Tópicos | Innocence of Muslims

Autoridades do governo iraniano afirmaram nesta segunda-feira (1°) que o serviço de e-mail do Google voltará a ter permissão de funcionar no país. O Irã detêm um dos maiores filtros para internet do mundo, bloqueando acessos para dezenas de milhares de sites considerados criminosos ou imorais pelo país.

O bloqueio do Gmail no país causou queixas no Parlamento. "O conselho sobre filtro de internet comunicou sua ordem ao ministro das Telecomunicações, considerando a suspensão do banimento ao serviço Gmail", disse Mohammad Reza Aghamiri, um dos membros do comitê, à agência de notícias Mehr.

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Iranianos contatados por agências locais afirmaram que podiam acessar sua conta de e-mail na noite do domingo (30). Segundo as agências do país, o bloqueio do serviço estava ligado ao vídeo anti-Irã postado no Youtube e que causou indignação no povo muçulmano.

O Youtube continua bloqueado no país, porém habitantes têm contornado essa imposição utilizando uma "rede privada virtual" (VPN, na sigla em inglês), software que faz os computadores aparecerem como localizados em outros países.

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu ontem (25) liminar  à União Nacional das Entidades Islâmicas (UNI) determinando  a retirada de vídeos que contenham cenas do filme Inocência dos Muçulmanos do Youtube. O filme gerou uma série de ataques em vários países contra representações diplomáticas norte-americanas e de seus aliados por ser considerado pelos muçulmanos como anti-Islã.

Em um dos ataques, em Benghazi, na Líbia, o embaixador norte-americano Chris Stevens e mais três funcionários foram mortos.

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O juiz da 25ª Vara Cível deu até dez dias para o Youtube retirar os trechos do filme do ar. Do contrário, o site terá de pagar multa de R$ 10 mil por dia por descumprimento da decisão liminar.

O pedido contra a Google Brasil Internet, proprietária do site, foi encaminhado à Justiça pela União Nacional das Entidades Islâmicas (UNI). O juiz indeferiu, porém, um segundo pedido da UNI para impedir futuras publicações desses vídeos. Na decisão, o juiz diz que “apesar de não ser possível determinar à ré que, na prática, controle previamente todos os arquivos que são enviados para armazenamento em sua base de dados, nada impede que a UNI, munida das informações necessárias, informe ao juízo tal reinserção, que por sua vez  poderá, em extensão aos efeitos da tutela já antecipada, determinar sua retirada, abrindo novo prazo para a ré cumprir tal obrigação”.

Nessa quarta-feira (26), o Google afirmou que não irá retirar o trailer do filme do YouTube por conta de decisões judiciais.

A companhia informou a imprensa que irá recorrer das decisões e não é responsável pelo conteúdo publicado por usuários no Youtube. "O Google está recorrendo da decisão que determinou a remoção do vídeo do YouTube porque, em sendo uma plataforma, o Google não é responsável pelo conteúdo postado em seu site."

(Com informações da Agência Brasil)

 

O governo iraniano declarou, através de anúncio feito pela TV estatal neste domingo (23), que irá bloquear o acesso ao Google e ao Gmail. Para impedir que os moradores do país utilizem esses serviços, o país pretende conectar os internautas a uma rede doméstica de Internet, melhorarando a segurança virtual.

O vice-ministro do país, identificado apenas pelo sobrenome Khoramabadi, disse que "o Google e o Gmail serão filtrados em todo o país até nova ordem", não entrando em maiores detalhes.

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A agência de notícias dos estudantes iranianos (ISNA) afirma que a proibição do Google no país está relacionada ao filme anti-islâmico postado no Youtube e que escandalizou a comunidade muçulmana, com diversos protestos ao redor do planeta - inclusive com algumas mortes.

Não houve confirmação oficial se o barramento dos serviços do Google está relacionado ao vídeo. Segundo a agência Reuters, muitos iranianos temem que essa nova rede possa ser utilizada para controlar ainda mais o acesso à web pelos habitantes do país.

O Irã possui um dos maiores filtros de Internet do mundo, claramente para evitar que cidadãos comuns acessem sites classificados pelo governo como "ofensivos" ou "criminosos". Porém, entre os iranianos, a razão do bloqueio a sites como o Facebook e o YouTube deve-se ao uso dessas páginas em protestos anti-governo, após a polêmica reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad, em 2009. A mudança também seria uma resposta ao Stuxnet, vírus que infectou usinas nucleares iranianas, e que segundo o governo, fazem parte de um plano dos EUA e Israel.

Alguns iranianos já estão acostumados a driblar o filtro do governo utilizando o software de rede privada virtual (VPN), que faz com que o computador apareça como se estivesse em outro país. Autoridades do país falam a muito tempo sobre criar um sistema de internet do Irã que seria isolado de todo o resto da internet mundial.

Segundo a mídia do país, o sistema doméstico seria totalmente implantado até março de 2013, porém não ficou claro se o acesso à rede mundial de computadores será cortado assim que o sistema seja lançado.

O primeiro-ministro do Paquistão, Raja Pervez Ashraf, ordenou a suspensão do Youtube no País nessa segunda-feira (17). A medida foi tomada depois da companhia americana se negar a retirar o vídeo “Inocência dos Muçulmanos” (Innocence of Muslims) do site de vídeos. O vídeo, atribuído ao cristão copta egípcio-americano Nakoula Basseley Nakoula, retrata o profeta Maomé como um pedófilo assassino e vem gerando uma onda de manifestações antiamericanas de grandes proporções em países muçulmanos.

O governo paquistanês suspendeu o serviço de vídeos da internet, algumas horas após policiais entrarem em conflito com manifestantes que se dirigiam ao consulado americano no país. Um grupo de cerca de cem pessoas atirou pedras contra os policiais, que atiraram balas ao ar para dispersá-las. Segundo o escritório do primeiro-ministro Pervez Ashraf, “o material blasfemo não será tolerado e os serviços do YouTube permanecerão suspensos até sua retirada”.

Censura

Mesmo não tendo retirado o acesso ao vídeo no Paquistão, o Google tomou essa atitude em países como Egito e Líbia. A ação não é comum na empresa, que geralmente só suspende conteúdos mediante a ordem judiciais ou violações dos termos de serviço. Segundo a Eletronic Frontier Foundation (EFF), organização que luta pela liberdade na internet, afirmou que a autocensura no site de vídeos do Google poderia ser um primeiro passo de uma autocensura do Youtube.

A opção do Youtube pode ser apontada como um possível desenrolar de um pedido do governo americano para que revisasse o vídeo para se assegurar de que ele está “de acordo com os seus termos de serviço”, no que analistas encararam como uma forma de pressão. Muitos órgãos americanos no exterior têm sido visados por manifestantes contrários ao vídeo. Além de atritos em países como Paquistão, Afeganistão e Iêmen, o embaixador Jay Christopher Stevens e mais quatro diplomatas americanos foram mortos num ataque a tiros e granadas no dia 13, em Benghazi, na Líbia. Em um ataque à embaixada americana na Tunísia, na última sexta-feira (14), dois morreram e 29 ficaram feridos.

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