensão da realização da 'Festa de Agosto'. O evento está previsto para ser realizado a partir desta tera-feira, seguindo até o dia 10 de agosto. 

##RECOMENDA##

Com a estrutura sendo montada, a assessoria de imprensa da prefeitura falou que ainda não há um posicionamento definitico da gestão municipal em relação à realização da festa. Defendendo a promoção do evento, centenas de trabalhadores informais protestaram e falaram sobre o cancelamento. 

[@#video#@]

LeiaJá também

--> TCE suspende realização da festa de São Lourenço da Mata

--> Luan Santana, Safadão e Aviões confirmados em São Lourenço

O presidente do Sport, Arnaldo Barros, afirmou nesta terça-feira que a pendência entre clube, Diego Souza e Palmeiras está perto de acabar. O dirigente afirmou que Diego Souza se reapresenta à equipe na quarta-feira para os treinos após ter ficado fora do jogo da última segunda-feira, contra o Coritiba, e perdido a atividade para os reservas nesta terça, no Recife.

"Diego Souza vai voltar ao Sport amanhã (quarta-feira). Ele mandou mensagem por escrito para mim e também pelo seu empresário (Eduardo Uram) para avisar que vai retornar. Diego passou alguns dias no Rio para resolver problemas pessoais. Não tem motivo para não acreditarmos nele", disse o dirigente ao Estado. A ausência de Diego Souza nos últimos aumentou o suspense por um possível acerto com o Palmeiras. O atual campeão brasileiro tentou abrir negociação com o jogador.

##RECOMENDA##

O interesse do clube paulista pelo jogador se iniciou a pedido do técnico Cuca. O treinador sente a necessidade de buscar um reforço para o ataque. "Entendo a cobiça por um jogador que é de qualidade, de seleção brasileira. Mas aqui no Sport sempre dissemos que o Diego Souza vai ficar. Confiamos na palavra dele e esperamos o jogador aqui", afirmou Barros.

Se entrar em campo na quinta-feira contra a Chapecoense, no Recife, o atacante do Sport vai completar o sétimo jogo pelo Campeonato Brasileiro e, assim, inviabilizar a participação por outra equipe nesta mesma competição. O presidente do Sport afirmou que a escalação do atacante depende apenas da decisão do técnico Vanderlei Luxemburgo.

Barros explicou que, para garantir o retorno de Diego Souza ao clube, não foi necessário alterar o contrato dele. "O vínculo é até dezembro de 2018, com opção unilateral de renovação. Quisemos antecipar as conversas para deixar o atleta mais confortável e afastar essa celeuma toda. Estamos negociando a renovação, mas por enquanto não tem nada de novo", disse.

Brasil e Cuba discutem nesta quarta-feira (10), em Brasília, uma solução para o impasse em torno da participação de profissionais cubanos no Mais Médicos. A crise começou há um mês, depois que o governo do país da América Central decidiu suspender o envio de 710 médicos para trabalhar em cidades brasileiras. A medida foi uma mostra do descontentamento de Cuba com o número de profissionais que, terminado o prazo de três anos no Mais Médicos, ganharam na Justiça o direito de permanecer no Brasil.

A reunião será entre representantes do Ministério da Saúde, a vice-ministra da Saúde de Cuba, Márcia Cobas, e representantes da Organização Pan-Americana de Saúde. O ministro da Saúde, Ricardo Barros, não deve participar. Para tentar convencer o governo cubano a enviar novos profissionais ao Brasil, o Ministério da Saúde deve apresentar a decisão, anunciada há duas semanas, de punir prefeituras que de alguma forma incentivem médicos cubanos a ingressar com ações para permanecer em suas cidades.

##RECOMENDA##

A argumentação deve passar, ainda pela, possibilidade de o governo Cubano negociar diretamente com prefeituras a expansão do número de médicos para participar do programa, o que significaria um aumento de mercado. Nesse caso, o pagamento dos profissionais que não entram na conta do Mais Médicos seria feito diretamente pelos municípios.

O silêncio e o impasse envolvendo o Parque Mirabilandia continuam. Depois de o prazo contratual expirar no dia 1° de abril, teoricamente o parque não poderia estar funcionando. Os responsáveis do estabelecimento e o poder público permanecem sem comentar o caso e a reintegração de posse do terreno.

##RECOMENDA##

Mesmo com a imprecisão, o parque está funcionando normalmente, inclusive, com atividades lançadas e programadas para serem encerradas apenas no dia 1° de maio. O site oficial do Mirabilandia publicou a seguinte atração: “Em Abril a Balada dos Monstros vai trazer muita música, dança e sustos na tenda montada em frente à Mansão do Terror. O evento acontece a partir do dia 7 de abril até 1º de maio 2017, exceto no dia 08 de abril (o parque abre normalmente)”.

