O diretor corporativo da Petrobras, José Eduardo Dutra, disse nesta terça-feira (15) que a Petrobras não pode sofrer tentativas de desqualificação por possíveis erros ou irregularidades e atribuiu ataques à companhia ao ano eleitoral. "Chegou a eleição, botam de novo a Petrobras na ciranda", disse na solenidade de entrega do Prêmio Petrobras de Esporte Educacional, na sede da companhia.
De acordo com Dutra, a Petrobras está sujeita a problemas, como qualquer instituição humana. "Em primeiro lugar, a Petrobras, como qualquer grande empresa e como qualquer organismo ou instituição humana, não é imune a possíveis erros ou irregularidades. Agora, não se pode usar disso para tentativas de desqualificação da companhia. Isso é um desrespeito e uma ofensa a milhares de empregados e empregadas da Petrobras, competentes, capazes, dedicados e que trabalham para a melhoria da empresa e a melhoria do Brasil".
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O diretor da estatal entrou no assunto ao explicar porque estava substituindo a presidenta da companhia, Graça Foster: "A nossa presidenta estaria aqui, mas, como vocês devem saber, ela está neste momento na Comissão de Economia do Senado, dando depoimento em um momento que não é novidade para a Petrobras. Se for ver, em 2010, também teve CPI da Petrobras, e, aliás, com os mesmos assuntos: (Refinaria de) Pasadena, Rnest (Refinaria Abreu Lima), patrocínio".
Sem mencionar explicitamente quem estaria por trás dessas tentativas que apontou, Dutra criticou: "Nós não aceitamos é que os ataques venham particularmente de setores que, por exemplo, quiseram mudar o nome da empresa, tirar o 'Bras', que significa Brasil, para botar um 'Brax', dizendo que o 'x' significava eficiência, competitividade etc. Mas, como já dizia o [jornalista] Ibrahim Sued, há um tempo atrás, os cães ladram, e a caravana passa. A Petrobras, que sempre enfrentou todos os desafios, desconfianças e ataques, desde a sua criação, há 60 anos, vai continuar sendo essa empresa que é orgulho para seus empregados e para todo o povo brasileiro".
Dutra chegou a ocupar o cargo de presidente da Petrobras no governo do ex-presidente Luíz Inácio Lula da Silva, entre 2003 e 2005, e também presidiu a Petrobras Distribuidora, no segundo mandato de Lula. Entre 2010 e 2011, ele foi presidente do PT.