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Com as principais lideranças da oposição em pré-campanha e ausentes na sessão da Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o secretário da Fazenda, Marcelo Barros, apresentou, sem questionamentos, o balanço do primeiro quadrimestre de 2016. De acordo com os dados, expostos nessa terça-feira (31), o estado arrecadou R$ 9,6 bilhões nos primeiros meses deste ano, R$ 287,3 milhões a mais que o mesmo período de 2015. O crescimento total foi de 3,1%, mas ficou abaixo da inflação. 

Segundo o relatório, o caixa teve uma redução de 1,9% na arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) e de 4,2% nos repasses do Fundo de Participação dos Estados (FPE). Ao confrontar os dados comparativos entre os quadrimestres de 2015 e 2016, Marcelo Barros mostrou que houve, ainda, uma elevação de 18,7% nas despesas com pessoal, que passaram de R$ 4,1 bilhões para R$ 4,9 bilhões. 

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Com isso, a despesa líquida do Poder Executivo com pessoal ficou em 47,1%, percentual acima do limite prudencial determinado pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) que é de 46,55%, mas está abaixo do limite máximo (49%).

Os investimentos, por sua vez, tiveram um crescimento de 15,3%, chegando a R$ 369,7 milhões, enquanto a despesa com a dívida cresceu 9,5%, passando de R$ 426,1 milhões para R$ 466,4 milhões. No primeiro quadrimestre de 2016, a Dívida Consolidada Líquida foi de 57,6% da Receita Corrente Líquida, contra 54% do igual período de 2015. O resultado primário – decorrente da diferença entre receitas e despesas – registrou um superávit de R$ 619,6 milhões no segundo bimestre, 51% menor do que no mesmo período do ano anterior.

“A despeito da contração na base econômica, o equilíbrio fiscal continua. O Estado vem reduzindo despesas de custeio e adotando investimentos como medidas anticíclicas para minimizar os efeitos da crise”, argumentou o novo secretário, que esteve na Alepe acompanhado pelo secretário de Planejamento e Gestão, Márcio Stefanni.

O secretário estadual da Fazenda, Márcio Stefanni, detalhou, nesta quarta-feira (3), a situação do quadro financeiro de Pernambuco na Assembleia Legislativa (Alepe). Com o balanço do quadrimestre em mãos, o gestor reconheceu as dificuldades atuais para o crescimento e investimentos no estado. Até agora, segundo Stefanni, foram investidos R$ 320 milhões. A meta estipulada pela Lei Orçamentária Anual é de R$1 bilhão. O que, para o secretário, deve acontecer, mas com “muita dificuldade”. 

“Acreditamos que o Estado crescerá mais do que a União e o que o Nordeste, como nos últimos anos. No entanto é bom ressaltar a dificuldade de traçar cenários uma vez que a todo o momento é mudado”, constatou. “O balanço é real, sem maquiagem ou pedaladas. Podemos não ficar tranquilos, mas olhamos o caixa todos os dias”, argumentou. 

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O que reforça a perspectiva incerta, sob a ótica do secretário, é a oscilação da economia local. “Em janeiro e fevereiro crescemos próximo da inflação, em março caímos, voltamos a crescer em abril e em maio caímos novamente. O que nós temos é total incerteza do futuro”, disse. 

Segundo o balanço, a receita estadual cresceu menos do que a inflação. Em 2014 o montante durante o primeiro quadrimestre chegou a R$ 8,9 bilhões, este ano não ultrapassou os R$ 9,2 bilhões. Se comparado um ano ao outro, o crescimento é de 3,43%. O percentual fica abaixo da inflação prevista para 2015 que é de 8%. 

Outro dado em alerta na economia estadual é o limite de despesa com o pessoal. A gestão atingiu a casa dos 47,23%, quando o mínimo é de 46,55%. Com o número a administração ficou impedida de conceder aumentos a qualquer categoria de servidores.  

“Vamos cumprir o que diz a Lei de Responsabilidade Fiscal, mas este é o cenário do primeiro quadrimestre. Vamos esperar os próximos para definir o aumento (no salário) dos servidores para um futuro”, explicou o secretário.

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Durante o detalhamento da economia estadual no quadrimestre, o secretário foi indagado por várias vezes pelos deputados estaduais. Questionado pela deputada Priscila Krause (DEM) sobre quais as medidas emergenciais do estado para reduzir os custos e aumentar as receitas, o secretário pontuou o monitoramento do Plano de Contingenciamento do Governo (PCG) e obervou que o “ritmo da máquina tende a acelerar”. “Temos reuniões semanais para observar as despesas. Alguns itens já conseguimos reverter (passagens internacionais) outros ainda não (energia elétrica)”, destrinchou. 

