Tópicos | Mariano Rajoy

Já estão reunidos o presidente Michel Temer e o primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, que chegou pouco depois das 10h ao Palácio do Planalto. Em nove anos, é a primeira visita de um chefe de governo espanhol ao Brasil. Na Espanha, o chefe de Estado é o rei (Filipe VI). Eleito pelos deputados, o presidente é o chefe de governo, e exerce papel similar ao de primeiro-ministro.

Temer e Rajoy terão um encontro privado e, em seguida, participarão de reunião ampliada com a presença de ministros dos dois países e empresários espanhóis. Entre outros assuntos, estão na pauta da reunião temas como a cooperação bilateral e as negociações Mercosul-União Europeia.

##RECOMENDA##

A expectativa é de que os países façam uma declaração conjunta de cooperação ao desenvolvimento e que sejam assinados memorandos de entendimento para a cooperação nas áreas de recursos hídricos, de cooperação econômica e comercial, de infraestrutura e de transportes. Também deverá ser assinado um acordo de cooperação entre as escolas diplomáticas dos dois países.

O acordo na área de recursos hídricos prevê atividades como a revitalização da Bacia do São Francisco e o compartilhamento de experiências de conservação de recursos naturais, desenvolvidas pela Itaipu Binacional

O memorando de infraestrutura e transporte estabelece possibilidades de cooperações visando o controle de qualidade na construção de estradas, gestão de transporte rodoviário, tecnologias a serem aplicadas no setor ferroviário, e a modernização de marcos regulatórios relativos a portos e transporte aéreo.

A declaração conjunta sobre cooperação para o desenvolvimento dará continuidade à colaboração bilateral entre Brasil e Espanha em áreas como energias renováveis, igualdade racial e melhoria da qualidade de vida de famílias vulneráveis no Semiárido.

Com investimentos que crescem a cada ano, o Brasil e a Espanha são grandes parceiros no comércio exterior. Em 2016, o volume de trocas somou US$ 5,2 bilhões. Só nos primeiros três meses deste ano, a Espanha injetou US$ 819,4 milhões na economia brasileira.

Os recursos foram aplicadas principalmente na aquisição de produtos minerais e vegetais, com destaque para a soja. O Brasil, por sua vez, importou US$ 639 bilhões em produtos espanhóis, notadamente na área petroquímica. A Espanha é atualmente um dos principais investidores no Brasil.

O presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, nomeou como ministro das Relações Exteriores Alfonso Dastis, atual representante permanente na UE, dentro de um executivo conservador formado por 13 ministérios em que há seis caras novas, segundo o anúncio oficial feito nesta quinta-feira.

Abaixo, os 13 ministros de sua equipe, que governará com minoria no Parlamento:

Vice-presidente, ministra da Presidência e ministra para as Administrações Territoriais: Soraya Sáenz de Santamaría, advogada do Estado, 45 anos

Ministro das Relações Exteriores e Cooperação: Alfonso Dastis Quecedo, diplomata, 61 anos, recém nomeado

Ministro da Justiça: Rafael Catalá Polo, jurista, 55 anos

Ministra da Defesa: María Dolores de Cospedal García, abogada del Estado, 50 años, recém nomeado

Ministro da Fazenda e Função pública: Cristóbal Montoro Romero, economista, 66 anos

Ministro do Interior: Juan Ignacio Zoido Álvarez, juiz, 59 anos, recém nomeado

Ministro do Fomento: Íñigo de la Serna Hernáiz, engenheiro hidráulico, 45 anos, recém nomeado

Ministro da Educação, Cultura e Esporte e porta-voz do Governo: Íñigo Méndez de Vigo y Montojo, advogado e professor de direito, 60 anos

Ministra do Trabalho e da Previdência Social: Fátima Báñez García, jurista, 49 anos

Ministro da Energia, Turismo e Agenda Digital: Álvaro Nadal Belda, economista, 46 anos, recém nomeado

Ministra da Agricultura, da Pesca, da Alimentação e do Meio Ambiente: Isabel García Tejerina, engenheira agrônoma, 48 anos

Ministro da Economia, Indústria e Concorrência: Luis de Guindos Jurado, economista, 56 anos

Ministra da Saúde, Serviços Sociais e Igualdade: Dolors Montserrat Montserrat, advogada, 43 anos, recém nomeada.

