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A menos de oito meses do primeiro turno das eleições, o Senado se transformou em terreno minado para o governo. Com pautas paradas e um conflito cada vez maior entre senadores e o ministro da Economia, Paulo Guedes, o Palácio do Planalto enfrenta problemas para retomar a articulação política na Casa. Das 45 propostas apontadas pelo governo como prioritárias, e encaminhadas ao Congresso na semana passada, 11 tramitam no Senado e estão travadas.

É o caso, por exemplo, da reforma tributária, do pacote relacionado ao preço de combustíveis e da reforma do Imposto de Renda. Diante do debate sobre o preço dos combustíveis, o Senado apresentou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que foi apelidada por Guedes de "PEC Kamikaze" por promover ampla desoneração, além de subsídios fora das regras fiscais. Aliados do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), decidiram, então, expor o conflito com Guedes e devolveram o apelido de "kamikaze" para a gestão do titular da Economia.

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A avaliação desse grupo é a de que Guedes faz discurso de ajuste fiscal, mas sempre se rende às ideias do presidente Jair Bolsonaro, que quer abrir o cofre em sua campanha pela reeleição. A pressão do Planalto para que governadores reduzam a cobrança do ICMS, imposto arrecadado pelos Estados, também incomoda o Senado.

"Estou fazendo meu papel pela inércia do ministro da Economia. Ele falou que a proposta é 'kamikaze', mas não apresentou uma solução", disse Carlos Fávaro (PSD-MT), autor da PEC que prevê a redução de impostos incidentes sobre os combustíveis. O senador Alexandre Silveira (PSD-MG), apontado como o "número 2" de Pacheco, foi na mesma linha. "Guedes é tão inábil que constrói instabilidade", criticou Silveira, que foi convidado para assumir a liderança do governo, mas recusou.

Prejuízo

Desde dezembro, Bolsonaro não tem líder para articular votações no Senado. Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) deixou o cargo após ser derrotado na disputa para ocupar uma vaga no Tribunal de Contas da União (TCU). O senador se sentiu abandonado pelo governo. Depois disso, parlamentares cortejados para o cargo têm resistido a aceitar a função por temer prejuízo político com a queda de popularidade de Bolsonaro.

"É importante que o governo decida o líder no Senado para que possa dialogar com a presidência e as demais lideranças", disse Pacheco, que, nos próximos dias, deve desistir de lançar a pré-candidatura à sucessão de Bolsonaro.

O líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO), acumula a função informalmente, com a ajuda do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do presidente, e do colega Carlos Viana (PSD-MG), vice-líder. Mesmo assim, projetos como o da regularização fundiária e o da flexibilização do porte de armas, classificados como prioritários por Bolsonaro, não andaram. "Não tem muito drama, não. É preciso ver os temas que serão discutidos, por causa da característica deste ano, que é eleitoral", afirmou Gomes.

Não são poucos os senadores que duvidam do empenho de Bolsonaro e da equipe econômica em promover mudanças tributárias, assim como a reforma do Imposto de Renda e a privatização dos Correios, propostas que constam da portaria publicada pelo governo. "Se o Senado aprovar a reforma tributária, a Câmara aprova. A Câmara é mais reformista que o Senado", ironizou o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (Progressistas-PR).

Todo mundo já deve ter ouvido falar que um tubarão não pode parar de se movimentar, senão ele morre. Essa informação não é totalmente verídica, pois o animal não depende exclusivamente do movimento para respirar. É possível, no entanto, usá-la como alegoria para a vida: não há progresso, evolução e sucesso sem movimento. Letargia e zona de conforto são extremamente nocivas a vidas e carreiras.

Inércia leva à inação, que, por sua vez, é o caminho do fracasso. E aqui podemos entender a inércia não apenas como ficar parado, mas também como “seguir o fluxo”, num movimento uniforme e sem variações que nada acrescenta a sua caminhada. A vida só oferece desenvolvimento e prosperidade a quem não se limita a fazer mais do mesmo e, principalmente, quem tem atitude, que corre atrás, que faz acontecer. Conforme asseverou Albert Einstein, não se pode esperar resultados diferentes fazendo tudo exatamente igual. Esse “fazer tudo exatamente igual” é a inércia de que falo. Ficar parado ou seguir a corrente nunca levará ninguém ao topo, isso podemos concordar.

É bem verdade que, em determinadas situações, pode ser difícil romper a inércia inicial e iniciar um movimento de transformação, seja pessoal ou profissional. Nesses momentos, acredito que uma análise reflexiva aprofundada mostra o único caminho: quebrar esse status quo de marasmo. O medo pode nos paralisar momentaneamente, sim, mas não pode ser maior do que a vontade de ser melhor, de fazer e conquistar mais – e não me refiro aqui a ganância, mas ao desejo honesto de crescimento.