Tendo em vista o funcionamento normal do local, mesmo com o prazo de permanência expirado, o LeiaJa.com entrou em contato mais uma vez com assessoria do Mirabilandia para obter um posicionamento de seu funcionamento. Conforme a assessoria, o estabelecimento continua funcionando normal e que até o presente momento não receberam nenhuma ordem judicial para sair do local.

De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Turismo do Estado, as negociações estão sendo feitas internamente com a Secretaria responsável, a Empetur e o Governo. Porém, até agora não foi realizada nenhuma reunião com os representantes do parque. Além disso, os prazos envolvendo a ação judicial, que ainda está com o setor jurídico, e a execução da reintegração de posse ainda não foram previstos porque dependem da decisão dos envolvidos.

LeiaJá também

-> Mirabilândia pode desistir de novo projeto e fechar de vez

--> Mirabilandia fica até 2016 no Centro de Convenções 

--> Irregularidade do Mirabilândia rende multa alta ao parque 

--> Novo terreno do Mirabilândia ainda não foi liberado para uso 

--> Sem previsão de volta, Mirabilandia funciona até sábado

--> Silencioso, Mirabilândia cessa atividades e espera Estado 

Mais expectativa e incerteza acerca do parque Mirabilandia. O empreendimento, que funciona desde 2002 na área externa do Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda, deve sair do tereno nos próximos dias. A Empresa de Turismo de Pernambuco (Empetur) afirmou, por meio de nota, que entrará ainda esta semana com uma ação na justiça contra o Mirabilandia Park Ltda.

O pedido é para a reintegração de posse do terreno onde atualmente funciona o parque de diversão, localizado ao lado do Centro de Convenções. De acordo com a Empetur, não foram cumpridos os acertos feitos pela empresa, o que provocou a ação jurídica. Há cinco anos que a administração do parque vem negociando com o Governo para ficar no local, mas o prazo para que o Mirabilandia desocupasse a área terminou no último sábado (1º).

##RECOMENDA##

Ainda segundo a assessoria da Empetur, desta vez não houve nenhum comunicado oficial de negociação antes que o prazo limite terminasse. No acordo firmado entre ambas as partes, a empresa deveria transferir o parque de diversões para outra localidade - terreno na Mata do Ronda, em Paulista -, havendo assim a reincorporação do espaço pela Empetur. Segundo a assessoria do parque, o Mirabilandia não irá se pronunciar sobre o caso, porque ainda está em negociação com o Governo de Pernambuco

Entenda o caso 

O imbróglio vem se arrastando desde 2011, com renovações e mudanças. De acordo com a assessoria de imprensa do Mirabilândia, a direção do parque alegou, mais uma vez, que precisaria de dois anos para as obras de implantação do parque no seu terreno próprio na BR 101 Norte, em Paulista. Se continuar em funcionamento, serão viabilizados a manutenção dos atuais 200 funcionários e o cronograma da obra, com menor necessidade de financiamento bancário.

Essa solicitação já tinha sido feita em 2014, porém, o parque espera nova sensibilidade do Governo no sentido de atender o pleito, como forma de manter o parque funcionando em Pernambuco como um importante atrativo turístico. Tendo em vista esse pleito, a expectativa é que a inauguração do novo parque ocorra no meio do ano de 2019, enquanto que as atividades seriam encerradas no atual terreno seis meses antes.

Ainda de acordo com a direção do empreendimento, uma das pendências, que envolvia a autorização da Agência Estadaual de Meio Ambiente (CPRH), já foi resolvida. Em nota, a assessoria reforçou que o parque dispõe das licenças ambientais necessárias para dar andamento às obras, resultado de estudos de impacto ambiental e compromissos assumidos com a preservação da fauna e da flora do local.

Crescimento e empregabilidade

Para o novo empreendimento, além dos brinquedos do parque atual, outros equipamentos devem ser adquiridos, dentro de um processo natural de renovação e ampliação das atrações. Na estrutura atual, o parque dispõe, por exemplo, de duas montanhas russas adquiridas e ainda não montadas, à espera da implantação do parque no seu novo endereço, passando a contar com três montanhas, além de outros itens que não possui hoje, como anfiteatro, teatro fechado e área para shows.

--> Impacto ambiental do Mirabilandia é discutido em audiência

Segundo o planejamento, o orçamento para implantação do novo parque é de R$ 50 milhões em três etapas, gerando cerca de 300 empregos na construção e cerca de 500 empregos na operação, a partir da inauguração, devendo impactar em empregos indiretos entre fornecedores.