O partido Socialista espanhol, de oposição, pediu a renúncia do primeiro-ministro Mariano Rajoy, em meio a acusações de corrupção que envolvem vários líderes políticos importantes, dentre eles o próprio premiê.

Durante uma coletiva de imprensa neste domingo, o líder do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), Alfredo Pérez Rubalcaba, disse que as acusações estavam tornando difícil para Rajoy manter suas funções como primeiro-ministro, num período de crise política.

##RECOMENDA##

"Rajoy não pode governar o país num período delicado como este. Tê-lo no comando do governo não vai permitir que a Espanha supere sua crise política", disse ele, acrescentando que o premiê deveria "deixar o cargo para alguém que possa restaurar a credibilidade do país".

A resposta dos socialistas ocorreu 24 horas depois de Rajoy ter negado enfaticamente, num discurso pela televisão, o recebimento de recursos não declarados e afirmado que vai publicar suas declarações de imposto de renda e prestar conta de seus bens.

No sábado, Rajoy convocou uma reunião de emergência dos líderes do partido para responder às acusações sobre pagamentos secretos para sua legenda, o Partido Popular (PP). Dois dias antes, o principal jornal espanhol, o El País, informou que ele e vários outros líderes do partido receberam, entre 1997 e 2008, pagamentos regulares e não declarados de um sistema de contabilidade secreto comandado por um ex-tesoureiro do partido.

Na quinta-feira, o El País publicou trechos dos livros de contabilidade manuscritos do ex-tesoureiro, mostrando supostos pagamentos para Rajoy, com valores que chegaram a uma média de 25.200 euros (US$ 34.371). Neste domingo, o jornal publicou todos os registros, que também mostram supostos pagamentos a líderes de outros partidos e que superam, em muito, seus salários.

O PP contestou a autenticidade dos registros. Durante uma coletiva de imprensa pouco depois das declarações de Pérez Rubalcaba, o porta-voz do partido, Esteban González Pons, disse que o líder opositor "sabe que os documentos publicados pela imprensa não fazem parte da contabilidade do PP" e disse que Perez Rubalcaba está cometendo um erro ao tentar tirar vantagem da situação.

Nas últimas semanas, jornais espanhóis relataram que centenas de milhares de euros foram enviados para as contas do partido durante o período compreendido entre meados dos anos 1990 e 2000. Parte desses recursos teria sido enviado por executivos do setor de construção civil e de outros setores empresariais, cujas empresas tentaram fechar contratos com o governo. O El País disse que os principais líderes receberam milhares de euros por ano em dinheiro vivo em envelopes. As informações são da Dow Jones.

Às portas de 2013, o primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, prometeu ontem, em entrevista ao jornal 'El Mundo', que seu país retomará o caminho do crescimento - mas só em 2014. Mergulhado em sucessivos trimestres de recessão, em um desemprego que ultrapassa 25% da população e sem conseguir cumprir as metas de redução da dívida e do déficit público, Rajoy afirmou "ter certeza" de que o crescimento voltará em 2014, bem como a criação de empregos.

Ele foi escolhido a personalidade do ano pelo jornal El Mundo. Em entrevista que acompanhava a distinção, o primeiro-ministro conservador comentou o contexto de crise econômica em que assumiu o poder e foi lacônico ao comentar as perspectivas para 2013. "Espero que o próximo ano seja melhor", disse, referindo-se a um 2012 "mais difícil do que o previsto".

##RECOMENDA##

Ao mesmo tempo em que se mostra evasivo sobre as possibilidade de aumento da atividade econômica nos próximos 12 meses, o premiê demonstrou forte no otimismo em relação a 2014. "Tenho a certeza, e isso é também o que nos dizem os organismos internacionais e os relatórios de analistas, que 2014 será um ano de crescimento econômico e de criação de empregos." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, disse neste domingo que "será muito complicado" para o país alcançar a meta de déficit público de 6,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2012, fruto de um acordo com a União Europeia, informou o jornal La Razón.

"É muito complicado reduzir o déficit em 2,6 pontos num contexto de recessão, com muitos problemas de receita e custos financeiros tão altos", disse o premiê, segundo a publicação. As informações são da Dow Jones.

##RECOMENDA##

O Tribunal Constitucional espanhol confirmou nesta terça-feira a lei de 2005 que legalizou o casamento homossexual, rejeitando um recurso apresentado pelo conservador Partido Popular (PP), do presidente espanhol, Mariano Rajoy, informou uma fonte judicial.