Quanto à possibilidade de se rever as metas do Plano, que atualmente visa reduzir os custos em R$ 320 milhões, Stefani não descartou. “Estamos acompanhando diariamente. Não identificamos tendência ainda em Pernambuco. Temos que tentar preservar a qualidade do serviço e manter em dia o seus compromissos para atravessar o ano de 2015”, disse. “Pode chegar a R$ 600 milhões sim, mas esperamos a ordem do governador”, sinalizou. 

Respondendo a indagação do deputado Lucas Ramos (PSB) sobre um possível descumprimento do calendário atual de pagamento dos servidores, o secretário garantiu que o Estado cumprirá com os compromissos assumidos. “A cada mês fazemos uma provisão. Acreditamos que vamos honrar com o 13° sim. Temos observado estados já inadimplentes com a folha de pagamento, mas não rumamos para isso”, disse.

Cobranças federais

Os deputados estaduais que compõem a base governista aproveitaram a apresentação do balanço quadrimestral para disparar contra o Governo Federal quanto à liberação do Plano Anual de Financiamento (PAF) 2015, ainda não autorizado pela União. 

“Se alguém conhecer um líder influente em Brasília peça para liberar os estados para pegar seus empréstimos. Os estados vão pagar. E pedir também, se alguém conhece pessoas influentes em Brasília, para que permita que Pernambuco entre nos planos de concessões”, ironizou o líder da bancada do governo, Waldemar Borges (PSB). “Pernambuco vive um crise que não foi criada por Pernambuco. O bolo maior está em Brasília”, corroborou o deputado Aluísio Lessa (PSB). 

Os dados do balanço do primeiro quadrimestre do Governo de Pernambuco publicados recentemente no Diário do Estado serão apresentados na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), nesta quarta-feira (3). O resultado será exibido pelo secretário da Fazenda, Márcio Stefanni, à Comissão de Finanças, Orçamento e Tributação, no auditório da Casa Legislativa, às 11h. 

Apesar de ser presidida por um socialista, o deputado Clodoaldo Magalhães, o líder da bancada oposição na Casa Legislativa, Sílvio Costa Filho (PTB) também integra a Comissão de Finanças, Orçamento e Tributação. Inclusive, ele que solicitou a ida de secretário à Alepe desde o dia 20 de maio, mas, alegando incompatibilidade de agenda, Stefanni prestará os esclarecimentos apenas nesta quarta. 

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Informações constadas no balanço colocam Pernambuco numa situação economicamente difícil. Segundo os números, o governador Paulo Câmara (PSB) ultrapassou o limite estipulado pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) para o gasto com pessoal. A despesa não deveria ultrapassar os 46,55% da folha, no entanto atingiu a casa dos 47,23% e esse deve ser um dos assuntos criticas pela oposição amanhã. 

De acordo com a assessoria de imprensa de Sílvio Costa, baseado na LRF, Márcio Stefanni teria até 30 de maio para prestar esclarecimentos das finanças referentes ao primeiro quadrimestre, assim como, tem até 30 de setembro para exibir informações do segundo.

Após se unir com a bancada da oposição da Câmara de Vereadores do Recife, os deputados oponentes ao Governo do Estado estão de olho no balanço do primeiro quadrimestre do governo Paulo Câmara (PSB) para poder fazer cobranças e fiscalizar a atuação do socialista. Segundo o líder da oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Sílvio Costa Filho (PTB), além dos parlamentares, segmentos da sociedade e o Tribunal de Contas do Estado (TCE) também esperam pelos dados.

De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o Poder Executivo Estadual tem até o próximo dia 30 de maio para enviar o balanço. “Estamos aguardando o fechamento do quadrimestre até o dia 30. A partir daí a gente vai avançar em alguns pontos”, revelou o petebista ao Portal LeiaJá

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Para Sílvio Costa, o anseio pelas informações do balanço não é apenas dos parlamentares. “Não só a bancada de oposição espera, mas o TCE, os professores e servidores da educação, saúde e da segurança pública”, detalhou. 

O setor calçadista faturou US$ 368,6 milhões entre janeiro e abril deste ano, o que representa uma queda de 18% na comparação com o mesmo período de 2011. A informação foi divulgada nesta quinta-feira pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados).

Conforme o Relatório da Indústria de Calçados do Brasil/2012, em volume de pares exportados houve um recuo de 1,3% no primeiro quadrimestre. Ao todo, foram embarcados 40,2 milhões de pares, contra 40,7 milhões em igual intervalo do ano passado. A Abicalçados projeta um crescimento de 3,4% em volume de pares em todo o ano de 2012 e de 4,5% em valores.

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