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O Ministério Público Federal em Pernambuco (MPF-PE) ofereceu à Justiça Federal, nesta segunda-feira (18), a primeira denúncia referente à Operação Torrentes, que investiga desvios de verbas destinadas pelo Governo Federal para atender as vítimas das enchentes na Zona da Mata Sul de Pernambuco em 2010 e 2017.

Foram denunciados o ex-chefe da Casa Militar e ex-interventor de Gravatá, coronel Mário Cavalcanti; o tenente-coronel Laurinaldo Félix Nascimento; o coronel aposentado Waldemir José Vasconcelos Araújo e o coronel Roberto Gomes de Melo Filho - todos da Polícia Militar. Além dos empresários Ricardo José Carício Padilha, Rafaela Carrazone Padilha, Italo Henrique Silva Jaques e Taciana Santos Costa.

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Eles vão responder pela prática dos crimes de dispensa indevida de licitação e peculato. De acordo com a denúncia, durante os primeiros dias da crise provocada pelas chuvas e enchentes os oficiais da Casa Militar denunciados deixaram de observar as formalidades referentes a duas dispensas de licitação, favorecendo a empresa Mega Frios, administrada por Ricardo Padilha, Rafaela Carrazzone e Italo Jaques, e representada nos certames por Taciana Santos Costa.

Segundo o MPF, para conferir aparência legítima aos atos criminosos praticados, os denunciados teriam usado documentos ideologicamente falsos e simulação de procedimentos. Além disso, conforme as apurações, durante a execução dos contratos decorrentes desses procedimentos os militares denunciados teriam desviado R$ 1.149.490,80 de que tinham a posse em favor da Mega Frios e de seus administradores, mediante pagamentos superfaturados.

Esse valor, devidamente corrigido, equivale a um dano de R$ 2.425.741,78. Caso sejam condenados, os denunciados estarão sujeitos a penas privativas de liberdade que, somadas, podem atingir de 8 a 34 anos de prisão, além de pagamento de multa, do dever de ressarcir os danos e à perda dos cargos públicos ou cassação das aposentadorias no caso dos oficiais.

O coronel Mário Cavalcanti é um dos alvos de Operação Torrentes, deflagrada nesta quinta-feira (9), pela Polícia Federal (PF) de Pernambuco. Ele foi chefe da Casa Militar entre os anos de 2007 e 2015, quando deixou o cargo para assumir a intervenção estadual em Gravatá, no Agreste do Estado. Além dele, o ex-comandante da Polícia Militar, Coronel Carlos D'Albuquerque, também está entre os alvos. Contra eles foram cumpridos mandados de condução coercitiva expedidos pela Justiça. 

A operação policial foca na desarticulação de um esquema criminoso de desvio de recursos públicos, fraudes em licitações e corrupção de servidores públicos vinculados à Casa Militar durante a chamada “Operação Reconstrução”, criada para assistência às vítimas das enchentes que devastaram diversos municípios da mata-sul pernambucana em junho de 2010. 

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Também foram verificados indícios de superfaturamentos e inexecução de contratos. A PF está em dez estados (PE, PB, MT, RO, AL, MA, RN, RR, AP, SE) cumprindo 71 mandados judiciais, sendo 36 de busca e apreensão, 15 de prisão temporária e 20 de condução coercitiva em Pernambuco e no Pará.

De acordo com a PF, todos os alvos serão levados para a sede da instituição em Pernambuco. Todos os presos serão interrogados e dependendo do seu grau de participação e envolvimento responderão pelos crimes de peculato, fraude em licitação, corrupção ativa e passiva e associação criminosa, cujas penas ultrapassam os 25 anos de reclusão. Após serem ouvidos todos serão encaminhados para fazer exame de corpo de delito e compareceram à audiência de custódia e caso seja ratificada suas prisões os civis serão encaminhados para o Cotel e Colônia Penal Feminina e os militares para uma instituição designada pelo Comando da Polícia Militar de Pernambuco.

Os prejuízos aos cofres públicos ainda estão sendo contabilizados porque a Casa Militar à despeito de várias solicitações feitas pela Controladoria-Geral da União, não havia encaminhado os comprovantes de despesas que são essenciais para efetuar o respectivo levantamento.

O governador Paulo Câmara (PSB) nomeou, nesta sexta-feira (10), mais dois aliados derrotados nas eleições municipais de 2016. O ex-prefeito de Moreno, Adilson Filho (PSB), e o ex-vice-prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Heraldo Selva (PSB), que foi candidato a prefeito da cidade, foram os contemplados desta vez. A nomeação dos aliados foi publicada no Diário Oficial de hoje.

Dilsinho, como é conhecido no meio político, será secretário-executivo de Apoio aos Municípios da secretaria de Planejamento e Gestão; enquanto Selva será secretário-executivo de Projetos Estruturadores na secretaria de Desenvolvimento Econômico.

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Além deles, o governador também contemplou para o segundo escalão o ex-interventor de Gravatá, no Agreste, coronel Mário Cavalcanti. Ele será secretário-executivo de Recursos Hídricos também na pasta administrada pelo vice-governador Raul Henry (PMDB).

A noemação dos aliados já era aguardada desde o último dia 3, quando o governador alocou outros políticos não eleitos em outubro como o ex-prefeito de São Lourenço da Mata, Gino Albanez (PSB), que assumiu a vice-presidência da Empresa Pernambucana de Turismo (Empetur); o ex-vice-prefeito de Ipojuca, Pedro Mendes, que ganhou o cargo de secretário-executivo de Desenvolvimento de Projetos, dentro da Assessoria Especial, para onde foi acomodado o ex-vice-prefeito de Caruaru, Jorge Gomes (PSB). 

O interventor de Gravatá, coronel Mário Cavalcanti, anunciou nesta segunda-feira (30) que vai reduzir o número de secretarias da gestão. Como medida da reforma administrativa, ele vai extinguir seis pastas, aglutinando o serviço delas em outras secretarias.

Atualmente a máquina pública é gerida com o auxílio de 17 secretarias, no projeto encaminhado para a aprovação da Câmara de Vereadores passará a ter 11 secretários. 

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A nova equipe já foi definida pelo coronel. Entre outros, assumem o primeiro calão da cidade o jornalista Arthur Cunha, que ficará a frente da pasta de Governo, Comunicação e Imprensa; a contadora Andréa Costa, na de Finanças e Planejamento; o economista Carlos Júnior, na de Infraestrutura, Mobilidade e Controle Urbano; a psicopedagoga Maria Ângela Andrade, na Educação; e o advogado Ronaldo Acioly Filho na de Administração. 

Não haverá ato de posse porque os novos secretários já estão à frente das suas respectivas pastas desde a intervenção, que aconteceu no último dia 18.

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