O PP, que duvidava "se a união de duas pessoas do mesmo sexo poderia receber a designação de casamento", aceitou o veredicto e não mudará a lei vigente, aprovada por iniciativa do anterior governo socialista, anunciou o ministro da Justiça, Alberto Ruiz Gallardón.

Essa lei, criticada pela oposição de direita e pela Igreja Católica, tornou a Espanha um dos primeiros países do mundo a permitir o casamento entre pessoas do mesmo sexo e a adoção de crianças por esses casais.

Além da Espanha, Suécia, pioneira na área, Holanda, Bélgica, África do Sul e Noruega aprovam o casamento homossexual.

A crise econômica da Espanha ficará ainda pior, apesar do pedido do país de uma ajuda financeira, feito à Europa, de até 100 bilhões de euros para salvar seus bancos, afirmou o primeiro ministro, Mariano Rajoy, neste domingo.

A Espanha permanecerá presa em sua segunda recessão em três anos, e mais espanhóis irão perder seus empregos em um país onde uma em cada quatro pessoas já está desempregada, disse Rajoy, um dia depois do país se tornar o quarto e maior dos 17 que formam a zona do euro a pedir ajuda financeira do bloco econômico. "Este ano será muito ruim: o crescimento será negativo em 1,7% e o desemprego irá crescer", disse ele.

##RECOMENDA##

A Espanha irá reconquistar a credibilidade econômica que perdeu através da sustentação de seus bancos, o que resultará na restauração do crédito para que os negócios e os cidadãos que foram afetados por empréstimos possam voltar a emprestar e a economia voltar a crescer, disse o primeiro ministro. Mas Rajoy não explicou como isso vai ocorrer.

O primeiro ministro insistiu que o resgate econômico irá ajudar a restaurar a credibilidade da zona do euro, que continua abalada mais de dois anos depois do início da crise financeira.

A expansão da recessão e crise financeira da Europa afetou empresas e investidores em todo o mundo. Ao prover os bancos espanhóis com recursos para voltar a operar, a economia espanhola, que é cinco vezes maior que a da Grécia, poderá reduzir a ansiedade dos mercados de como o país voltará a construir seu caminho fora da crise.

Outro grande teste para a Europa acontece na próxima semana quando a Grécia realiza eleições que irá determinar se ela deixará a zona do euro. Os líderes europeus dizem que foi crucial para a Espanha ter pedido ajuda para seus bancos antes da eleição grega de 17 de junho.

Rajoy recusou-se repetidamente a chamar o pacote de salvamento de "resgate", dizendo que é uma "linha de crédito", diferente dos resgates pedidos pela Grécia, Irlanda e Portugal porque a ajuda concedida a estes países incluiu o controle externo sobre as finanças públicas destes países, o que não ocorre na Espanha.

O primeiro ministro culpa a administração socialista anterior, de Jose Luis Rodriguez Zapatero, pela crise na Espanha, mas não citou-o pelo nome. Zapatero saiu do governo nas eleições de novembro com os eleitores demonstrando na urna que não aprovaram a forma como os socialistas lidaram com a economia. "No ano passado, a administração pública espanhola gastou 90 bilhões de euros a mais do que arrecadou, o que não pode continuar", disse Rajoy. As informações são da Associated Press.

Madri, 13 - O banco espanhol Bankia anunciou neste domingo que reservará € 4,72 bilhões como provisão para cobrir perdas potenciais e cumprir as novas exigências de capitalização feitas pelo governo do país. Na última sexta-feira, o governo conservador liderado pelo primeiro-ministro Mariano Rajoy havia dito que os bancos da Espanha precisam elevar suas provisões para cobrir perdas potenciais no mercado imobiliário.

A decisão foi anunciada depois de o governo da Espanha assumir uma participação de 45% no Bankia, o quarto maior banco do país em valor de mercado. As informações são da Dow Jones. (Renato Martins)

##RECOMENDA##

O primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, defendeu neste domingo as duras medidas de austeridade de seu governo, destinadas a melhorar a previsão econômica sombria para o país, um dia após dezenas de milhares de espanhóis saírem às ruas para protestar contra o modo que ele conduz a pior crise na Espanha em décadas. Rajoy disse que as medidas eram "necessárias", haja vista a terrível situação do país, com uma taxa de desemprego de quase 25%.