Mobilidade

A partir da sua inauguração, o novo parque prevê 2 mil vagas de estacionamento, com área exclusiva para ônibus de turismo e para excursões de frequentadores. Ainda conforme a assessoria de imprensa do parque, todo o sistema de acessibilidade está aprovado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e pelas Prefeituras do Recife e de Paulista, com vias exclusivas programadas e que não vão impactar no fluxo da estrada, além de linhas de ônibus que devem ser criadas.

Com colaboração de Nicole Simões

LeiaJá também

--> Mirabilândia pode desistir de novo projeto e fechar de vez

--> Mirabilandia fica até 2016 no Centro de Convenções 

--> Irregularidade do Mirabilândia rende multa alta ao parque 

--> Novo terreno do Mirabilândia ainda não foi liberado para uso 

--> Sem previsão de volta, Mirabilandia funciona até sábado

--> Silencioso, Mirabilândia cessa atividades e espera Estado 

A Advocacia-Geral da União (AGU) derrubou a decisão judicial que tornava sem efeito a nomeação do ministro Moreira Franco para a Secretaria-Geral da Presidência da República. A informação foi confirmada na manhã desta quinta-feira (9).

A decisão liminar – de caráter provisório – foi expedida nessa quarta (8) pelo juiz Eduardo da Rocha Penteado, da 14ª Vara Federal em Brasília, em atendimento a uma ação popular apresentada por três cidadãos.

##RECOMENDA##

Na determinação, o magistrado entendeu que a situação de Moreira Franco se a assemelhava ao caso da nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a Casa Civil pela ex-presidenta Dilma Rousseff, no ano passado. Na ocasião, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes suspendeu a nomeação de Lula por entender que a medida foi tomada para conceder foro privilegiado ao ex-presidente e evitar que ele fosse julgado nas ações da Lava Jato pelo juiz federal Sérgio Moro.

A AGU recorreu, alegando que as citações são diferentes, que não há intenção de dar foro privilegiado a Moreira e que derrubar impedir a noemação dele causaria danos irreparáveis à gestão pública federal. O presidente do Tribunal Regional Federal da primeira região (TRF1), desembargador Hilton Queiroz, acolheu o pedido.

Agora caberá ao Supremo Tribunal Federal (STF) a decisão final. O ministro Celso de Mello é o responsável por julgar dois mandados de segurança contra a nomeação - um da Rede e outro do PSol.

Com informações da Agência Brasil.

Uma negociação a passos lentos. Nesta segunda (19), foi realizada mais uma reunião sobre a situação do Cine Olinda, equipamento cultural fechado há décadas que foi ocupado há quase três meses por um movimento que passou a exibir filmes dentro do prédio. O encontro contou com a participação de representantes do Iphan e do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), durou três horas e teve como objetivo avaliar a minuta com as reivindicações do Ocupe Cine Olinda e as exigências dos órgãos governamentais para desocupação do espaço.

A promotora do MPPE Belize Câmara recebeu representantes do Movimento Ocupe Cine Olinda e representante do Iphan para acordar e deliberar cláusulas que possibilitem novas diretrizes da ocupação que foi iniciada no dia 30 de setembro. A reunião foi iniciada com a apresentação de um termo, pela sociedade civil, que elencou algumas reivindicações para o andamento das negociações.

##RECOMENDA##

O documento, que tem como principal premissa manter o espaço funcionando dentro das normas exigidas pela Defesa Civil, endossou que caso as solicitações sejam acatadas, o Ocupe Cine Olinda deixa o espaço em prol das intervenções estruturais necessárias para sanar o risco regular do espaço, apontado pelo laudo da Prefeitura de Olinda. Confira na íntegra o posicionamento do Movimento a seguir:

"O termo, caso assinado, envolve a retirada completa do movimento do espaço, respeitando o relatório técnico apresentado pela Prefeitura, que recomendou a interdição (apontando ‘risco regular’ do espaço), mas concorda que o movimento busque autorização perante os devidos órgãos para ele mesmo realizar REPAROS EMERGENCIAIS TEMPORÁRIOS, que não atrapalham o processo de reforma futura do prédio.

O documento também estabelece que o movimento só retornaria ao espaço para promoção de atividades culturais regulares, uma vez que um novo laudo da defesa civil / corpo de bombeiros remova a interdição o espaço após esses reparos emergenciais temporários seja emitido. Os reparos que envolvem a aplicação de canaletas para a passagem de fiação elétrica temporária etc.