Todo propósito de vida, quando bem definido, mostra caminhos, estratégia e táticas para sua realização. Traçar esse panorama é algo que ajuda a quebrar a inércia. Ao definir um objetivo, é preciso se preparar para cumpri-lo. Essa preparação passa por planejamento e estudo – planejar a rota a ser trilhada e estudar para obter o conhecimento necessário para tal. E que fique claro: o primeiro passo, certamente, será o mais difícil. Justamente o responsável por tirar da inércia. Depois dele, no entanto, tudo vai se tornando, paulatinamente, mais fácil e confortável, à medida que se aprende como lidar com as situações.

O músico pernambucano Chico Science escreveu: “Um passo à frente e você não está mais no mesmo lugar”. Essa saída do lugar é um dos movimentos mais importantes que uma pessoa pode realizar na vida. Indica o real desejo de transformação, de busca de algo mais. O importante é não ficar parado. Assim como o “mito” dos tubarões, nós também não fomos feitos para a letargia. Há que evitá-la a todo custo.

Quem pretende ter boa pontuação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) certamente deve dedicar imersão nas disciplinas cobradas durante o ensino básico. Entre elas, está a física. Presente no caderno de Ciências da Natureza e suas Tecnologias, a área tem, entre os assuntos de maior recorrência, o tema 'inércia'. 

Parte da explicação da Primeira Lei de Newton, a inércia é o assunto que trata da propriedade geral da matéria e da resistência dos corpos em relação às forças externas. Um exemplo da inércia que está inserido no dia a dia de milhões de brasileiros é o porquê de as pessoas "perderem o equilíbrio" quando estão em pé em um ônibus e ele freia. 

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Para explicar o tema, trouxemos o professor Carlos Júnior. Confira a seguir o vídeo com a explicação sobre um dos assuntos mais cobrados em física no Enem:

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Com a proposta de abrigar salas de exposição temporária, auditório para 280 pessoas, salas para oficinas e cursos, restaurante, café e outros espaços de convivência, o Módulo 2 do Museu Cais do Sertão, localizado na área central do Recife, com previsão de entrega para o final do 2014, segue sem prazo para a conclusão de suas obras.

Inicialmente, a data prevista para o lançamento do equipamento cultural deveria ter sido durante as festividades juninas de 2012. A obra, no entanto, foi adiada para o centenário do Rei do Baião, Luiz Gonzaga, em dezembro de 2012 e depois para o aniversário de 101 anos do músico no ano de 2013. Com atrasos e embargos burocráticos, desde a assinatura da ordem para o início da construção do espaço em dezembro de 2010, o Cais do Sertão foi lançado em 3 de abril de 2014. Mas apenas o Módulo 1 da obra foi concluído e inaugurado.

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O Museu é um equipamento cultural do Governo do Estado que busca preservar e divulgar a cultura nordestina, através da exposições de vídeos, fotografias, objetos e plataformas interativas. O espaço foi avaliado inicialmente em R$ 26 milhões, porém o equipamento acabou custando aos cofres públicos R$ 97 milhões, com recursos do Ministério da Cultura e do Governo de Pernambuco.

Primeira parte do Museu Cais do Sertão é inaugurada

Na época da inauguração, o então secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Márcio Stefanni, justificou o aumento da verba para a finalização das obras. "A gente imaginou no começo das obras que apenas a parte física, sem o conteúdo, custaria R$ 26 milhões. Mas diante das adversidades que foram surgindo com o tempo, como a interdição do IPHAN e a aproximação com o mar, entre outras coisas, a obra passou a custar R$ 97 milhões", explicou.

Ainda na inauguração do Módulo 1, Stefanni afirmou que até o fim de 2014 o Módulo 2 do Cais do Sertão deveria ser inaugurado. O novo espaço é um prédio com 5,5 mil m² e de 56 metros de extensão. Porém, em janeiro de 2015, o espaço ainda não foi inaugurado e em uma visita, a reportagem do Portal LeiaJá constatou que não havia movimentação de funcionários trabalhando no local, com exceção de um segurança.

"A Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco informa que as obras de conclusão do Módulo 2 do Cais do Sertão, sob a responsabilidade do Porto do Recife, estão em processo de redefinição de fontes de financiamento. No entanto, a previsão é de que sejam concluídas em 2015. No momento, estão sendo finalizadas as obras físicas enquanto é viabilizado o início das instalações hidráulicas, elétrica e de equipamentos. O módulo 2 do Cais do Sertão abrigará salas para exposições temporárias, auditório para 280 pessoas, salas para oficinas e cursos, restaurante, café e outros espaços de convivência."

Responsável pelas obras de conclusão do Módulo 2 do Cais do Sertão, o Porto do Recife, através de sua assessoria de comunicação, informou que o atual presidente da empresa, Olavo de Andrade Lima Neto, teria assumido o cargo há pouco tempo e não estaria hábil a esclarecer informações sobre a conclusão das obras do módulo 2 do Cais do Sertão.

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