"Estamos fazendo o que é preciso e isso significa tomar decisões difíceis", afirmou. "Estamos fazendo coisas que não estavam em nossa plataforma de campanha, mas tivemos de fazê-las", disse ele. "Há decisões de que não gostamos, porém, digo a vocês que vamos continuar tomando as decisões necessárias para ver a Espanha superar essa situação."

##RECOMENDA##

Cerca de 70 mil pessoas protestaram neste sábado na Espanha, de acordo com a polícia, com 30 mil em Barcelona e 22 mil em Madri. Hoje, a polícia informou que prendeu 18 manifestantes que passaram a noite na área de Puerta del Sol pedindo pelo fim do que consideram medidas radicais feitas pelo governo.

As informações são da Associated Press.

A greve geral nacional que ocorreu nesta quinta-feira na Espanha começou pacífica, mas antes do meio dia manifestantes entraram em choque com a polícia nos centros de Madri e Barcelona. Pelo menos 58 pessoas foram detidas e nove ficaram feridas, informou uma funcionária do Ministério do interior, Cristina Díaz. Em Madri, manifestantes invadiram e destruíram uma lanchonete do McDonald's. Em Barcelona, multidões jogaram vários objetos contra policiais e provocaram pequenos incêndios nas avenidas. A polícia espanhola reagiu. Policiais civis à paisana espancaram manifestantes com cassetetes em alguns pontos de Madri. Em outras ruas, policiais protegeram lojas ameaçadas de saques. Mas a principal manifestação em Madri, com centenas de milhares de pessoas convergindo para a Puerta del Sol, foi pacífica. Centenas de milhares de pessoas também protestaram em Valência e Sevilha.

Em Barcelona os confrontos de rua também foram violentos. Uma multidão destruiu e incendiou uma loja de café da Starbucks. El Mundo falou em "outra batalha campal" no centro de Barcelona. A indústria automotiva da Espanha, que está concentrada na Catalunha, parou. Operários não foram trabalhar nas fábricas das montadoras SEAT e Nissan, informou El Mundo. Os metalúrgicos protestam contra a reforma trabalhista defendida pelo primeiro-ministro Mariano Rajoy, de centro-direita.

##RECOMENDA##

A greve, convocada pelos dois maiores sindicatos espanhóis, foi o primeiro desafio às medidas de austeridade e reformas do primeiro-ministro Mariano Rajoy. A greve atraiu o apoio do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), que esteve no poder até dezembro e representa a maior oposição no Parlamento, e também do bloco Esquerda Unida.

Nas ruas do centro de Madri havia um pouco mais de trânsito do que o normal, já que mais pessoas usaram seus carros para ir para o trabalho. O governo regional da capital entrou num acordo com as operadores de transporte público para que operassem com no mínimo 30% de sua capacidade. Em Madri, a Prefeitura disse que a adesão à greve foi de 26% do funcionalismo público, de acordo com o jornal El País.

Na estação de metrô e trem Sol havia menos atividade do que de costume. Lidia Castillo, garçonete de um restaurante próximo, disse que havia menos pessoas do que o normal no trem, que a trouxe do subúrbio de Villaverde. Segundo ela, os trens passam em intervalos de 20 a 30 minutos, em vez dos 10 a 15 minutos habituais.

Grupos de manifestantes pacíficos apitavam e agitavam bandeiras. Um pequeno grupo parou em frente a um café e colou adesivos na vitrine, antes de um garçom sair e mandá-los embora. "Greves não resolvem nada", disse o garçom Andres.

Em outras partes de Madri, seis policiais ficaram levemente feridos em confrontos com grupos sindicais e manifestantes contrários às políticas de austeridade, informou um porta-voz do Ministério do Interior. Manifestantes bloquearam estradas na Catalunha e em Valência, no leste do país, e fecharam parques industriais em Zaragoza, no norte, de acordo com uma associação de empresas de transporte.

A lei de reforma trabalhista tem como objetivo tornar mais fácil para as empresas demitir e contratar funcionários e é vista pelo governo com uma forma de reduzir a taxa de desemprego no país, que é de 23% e a maior da zona do euro. O projeto foi saudado por autoridades da União Europeia. O governo espanhol diz que se trata do mais importante projeto aprovado neste ano, mas os sindicatos afirmam que ela vai resultar numa taxa de desemprego ainda maior.

As informações são da Associated Press, da Dow Jones e dos jornais espanhóis El País e El Mundo.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando