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O governador Paulo Câmara (PSB) encerrou o ano de 2017 com o percentual de despesa direcionada para o pagamento dos servidores estaduais quase no limite máximo previsto pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). De acordo com o balanço do bimestre (novembro/dezembro) publicado no Diário Oficial do Estado, nesta terça-feira (30), o gasto com pessoal atingiu 48,97% da Receita Corrente Líquida (RCL) que teve um total de 21,5 bilhões. 

Segundo a LRF, o limite máximo é de 49% do valor da receita. Caso nos próximos bimestres a gestão fiscal chegue ao percentual estipulado, o Estado ficará proibido de realizar novas operações de crédito e será obrigado a cortar 20% dos cargos comissionados e de confiança. 

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Pernambuco, segundo a legislação, já está enquadrado no limite prudencial, quando ultrapassa o uso de 46,55% da Receita Corrente Líquida. O que já impede a administração de conceder reajustes, criar novos cargos, alterar estrutura de carreira, fazer contratações de hora extra, entre outros. Ainda de acordo com o balancete financeiro, o déficit estadual é de 972.9 milhões. 

Um alerta foi enviado aos 184 municípios de Pernambuco informando que está proibido a realização de concursos públicos até o fim de 2016, ano de eleições para prefeito e vereador. O parágrafo único do artigo 21 da Lei de Responsabilidade Fiscal veda o aumento de despesa com pessoal nos últimos seis meses do mandato do prefeito. De acordo com o alerta, aprovado pelo Pleno do TCE na quinta-feira (21), as prefeituras também devem suspender os certames em andamento.

O alerta informa que até mesmo as prefeituras que estiverem enquadradas do ponto de vista da gestão fiscal só poderão abrir e homologar a seleção pública ou nomear os aprovados a partir de janeiro de 2017. De acordo com a norma, os municípios poderão comprometer, no máximo, 54% de sua receita corrente líquida com a folha de pessoal. A justificativa da maioria das prefeituras para extrapolar essa barreira, de acordo com o TCE, é queda do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). O presidente do Tribunal, conselheiro Carlos Porto, explica que trata-se de uma exigência prevista no parágrafo único do artigo 21 da Lei de Responsabilidade Fiscal.

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Atualmente, 128 cidades do estado ultrapassam essa norma e gastam com servidores mais de 54% das receitas líquidas correntes.

A assessoria de comunicação do Tribunal de Contas informou que a Coordenadoria de Controle Externo acompanhará o cumprimento do alerta. Ele será obrigatoriamente analisado nas contas de 2016. As penalidades para quem descumprir o limite são a possível rejeição das contas pelo TCE e a aplicação de multas ao gestor.

Mais informações em http://www.tce.pe.gov.br/internet/docs/tce/alerta_tce_.pdf 

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Com as principais lideranças da oposição em pré-campanha e ausentes na sessão da Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o secretário da Fazenda, Marcelo Barros, apresentou, sem questionamentos, o balanço do primeiro quadrimestre de 2016. De acordo com os dados, expostos nessa terça-feira (31), o estado arrecadou R$ 9,6 bilhões nos primeiros meses deste ano, R$ 287,3 milhões a mais que o mesmo período de 2015. O crescimento total foi de 3,1%, mas ficou abaixo da inflação. 

Segundo o relatório, o caixa teve uma redução de 1,9% na arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) e de 4,2% nos repasses do Fundo de Participação dos Estados (FPE). Ao confrontar os dados comparativos entre os quadrimestres de 2015 e 2016, Marcelo Barros mostrou que houve, ainda, uma elevação de 18,7% nas despesas com pessoal, que passaram de R$ 4,1 bilhões para R$ 4,9 bilhões. 

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Com isso, a despesa líquida do Poder Executivo com pessoal ficou em 47,1%, percentual acima do limite prudencial determinado pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) que é de 46,55%, mas está abaixo do limite máximo (49%).

Os investimentos, por sua vez, tiveram um crescimento de 15,3%, chegando a R$ 369,7 milhões, enquanto a despesa com a dívida cresceu 9,5%, passando de R$ 426,1 milhões para R$ 466,4 milhões. No primeiro quadrimestre de 2016, a Dívida Consolidada Líquida foi de 57,6% da Receita Corrente Líquida, contra 54% do igual período de 2015. O resultado primário – decorrente da diferença entre receitas e despesas – registrou um superávit de R$ 619,6 milhões no segundo bimestre, 51% menor do que no mesmo período do ano anterior.

“A despeito da contração na base econômica, o equilíbrio fiscal continua. O Estado vem reduzindo despesas de custeio e adotando investimentos como medidas anticíclicas para minimizar os efeitos da crise”, argumentou o novo secretário, que esteve na Alepe acompanhado pelo secretário de Planejamento e Gestão, Márcio Stefanni.

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