Para isso, o movimento conseguiria verbas para esses reparos por meio de financiamento coletivo etc. A partir daí, e caso o movimento consiga a liberação do prédio através desses reparos, e através do próprio acordo de uso, o movimento passaria a poder realizar atividades culturais regulares, como projeção de filmes e debates, sem dormir no espaço, o que seria uma conquista da sociedade civil organizada.

Tudo o que nós queremos é manter o Cinema em uso, enquanto isso for possível, e que ele não volte a ser tragado pelos tapumes numa infindável reforma."

Segundo um dos participantes do Ocupe Cine Olinda, Ernesto de Carvalho, o encontro foi um passo importante para as negociações. "Apresentamos a nossas pautas, agora está a cargo da Fundarpe e Prefeitura de Olinda avaliarem nossas solicitações e fechar um acordo coerente e que possibilite o funcionamento do equipamento", disse Carvalho. Com a ausência da Fundarpe, que já anunciou que pretende assumir a responsabilididade do Cine Olinda, ficou sob responsabilidade do MPPE dar andamento às negociações. 

Entenda - O Cine Olinda foi ocupado pela sociedade civil no dia 30 de setembro de 2016 após mais de 50 anos fechado para reformas pelo poder público. Desde a iniciativa, o local está sendo utilizado para promoção cultural, exibição de filmes, exposições, debates e aulões. Atualmente, o prédio que pertence à Prefeitura de Olinda está sob responsabilidade do Iphan, que aguarda o repasse para a Fundarpe. A Fundarpe, por sua vez, exige que a estrutura seja desocupada para poder assumi-la oficialmente.

Na última sexta-feira (16), a arquiteta da Secretaria do Patrimônio da Prefeitura de Olinda Cláudia Rodrigues foi até o Cine Olinda para desocupar o espaço, munida com laudo técnico da Defesa Civil, que apontava riscos regular do local. Com o pedido de interdição, na própria sexta foi travada uma negociação que durou três horas. Após negociações foi acordada nova reunião nesta segunda (19) com os envolvidos. Porém apenas o Iphan compareceu.

LeiaJá também

--> Iphan vai pedir reintegração de posse do Cine Olinda

--> Fundarpe estuda assumir o Cine Olinda

--> Lotado, Cine Olinda exibe 'Aquarius'

--> Cine Olinda permanece ocupado e está aberto ao público

--> Dois meses de Ocupe Cine Olinda: o olhar dos moradores

O presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), divulgou nota pública nesta quinta-feira (15) informando que irá recorrer da decisão do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou que o projeto de lei das medidas de combate à corrupção retorne para o início de tramitação na Câmara dos Deputados.

O projeto já foi aprovado pelos deputados em 30 de outubro e tinha sido remetido ao Senado, onde começaria a tramitar pelas comissões temáticas da Casa. A decisão de Fux, no entanto, aponta erros formais na tramitação do projeto e determina que a tramitação na Câmara seja reiniciada.

##RECOMENDA##

“O presidente do Senado Federal, Renan Calheiros, ressalvando as excepcionais relações cultivadas entre a instituição e o ministro Luiz Fux que, inclusive, presidiu a Comissão do Senado que atualizou o Código de Processo Civil, entende que a liminar do magistrado interfere no processo legislativo”, diz a nota divulgada pela assessoria de Renan.

O presidente do Senado lembra que, em 2013, uma “situação análoga” foi analisada pelo Supremo e o acórdão referente a ela determinou que não seria possível fazer análise prévia de constitucionalidade sobre matérias que ainda não tivessem sido definitivamente aprovadas pelo Congresso.

“A prematura intervenção do Judiciário em domínio jurídico e político de formação dos atos normativos em curso no Parlamento, além de universalizar um sistema de controle preventivo não admitido pela Constituição, subtrairia dos outros Poderes da República, sem justificação plausível, a prerrogativa constitucional que detém de debater e aperfeiçoar os projeto, inclusive para sanar seus eventuais vícios de inconstitucionalidade”, diz o trecho do acórdão citado por Renan Calheiros na nota divulgada.

Mais cedo, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também informou que pretende recorrer da decisão de Fux, incialmente pedindo que o próprio ministro reveja a liminar concedida. Caso contrário, tanto Renan quanto Maia pretendem recorrer para que o pleno do STF se manifeste.

A decisão da Mesa Diretora do Senado de não cumprir a decisão do ministro Marco Aurélio Mello sobre o afastamento de Renan Calheiros (PMDB-AL) da Presidência da Casa foi duramente criticada por alguns senadores. Para eles, o caso só aumenta a instabilidade política e interfere nos trabalhos legislativos.

O líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO), sustentou que Renan deveria ter sido afastado, mesmo que aguardasse a deliberação do plenário do Supremo Tribunal Federal (DSTF) sobre o recurso interposto pelos advogados do Senado. "Nós não temos que criar um enfrentamento com o STF. Nós temos que respeitar as decisões do Supremo e recorrer das decisões, como está previsto e é prerrogativa de cada um", frisou.

##RECOMENDA##

Ele disse também que, mesmo que Renan não tenha assinado o recebimento da notificação enviada pelo oficial de Justiça, o peemedebista assumiu que estava ciente da decisão ao recorrer da liminar. Logo, o senador Jorge Viana (PT-AC), primeiro vice-presidente do Senado, é quem deveria ter assumido o comando da Casa. "No momento em que ele entrou com o recurso, já há um reconhecimento. Qual é o instrumento correto para você contestar uma decisão tomada? Não é um recurso? Então, não é apenas você assinar. Você já deu um passo adiante. Já entrou com um recurso para poder pedir que o plenário delibere sobre a matéria", sustentou.

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) engrossou o coro, ao considerar que o posicionamento da Mesa Diretora criou uma "confusão maior". "Quem é o presidente do Senado agora? O senador Jorge Viana ou senador Renan Calheiros? Para mim é o senador Jorge Viana. Acho que a decisão da Mesa aumenta o impasse político, a indefinição", salientou.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) considerou que o encaminhamento da Mesa "não faz bem à democracia brasileira nem às instituições", além de não ser um bom exemplo aos cidadãos. "No meu entender, [a decisão da Mesa] ofende as regras do Estado democrático de Direito. Se há uma desobediência de uma decisão judicial das mais altas autoridades do país, o que cobrar do cidadão comum em relação às decisões?", questionou. Ele também criticou a falta de consulta aos líderes partidários antes de o posicionamento ser tomado. "A decisão da Mesa é uma caminhada insensata em direção ao abismo".

Representantes das prefeituras de Olinda e Paulista, do governo do Estado e do Comitê Gestor da Orla se reúnem nesta terça-feira (4) para tratar sobre a obra de duplicação da Ponte do Janga. Parte do serviço foi paralisada por conta de um embargo administrativo.

A principal discussão sobre o tema é o ponto de ligação da Ponte com a orla de Olinda, através da Avenida Ministro Marcos Freire. Segundo informações do Comitê, a obra invadiu parte de uma área de preservação permanente.

##RECOMENDA##

“Fomos pegos de surpresa com máquinas destruindo uma vegetação antiga da cidade, local onde em 1630 ocorreu a invasão dos holandeses”, explicou o conselheiro do Comitê, Alexandre Miranda. As máquinas, segundo ele, davam continuidade ao serviço de duplicação da ponte.

O conselheiro descobriu que a obra tem licença ambiental para executar a parte que fica em Paulista, mas em Olinda nem a prefeitura sabia que os trabalhos iriam atingir a área de vegetação. “O secretário [Hélvio Polito] foi fazer a pesquisa dentro da Prefeitura de Olinda para ver se eles tinham autorização e descobriu que a gestão municipal nem estava sabendo”.

Sendo assim, o Comitê solicitou o embargo administrativo da obra. Mas, para Alexandre, o problema vai além da invasão. “A maior parte de mata subtraída é em Olinda, mas o que ficamos sabendo é que a recompensação ambiental será feita em Paulista”.

LeiaJá também

--> PE-01 ganhará trecho com faixa duplicada

--> Após apelo da população, Ponte do Janga será duplicada

No último dia 19 de julho, o WhatsApp foi suspenso pela terceira vez no Brasil por ordem do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ). Agora, o aplicativo, que pertence ao Facebook, pode ter seu acesso interrompido novamente em breve devido a um processo que está se desenrolando no Ministério Público Federal do Amazonas (MPF/AM). O órgão autorizou o bloqueio de R$ 38 milhões do Facebook por causa do descumprimento de uma ordem judicial – assim como aconteceu nos outros casos de bloqueio.

O MPF diz que o Facebook, novamente, descumpriu decisão judicial que o obrigava a fornecer dados de cadastros e quebrar o sigilo de mensagens trocadas pelo aplicativo WhatsApp para fins de investigação. Segundo o órgão, esse valor se refere a várias multas de R$ 1 milhão que já haviam sido aplicadas à empresa e se acumularam com o tempo.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

Quem assina a nova ordem judicial é o procurador Alexandre Jabur, ressaltando que a medida é importante para buscar a devida aplicação das leis brasileiras em casos envolvendo pedido de acesso a dados sob a guarda de empresas estrangeiras. "A postura de não atendimento a ordens judiciais claramente se caracteriza como ato atentatório à dignidade da justiça podendo, além da multa, vir a ser determinada a suspensão dos serviços da empresa no Brasil", defendeu.

Para o jurista, o Facebook do Brasil, na condição de administrador e representante da rede social e do aplicativo WhatsApp no Brasil, vem demonstrando enorme desprezo pelas instituições brasileiras. "Ao conferir proteção absoluta à intimidade, a empresa ultrapassa o limite do razoável, criando um ambiente propício para a comunicação entre criminosos, favorecendo aqueles que cometem crimes graves, como terrorismo, sequestro, tráfico de drogas", destacou Jabur.

O especialista em direito eletrônico Renato Falchet Guaracho, do escritório Aith Advocacia, acredita que existe, ainda, risco do aplicativo ser novamente bloqueado nos próximos dias. "Não se pode permitir que a empresa leve a melhor e seus aplicativos sejam imunizados contra bloqueios e eventual proibição de funcionamento, sob pena de colocar toda população refém de bandidos que usam o aplicativo para organizar seus crimes sem qualquer chance de serem descobertos", ressalta.

Em mais um caso de briga societária no mercado brasileiro, a varejista Saraiva convocou Assembleia-Geral Extraordinária para 25 de julho para discutir a retirada do acionista Mu Hak You, do fundo GWI, do cargo de conselheiro da companhia, além da destituição de Ana Recart do conselho fiscal. O encontro também buscará a autorização para abrir uma ação de responsabilidade sobre ambos.

A Saraiva entrou com representação na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em junho para investigar indícios de violação de deveres fiduciários, abuso de direito de acionista e outras infrações pelos acionistas integrantes do GWI.

##RECOMENDA##

Alguns dos fatos citados foram invasão à sede da Saraiva, durante o último feriado de Corpus Christi, para mexer em documentos nas salas dos diretores, convocação de uma assembleia desnecessária e realização de negócios suspeitos no mercado de capitais.

No documento entregue à CVM, a Saraiva afirma que "Mu Hak You é um conhecido investidor, com histórico de atuação desastrosa do mercado de capitais brasileiro", citando prejuízos causados à Marfrig e à corretora Socopa. O GWI Asset Management detém hoje 28,72% do capital total da Saraiva.

A GWI divulgou nota, no última quarta-feira, negando a invasão à sede e dizendo que não tem interesse em reduzir o valor das ações da companhia. O fundo não quis se manifestar especificamente sobre a reunião.

Gestão

Depois de contratar dois executivos de mercado - Marcílio Pousada, hoje à frente da Raia Drogasil, e Michel Jacques Levy, ex-Microsoft -, a Saraiva voltou a ter gestão familiar quando Jorge Saraiva Neto reassumiu o cargo de diretor-presidente da companhia em novembro de 2014.

Desde então, a empresa passou por mudanças, entre elas a venda da Saraiva Educação para a Abril (hoje Somos Educação), em junho do ano passado, por R$ 725 milhões.

No primeiro trimestre, a empresa fechou perto do "zero a zero": teve lucro de R$ 266 mil, contra um prejuízo de R$ 9 milhões em igual período do ano passado. A receita da empresa somou R$ 505 milhões entre janeiro e março, alta de 1,2% em relação ao mesmo período de 2015. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A data da eleição para sucessão do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) à presidência da Câmara se transformou em uma queda de braço entre o presidente interino, Waldir Maranhão (PP-MA), e o Centrão, bloco formado por 13 partidos. Maranhão passou por cima da decisão do colégio de líderes e manteve a sessão para quinta-feira. Os partidos alinhados ao deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) querem sessão na terça-feira.

O imbróglio é de interpretação regimental. Maranhão e seus aliados dizem que o regimento dá ao presidente em exercício o poder de decidir data e hora do pleito e que o colégio de líderes só poderia se sobrepor ao presidente se ele não convocasse a sessão. "De acordo com o regimento e a Constituição, a presidência tem a prerrogativa de assim o fazer e faremos", disse Maranhão, após um bate-boca no gabinete com líderes partidários que queriam fazer valer a decisão do grupo. Sobrou até para o secretário-geral da Mesa, Silvio Avelino, que foi exonerado por autorizar a publicação no Diário da Câmara da decisão do colégio de líderes.

##RECOMENDA##

A manutenção da sessão na quinta-feira gerou revolta entre os que defendem a eleição antecipada. A avaliação é que ao manter a sessão para o fim da semana, Maranhão trabalha com a possibilidade de não ter quórum e assim deixar a sucessão na Casa para agosto, prolongando sua permanência no cargo. "Tentam levar a sessão para quinta-feira para que ela não aconteça", acusou o vice-líder do PMDB, Carlos Marun (MS).

Marun diz acreditar que há em curso uma manobra para que a eleição só aconteça depois do recesso parlamentar para prejudicar o governo Michel Temer, que tem pressa na análise de projetos. Ele aposta que a posição de Maranhão tem a influência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que se reuniu recentemente com o pepista. "É uma atitude nefasta e covarde", acusou o vice-líder do PMDB.

Maranhão, no entanto, não deu nenhum sinal de que poderá voltar atrás e mandou retirar do plenário as urnas que estavam sendo preparadas. No fim da noite, revogou formalmente a sessão de terça-feira definida pelos líderes, alegando que eles "usurpam a competência" da presidência.

Os líderes do Centrão, contudo, não desistiram de antecipar a votação e solicitaram uma reunião da Mesa Diretora da Casa para segunda-feira. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Crise, prazo apertado e falta de diálogo. São muitos os entraves que dificultam a realização da 5ª edição da Campus Party no Recife. O evento, que já faz parte do calendário de Pernambuco, pode não acontecer neste ano, deixando aproximadamente quatro mil campuseiros órfãos. Na tentativa de fazer a feira tecnológica ser confirmada a todo custo, alguns jovens criaram a campanha #QueremosCPRecife.

A ideia dos campuseiros é sensibilizar o Governo do Estado e a Prefeitura do Recife (PCR) para viabilizar o evento pela quinta vez consecutiva. A estudante Patrícia Moura, de 25 anos, é uma das jovens que encabeçam a campanha nas redes sociais com a hashtag #QueremosCPRecife.

##RECOMENDA##

“Participei da Campus Party no ano passado e me apaixonei pelo evento. Não podemos deixar de ter um evento como esse. A ideia é justamente trazer o zika vírus como tema principal nesse ano, reforçando a importância do evento em Pernambuco”, explica.

O criador da Campus Party, o espanhol Paco Ragageles, havia afirmado que o mês de fevereiro seria decisivo para que a feira tecnológica fosse viabilizada novamente no Recife. Ele chegou a revelar que a feira traria como tema a aplicação da ciência e tecnologia no combate às emergências epidemiológicas. 

Nas redes sociais, a campanha ganhou reforço do criador do blog Não Salvo, Mauricio Cid. “Muito chateado com a possibilidade de não ter Campus Party em Recife esse ano! Galera do Nordeste que vai em peso tem que pressionar! #QueremosCPRecife”, escreveu no Twitter.

Quem também apoia a causa é o deputado estadual Edilson Silva (PSOL). O parlamentar levou o tema à Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco (Alepe), lendo uma carta dos campuseiros que encabeçam a campanha em plenária. “A Campus Party é o mais importante evento de tecnologia do Brasil. É sempre um ganho muito grande hospedar durante uma semana no ano esse evento que discute inovação, entretenimento, ciência e que ajuda a fomentar em nossos jovens uma cultura digital”, ressalta.

Em reunião na sede do Governo de Pernambuco nesta quinta-feira (10), o parlamentar discutiu a realização do evento com o secretário-executivo de Relações Institucionais, André Campos. O objetivo, segundo Edilson Silva, é criar um diálogo entre o Governo do Estado, a Prefeitura do Recife e o Instituto Campus Party – responsável pela organização da feira tecnológica.

“A Campus Party Recife tem um custo de R$ 2,5 milhões. Precisamos que o poder público invista R$ 1,5 milhão no evento e que também ceda o Centro de Convenções de Pernambuco para a realização”, explica o deputado, que avaliou a reunião com o Governo do Estado como positiva.

“Avalio que o retorno que Pernambuco tem com a Campus Party torna o investimento necessário quase nulo”, complementa. Apesar dos diálogos, a realização da feira ainda é incerta. Um posicionamento oficial deverá ser dado na próxima terça-feira (15), quando o secretário André Campos terá uma nova reunião sobre o tema. Até lá, a dúvida será a única certeza dos campuseiros. 

Em 2015, o evento chegou a sua 4ª edição com recorde de público e foco em empreendedorismo, característica enraizada no campuseiro pernambucano. A feira tecnológica contou com mais de 250 atividades e 224 palestrantes, que foram responsáveis pelas mais de 300 horas de conteúdo.

A bancada do PP na Câmara não conseguiu eleger nessa quarta-feira (17) o líder do partido para este ano. Os parlamentares fizeram duas tentativas de votação, mas nenhum dos candidatos conseguiu a maioria de 21 votos para vencer a disputa. Uma nova eleição foi marcada para a próxima quarta-feira (24) para escola do sucessor do atual líder do PP, Eduardo da Fonte (PE).

Na primeira votação, três candidatos disputaram o cargo: Cacá Leão (BA), Aguinaldo Ribeiro (PB) e Esperidião Amin (SC). Leão conquistou 17 votos e Amin e Ribeiro levaram 11 votos cada um. A bancada decidiu como critério de desempate a idade dos candidatos. Com isso, coube a Esperidião Amin disputar o segundo turno com Cacá Leão.

##RECOMENDA##

Segundo o líder Eduardo da Fonte, na hora da votação em segundo turno, Amin renunciou à disputa e declarou apoio a Aguinaldo Ribeiro, que já tinha saído da disputa. Como as cédulas com os nomes de Leão e Amin já estavam prontas, o líder decidiu iniciar a votação com os nomes dos dois. Houve então muita revolta e desentendimento de parlamentares que apoiam Amin e Aguinaldo.

Nessa etapa, o deputado Cacá Leão conquistou 19 votos. Amin, que estava fora da disputa, conseguiu cinco votos e houve seis votos em branco. Diante dos incidentes da votação de hoje, o líder do partido decidiu convocar nova eleição para a semana que vem.

Segundo Eduardo da Fonte, os interessados no cargo poderão registrar suas candidaturas no gabinete da liderança até o meio-dia de quarta-feira (24) e a eleição deverá começar às 14h.

Governadores de todo o País estão insatisfeitos com o tratamento que vêm recebendo da presidente Dilma Rousseff. Eles argumentam que foram convocados a se posicionar contra o impeachment da petista, mas não tiveram nenhum dos seus pleitos atendidos até agora. Os mandatários dos Executivos estaduais voltam a se reunir nesta segunda-feira (1º). em Brasília, e devem aumentar o tom de crítica contra Dilma.

A gota d'água para azedar o relacionamento foi o fato de o governo federal ignorar o apelo feito pelos governantes para adiar o reajuste do piso salarial dos professores de janeiro para agosto. Quando soube do pleito, Dilma argumentou que, com a popularidade em baixa, não poderia arcar sozinha com o ônus de desapontar uma categoria tão importante e mobilizada. "Essa bomba não pode estourar no meu colo", disse a interlocutores.

##RECOMENDA##

Ela teria sugerido, então, que os governadores elaborassem uma carta com o pedido. O documento foi feito, mas, mesmo assim, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, anunciou um aumento de 11,36% para os professores. No dia do comunicado, o ministro disse que o Executivo estava apenas cumprindo a lei e sugeriu que cada governador deveria procurar as entidades que representam os docentes para negociar o pagamento de acordo com a realidade fiscal do Estado.

A decisão do Executivo pegou os governadores de surpresa, além de deixá-los alarmados, já que os Estados estão com grandes dificuldades financeiras e têm atrasado o pagamento de salário dos servidores públicos.

Os governadores também criticaram o fato de Dilma ter vetado um dos pontos da lei de repatriação de recursos mantidos no exterior que destinava o dinheiro arrecadado para socorrer Estados e municípios. Auxiliares da presidente argumentam que ela fez isso justamente pensando nos Estados, já que a ideia é criar um fundo constitucional para compensar os entes federativos por perdas de receita com a reforma do ICMS. O governo pretende unificar a alíquota em todo o País, mas só obterá apoio se esse fundo for criado.

Aliados de Dilma, porém, afirmam que a presidente já fez gestos importantes em relação aos governos estaduais. Lembram, por exemplo, que no fim do ano passado o governo editou decreto presidencial que regulamentava a mudança dos indexadores das dívidas dos Estados e município, um pleito antigo de prefeitos e governadores.

Em dezembro, após um encontro com o novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, os governantes decidiram que iriam realizar reuniões mensais para discutir propostas para amenizar os impactos da crise nas finanças estaduais. Nesta segunda-feira, eles voltam a se reunir em Brasília. O grupo pediu um novo encontro com Barbosa e deve conversar também com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Escalado por Dilma, o ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, almoçou na última quinta-feira com o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB). Ele levou a mensagem de que a presidente está disposta a dialogar e se esforçar para tender os pleitos dos governadores.

Na pauta das reivindicações, os mandatários estaduais consideram essencial que o governo federal faça um "exame" dos contratos para adequar "à realidade atual" as dívidas com a União e volte a autorizar operações de crédito pelos Estados.

"É muito importante a gente se unir em torno de uma pauta e que esse diálogo tenha consequências. A situação está ficando insustentável para alguns governadores. É preciso de ações concretas para resolver essa crise, porque senão alguns Estados vão entrar em colapso", afirma Rollemberg.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando